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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Variedades Clássico na luta antirracista é relançado no Brasil com prefácio de Emicida



 Obra-prima do historiador Carter G. Woodson "A (des)educação do negro" reascende o debate sobre ativismo negro

Redação/Hourpress

Oito décadas. Este é o tempo que separa o momento atual dos  ensinamentos do historiador negro Carter G. Woodson trazidos na obra-prima A (des)educação do negro. Publicado em 1933, o épico manual antirracista, que prepara o negro para cumprir sua pária social, segue relevante e atual. Para que não seja esquecida, a Editora Edipro relança a obra icônica com prefácio assinado pelo rapper e escritor Emicida, que incorpora ao debate coletivo suas experiências pessoais.

Ele recorda de um episódio constrangedor vivido na escola. Cada aluno deveria trazer informações sobre a origem de sua família e Emicida ficou nervoso antes mesmo de chegar sua vez. O rapper lembrou das duas avós com quem teve contato, uma negra retinta e outra que era, conforme ele mesmo descreve: “o que o país se referia [erroneamente] como uma mulata”“Eu as descrevi e, titubeante, disse que talvez minhas avós tivessem vindo da África. A professora me repreendeu e me perguntou quem era a pessoa branca da minha família”, recorda.

Com muito esforço, me lembrei que, alguns anos atrás, havíamos sido visitados pela mãe de minha avó mulata, por minha bisavó, uma mulher da região Sul do país, que no Brasil é entendida como branca. Quando a mencionei, disse também que talvez ela fosse portuguesa, não por ter qualquer evidência sobre isso, mas porque me veio o nome de Portugal na cabeça. A professora sorriu carinhosamente e disse: “Tá vendo como você também tem uma origem bonita como todos os outros?”. (A (des)educação do negro, p. 9)

Carter G. Woodson é considerado o pai da história negra americana. Filho de escravos, trabalhou em minas de carvão antes de se graduar na Universidade de Chicago. O autor é o segundo negro dos EUA a obter um PhD pela Universidade de Harvard, na qual também lecionou. A obra de Carter demonstra que o sistema não prepara o estudante negro para o sucesso e o impede de ter uma identidade própria, doutrinando para que assuma uma posição de submissão social.

“Os ‘negros educados’ têm a atitude de desprezo em relação ao próprio povo porque em suas escolas, bem como nas escolas mistas, os Negros são ensinados a admirar os hebreus, os gregos, os latinos e os teutônicos e a desprezar os africanos” (A (des)educação do Negro, p. 13)

Após 40 anos de reflexão para, então, publicar a obra, Carter condenou os padrões de ensino eurocentrados; modelos escolares que desprezam a história e cultura africana; a inferiorização dos saberes de outras culturas, sobretudo de matrizes africanas, e aponta soluções para os problemas raciais. A principal mensagem do autor é mostrar que a educação formal das pessoas negras não é usada como instrumento de transformação.

Mesmo depois de oito décadas passadas essa constatação ainda está presente. E Emicida sintetiza o que deve ser feito na última frase de seu prefácio: “o que temos nesses escritos antigos é como uma bússola, que (...) ainda continua bastante atual e pode oferecer soluções valiosas para que o amanhã não seja só um ontem, com um novo nome.”

 Ficha técnica
Nome: A (des)educação do negro
Autor: Carter G. Woodson
Tradutora: Naia Veneranda Gomes da Silveira
Prefaceador: Emicida
Editora: Edipro
ISBN-10: 6556600385
ISBN-13: 978-6556600383
Formato: 21x14
Páginas: 128
Preço: R$ 31,90

Link de venda: https://amzn.to/3d3WUX8

Sobre o autor: Carter Godwin Woodson (1875-1950) foi um historiador, escritor e jornalista norte-americano. É considerado o pai da história negra americana, tendo iniciado a Semana da História Negra, que viria a se tornar o Mês da História Negra, realizado todos os anos em fevereiro, nos Estados Unidos. Filho de escravos, trabalhou nas minas e carvão de West Virgínia antes de se graduar pela Universidade de Chicago. Em 1912, tornou-se o segundo negro dos Estados Unidos a obter um PhD pela Universidade de Harvard. Durante a maior parte de sua carreira, lecionou na Universidade Howard, historicamente dedicada à comunidade afro-americana de Washington, D.C.

