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quarta-feira, 13 de março de 2019

Massacre em Suzano: É grave o estado de saúde de dois dos sete feridos em escola

Polícia faz perícia no carro usado pela dupla que matou estudantes na escola em Suzano (SP)

Um deles, em estado gravíssimo, foi socorrido, mas não resistiu


Agência Brasil

Sete feridos pelos dois atiradores que invadiram a Escola Estadual Raul Brasil na manhã desta quarta-feira (13), em Suzano, foram encaminhados para hospitais da região. De acordo com o governo estadual, dois destes feridos foram levados ao Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes. Um deles, em estado gravíssimo, foi socorrido, mas não resistiu. O outro ferido está em estado grave, mas estável e em avaliação médica. A identidade das vítimas não foi informada.
Para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), foram levados cinco feridos: dois deram entrada em estado grave, e um deles não resistiu. Os outros três estão estáveis.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo destacou dois psiquiatras e um psicólogo para prestar atendimento às famílias e aos demais envolvidos na ocorrência. Os psiquiatras e o psicólogoa atuarão em conjunto com a equipe do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Suzano.

Massacre em Suzano: Famílias de mortos são atendidas em centro de acolhimento


Está sendo oferecido às famílias um velório coletivo no ginásio Arena Suzano

Agência Brasil
Os parentes dos cinco estudantes e de dois funcionários da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, no interior paulista, estão em um centro de acolhimento montado no Bunkio Associação de Cultura Japonesa. Foi ali que eles receberam a notícia de quais estudantes foram mortos por dois atiradores na manhã de hoje (13). Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, eram ex-alunos e morreram após o atentado.
“Esse centro que montamos imediatamente onde estão todos os nossos psicólogos, médicos, enfermeiros, profissionais da saúde, professores de outras escolas, parentes, amigos das famílias. Chamei lideres religiosos para poder dar amparo, carinho e abraço numa situação que é inexplicável”, disse o prefeito de Suzano, Rodrigo Kenji de Souza Ashiuchi. Ele informou que está sendo oferecido às famílias um velório coletivo no ginásio Arena Suzano. Os parentes estão em um local reservado, sem acesso à imprensa.
Ashiuchi informou que no início da manhã estava em Brasília, mas que retornou imediatamente e encontrou um cenário de terror na escola. “Um pesadelo, não só para Suzano, mas para o Brasil, pra educação do nosso país”, afirmou. Ele avalia que o atentado não pode ser entendido apenas como um problema de segurança pública. “Vai além de uma segurança ostensiva nas escolas. É muito a questão de a gente prestar atenção nas crianças, nessa juventude, a questão psicológica, de bullying e outras razões que levam um ser humano a fazer isso”, avaliou.
O pastor evangélico Júlio César Vertulo foi ao centro de acolhida para conversar com famílias. “Viemos dar uma palavra de fé. Eu fui aluno da escola, nossa igreja era próxima daqui”, relatou. Ele conta que acompanhou a comunicação da prefeitura e do governo com as famílias. “Sentaram um por um e foram conversando. É um choque para todo mundo, mas foi processo feito da melhor maneira que a situação permitia”, avaliou.

Massacre em Suzano: Atingido por machadinha, aluno correu até hospital próximo à escola


Em vez de correr para tentar pular o muro, ele correu para a porta onde estavam os meninos


Agência Brasil

O estudante José Vitor Ramos Lemos, 18 anos, que cursa o 2º ano do Ensino Médio, foi atingido por um dos atiradores com uma machadinha. Mesmo ferido, ele correu para o Hospital Santa Maria, que fica a uma quadra da escola.
Aliviada depois de saber que o filho já tinha sido atendido, a dona de casa Sandra Regina Ramos disse que o estudante está bastante abalado. “Ele está chorando muito. A pressão está subindo demais, mas é uma coisa normal porque ainda está muito prematuro. Ele não quer ficar sozinho", afirmou. "Ele me disse: ‘Mãe, não aguento fechar o olho que eu vejo tudo que aconteceu’", relatou a mãe do jovem,.
Tiroteio teria ocorrido dentro da Escola Estadual Prof. Raul Brasil, em Suzano (SP)
Tiroteio na Escola Estadual Prof. Raul Brasil, em Suzano (SP) - Foto: Google Street View/Reprodução
Para a mãe, José Vitor contou que ouviu muitos tiros e correu para o lado errado, indo ao encontro dos atiradores. “Ele me disse que soltou a mão da namorada e saiu correndo. Só que ele correu para o lado oposto. Em vez de correr para tentar pular o muro, ele correu para a porta onde estavam os meninos. Quando ele chegou à porta, um [dos atiradores] segurava a porta e de longe ele jogou a machadinha. Pegou entre o ombro e a cervical [de José Vitor]”, descreveu.
Segundo Sandra Regina, os autores do crime Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, que são ex-alunos da escola, moram perto de sua casa e, provavelmente, os jovens devem se conhecer. “Talvez ele não tenha reconhecido pelo fato de [o atirador] estar de máscara. Geralmente adolescente um conhece o outro”, apontou.

