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quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Chumbo Quente: Qual será o desfecho da crise das Americanas?

 A situação das Americanas é parecida com a do Mappin, primeira loja de departamentos fundada em 1913

  Troad


Luís Alberto Alves/Hourpress

Se os donos das Americanas olhassem para o túmulo onde está sepultada as lojas Mappin, prestariam atenção ao que está escrito na lápide: “Você será amanhã, o que sou hoje”. Quando o executivo Sergio Rial pulou do barco da presidência das Americanas no dia 11 de janeiro, ao descobrir um rombo de R$ 20 bilhões relacionados a dívidas com fornecedores, sentiu algo de podre na contabilidade da empresa.

Ao voltar no tempo, em 1999, a situação das Americanas é parecida com a do Mappin, primeira loja de departamentos fundada em 1913, por dois britânicos, inovadora no mercado de varejo, inclusive lançando a jornada de 8 horas de trabalho por volta de 1917. Porém fraudes e endividamento gigantesco acenderam o estopim de sua falência.

Mappin

O problema do Mappin começou quando a acionista majoritária, Cosette Alves, em 1996, caiu na lábia do golpista Ricardo Mansur, que lhe fez proposta estimada entre US$ 20 milhões e US$ 25 milhões (algo em torno de R$ 100 e R$ 125 milhões em valores de hoje) para  adquirir a empresa. Três anos depois, Mansur quebrou o Mappin e a Mesbla e devia no mercado US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 9,4 bilhões em valores de hoje).

Ele deu calote em funcionários, investidores, Receita Federal e governos estaduais. Em 2011, a Justiça condenou Mansur em dois processos criminais a pena de 11 anos e meio de prisão por gestão fraudulenta. Um dos donos das Americanas é o bilionário Jorge Paulo Lemann, 82 anos, atualmente o homem mais rico do Brasil, com fortuna avaliada em R$ 72 bilhões.  Até agora ele não se pronunciou para dizer como este problema será resolvido. Será que as Americanas vai repetir a tragédia do Mappin?

Americanas avalia possibilidade de pedir recuperação judicial

A Americanas S.A. divulgou hoje (19) ao mercado, conforme determina a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), fato relevante informando que avalia a possibilidade de entrar com pedido de recuperação judicial em caráter de urgência “nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas”.

De acordo com a empresa, se isso ocorrer, o pedido será resultado do posicionamento do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), que suspendeu, em decisão monocrática referente a mandado de segurança impetrado pelo Banco BTG, o efeito da concessão estabelecida pela Décima Quinta Câmara Cível, também do TJRJ, para retomada dos direitos da companhia de reaver valores compensados por credores nos termos da decisão cautelar proferida pelo Juízo da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, nesta semana.

Na mesma decisão, o Órgão Especial determinou o bloqueio de R$ 1,2 bilhão em conta do Banco BTG até a apreciação do mandado de segurança. A empresa afirmou que, além disso, a posição de caixa disponível da companhia para suas atividades alcançou, nesta quinta-feira, o valor de R$ 800 milhões. Conforme informou o Órgão Especial, parcela significativa deste valor estava injustificadamente indisponível para movimentação pela companhia na data de ontem. (AB)

Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Hourpress

Economia: Maioria dos endividados brasileiros em 2022 era mulher e jovem

 

Índice de famílias endividadas chegou a 77,9%, um recorde histórico

    Pixabay
Drama: 77,9% das famílias estavam endividadas em 2022, uma alta de 7 pontos percentuais em relação a 2021


Agência Brasil 

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) anual mostra que o perfil da pessoa endividada no Brasil é de uma mulher, com menos de 35 anos e ensino médio incompleto, moradora das regiões Sul ou Sudeste, cuja família recebe até dez salários mínimos. A pesquisa foi divulgada hoje (19) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na série histórica, iniciada em 2011, o ano bateu recorde: 77,9% das famílias estavam endividadas em 2022, uma alta de 7 pontos percentuais em relação a 2021 e de 14,3 se comparado com 2019, antes da pandemia de covid-19. O índice mais baixo foi registrado em 2018, quando 60,3% das famílias estavam com dívidas.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destacou que a pandemia reverteu a tendência de queda no endividamento que era registrada até 2019, especialmente entre os mais pobres. Segundo ele, os “efeitos perversos” da pandemia, com o fechamento de negócios e o aumento do número de desempregados, e no pós-pandemia, o avanço da inflação, fez com que as famílias com rendas mais baixas precisassem recorrer ao crédito para manutenção do consumo de primeira necessidade.

“Enquanto entre as famílias de maior renda foi a retomada do consumo reprimido que levou a maior contratação de dívidas. Esses fatores geraram o aumento no número de endividados em 2022 no país”, afirmou Tadros.

Recorde de superendividamento

A Peic anual indicou que, do total de endividados, 17,6% se consideraram muito endividados, a maior proporção da série histórica. A cada dez famílias com renda mais baixa, duas comprometeram mais da metade da renda mensal para o pagamento das dívidas. Já entre aqueles com maiores salários, o índice cai pela metade, o que sugere que o superendividamento está concentrado entre os mais pobres.

