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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Variedades: Joe Cocker: de imitador de Ray Charles à lenda do Rock


Joe Cocker começou a carreira cantando em bares, na Grã Bretanha, no final da década de 1950

Luís Alberto Caju

A carreira de Joe Cocker, nascido John Robert Cocker na Grã Bretanha em 1944, começou em 1959 cantando em bares, influenciado pela Soul Music, usando o codinome de Vance Arnold tocando na banda The Avengers, depois foi para Big Blues (1963) e três anos após para Grease Band. Nessa época especializou-se na interpretação de hits de seu ídolo Ray Charles, como “What´d I Say” e “Georgia On My Mind. Em 1969 acabou convidado para se apresentar no programa The Ed Sullivan Show (O Sílvio Santos dos norte-americanos nas décadas de 1950 e 1960).
  Mesmo gostando muito de Soul, Cocker virou um dos grandes nomes do Rock. Seu primeiro grande sucesso foi a versão do hit dos Beatles “Witch a Little Help From My Friends”, gravada do com guitarrista Jimmy Page. Foi quando deu as caras no Festival de Woodstock, onde seu show entrou para a história do Show Biz, mesmo sendo o último artista a pisar naquele palco.
  Emplacou nas paradas as canções “She Came Through The Bathroom Window” (outro cover dos Beatles), “Cry Me a River” e “Feelin Alright”. Entrou no top Ten dos Estados Unidos, em 1970, com a versão ao vivo do sucesso “The Letter” do grupo Box Tops, que fez parte da coletânea Mad Dogs & Englishment.
 Nas apresentações, Cocker mostrava grande força física enquanto cantava, com bela presença de palco, que acabou virando paródia nas mãos do ator John Belushi. Mas a carreira artística exige muita concentração e para driblar os momentos de baixo astral diversos artistas apelam às drogas. Cocker enveredou no álcool e heroína e tudo que existe de pesado neste tenebroso universo, onde poucos saem vivos e mentalmente bons. Sua carreira entrou em queda livre.
 A década de 1980 marcou novo voo, conquistando sucesso até a chegada dos anos de 1990, colocando nas paradas os hits “Don´t You Love Me Anymore”, “Up Where We Belong”, “You Are So Beautiful”, “When The Night Comes” e “Unchain My Heart”, trilha sonora da novela brasileira Sassaricando, exibida na Rede Globo. Cocker tornou-se conhecido no Brasil por interpretar o tema de abertura da série Anos Incríveis, na TV Cultura, Band, Multishow e Rede 21.
  De bem com a vida, em 2002 a regravação da canção “Never Tear Us Apart”, da banda INXS, virou tema de sucesso da novela Coração de Estudante. Cinco anos depois teve participação especial no longa metragem musical  Across The Universe, de Julie Taymor, com hit dos Beatles “Come Together”. Até 2007, quando gravou o álbum Hymm For My Soul, ele já somava 26 discos lançados. Para quem trabalhava de instalador de gás, Cocker optou por um futuro melhor e conseguiu, mesmo derrapando nas drogas durante um período da sua vida.

Jiló com Pimenta: A violência da polícia paulista, perda de privacidade e carestia


A cada semana, os preços sobem nos supermercados, alimentando a inflação

Luís Alberto Caju

Polícia que mata: O tenente-coronel Adilson Paes de Souza, que passou 28 dos seus 49 anos na PM paulista, apresentou dissertação de mestrado em direitos humanos na USP (Universidade de São Paulo). “O modelo de segurança existente não funciona mais”.  Em entrevista à Folha de S. Paulo ele falou o óbvio, o que a população da periferia conhece diariamente.

 Segundo ele, a truculência da polícia paulista é fruto de um sistema que aparentemente não pune criminosos. Nesta aspiral, o soldado prende o suspeito, correndo risco de perder a vida num tiroteio, e horas depois o acusado volta às ruas. É quando entram em ação grupos de extermínio, fazendo papel de juiz, aplicando a pena de morte, inexistente na teoria, mas em vigor na prática.

 Por falta de interesse governamental, não é viável desmontar a doutrina da Segurança Nacional, onde bandidos comuns são tratados como inimigos. Neste bojo entram trabalhadores residentes na periferia, na maioria das vezes alvos da PM em truculentos patrulhamentos, que resultam em mortes. O sistema judiciário brasileiro apodreceu. Os presídios se tornaram faculdade do crime. Não recuperam detentos.

