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terça-feira, 10 de setembro de 2013

Variedades: Branca di Neve: do bairro do Bixiga para a eternidade

Branca di Neve morreu em 1989 no auge do sucesso, quando preparava o lançamento do segundo disco


Luís Alberto Caju

 O cantor Branca di Neve estava no auge quando morreu, aos 38 anos, de derrame cerebral em agosto de 1989. Seu álbum, Branca mete bronca!, volume 1 tinha vendido bem e as músicas estavam nas paradas de sucesso de todo Brasil, além dos salões de baile e rodas de samba.

 O hit "Boca Louca" o levou até ao programa Perdidos na Noite, apresentado por Fausto Silva, antes de ser contratado pela Globo. Ao contrário da maioria dos sambistas, que na época não caprichavam nas roupas quando apareciam na televisão; Branca di Neve optou pelo uso de smoking ou blazers bem cortados. Os músicos de sua afinada banda Mandela, trajavam batas, com notas musicais estampadas no peito. A beleza do visual combinava com o som de primeira. Bem no estilo de conjuntos e cantores norte-americanos.

 Antes de chegar ao sucesso, Branca di Neve (Nelson Fernandes Morais) comeu muita poeira, numa época (décadas de 1960, 1970 e início da de 1980) em que o samba não tocava muito em rádio, aparecia pouco na televisão e carregava o estigma de passatempo de bandidos.

 Aprendeu a tocar violão, com o velho suingue de Jorge Benjor, na praia do samba-rock, enquanto tocava surdo, no final da década de 1960, aos 18 anos,  em conjuntos que se apresentavam na casa de shows Barracão de Zinco, em Moema, Zona Sul, de Sampa.

 Pouco tempo depois passou a integrar a "cozinha" de conjuntos de samba ou de outros artistas, como Toquinho, parceiro de Vinicius de Morais durante vários anos, que viajavam ao Exterior. Nessa época, Branca  di Neve passou a ser muito requisitado para participar de gravações em estúdio, por causa do seu modo de tocar surdo. Sua batida tinha o som de um contrabaixo, algo que poucos ritmistas conseguem.

 No final da década de 1970 substituiu Rubão, um dos fundadores do grupo Os Originais do Samba, falecido em 1978. Mas o grande sonho de Nelsinho, como a rapaziada do bairro do Bixiga, Centro de Sampa, o chamava, era gravar um disco. O assunto aparecia após o futebol no time do bairro, o Luzitana; ou mesmo com a equipe Namorados da Noite, onde corriam atrás da bola o inesquecível locutor Osmar Santos, Chico Buarque, Miéle, Carlinhos Vergueiro, Zé Nogueira  entre outros.

                                                O Samba Pede Passagem

 Em 1986 o samba estava com muito gás. Mesmo boicotado pela maioria das rádios, ele aparecia no programa O Samba Pede Passagem, da FM rádio USP, apresentado por Moisés da Rocha. As músicas viraram balas na boca da população.

 É quando explodem, com o nome de pagode, canções do grupo Fundo de Quintal, Almir Guinéto, Jorge Aragão, Beth Carvalho, Eliana de Lima, Jovelina Pérola Negra, Zeca Pagodinho, Pedrinho da Flor, Cravo e Canela entre outros.

 Num domingo, final de 1985, Branca di Neve aparece no boteco que fica diante da quadra da Vai-Vai, bairro do Bixiga, região central de São Paulo, de violão em punho; canta dois versos de um samba-rock: "Você sabe a cor de Deus?/ quem sabe não revela..." Na roda de compositores e simpatizantes da alvinegra do carnaval paulistano, garantiu que iria gravar um LP (disco de vinil com 12 músicas). Este que vos escreve, se encontrava dentro do boteco, e em outras vezes chegou a tocar com Branca di Neve a mesma música. A maioria não levou a sério, porque era comum naquela época sambista prometendo disco, que nunca se tornava realidade.