“Em média, durante 2022, o brasileiro gastou, a cada R$ 1 mil, R$ 302 em dívidas. No total, 70% das famílias comprometeram pelo menos 10% da renda com essa finalidade. Mais de 1/5 dos endividados tiveram de gastar, no mínimo, metade do salário para pagar dívidas”, diz a CNC.

O diretor de Economia e Inovação da CNC, Guilherme Mercês, afirmou que é importante que sejam adotadas medidas que possibilitem uma redução nos juros e na inflação, com uma nova âncora fiscal para a gestão das contas públicas.

“Em mais de dez anos, nunca as pessoas se sentiram tão endividadas, e o que a Peic demonstra é que o superendividamento é principalmente um problema para as famílias de baixa renda. Se esse endividamento diz respeito ao custo dos créditos e da inflação, um dos fatores essenciais para resolver isso é ter uma economia brasileira com juros mais civilizados, porque taxa de juros alta é sinônimo de dívidas caras, sempre”, disse Mercês, durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro.

Para o diretor, programas de renegociação de endividamento como os que estão sendo anunciados pelo governo federal são fundamentais e “estancam as angústias das pessoas e famílias”. “Mas, em termos estruturais, o que vai resolver esse problema é uma taxa de juros mais baixa”, ressaltou.

Economia: Sem declarar apoio ao governo, CSP-Conlutas defende revogação total de reformas


Centrais sindicais participaram de reunião com presidente Lula no Palácio do Planalto

EBC/Marcelo Camargo

O presidente Lula conversou com dirigentes de várias centrais nesta quarta-feira (18)


 Redação/Hourpress

A CSP-Conlutas apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em reunião com centrais sindicais, nesta quarta-feira (18), um programa emergencial para o País. Na apresentação, a central posicionou-se contra os atos golpistas da ultradireita, mas sem declarar apoio ao governo Lula.

O encontro com o presidente aconteceu no salão nobre do Palácio do Planalto e reuniu dirigentes de dez centrais sindicais para discussão sobre a política de reajuste do salário mínimo e demandas do movimento sindical.

Entre os pontos defendidos pelo membro da Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Luiz Carlos Prates, o Mancha, estão a revogação total das reformas trabalhista e da Previdência, o não pagamento da dívida pública, o cancelamento das privatizações da Petrobras e Eletrobras e rumo à adoção do salário mínimo calculado pelo Dieese, que atinge R$ 6 mil atualmente.

Classe

Embora seja crítica ferrenho do governo Bolsonaro, a CSP-Conlutas vai manter total independência e autonomia perante o governo Lula. Isso significa dar continuidade à organização e mobilização dos trabalhadores em defesa dos direitos. Neste sentido, Mancha apontou o socialismo como única saída para a classe trabalhadora.

“Somente com a mobilização dos trabalhadores seremos capazes de promover as mudanças necessárias, somente com liberdade para lutar, para nos organizar, para criar comitês de luta, teremos um sindicato livre e os trabalhadores poderão organizar seu próprio projeto, o projeto dos trabalhadores”, finalizou Mancha.

Economia: Sindicato dos auditores agropecuários reprova critérios para cortes de cargos no Mapa

 É dever do Sindicato se manifestar de forma veemente neste momento decisivo

  Freepik



Redação/Hourpress

Diante do cenário de descontentamento e apreensão entre servidores do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com a drástica redução de cargos e funções comissionadas da pasta, anunciados pelo Decreto nº 11.332, de 1º de janeiro de 2023, o Sindicato dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical) enviou ofício ao Executivo nesta quarta-feira (18). No documento, solicita a reestruturação do quadro funcional, com os custos unitários das funções do Mapa, de forma que sejam mantidas áreas que darão suporte administrativo a todas as pastas recém-criadas, fazendo jus ao volume, à complexidade e à importância estratégica das competências do Ministério.
 

No mesmo ofício, enviado pelo Sindicato aos ministros Rui Costa (Casa Civil); Carlos Fávaro (Mapa) e à ministra Esther Dweck, de Gestão e Inovação nos Serviços Públicos (MGISP), o ANFFA afirma que a redução ou substituição de funções por outras destinadas a atividades de menor complexidade, afetam sobremaneira o humor dos servidores lotados no Mapa.
 

Segundo o documento, a redução de 43% na estrutura do Mapa (em custo unitário de função) já causou enorme prejuízo à pasta, conforme os critérios preestabelecidos pelo Decreto. O documento aponta que a medida gerou cortes drásticos em áreas sobre as quais não houve cessão de estruturas para a criação dos novos ministérios - sobretudo a de fiscalização em defesa agropecuária (redução de 15,8%) e as Superintendências Federais de Agricultura (redução de 23,43%).


Produção
 

Para o ANFFA, o descontentamento dos servidores tem origem no que consideram uma demonstração de desconsideração ou de falta de conhecimento da administração pública, sobre a magnitude das atividades empreendidas em prol de todo o setor agropecuário, tendo em vista que a Defesa Agropecuária, as relações internacionais e a transferência de tecnologia, entre outras áreas, afetam diretamente pequenos e grandes produtores e agroindústrias. Tanto a monocultura de commodities, como a produção familiar, inclusive a pesca e a aquicultura.
 