 O Código Penal, cheio de falhas, transmite a sensação de impunidade aos que roubam e matam. Esse combustível alimenta policiais ávidos por vingança, pois acreditam erradamente que a Justiça protege bandidos. Quando na verdade cabe à PM repreender e prender. O julgamento não faz parte do seu trabalho. Por outro lado, a indústria da segurança civil ganha muito dinheiro ao oferecer serviços de combate ao crime.

 Não é viável que o problema seja solucionado. Resultado: perde a população, que erradamente acredita que a polícia é sua inimiga. Descontada a presença da banda podre, a polícia é parte importante do sistema de segurança pública. Mas sua postura precisa ser revista. Trabalhador não pode ser tratado como bandido.

Língua solta: As denúncias do ex-consultor do serviço de inteligência dos Estados Unidos, Eward Snowden, continuam repercutindo. Responsável pelo vazamento de milhares de documentos secretos sobre espionagem do governo americano ao redor do mundo. Ele ganhou vários inimigos no seu país. Diversos políticos do Congresso Nacional dos Estados Unidos afirmaram que não haverá clemência para Snowden.

 Nas entrelinhas, se entende que eles apoiam a postura do governo norte-americano de espionar todas as pessoas. O ex-consultor garantiu, na Rússia, onde conseguiu exílio temporário, que nenhum e-mail ou ligação telefônica sai dos Estados Unidos, sem passar pelo crivo dos serviços de inteligência. Se algum morador naquele país escrever ou disser que venderá bomba na porta de colégios, sem ressaltar que é bomba de chocolate, logo estará nas mãos do FBI (polícia federal norte-americana). Snowden virou inimigo público do governo dos Estados Unidos porque revelou a violência cometida contra a população: perda da privacidade.

Carestia: Toda vez que vou ao supermercado, tomo um susto. Os preços mudam rapidamente. Lembro que no início do ano, o litro de leite custava em torno de R$ 1,50. Hoje, dependendo da marca, encosta ou passa dos R$ 3,00. Mas qual a razão de o comerciante remarcar? Por que o fornecedor aumentou! Por sua vez, o agricultor teve de subir o preço de sua mercadoria, por causa da elevação nos preços da matéria-prima. Infelizmente o salário não acompanha essa dinâmica. Na somatória, subiu o percentual destinado às compras. Com o orçamento reduzido, o padrão de vida cai. Logo, explode a insatisfação contra a política econômica do governo. Aos poucos vejo reaparecer a figura do dragão que apavorou os brasileiros nas décadas de 1970 e 1980: a inflação!



Geral: estacionamentos públicos precisarão ter dispositivo para recarregar carro elétrico

Os carros elétricos poderão ser recarregados nos estacionamentos públicos

 Luís Alberto Caju
 A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (30) proposta que obriga as concessionárias de energia a instalar pontos de recarga de baterias de carros elétricos junto às vagas de estacionamento público. A proposta também determina que caberá ao Executivo criar incentivos para a instalação de tomadas para recarga desses veículos nas garagens de prédios residenciais.
 O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), ao Projeto de Lei 4.751/12, dos deputados Heuler Cruvinel (PSD-GO) e Onofre Santo Agostini (PSD-SC).

 Segundo o substitutivo, para que a lei comece a valer, ela deverá ser antes regulamentada pelo Executivo, com a definição das condições de fornecimento da energia e os ajustes necessários nos contratos de concessão das empresas distribuidoras.
 O projeto original determinava a entrada em vigor da nova lei logo após a publicação, e a regulamentação pelo Executivo em até 90 dias.
                                                      Poluição
 O relator argumentou que os veículos elétricos e híbridos se apresentam como alternativa ao modelo energético atual, que é dependente de uma fonte finita – o petróleo. Para ele, veículos movidos a energias alternativas representam um futuro promissor para o transporte e a indústria automotiva.
“A proposta cria condições para o estímulo ao mercado desse tipo de veículo, com impacto significativo na matriz energética do País”, defendeu Jardim.
                                                          Tramitação
A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Economia: Comissão aprova proteção a devedores no caso de terceirização de dívidas

O projeto poderá ser uma luz no fim do túnel ao consumidor inadimplente que sofre assédio na cobrança de dívida