 

Variedades: Nomadland - Sobreviver na América leva 3 principais prêmios do Oscar

 


Melhor filme, melhor direção e melhor atriz ficaram com Nomadland


Agência Brasil 

O filme Nomadland - Sobreviver na América ganhou o Oscar de melhor filme, melhor realização e melhor atriz para Frances McDormand. A cineasta Chloé Zhao torna-se assim a segunda mulher na história a receber o prêmio de melhor diretora. A 93ª cerimônia dos prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas ocorreu, na noite deste domingo (25), na Estação Union Station, em Los Angeles, e no Dolby Theatre, em Hollywood, com restrições devido à pandemia de covid-19.

Nomadland - Sobreviver na América era o maior favorito e cumpriu os prognósticos, vencendo nas principais categorias do Oscar, entre elas a de melhor direção, com a estatueta entregue à cineasta sino-americana Chloé Zhao. Ela é a segunda mulher a conquistar esse Oscar, depois de Kathryn Bigelow, em 2010, com Estado de Guerra

93rd Academy Awards
Vencedoras do Oscar 2021 - REUTERS/Chris Pizzello/Direitos Reservados

É fabuloso ser uma mulher em 2021", afirmou Chloé Zhao ao comemorar a vitória.

 "Sou extremamente afortunada por poder fazer o que gosto", acrescentou a cineasta nos bastidores da cerimônia de entrega do Oscar, na madrugada de hoje (26). "Se esta vitória ajudar mais pessoas como eu a viverem os seus sonhos, sou muito agradecida por isso".

Nomadland - Sobreviver na América, considerado o melhor filme, conta a história de uma mulher - Fern, interpretada por Frances McDormand - que viaja pela América como nômade. Vive numa caravana, trabalha em empregos temporários e sobrevive na estrada, na sequência da crise econômica de 2008.

Ao receber o prêmio, Chloé Zhao dedicou-o "a todos aqueles que tiveram a fé e a coragem de se agarrar à bondade em si próprios e nos outros".

Embora o filme seja uma ficção, inclui testemunhos reais de norte-americanos que vivem na estrada, sempre em trânsito, numa comunidade nómade mais envelhecida e às margens da sociedade. O filme contou inclusive com nômades da vida real.

"Um dos momentos mais felizes para mim esta noite foi quando a Frances [McDormand] ganhou", disse Chloé Zhao aos jornalistas. "As pessoas podem não saber tudo o que ela fez, como produtora e como atriz, quão aberta e vulnerável foi e quanto me ajudou a fazer este filme. E como ajudou os nômades a sentirem-se confortáveis nas gravações. Ela é 'Nomadland'".

Com esse Oscar, Frances McDormand entrou no pequeno grupo de atrizes com mais de duas estatuetas da academia, juntando-se a Meryl Streep e Ingrid Bergman (três Oscars, cada), e a Katharine Hepburn (quatro). Ela conseguiu ainda vencer a indicação de melhor atriz, depois de Fargo (1996) e de Três Cartazes à Beira da Estrada (2018).

Indicado para sete estatuetas, o filme Nomadland completa um percurso de sucesso nos últimos meses, depois de ter ganhado quatro prêmios Spirit, os chamados Oscars do cinema independente: melhor filme, melhor realização, melhor montagem e melhor fotografia.

Por The Father, o britânico Anthony Hopkins, que não esteve presente à cerimônia, conquistou o segundo Oscar de melhor ator, 30 anos após a sua premiação pelo papel em O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme.

Veja, a seguir, os ganhadores do Oscar 2021:

Melhor Filme
Nomadland
Melhor Ator
Anthony Hopkins, por Meu Pai
Melhor Atriz
Frances McDormand, por Nomadland
Melhor Direção
Chloé Zhao, por Nomadland
Melhor Ator Coadjuvante
Daniel Kaluuya, por Judas e o Messias Negro
Melhor Atriz Coadjuvante
Yuh-Jung Youn, por Minari
Melhor Roteiro Adaptado
Christopher Hampton, Florian Zeller, por Meu Pai
Melhor Roteiro Original
Emerald Fennell, por Bela Vingança
Melhor Filme Internacional
Durk - Dinamarca
Melhor Fotografia
Mank
Melhor Documentário
My Octopus Teacher
Melhor Documentário em Curta-Metragem
Colette
Melhor Curta-Metragem
Two Distant Strangers
Melhor Animação
Soul
Melhor Curta de Animação
If Anything Happens I Love You
Melhor Canção Original
Fight For You (Judas e o Messias Negro)
Melhor Trilha Sonora Original
Soul
Melhor Edição
O Som do Silêncio
Melhor Figurino
A Voz Suprema do Blues
Melhor Cabelo e Maquiagem
A Voz Suprema do Blues
Melhor Edição de Som
O Som do Silêncio
Melhor Design de Produção
Mank
Melhores Efeitos Visuais
Tenet