O presidente do ANFFA, Janus Pablo de Macedo, entende que é dever do Sindicato se manifestar de forma veemente neste momento decisivo, em que novos gestores estão tomando conhecimento das reais condições de funcionamento do Ministério. "Fizemos um relato fiel da situação e esperamos que, entre outras medidas, a seleção para preenchimento de cargos em comissão e funções de confiança referentes aos órgãos específicos, singulares e às unidades descentralizadas do Mapa, seja feita a partir de critérios meritocráticos preestabelecidos", esclareceu.
 

De acordo com o presidente, a seleção vem causando a apreensão entres os servidores. Janus ainda destaca que o critério da meritocracia é fundamental para o cumprimento de metas do Mapa e para combater desvios na administração pública.

Economia: Início de janeiro sinalizam alta para gasolina e etanol

 Após baixa em dezembro, preço da gasolina sobe 1,59%; etanol aumenta 2,74%

   EBC

Todas as regiões brasileiras registraram alta no preço dos combustíveis


Redação/Hourpress

O último Índice de Preços Ticket Log (IPTL) apontou que 2023 iniciou com a gasolina e o etanol em alta em todo o País. O preço médio nacional para o litro da gasolina fechou os primeiros dias do ano a R$ 5,35, um acréscimo de 1,59%, se comparado a dezembro. Já o etanol foi comercializado a média de R$ 4,44, com alta de 2,74%.    

“Após oscilações, o preço do litro da gasolina fechou dezembro de 2022 com redução de 1% no comparativo com novembro e média anual de R$ 6,34. De acordo com o IPTL, quando comparamos o preço atual com janeiro de 2022, há um recuo de 22% no preço médio desse combustível. Já o etanol, vem registrando aumentos consecutivos em todo o País desde novembro e acréscimos mais elevados, quando comparado a gasolina”, destacou Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil. 

Todas as regiões brasileiras registraram alta no preço dos combustíveis. O acréscimo mais expressivo para a gasolina foi identificado no Centro-Oeste, de 2,13%, onde o preço passou de R$ 5,21 em dezembro para R$ 5,32 em janeiro. Porém, a média mais cara para o combustível foi encontrada no Norte, a R$ 5,52, com acréscimo de 1,19%. A média mais baixa foi registrada nos postos de abastecimento do Sudeste, a R$ 5,17. 

Maior

Já o Nordeste apresentou o maior aumento do País para o litro do etanol, de 4,75%, que passou de R$ 4,23 para R$ 4,43. O preço médio mais caro foi registrado nos postos do Sul, a R$ 4,65, com alta de 2,29%. Bem como em dezembro, o etanol mais barato entre as regiões foi encontrado no Centro-Oeste, a R$ 4,09, mesmo apresentando o segundo maior acréscimo no preço, de 2,97%. 

Na análise por Estados e Distrito Federal, apenas seis registraram queda no preço da gasolina: Acre (-1,59%); Rio Grande do Norte (-1,13%); Paraíba (-0,68%); Pernambuco (-0,56%); Maranhão (-0,11%); e Tocantins (-0,04%). Já para o etanol, recuos foram identificados somente em Roraima, de -2,80%, e no Rio Grande do Norte, de -1,15%. 

Ainda entre os Estados, o acréscimo mais expressivo para a gasolina neste início de ano foi registrado nas bombas de abastecimento do Ceará, de 7,25%, que passou de R$ 5,37 para R$ 5,76. Já Roraima comercializou o litro do combustível pela média mais alta do País, a R$ 5,96. O preço médio mais baixo para a gasolina foi encontrado na Paraíba, a R$ 4,93. 

Média

Com 12,46% de aumento no preço do etanol, em relação a dezembro, a Bahia se destacou com a maior alta entre os Estados e comercializou o combustível a R$ 4,64. Ainda assim, o Pará liderou o ranking do preço médio mais alto para o etanol, de R$ 5,19; e o Mato Grosso comercializou o combustível pela média mais baixa, de R$ 3,87. 

“Assim como em dezembro, o etanol segue sendo economicamente mais vantajoso para abastecimento apenas no Mato Grosso. Ao optar pelo etanol, o motorista conta com um combustível ecologicamente mais viável para o abastecimento. Por ser produzido a partir da cana-de-açúcar ou milho, o etanol é capaz de reduzir consideravelmente as emissões de gases responsáveis pelas mudanças climáticas”, conclui Pina. 

O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: 1 milhão ao todo, com uma média de oito transações por segundo. A Ticket Log, marca de gestão de frotas e soluções de mobilidade da Edenred Brasil, conta com mais de 30 anos de experiência e se adapta às necessidades dos clientes, oferecendo soluções modernas e inovadoras, a fim de simplificar os processos diários.

