Imagine alguém que sofre acidente de trânsito e fica tetraplégico
Luís Alberto
Alves/Hourpress
O Brasil, infelizmente, continua voando igual galinha, não
como fazem as águias, que sobem alto e ultrapassam as tempestades, encontrando
céu calmo. Exemplo disto é a falta de
carne, que vai desfalcar o Natal da maioria da população, por causa das
exportações para a China, calculadas em cerca de R$ 7 bilhões (R$ 28 bilhões).
O desemprego prossegue elevado (12,2 milhões). Este número equivale a quase três
Zonas Leste de SP, que tem 4,6 milhões de moradores, segundo censo do IBGE de
2012. Deste exército de desempregados; 4,1
milhões são de jovens que não conseguem encontrar trabalho. Já os subempregados
somam 32 milhões (pessoas que estão num serviço fora de sua área, às vezes sem
registro).
A reforma da Previdência, vendida como salvação da lavoura,
em vez de melhorar, piorou a situação do
trabalhador. Antes, o acidente de percurso começava a valer desde o momento em que
o funcionário saia de casa até chegar à empresa. Agora mudou. O acidente de
trabalho só é válido se ocorrer dentro do local onde está o empregado.
Imagine alguém que sofre acidente de trânsito e fica
tetraplégico. Não poderá mais voltar ao serviço. Como fica? Será demitido por
abandono de emprego? Ficará no INSS recebendo através do auxílio-doença? E o
caso da pensão por morte do trabalhador em serviço? São assuntos importantes
que a grande imprensa não comenta, mas são prejudiciais ao bolso de quem
sustenta a família.
As rodovias no Interior do Brasil, principalmente na região
Norte/Nordeste, ainda são reféns do abandono, cheias de buracos ou sem asfalto.
Para piorar, o governo teve a ideia infeliz de mandar retirar os radares, que
pune motoristas com excesso de velocidade.
A saúde pública persiste na UTI
(Unidade de Terapia Intensiva). A violência continua na ordem do dia, ceifando
a vida de muitos brasileiros: em sete meses 24,4 mil pessoas morreram violentamente
no País. Em vez de pregar a paz, o governo incentiva cada vez mais o ódio. A vaca
Brasil está no brejo.
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