Veículos: Mais de 80 anos da Nissan contados em uma coleção impecável




 Luís Alberto Alves/Hourpress

  • Local é aberto à visitação pública, mas site na internet também permite conhecer detalhes dos veículos

Zama é uma cidade amplamente industrial que fica a pouco mais de uma hora de carro do centro de Tóquio. Ali, a Nissan tem um complexo industrial importante e que guarda uma parte significativa de sua história. Dentro de um armazém de 5.600 m² estão “estacionados” mais de 400 carros que lembram – e contam – todas as mais de oito décadas da evolução da marca japonesa, nascida em 1933. É a Nissan Heritage Collection, local no qual a Nissan preserva com dedicação seu passado e seu próprio DNA.

Estão lá, muito bem conservados, o primeiro modelo fabricado, elétricos, carros-conceito, esportivos e bólidos que fizeram história nas pistas do Japão e que conservam marcas das provas que disputaram, como riscos e amassados.

A Nissan permite a visitação ao local com horário previamente marcado. O espaço é aberto das 10h às 16h, de segunda a sábado. Entretanto, pode-se conferir pela internet fotos e a história dos modelos (em inglês) que estão na coleção, pelo endereço https://www.nissan-global.com/EN/HERITAGE/index2.html.

Internacional: Covid-19: países oferecem ajuda à Índia para aliviar crise

 


País ultrapassou os 17 milhões de casos da doença


Agência Brasil 

Vários países, incluindo os Estados Unidos (EUA) e integrantes da União Europeia (UE), ofereceram à Índia material médico para ajudar a aliviar a crise de recursos do país, que enfrenta um violento surto de covid-19.

A ajuda internacional é enviada como "resposta urgente" às necessidades do segundo país mais populoso do mundo, que viu o número de infeções e de mortes multiplicarem-se dramaticamente em apenas algumas semanas, causando o colapso do seu sistema de saúde.

Apesar da grande capacidade de produção do país, conhecida como "a farmácia do mundo", o setor de saúde começou, na semana passada, a indicar que tinha um mínimo do material, devido ao grande número de doentes que chegam todos os dias aos hospitais.

O Reino Unido disse hoje que fará "todo o possível para aliviar o sofrimento" da Índia e, face à gravidade da situação, enviará ventiladores para evitar a repetição de dezenas de casos de mortes por falta de oxigênio nos hospitais.

A União Europeia também anunciou uma resposta coordenada dos Estados-membros para enviar recursos por meio do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.

Além disso, a França e a Alemanha informaram que vão oferecer material para ajudar no combate à crise, independentemente da resposta do bloco europeu.

Nesse domingo (25), os Estados Unidos anunciaram o embarque "imediato" de recursos médicos e material para a fabricação de vacinas que permitam enfrentar "com urgência" a grave crise.

O embarque de componentes químicos e princípios ativos para a fabricação de medicamentos é fundamental para a Índia, que abriga o maior produtor mundial de vacinas - o Serum Institute of India (SII) -, produtor da fórmula anticovid-19 do laboratório sueco-britânico AstraZeneca.

Na semana passada, o fabricante indiano pediu publicamente aos Estados Unidos que suspendessem as restrições à importação de matérias-primas para permitir aumentar a produção de vacinas, já que o Serum é produtor global e principal fornecedor da Índia.

O braço de investimentos do Governo de Singapura, o Temasek, também coordenou, neste fim de semana, o envio para a Índia de equipamentos médicos de emergência, incluindo aparelhos de respiração assistida.

A Força Aérea Indiana informou no sábado (24) que iria enviar navios cargueiros para Singapura, a fim de ajudar a transportar novos contêineres que permitam aumentar a capacidade de armazenamento do país.

A crise de saúde na Índia, que se tornou explícita em imagens de hospitais saturados, de escassez de alguns medicamentos para tratar o vírus e nas cremações massivas devido ao aumento das mortes, também levou a China, o Paquistão, os Emirados Árabes Unidos e a Austrália, entre outros países, a oferecer ajuda.

"Como gesto de solidariedade ao povo da Índia, no âmbito da atual onda de covid-19, o Paquistão ofereceu-se para dar apoio, com ventiladores, dispositivos Bipap (para ajudar a respirar), máquinas digitais de raios-X, equipamentos de proteção e outro material relacionado", disse, em comunicado, o governo paquistanês, apesar dos frequentes confrontos que tem com a Índia.

A Índia ultrapassou hoje os 17 milhões de casos de covid-19 e 195 mil mortes, em meio a forte onda da doença que, segundo o governo indiano, está "a sacudir o país".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3,1 milhões de mortes no mundo, resultantes de mais de 146,3 milhões de casos de infeção, segundo balanço da agência francesa AFP.