 

Opinião: Desigualdade social, exclusão e polarização política

 É o tecido social que se esgarça, o diálogo que se rompe

    Pixabay

Essa desigualdade pode ser percebida em cada grupo ou setor social 


*André Naves

 

A polarização político-eleitoral, que tantos males traz ao desenvolvimento nacional, é uma consequência da nefasta desigualdade social existente em nosso país. Essa desigualdade pode ser percebida em cada grupo ou setor social que se encastelou em bolhas ideológicas incomunicáveis, formadas a partir de diferentes conjunturas e percepções da realidade de cada um.

 

Condições materiais extremamente distintas levam a incomunicáveis torres de marfim habitadas por setores sociais cada vez mais apartados uns dos outros: é o tecido social que se esgarça, o diálogo que se rompe, e realidades diversas são ignoradas.

 

Com grupos incomunicáveis, a representação política, que deveria ser democrática, e, portanto, deveria contar com a participação de todos, se torna exclusiva dos setores sociais que possuem influência política. Dessa forma, grupos politicamente dominantes predam os recursos públicos, instituindo políticas públicas exclusivistas e ineficientes, geradoras de privilégios, desvios e deturpadoras das prioridades sociais. Esse mecanismo excludente determina a menor transparência das relações políticas, impulsionando a corrupção.


Excluídos

 

A desigualdade social leva à políticas públicas corruptas e excludentes. Nascidas no seio da desigualdade social, políticas públicas exclusivistas promovem ainda maior exclusão de setores populacionais já historicamente excluídos, marginalizados ou precariamente incluídos.

 

Ora, políticas públicas que privilegiam injustamente certos grupos dominantes em detrimento de outros geram sentimentos e ações de ressentimento e revanchismo por parte daqueles excluídos. Onde deveria haver uma relação social de cooperação, vicejam os males da competição destrutiva. Onde os valores do progresso e da inclusão deveriam florescer, a reação à exclusão é a tônica.

 

A desigualdade social gera a polarização política que, por sua vez, determina estruturas sociais excludentes que realimentam a desigualdade!

 

Para que a polarização política seja minimizada, faz-se urgente reduzir ao máximo as desigualdades sociais por meio de políticas públicas inclusivas, que ajudem na construção de estruturas sociais sustentáveis, emancipatórias e justas. Dessa maneira, será possível concretizar e aprofundar os Direitos Humanos: cada indivíduo e a coletividade poderão contar com a efetiva e real igualdade de oportunidades!

 

*André Naves é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social; Mestre em Economia Política.


Geral: Entenda por que o check-up médico deve incluir ouvido, nariz e garganta

 As avaliações preventivas podem impedir o surgimento ou avanço de diversas doenças

    Divulgação

Exames otorrinolaringológicos devem estar na lista


Redação/Hourpress

No início do ano é comum que as pessoas procurem os médicos para realizar um check-up com o objetivo de avaliar a saúde de maneira mais completa. E exames otorrinolaringológicos devem estar na lista, pois é por meio deles que é possível prevenir diversas doenças que afetam ouvidos, nariz e garganta.

 

De acordo com o Dr. Fabrizio Romano, vice-presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), o check-up deve ser visto como uma medida de precaução para identificar possíveis problemas. “O exame de rotina é encarado como um procedimento preventivo, quando o paciente não possui queixa e nenhuma doença aparente”, explicou.
 

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em estudo realizado em julho de 2021, o Brasil tem cerca de 211,8 milhões de pessoas, sendo que 70,6 milhões delas não fazem check-up anualmente.
 

As avaliações preventivas podem impedir o surgimento ou avanço de diversas doenças inicialmente “silenciosas” ou pouco sintomáticas, como rolha de cerume, otites crônicas, faringites (inflamação na garganta), sinusites crônicas (inflamação dos seios da face), além de auxiliar no diagnóstico precoce de enfermidades como câncer em fases iniciais.

 

Ouvido

 

De acordo com o especialista, o check-up pode prevenir perdas auditivas, principalmente no público infantil, idosos e pessoas que são expostas a barulhos altos.

 

“Em crianças, o primeiro exame deve ser feito ao nascimento, um procedimento chamado de teste da orelhinha. Trata-se de uma triagem auditiva que analisa a resposta do bebê diante de estímulos sonoros emitidos por um aparelho. Anos mais tarde, ao iniciar o ano letivo escolar, a criança deve passar por uma nova avaliação da audição com o intuito de detectar se há algum problema”, disse Romano.
 

Pessoas expostas a sons altos também devem fazer uma consulta anualmente para identificar se os ruídos causaram algum impacto na audição ou em algum outro aspecto da saúde, como distúrbios de sono e estresse.

 

Além disso, a importância dos exames preventivos também inclui os idosos, visto que o envelhecimento é fator de risco para algumas doenças. Com o avanço da idade, alguns problemas começam a aparecer, desde dificuldades para engolir, zumbido no ouvido, tontura, rouquidão e até a surdez. Logo, o teste auditivo em uma consulta de check-up tem a função de diagnosticar problemas como esses e indicar o melhor tratamento, de modo que a qualidade de vida seja preservada.

 

Garganta

 

Além da questão auditiva, é importante examinar a cavidade oral e as cordas vocais, principalmente para pessoas que fumam, possuem o hábito de ingerir álcool ou trabalham com a voz como professores, palestrantes e cantores.