Geral: Massacre em escola de Suzano (SP) deixa 10 mortos




 
Dez feridos foram socorridos em hospitais da região de Suzano (SP)

O mais estranho nesta chacina, é um dos homicidas usar uma besta medieval com flechas

Besta medieval, arma raramente usada em crimes cometidos no Brasil


Luís Alberto Alves/Hourpress

A manhã de hoje (13) foi terrível para os alunos da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, Grande SP. Dois ex-alunos, Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, que estudou no local até 2018, e Luiz Henrique de Castro, 25, deixaram oito pessoas mortas, incluindo cinco adolescentes do Ensino Médio, duas funcionárias, e o dono da locadora de automóveis Jorge Antonio de Moraes.
Luiz Henrique de Castro (camiseta verde) e Guilherme Tucci, que teria sofrido bulliying quando foi aluno da Raul Brasil


Segundo a mãe de Guilherme, Tatiana Taucci, o filho saiu da escola, onde ficou dois anos, por sofrer bullying. Três dias atrás teria avisado alguns alunos para não se distraírem, que algo grave iria acontecer. O mais estranho nesta chacina, é um dos homicidas usar uma besta medieval com flechas, algo raro em assassinatos cometidos no Brasil.

Este crime mostra o caos das escolas públicas brasileiras. A dupla estacionou um carro branco próximo ao portão principal, entrou sem sofrer nenhum questionamento. De pronto mataram a coordenadora Marilena Ferreira Umezo, que defendia nas redes sociais, os livros como principais armas que todo aluno deveria portar, e Eliana Regina de Oliveira Xavier.

Minutos antes já tinham executado o dono da empresa onde alugaram o carro, Jorge Antonio de Moraes. E seguida passaram a atirar nos alunos que encontravam pela frente. Acabaram alvejados os adolescentes Pablo Henrique Rodrigues, Cleiton Antonio Ribeiro, Caio Oliveira, Samuel Melquiades Silva de Oliveira e Douglas Murilo Celestino. Dez pessoas se feriram e estão internadas em hospitais da região. Quando perceberam a chegada do carro da Força Tática, a dupla se suicidou.
Silmara salvou 50 alunos dos tiros

O número de mortos poderia ser maior, caso a merendeira Silmara Cristina, 54 anos, não tivesse ajudado a esconder 50 alunos no interior da cozinha da escola. Ao ouvir os tiros, ela e demais funcionários fizeram uma barricada com geladeira e freezer e a mesa acabou usada como escudo. Todos os estudantes se deitaram no chão para escaparem dos tiros.

Confira outras tragédias ocorridas em escolas

Em 7 de abril de 2011, Wellington Meneses de Oliveira, 23 anos, matou a tiros 12 adolescentes na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, Rio de Janeiro, onde ele havia estudado. Oliveira ao ser baleado por um policial cometeu suicídio. Ele era alvo de bullying no local.
Em 20 de outubro de 2017, um adolescente de 14 anos entrou armado na escola Goyases, em Goiânia (GO), e matou dois colegas de sala. O jovem, que foi apreendido, também dizia ser alvo de bullying e usou um revólver da mãe, que é policial militar.
 
Em 5 de outubro de 2017, Damião Soares dos Santos, o vigia de uma creche em Janaúba, norte de Minas Gerais, incendiou o local e matou 10 pessoas, incluindo nove crianças e uma professora. O homem de 50 anos também morreu e, segundo a família, sofria de problemas mentais.
 
Em setembro de 2011, um menino de 10 anos usou a arma de seu pai, policial civil, para balear uma professora, que sobreviveu, e se suicidar logo em seguida. O episódio ocorreu na escola Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul (SP).

Em janeiro de 2003, um ex-aluno entrou em uma escola estadual de Taiúva (SP) e baleou oito pessoas, incluindo cinco estudantes, um caseiro, uma zeladora e uma professora. Apesar de um jovem ter ficado paraplégico, o episódio não teve mortes, a não ser a do próprio atirador, Edmar Aparecido Freitas, 18 anos, que se suicidou. Ele também era vítima de bullying. (LAA)




https://www.youtube.com/watch?v=h6dvd3pLHzI

https://www.youtube.com/watch?v=rtJngrX1Mv8

https://www.youtube.com/watch?v=Lj0gw9uXN9Q

https://www.youtube.com/watch?v=-QlsJGiH394