 Meses depois ele estoura nas paradas com o álbum Branca mete Bronca! volume 1. O disco sumiu das lojas. Várias canções, a maioria em parceria com Antonio Luiz, passaram a tocar nas rádios FMs USP, no programa O Samba Pede Passagem, de Moisés da Rocha; e Sambalanço, da extinta Manchete, hoje Gospel FM. O hit "Boca Louca", autoria de Zelão, cobrador de ônibus da então CMTC, levou Branca di Neve ao Perdidos na Noite, apresentado por Fausto Silva.

 Em quase três anos, Branca di Neve fez shows em diversas cidades do Brasil. Um deles ficou na memória dos gaúchos, durante apresentação no ginásio Gigantinho, em 1988. Porém em agosto de 1989, o destino não permitiu que ele terminasse o segundo álbum: Branca mete Bronca! volume 2. O derrame cerebral impediu que Branca di Neve pudesse cantar para os casais apaixonados o samba-rock "Saudades da Minha Preta": Que saudades da minha preta/ aonde é que ela está/que saudades da minha nega/ sem ela não posso ficar"..



Cidades: Comissão da Câmara dos Deputados obriga casas noturnas a Alertar sobre os malefícios e riscos das drogas



Os cartazes visam alertar os frequentadores de boates e casas noturnas sobre os males provocados pelas drogas

Luís Alberto Caju

  A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou, recentemente, proposta que torna obrigatória a afixação de cartazes em boates e casas noturnas alertando sobre os malefícios e os riscos do uso de drogas.
 A medida está prevista no Projeto de Lei 710/11, do deputado Weliton Prado (PT-MG), e prevê multa de R$ 5 mil para o estabelecimento que descumprir a nova exigência. Em caso de reincidência, o texto estabelece cobrança em dobro.
 Relatora na comissão, a deputada Keiko Ota (PSB-SP) recomendou a aprovação do projeto com emendas. “É sim possível que o alerta produza uma reação que leve alguns jovens a fugirem da tentação de experimentar drogas”, diz ela. A parlamentar ressalta que, se apenas um jovem em cada 100 for influenciado pelo alerta, a mudança proposta já estará justificada.
                                      Responsável pela expedição de alvarás

 Ota, no entanto, incluiu no texto original dispositivo para tornar a afixação dos cartazes pré-requisito para expedição e renovação dos alvarás de funcionamento dos estabelecimentos. A relatora também deixa claro que a fiscalização da nova norma está a cargo do Poder Público responsável pela expedição dos alvarás.
 Pelo projeto aprovado, os valores arrecadados com eventuais multas serão destinados aos cofres públicos municipais, devendo ser prioritariamente usados em ações de combate ao uso de drogas. O Poder Público Federal terá 90 dias, após a publicação da nova lei, para elaborar o modelo padrão dos cartazes.
 Por fim, a relatora alterou a proposta para determinar que caberá ao Executivo definir em regulamento as normas para a confecção e a padronização dos cartazes. O projeto original atribuía essa função ao Ministério da Saúde, o que, segundo Ota, invade o princípio da separação de poderes.
 A proposta tramita em caráter conclusivo e já foi aprovada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio. O texto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Cidades: Empresas poderão ser multadas caso motorista assuma função de cobrador


O Projeto de Lei inclui a duplicidade de função motorista/cobrador como infração gravíssima no CBT



Luís Alberto Caju


 As empresas de ônibus poderão ter de pagar multa, caso o motorista acumule a função de cobrador. A medida está prevista do Projeto de Lei 5.327/13, do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que inclui a duplicidade de função entre as infrações gravíssimas previstas no Código Brasileiro de Trânsito (Lei 9.503/97).

 O parlamentar cita o acidente de ônibus ocorrido no Rio de Janeiro, em abril deste ano, que matou sete pessoas - o motorista também exercia a função de cobrador. O projeto, segundo ele, pretende “coibir a direção perigosa e desatenta, bem como responsabilizar a empresa transportadora de passageiros ou cargas pelo pagamento da multa”.
 A Câmara analisa outro projeto de lei (2.163/03) que proíbe as concessionárias de transporte urbano de exigir que os motoristas de ônibus exerçam simultaneamente a função de cobrador. A proposta foi aprovada pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, mas havia sido rejeitada pela Comissão de Viação e Transportes.
 Ela será analisada ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votada no Plenário.
O PL 5327/13 será votado de 
forma conclusiva pelas comissões de Viação e Transportes, e Constituição e Justiça e de Cidadania.