 

A consulta médica preventiva também poderá avaliar se há sinais de câncer de boca, na laringe ou no pescoço, por exemplo.

 

“O check-up das pregas vocais é feito com um aparelho inserido na garganta do paciente, junto a um sistema de vídeo que capta, amplifica e registra as imagens para buscar lesões ou outros sinais que possam apontar a existência de doenças na boca, garganta e pregas vocais”, afirmou Romano.

 

Nariz

 

Examinar o nariz também é parte do check-up, pois é fundamental que a respiração nasal esteja saudável, devido à importância de um funcionamento adequado que essa função possui no organismo e para a qualidade de vida.
 

O resultado dos exames nasais pode apontar doenças como rinite, sinusite, faringite, desvio do septo, distúrbios de olfato e tumores, além de identificar causas de rouquidão, sangramentos nasais e, em algumas situações, confirmar a apneia do sono.

 

“Principalmente na infância, é recomendado que se faça exames preventivos pelo menos uma vez ao ano para avaliar se a criança está respirando bem pelo nariz e com um bom desenvolvimento da parte nasal, evitando qualquer tipo de problema futuro”, finalizou o vice-presidente da ABORL-CCF.

Geral: Governador indica novo líder do governo na Alesp

 Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor foi escolhido para posição de articulação na Casa

   Alesp

Wilson foi indicado pelo governador Tarcísio de Freitas para liderança na Alesp


Redação/Hourpress

O deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Republicanos) foi o indicado do governador Tarcísio de Freitas para a liderança do governo na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

A indicação foi oficializada a partir de uma publicação no Diário Oficial desta quinta-feira (19). Jorge Wilson está em seu segundo mandato como deputado estadual e foi reeleito para o terceiro, que tem início em 15 de março de 2023, com 177.614 votos.

A liderança de governo é uma posição central para a articulação entre os parlamentares da Casa. É o líder o responsável por fazer a interlocução entre o governador e o Legislativo, defendendo, na Alesp, projetos do Executivo.

Jorge Wilson tem 59 anos e é natural de Bauru, no interior de São Paulo. O deputado é formado em Direito e tem como principal área de atuação a defesa do consumidor. Foi diretor executivo do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon de Guarulhos entre 2009 e 2014.

O parlamentar se elegeu para seu primeiro mandato como deputado estadual em 2014 - cargo que assumiu em 2015. Já em 2018, foi reeleito para a 19ª legislatura da Assembleia Legislativa. Na atual legislatura, é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, além de ser membro de outras três comissões da Casa.

 


Geral: Executiva lista 4 mudanças que não podem mais esperar no ambiente de trabalho

 Os funcionários demandam um ambiente corporativo agradável

   Pixabay

Para manter o sucesso, as empresas vão precisar ter novos rumos em administração


Redação/Hourpress
 

O universo corporativo se transforma e se desenvolve a cada ano, seja pelas necessidades dos colaboradores, clientes ou movimentações culturais do mercado. Para 2023, a transformação digital fortalecerá ainda mais o mercado de trabalho. Escassez de profissionais qualificados, trabalho remoto, automatizações, sistemas e novos processos estarão presentes neste ano.
 

“Os funcionários passaram a ser vistos como protagonistas das organizações, e não mais como um simples número. Além disso, os times de RH tornaram-se mais estratégicos e eficientes quando o assunto é alta performance. Por isso, uma das principais expectativas para 2023 será o fortalecimento desta mudança de mindset, em que os funcionários demandam um ambiente corporativo agradável, proporcionando qualidade de vida, um olhar atento e humanizado, além dos investimentos em qualificação profissional”, afirma Pamela Paz, CEO da John Richard, maior empresa de assinatura de móveis para escritórios do Brasil.
 

A executiva listou abaixo quatro tendências que são imprescindíveis para o crescimento das empresas em 2023. Confira:
 

Propague diversidade, equidade e inclusão

Diversidade, Equidade e Inclusão seguirá como top of mind, isto é, em primeiro lugar na mente dos funcionários em 2023, afinal estas iniciativas ganham cada vez mais destaque no ambiente corporativo e, com isso, tornaram-se fundamentais para o crescimento das empresas. Inclusive, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Indeed, 56% dos participantes considerariam mudar de emprego devido a discriminação ou assédio, consigo mesmo ou com outras pessoas no ambiente de trabalho.
 

“Para 2023, além de um salário competitivo e excelentes benefícios, iniciativas direcionadas para a propagação de Diversidade, Equidade e Inclusão serão essenciais para atrair e reter talentos em um ambiente tão competitivo e versátil. Incluir funcionários de todos os níveis e formações é fundamental para garantir um time que inova e coopera entre si em prol da empresa”, destaca Paz.
 

Atente-se para a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores 

A saúde mental dos funcionários é um dos assuntos mais discutidos nos últimos anos e diversos são os fatores que impactam diretamente, como competitividade excessiva, altas exigências, falta de organização e flexibilidade, longas jornadas de trabalho, entre outros.
 