A doença é transmitida pelo novo coronavírus, detectado no fim de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China.


Artigo: Vila Mariana é uma das apostas do mercado imobiliário em 2021



 Com expectativa de crescimento de até 10% do setor, o bairro deve atrair novos empreendimentos

Redação/Hourpress

O mercado imobiliário tem projeções positivas para 2021, motivadas, sobretudo, pela queda na taxa de juros e demandas criadas pelas famílias durante o período de isolamento social. A expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC) é de crescimento de até 10% do setor em comparação com 2020. Em São Paulo, o bairro Vila Mariana segue como uma das apostas promissoras para essa retomada.

 No ano passado, o Comitê de Política Monetária do Banco Central realizou nove cortes na taxa de juros Selic, que chegou a 2%, o menor patamar histórico. Somente em 17 de março deste ano a taxa subiu 0,75%, passando para 2,75%.

 A Selic tem facilitado o acesso aos financiamentos imobiliários num momento em que as famílias passam mais tempo em casa, por conta da necessidade de isolamento social para conter a disseminação da Covid-19. 

 A quarentena tem contribuído para um olhar mais atento ao imóvel e, também, às novas demandas criadas pelos adultos que estão em home office e pelas crianças e adolescentes que estudam on-line e precisam realizar atividades de lazer em casa. 

Estudos feitos por representantes do setor corroboram as projeções positivas. Levantamento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) junto às 38 maiores empresas do setor revelou que 97% delas pretendem lançar um novo empreendimento este ano e 87% acreditam em aumento das vendas. 

 São Paulo

Na cidade de São Paulo, onde está localizado um dos mercados mais dinâmicos do país, o desempenho do setor segue positivo nos últimos meses. Pesquisa realizada pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) mostrou um marco em outubro do ano passado, quando foram vendidas 5.552 unidades habitacionais. 

Esse foi o melhor resultado para um mês de outubro desde o início da série histórica em 2004. Para se ter ideia, trata-se de um crescimento de 38% em comparação com outubro de 2019. O desempenho também revelou avanço de quase 8% em comparação com o mês anterior (setembro de 2020).

O ano de 2021 começou com bons índices. A pesquisa mais recente realizada pelo Secovi apontou que foram comercializadas 5.009 unidades em fevereiro, 49% a mais do que em janeiro. Na comparação com fevereiro de 2020, o crescimento foi de 19,6%.

 Vila Mariana

A Vila Mariana está entre as localizações mais desejadas por quem mora ou pretende viver em São Paulo e, por isso, segue como a aposta do mercado para o lançamento de novos empreendimentos imobiliários. E não poderia ser diferente, já que o bairro é conhecido pela boa localização, a infraestrutura e a segurança, atrativos muito valorizados na hora de escolher um imóvel.

Dentre os novos empreendimentos imobiliários previstos está o Vista Parque, da construtora Plano&Plano. O projeto está sendo construído em um terreno de 1.829,57 metros quadrados na Rua Doutor Clemente Jobim e prevê o incremento de 223 moradias para a Vila Mariana.

O empreendimento terá apartamentos com um dormitório, vagas de garagem e área de lazer com bicicletário, home office, churrasqueira, área fitness, salão de festa, playground, place pet e pet agility.

Atrativos do bairro

Localizada na Zona Sul de São Paulo, a Vila Mariana está distante apenas cerca de seis quilômetros da região central e é ladeada pela Rua Vergueiro e pelas avenidas 23 de Maio e Paulista. O deslocamento é facilitado pelas opções de transporte. O bairro conta com estação de metrô, paradas de ônibus e pontos de táxi.

Embora tenha um perfil residencial nobre, o bairro possui uma infraestrutura completa, que conta com comércio variado, shoppings, escolas, hospitais, bares e restaurantes. A gastronomia, aliás, é um dos principais atrativos, com destaque para os estabelecimentos da Rua Joaquim Távora. A vida noturna da Vila Mariana atrai moradores de outras regiões da cidade.

O bairro também respira cultura e é sede de importantes equipamentos como o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Sesc Vila Mariana, a Biblioteca Viriato Corrêa e o Museu Lasar Segall. As ruas arborizadas e as áreas verdes contribuem para uma maior qualidade de vida. É na Vila Mariana que estão localizados os parques Modernista e Ibirapuera.

