Dinheiro da corrupção tem ainda grande impacto junto a servidores públicos desonestos |
Luís Alberto Caju
Máfia da Propina: O Ministério Público informou na terça-feira
(26) que o esquema de cobrança de propina pela máfia do ISS pode ter começado
na Prefeitura de São Paulo provavelmente desde 2005. Antes os promotores
calculavam que a hipótese de fraude no imposto ter iniciado em 2007, na gestão
Gilberto Kassab (PSD).
Se a Justiça apertar mais o cerco poderá
descobrir mais podridão nesta latrina entupida. Infelizmente esse ramo público de
fiscalização está repleto de casos de corrupção. Quantos comerciantes não
sofrem ameaças de pesadas multas, caso seu estabelecimento não façam
determinadas mudanças. Os servidores públicos desonestos vendem primeiro a
dificuldade, para em seguida engatar a marcha da facilidade.
A Prefeitura paulistana, na década de 1990,
teve o célebre caso da máfia que extorquia dinheiro de camelôs e donos de
bares. Após matéria especial publicada pelo jornal Folha da Tarde (atual Agora
SP), onde um jornalista se disfarçou de vendedor ambulante, o esquema veio à
tona, resultando na cassação de vereadores e do deputado estadual Hannah Garib.
Infelizmente o serviço público precisa passar por intenso trabalho de
desinfecção.
Covardia no Trânsito: É insensatez o que fez o motorista troglodita
que agrediu a publicitária Jessica Otte, numa briga de trânsito ocorrida no
último sábado (23), na esquina da Rua Groenlândia com Avenida Brigadeiro Luiz
Antonio, Jardins, Zona Sul de SP.
Para forçar passagem, ao volante de uma
camionete Hilux, ele começou a empurrar o veículo de Jessica. Como não
conseguiu ultrapassar, desceu e a agrediu fisicamente. Infelizmente existem
pessoas que precisam ficar longe do volante, por causa do despreparo emocional.
Elas colocam em risco a vida dos outros. Que a Justiça o puna rigorosamente. O
trânsito agradece.
Acordo nuclear com Irã: Sinceramente eu não acredito no acordo nuclear
firmado entre Estados Unidos, junto com outras potências, e Irã. Os senadores
democratas e republicanos agiram corretamente ao seu unirem para elaborar
projeto de lei que permita acompanhar o cumprimento, pelo país persa, do acordo
sobre seu programa nuclear.
Caso se confirme que o governo iraniano
quebrou as regras, que impede o lançamento de novas centrífugas, limitando o
grau de enriquecimento de urânio a 5%, as sanções seriam retomadas. Além de
novos embargos.
Com o fim da União Soviética na década de 1990, diversos
engenheiros que trabalhavam naquele governo na área nuclear ficaram sem
emprego. Muitos foram recrutados por países em busca da criação de armamentos
com essa tecnologia. Alguns deles trabalham
hoje no Irã. Esse acordo, em minha opinião, é conversa para boi dormir.