Para Pamela, a cultura da empresa demonstrou ser valiosa não apenas na retenção de talentos, como também diferencial competitivo. “Investir em felicidade, bem-estar e, sobretudo, na saúde mental do profissional, garantirá pertencimento, inclusão, flexibilidade, satisfação, realização e senso de propósito”, complementa.
 

Benefícios como diferencial

69% dos funcionários consideram os benefícios como fator primordial para aceitar uma proposta de emprego, segundo um estudo do Indeed. Não à toa, as prioridades dos profissionais estão mudando e, com isso, salários compatíveis com o mercado e o investimento em benefícios como plano de saúde, auxílio transporte, alimentação e licença parental serão fundamentais em 2023.
 

Novos modelos de trabalho

Officeless, anywhere office, workcation, coworking e home office, são alguns dos novos formatos de trabalho que se intensificaram após a pandemia da Covid-19 e permanecerão em destaque no próximo ano.
 

“A possibilidade de trabalhar em qualquer lugar veio para ficar e, aos poucos, têm conquistado ainda mais força. Em alta no Brasil e no mundo, o trabalho remoto continuará a prosperar nas empresas e uma das soluções que acompanha esta tendência são os móveis corporativos por assinatura, ao passo que eles são práticos, ágeis, flexíveis e sustentáveis”, concluiua CEO.

Túnel do tempo: Presidente inaugura Via Dutra

 

Redação/Hourpress

Em 19 de janeiro de 1951 é inaugurada pelo presidente  Eurico Gaspar Dutra a Rodovia Presidente Dutra ligando São Paulo ao Rio de Janeiro.

    Hourpress



Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Dona Veridiana


Dona Veridiana foi a primeira mulher, no Brasil, a ter um telefone

Luís Alberto Alves/Hourpress

Veridiana Valéria da Silva Prado nasceu em São Paulo no dia 11 de fevereiro de 1825, no casarão de sua família, então localizado na Rua Direita, esquina com a Rua São Bento, na atual Praça do Patricarca. Filha de Antonio da Silva Prado, o Barão de Iguape, detentor de uma das maiores fortunas da época. Em 1882, Veridiana resolveu realizar um velho sonho: viajou para Paris, indo visitar justamente sua filha Ana Blandina, futura condessa Pereira Pinto pela Santa Sé, que ali vivia com seu marido diplomata. Encantada com a vida na capital francesa, de volta a São Paulo e no mesmo ano de 1882 inicia a construção de um palacete na chácara que comprara em 1879 no então bairro de Santa Cecília. A chácara de d. Veridiana localizava-se na antiga Rua Santa Cecília (atual Dona Veridiana) cujo terreno seguia um pouco abaixo da Rua Marquês de Itu, e do outro lado estendia-se pela Rua Pacaembu, atual Avenida Higienópolis, até as proximidades da Avenida Angélica. A planta de seu palacete, em estilo renascentista francês, ela trouxera da Europa e, aqui, a construção ficou a cargo do engenheiro Luiz Liberal Pinto que importou todo o material utilizado. O palacete de d. Veridiana impressionava os paulistanos mesmo durante as obras. Em maio de 1884, ela recebe a visita da família. Além de toda a beleza, o palacete contava com os mais modernos equipamentos a exemplo de um telefone, cuja instalação ocorrera também em 1884. Naquela época, São Paulo contava com apenas 11 linhas, sendo Veridiana a única mulher assinante. Dois anos depois, em 1886, D. Pedro II faria sua última viagem a São Paulo, ocasião em que também visitou d. Veridiana em seu palacete. Em 20 de março de 1888, vereadores de São Paulo decidiram modificar o nome da Rua Santa Cecília que, a partir de então, passou a denominar-se “Rua d. Veridiana Prado”, posteriormente simplificado para Rua Dona Veridiana. Ela marcou época na cidade, seja pelas obras de caridade, seja pelo seu incentivo à agricultura, aos esportes e às artes. Marcou época também pelos seus empreendimentos, uma vez que participou de inúmeras empresas, inclusive como proprietário de jornal, a primeira que o Brasil conheceu. À frente do jornal O Comércio de São Paulo, cujo editor-chefe era o seu filho Eduardo Prado. Participou da luta pela libertação dos escravos. Deixou parte de sua fortuna para várias instituições de caridade, entre elas o hospital Santa Casa de Misericórdia, do qual fazia trabalho voluntário. A Rua Dona Veridiana fica em Vila Buarque, Centro.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Chumbo Quente: De frente com a brutalidade #bolsonarista

 Logo partiram para as agressões verbais

Hourpress

O cartaz ao fundo é o retrato da ideologia bolsonarista


Luís Alberto Alves/Hourpress

Nesta segunda-feira (9) fui à rua onde estava o acampamento de #bolsonaristas diante do QG do Exército, do Comando Sudeste, ao lado do Ginásio do Ibirapuera, Zona Sul de SP.  No local gravei um clipe para o #Tik #Tok. De repente entrei numa entrevista, ao lado de outros colegas #jornalistas, com últimos #bolsonaristas que estavam sendo retirados do local, por ordem do ministro do #STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Comecei fazer perguntas a respeito dos motivos do acampamento e quais eram as suas opiniões a respeito dos ataques terroristas ocorridos em #Brasília, durante o domingo (8). Logo partiram para as agressões verbais. Acusavam a todos nós jornalistas de sermos comunistas, de apoiar um governo onde não existe liberdade.