Luís Alberto Caju
 A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (30) proposta que garante ao devedor, na condição de consumidor, a manutenção dos direitos e obrigações contratuais firmados inicialmente com a instituição credora quando esta optar pela cessão do crédito a outra empresa. O texto aprovado acrescenta dispositivos ao Código Civil (Lei 10.406/02) e determina ainda que deverão também ser preservados o prazo prescricional e as obrigações extracontratuais acordadas inicialmente.
 Ao defender a aprovação das propostas, o relator, deputado Paulo Wagner (PV-RN), esclareceu que a cessão de crédito é uma forma de transmissão de obrigações de uma empresa para outra, prática já prevista no Código Civil e comumente realizada por empresas especializadas em cobrança, que adquirem carteiras de dívidas de clientes de bancos, empresas de telefonia e de cartão de crédito. “Mas em muitos casos esse tipo de transferência de obrigações provoca um indisfarçável abuso dos direitos do consumidor e um flagrante desrespeito às cláusulas contratuais firmadas entre as partes”, disse.
 O relator optou por um substitutivo para aproveitar a íntegra do Projeto de Lei (PL)5520/13, do deputado Rogério Carvalho (PT-SE), e para também acrescentar o dispositivo previsto no PL 5799/13, do deputado Major Fábio (DEM-PB), apensado.
                                                   Comunicação
 O dispositivo acrescido determina que a cessão do crédito somente produzirá efeitos se o devedor for devidamente comunicado por escrito. E estabelece ainda que o comunicado deverá conter a correta identificação do devedor, os endereços completos e telefones para localização do cedente e do cessionário, assim como o resumo dos elementos essenciais ao contrato do crédito cedido.
 Wagner acolheu o que determina o PL 5.799/13, mas, em vez propor a alteração do Código de Defesa do Consumidor, como pretendia o projeto, preferiu incluir a mudança no corpo do texto do Código Civil, simplesmente trocando a expressão “consumidor” por “devedor”.
 Por fim, o texto aprovado determina que o desrespeito às cláusulas contratuais originais sujeita o novo detentor dos direitos creditícios ao pagamento de uma multa equivalente a, no mínimo, 2% do valor do crédito que lhe foi cedido. Além disso, mantém o direito do devedor de buscar reparação de dano moral e patrimonial, como já estabelece o Código Civil.
                                                       Tramitação
O projeto será ainda analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Política: Novo Código Civil pode ser votado nesta semana

O plenário da Câmara dos Deputados poderá votar amanhã (5) o novo Código de Processo Civil