Radiografia de Sampa: Alameda Santos


A Alameda Santos começa no bairro do Paraíso e termina na Consolação


Luís Alberto Caju


 O nome Alameda Santos é homenagem à cidade paulista que teve como primeiro moradores Braz Cubas, Pascoal Fernandes e Domingos Pires. Eles, em 1º de setembro de 1545, obtiveram sesmarias concedidas pelo capitão mor Martim Afonso de Souza. Braz era o primeiro capitão mor. e mandou construir uma capela e a Casa de Misericórdia com a denominação Santos. Até aquela data o local era conhecido apenas como porto. Mais tarde passou a chamar-se Vila do Porto de Santos. Ela é a cidade mais antiga do Estado de São Paulo. A Alameda Santos fica no bairro da Consolação, Centro da capital paulista.


Jiló com Pimenta: PF no caso Amarildo, chapa quente síria, lixo nas ruas de Sampa



Não importa o local, os porcalhões jogam lixo ignorando qualquer tipo de proibição
Luís Alberto Caju

 Amarildo: Após quase dois meses do sumiço do pedreiro Amarildo Souza, 43 anos, na Favela da rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, o Ministério da Justiça estuda a possibilidade de a Polícia Federal instaurar inquérito visando apurar o caso. O governo federal decidiu tomar a decisão após vários deputados solicitarem formalmente a entrada da PF neste misterioso desaparecimento que ocorreu em 14 de julho.
  O pedreiro foi conduzido por PMs de sua casa até a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha). Ao sair dali nunca mais deu qualquer sinal de vida. É bem provável que esteja enterrado num cemitério clandestino, usado pelo crime organizado carioca. O estranho é que nenhum policial militar sabe de nada. É a prova da incompetência do governo Sérgio Cabral (PMDB). Se Amarildo fosse filho de alguém rico, o caso estaria resolvido há muito tempo.
 Chapa quente: A “batata” da Síria começou ficar quente, após o “dono do mundo” Estados Unidos ameaçarem bombardear aquele país em retaliação ao ataque de armas químicas há poucas semanas, que deixou mais de 1.500 mortos. Nesta terça-feira (10), o chanceler sírio, Walid al-Moualem, afirmou que o seu governo aceitou uma proposta russa para suas armas químicas ficarem sob controle internacional, tentando evitar ataque militar norte-americano.
 Por outro lado isso não significa que o regime ditatorial sírio pare com o extermínio da oposição, denominada pela situação de terroristas. Desde o início dos conflitos, há dois anos, mais de 1 milhão de habitantes já saiu daquele país. O número de mortos passa de 300 mil pessoas. Como fabricante de armas gosta de cheiro de sangue, essa guerra suja não tem hora para acabar. Tanto oposição quanto governo utiliza material bélico produzido por Rússia, Estados Unidos, China e até Israel. Ou seja, muda a cor do gato, mas que ele coma o rato.

 Amantes da sujeira: Em qualquer região de São Paulo, o lixo se acumula nas calçadas. Seja avenida ou rua, é a mesma cena: sofás, cadeiras, armários, sapatos, entulho e lixo doméstico. Não adianta colocar aviso de que é proibido jogar qualquer objeto naquele local. Os porcalhões passam por cima de qualquer determinação legal e fazem das nossas ruas lixões. É inútil a prefeitura fazer campanha publicitária ou aumentar a quantidade de veículos recolhendo a sujeira. Acaba fortalecendo a vontade de colocar mais lixo nas vias públicas. Infelizmente é a parte da população que se acostumou a viver na imundície. Talvez a casa deles seja igual chiqueiro.