O estopim da ignorância surgiu quando perguntei se não era falta de coerência continuar criticando o voto através de #urnas eletrônicas, visto que o ex-presidente Jair #Bolsonaro (PL) havia chegado ao comando da Nação, por meio deste tipo de votação.  Logo vieram os xingamentos.

Um rapaz, com cerca de 30 anos, passou a me chamar de ignorante. Na visão dele, eu não conhecia tecnologia de informação, por isso, segundo ele, não tinha noção de que essa eleição presidencial era fraudulenta. Perguntou se eu era jornalista. Logo me identifiquei, retirando a minha credencial da carteira.

Repressão

Nada disso valeu a pena. Um #PM percebeu que os ânimos estavam saindo do controle, nos pediu para conversarmos na calçada. Ali, a situação ficou pior. Vieram outros #bolsonaristas e passaram a me cercar e intimidar os outros colegas de #imprensa. Nesta altura eles falavam aos gritos e gesticulando bastante.

Sem a polícia, jornalistas correm riscos


Um rapaz moreno, talvez de uns 30 anos de idade, logo soltou a pérola: “o negócio é soltar #bombas e acabar logo com essa raça de comunistas. Bando de mentirosos”, ameaçou. Logo, a experiência de 36 anos de jornalismo (alguns deles cobrindo greves e manifestações nas ruas, com forte repressão da polícia) orientou que precisava sair dali rapidamente.

Por precaução me retirei de costas, olhando para o grupo de #bolsonaristas, que continuavam a me xingar e ameaçar, mesmo com diversos #Pms próximos, para acompanhar a saída deles diante do QG do #Exército.  Ao subir a Rua Manuel da Nóbrega, dava para ouvir os palavrões ditos em relação a mim. Caso não tivessem policiais naquele local, sem dúvida eu e os demais colegas de imprensa teríamos sido linchados.

Percebi que democracia, na ótica #bolsonarista, só vale para um lado. O outro deve ser anulado ou morto. Não admitem o contraditório. Logo parte para ignorância ou até mesmo agressões físicas.  É ódio como algo comum, deixando em segundo plano o bom censo, que serve de bússola para as pessoas de bem. Daquelas que respeitam o direito do próximo, mesmo quando ele não  é bem visto.

Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Hourpress


Geral: Paulo Pimenta defende liberdade no exercício do trabalho jornalístico

 Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República se solidarizou com os profissionais agredidos

   Paulo Moura

Ministro Paulo Pimenta se reuniu com representantes de entidades de jornalistas


Redação/Hourpress

Na tarde desta segunda-feira (09), o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, se reuniu com representantes das entidades representativas de jornalistas do Brasil e profissionais de imprensa no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). Também participou do encontro o secretário de Políticas Digitais da Pasta, João Brant.
 

Durante o encontro, o ministro ouviu relatos sobre as agressões à imprensa registradas durante os atos violentos de domingo na Esplanada. Ao todo, foram registrados 13 casos de agressões contra jornalistas em Brasília. E, hoje, há relatos de mais 9 casos de agressões em diferentes estados do país onde há a desocupação dos acampamentos com manifestantes.
 

O ministro Paulo Pimenta afirmou que "há a preocupação do Governo Federal em demonstrar publicamente a solidariedade aos profissionais de comunicação e confirmar o compromisso com a liberdade no exercício do trabalho jornalístico. Nosso desejo é, dentro das várias iniciativas que estão sendo adotadas, fazer um capítulo especial com relação aos jornalistas".
 

O encontro contou com a presença de representantes da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), da organização Repórteres sem Fronteiras, profissionais da imprensa e a ex-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Tereza Cruvinel.

Geral: Para especialistas, não houve terrorismo em Brasília

 Quem estava manifestando, mesmo que pacificamente, ou fez doações ao movimento e nem chegou perto de Brasília, pode ser incluído nos processos

Os ataques foram terríveis  em Brasília


Redação/Hourpress

Os acontecimentos na Capital Federal na tarde de domingo, dia 8, foram assustadores. Milhares de pessoas tomaram de assalto as instalações do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto. Durante a invasão, foram quebrados vidraças e móveis, vandalizadas obras de arte e objetos históricos. Gabinetes de autoridades também foram invadidos e documentos foram rasgados e armas roubadas.

 

O ministro da Justiça, Flavio Dino, disse já foram detidos aproximadamente 1500 envolvidos nos atos e que as investigações pretendem alcançar apoiadores que não estiveram presencialmente nas invasões.

 

Para os especialistas em Direito Penal, a manifestação política é um direito do cidadão. Mas, a partir do momento que ela se torna violenta, como aconteceu no Distrito Federal (DF), em Brasília, se torna crime.

 

mestre em Direito Penal pela USP/SP, Matheus Falivene, explica que os atos no DF se enquadram no crime de tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, art. 359-M do CPP.