Luís Alberto Caju
 A votação do projeto de lei do novo Código de Processo Civil (PL 8.046/10apensado ao PL 6025/05) é o destaque do Plenário da Câmara dos Deputados nesta semana, em sessão extraordinária marcada para as 14h30 de terça-feira (5). O novo CPC deve ser votado por blocos para facilitar o debate dos pontos nos quais há divergências e a apresentação de destaques ao texto.
 Na última quarta-feira (30), os deputados tiveram acesso ao novo texto do relator, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), mas não houve tempo para estudar as mudanças antes da votação.
 Continua sem alterações uma das principais inovações do código, o chamado incidente de resolução de demandas repetitivas. Esse procedimento vai permitir a aplicação de decisão única a várias ações individuais sobre o mesmo tema.
                                                              Polêmicas
 Antes de apresentar a nova versão do texto, Teixeira negociou mudanças com o presidente da comissão especial que analisou o novo CPC, deputado Fabio Trad (PMDB-MS), e com outros líderes e deputados.
 Entre os pontos discutidos estão a previsão de que advogados públicos possam receber honorários pelas causas ganhas em nome dos órgãos para os quais trabalham; o monopólio dos bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) sobre os depósitos judiciais (dinheiro depositado em juízo até que a ação seja decidida); e o impedimento para que o juiz de primeira instância ordene o congelamento de contas bancárias e investimentos, a penhora on-line.
 Um dos pontos que deve ir a voto é o regime de prisão para quem não pagar pensão alimentícia. A bancada feminina havia pedido ao relator a permanência do regime fechado e, depois de aceitar, o relator voltou atrás devido a protestos de outros deputados.
 Assim, no relatório, continuou o regime semiaberto, que será transformado em fechado apenas se permanecer a inadimplência.
                                                             Internet
 Na quarta-feira (6), o Plenário realizará 
comissão geral às 9 horas para debater o marco civil da internet (PL 2.126/11, do Executivo). O projeto tramita em regime de urgência constitucional e tranca a pauta das sessões ordinárias.
 A presidente Dilma Rousseff pediu urgência para o projeto depois das denúncias de espionagem do governo dos Estados Unidos contra empresas e autoridades brasileiras, inclusive ela mesma.
 O relator da matéria, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), defende a permanência no texto do conceito de neutralidade de rede, segundo o qual as operadoras de telecomunicações são impedidas de oferecer aos usuários pacotes com serviços diferenciados conforme o quanto se paga – por exemplo, só com e-mail, apenas com acesso a redes sociais ou incluindo acesso a vídeos.
                                                            Multa do FGTS
 A análise do marco civil da internet está marcada para a sessão ordinária das 14 horas de quarta-feira. Na pauta também está o Projeto de Lei Complementar (PLP) 328/13, do Executivo, que direciona os recursos da contribuição social de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nas demissões sem justa causa para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida.
 Esse projeto foi enviado pelo governo na época de votação do veto presidencial ao projeto já aprovado pelo Congresso (PLP 200/12) que acabava com a contribuição. O veto foi mantido no dia 17 de setembro.
                                                       Zona Franca
 Na terça-feira (5), às 11 horas, podem ser analisadas duas propostas de emenda à Constituição (PEC). A primeira delas é a PEC 506/10, do Senado, que prorroga até 2073 os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM).
O governo tem discordâncias quanto à matéria porque também são prorrogados os benefícios fiscais de áreas de livre comércio e da chamada Lei da Informática.
Outra PEC prevista é a 556/02, da ex-deputada e atual senadora Vanessa Gazziotin (PCdoB-AM), que concede aos chamados soldados da borracha aposentadoria ou pensão especial. Esses trabalhadores foram levados, principalmente do Nordeste, para o Norte durante o ciclo da borracha, nos anos 1940.


Radiografia de Sampa: Rua Leôncio de Carvalho

A Rua Leôncio de Carvalho fica na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo

Luís Alberto Caju


 Carlos Leôncio da Silva Carvalho nasceu no Rio de Janeiro em 1847. Entrou na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, Centro, onde se formou em 1868 e recebeu o título de doutor no ano seguinte. 

Com ajuda do imperador acabou nomeado, em 1871, professor da faculdade. Depois ingressou no Partido Liberal e usava o jornal Correio Paulistano para atacar os adversários.

 No ano de 1878 ocupou a Pasta do império, mais saiu em 1879 cedendo o lugar ao conselheiro Afonso Celso. Foi deputado de 1878 a 1880. Em 1885 exerceu o cargo de bibliotecário da Faculdade de Direito, cinco anos depois se tornou diretor.

 Participou do Congresso Constituinte e foi um dos redatores da primeira Constituição de São Paulo. Mudou-se para o Rio de Janeiro para lecionar na Faculdade Livre de Direito. Morreu em 1912. A Rua Leôncio de Carvalho fica na Vila Mariana, Zona Sul de SP.


Túnel do Tempo: ato ecumênico na Sé, eleição de John Kennedy e queda do muro de Berlim


As ameaças do Regime Militar não impediram que milhares de pessoas fossem até a Catedral da Sé

A queda do Muro do Berlim reunifica a Alemanha num só país

O Democrata John Kenney governou os Estados Unidos durante três anos, até morrer assassinado em Dallas, Texas

Luís Alberto Caju

Ato Ecumênico: No dia 6 de novembro de 1975, ato ecumênico na Catedral da Sé, SP, dirigido por Dom Paulo Evaristo Arns, em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog, morto sob tortura no DOI/Codi em 25 de outubro, reúne 8 mil pessoas.

Eleição: Em 6 de novembro de 1960, o Democrata John Kennedy derrota o Republicano Richard Nixon. Foi o mais jovem (43 anos) presidente eleito nos Estados Unidos. Morreria assassinado em Dallas, Texas, em 22 de novembro de 1963.


Muro de Berlim: No dia 9 de novembro de 1989 caia o muro de Berlim. Construído em 1961, dividia a Alemanha em dois países (Ocidental – capitalista e Oriental – socialista). Com 300 torres de vigilância e soldados preparados para matar, era proibido atravessá-lo sem autorização do governo. A queda do muro reunificou a Alemanha num só país.