 

“A pena para esse crime é de quatro a oito de reclusão e além dele, poderão ser considerados como crimes assessórios a organização criminosa, lesão corporal, homicídio tentado, lavagem de dinheiro e dano qualificado”, disse Falivene.

 

Apesar de muitos classificarem os atos como terrorismo, Yuri Carneiro Coelho, doutor em Direito, especialista em Direito Penal e professor do Meu Curso Educacional, explica que eles não podem ser enquadrados como tal, uma vez que o art. 2º, da Lei nº 13.260, também conhecida como Lei de Terrorismo, traz as condições específicas para esse crime.

 

“O artigo diz que o terrorismo consiste na prática, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, por meio de atos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública. A motivação para as invasões no DF foi estritamente política para a derrubada do estado democrático de direito, de golpe de estado. Isso se configura como crime contra o Estado Democrático de Direito, que consta do Código de Processo Penal (CPP)”, explicou Coelho.

 

Falivene lembra que as investigações podem alcançar as pessoas que não praticaram as depredações e até mesmo àquelas que não estiveram presentes nas invasões.

 

“Aqueles que estavam com bandeiras e se manifestavam, mesmo que pacificamente, podem ser incluídos como apoiadores do movimento que se tornou violento. Inclusive quem fez doações em dinheiro e nem esteve na cidade naquele dia, pode ser processado”, destacou o advogado.

 

Coelho explica que a ação foi coletiva, um ato de concurso de pessoas, como é denominado no direito penal, e, em decorrência do princípio da legalidade e da responsabilidade penal subjetiva, é preciso que se identifique todos os envolvidos.

 

“As pessoas presas estão sendo identificadas e outras, com o desenrolar das investigações, também serão identificadas e presas. Dessa maneira, buscam chegar às pessoas que financiaram os atos, patrocinaram e organizaram. Mesmo que não estiveram lá, elas também serão responsáveis por todos os delitos que forem apontados para quem esteve presente”, concluiu o especialista.


Geral: Saiba quais são os primeiros indícios de desgaste nos cabos de ignição

 NGK recomenda uma série de ações para o motorista prevenir eventuais problemas

   Divulgação

Os cabos de ignição têm a importante função de conduzir a corrente elétrica 


Redação/Hourpress

Os cabos de ignição têm a importante função de conduzir a corrente elétrica da bobina até as velas de ignição. Entre as possíveis falhas desse componente está a deficiência de isolação elétrica, que permite que a alta tensão escape pelos cabos e promova falha no sistema de ignição. Para evitar que danos sejam intensificados na peça, a NGK, multinacional japonesa especialista em sistemas de ignição, aponta os principais sinais de desgaste nos cabos de ignição. Confira:

  • Aumento do consumo de combustível, que, se não for queimado no motor, pode comprometer componentes como o catalisador - que possui um custo muito elevado;
  • Ampliação dos níveis de emissões de poluentes;
  • Falha no funcionamento do motor;
  • Dificuldade na partida do motor;
  • Marcha lenta irregular;
  • Falha na retomada da velocidade.

Diante dos problemas que os motoristas podem enfrentar, o especialista Hiromori Mori, consultor técnico da NGK, indica procedimentos indispensáveis para prevenir eventuais desgastes nos cabos:

  • Realização de teste de isolação elétrica para checar se a sua isolação foi comprometida;
  • Medição da resistência elétrica dos cabos, uma vez que a resistência elevada dificulta a passagem de corrente elétrica;
  • Verificação de sinais de flash-over - passagem de corrente elétrica entre o cabo e as velas ou entre o cabo e a bobina de ignição que gera marcas visíveis nos cabos de ignição;
  • Constatação da integridade da borracha dos terminais dos cabos, porque o ressecamento ou a flacidez da borracha dificulta a isolação elétrica, enquanto os fios ressecados e rígidos sugerem ressecamento do material dos cabos de ignição.

De acordo com Mori, o uso do veículo em condições de trânsito intenso, em que há maior aquecimento da região do cofre do motor, compromete a vida útil dos cabos de ignição. Segundo o especialista, os vazamentos do óleo de motor, quando entram em contato com os cabos, provocam uma degradação do material que produz os cabos. Já o uso de produtos químicos para lavagem do motor ocasiona desgaste dos cabos de ignição por agressão química.  

“A melhor forma de evitar o problema nos cabos de ignição é a manutenção preventiva. Com o aquecimento provocado pelo uso do veículo, o material de borracha dos cabos de ignição apresenta um ressecamento. Por isso, é recomendável a troca dos cabos de ignição a cada três anos ou 60 mil quilômetros - o que ocorrer primeiro. Dessa forma, mantém-se a integridade dos cabos e o funcionamento correto do sistema de ignição”, explicou Mori.

O consultor da NGK aconselha que o processo de substituição dos cabos de ignição seja realizado por um profissional especializado em reparação automotiva por demandar uma sequência correta de instalação. “A inversão dessa ordem ou o uso de ferramentas incorretas pode provocar falhas na ignição, além de danificar os cabos novos”, alertou Mori.