Política: Projeto assegura gratuidade no transporte coletivo a mulher vítima de violência doméstica



 Créditos serão inseridos no cartão fornecido pela secretaria de transporte do município

Redação/Agência Câmara 

O Projeto de Lei 4252/20 assegura gratuidade temporária em serviços de transporte público coletivo a mulheres vítimas de violência doméstica abrigadas por medidas protetivas. A gratuidade, segundo o texto em tramitação na Câmara dos Deputados, valerá por 90 dias, prorrogáveis por períodos sucessivos enquanto durar a pandemia de Covid-19.

O pagamento das viagens, segundo a proposta, será operacionalizado por créditos inseridos em cartão de transporte fornecido pela secretaria de mobilidade e transporte de cada município. Caso o município não utilize o sistema de cartões, deverá assegurar à mulher, no mínimo, quatro viagens diárias no período.

Autor do projeto, o deputado Delegado Antônio Furtado (PSL-RJ) argumenta que vítimas de violência doméstica sofrem violações dos seus direitos fundamentais, o que acarreta a elas danos físicos, psíquicos e sociais. Ele acrescenta que muitas mulheres vítimas de violência enfrentam dificuldades por ausência ou insuficiência de recursos financeiros e patrimoniais.

“Proporcionar gratuidade de transporte a mulheres que sofrem violência doméstica é algo certamente de extrema importância para romper o ciclo de violações a que elas estão submetidas. A cada 1,4 segundo uma mulher é vítima de violência no Brasil”, diz o autor.

Tramitação
O projeto será analisado, em 
caráter conclusivo, pelas comissões de Viação e Transportes; dos Direitos da Mulher; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei


Política: Projeto dispensa frequência e prevê exames para a aprovação do aluno

 


Medida alternativa valeria durante a pandemia do novo coronavírus

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara 

O Projeto de Lei 2191/20 dispensa os estudantes do controle de frequência em razão da pandemia do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, autoriza as escolas a realizar exames de proficiência para fins de aprovação e promoção escolar.

A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados insere dispositivos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A medida valerá enquanto persistir no País a situação de emergência em saúde pública prevista na Lei 13.979/20.

“O projeto faculta o ensino domiciliar, para que as famílias que assim desejarem e tenham condições de fazê-lo possam manter os filhos em distanciamento social por mais tempo do que aquele determinado localmente por prefeitos e governadores”, disse o autor da proposta, deputado Mário Heringer (PDT-MG).

“O estudante que optar por permanecer em casa depois do retorno das aulas presenciais não teria as faltas computadas, mas, para ser aprovado e cursar o ano seguinte, precisaria se submeter ao exame”, explica o parlamentar.

Tramitação
O projeto tramita em 
caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


Política: Filha diz que Flordelis não sabia de plano para matar pastor

  


Simone Rodrigues afirmou ao Conselho de Ética que pagou ao irmão para matar Anderson do Carmo  

Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

A filha biológica da deputada Flordelis (PSD-RJ), Simone dos Santos Rodrigues, negou nesta segunda-feira (26) que a parlamentar soubesse do planejamento do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ).

O depoimento de Simone, que está presa, foi dado por videoconferência ao 
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. A deputada Flordelis é acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do crime. Ela nega e aponta Simone como responsável pelo assassinato.

“[Flordelis] não sabia de nada, não tinha ciência de nada do que estava acontecendo”, disse Simone. Ela respondeu a perguntas do relator do caso, deputado Alexandre Leite (DEM-SP), e da advogada de Flordelis, Janira Rocha.

Na videoconferência, Simone confirmou o que Flordelis já havia dito aos parlamentares: a filha sofreria assédio sexual do pastor. Por esse motivo, Simone teria dado R$ 5 mil a Marzy Teixeira, que os entregaria a Lucas dos Santos de Souza, para que "resolvesse a questão". Ambos são filhos adotivos da deputada.

“Eu estava em desespero. Não aguentava mais as investidas dele [de Anderson do Carmo]. Ele queria ficar comigo de qualquer forma. Ele ameaçava cortar o dinheiro da minha medicação, do meu tratamento de câncer. Eu não conseguia falar com a minha mãe. No desespero, comecei a ter síndrome de pânico, ansiedade, infelizmente usei drogas por causa disso. Fiquei atordoada, desorientada”, relatou Simone, que foi arrolada como testemunha pela defesa de Flordelis.

Segundo Simone, Anderson do Carmo “fazia bem” para Flordelis, mas a maior parte da família não gostava dele, nem de suas atitudes. A filha descreveu situações em que Anderson entrava em seu quarto, no banheiro quando ela tomava banho ou na lavanderia, para tentar agarrá-la e violentá-la.

“Ele [Anderson do Carmo] me dava dinheiro. Ele me chamava muito de B, ‘fica com esse dinheiro aqui’, às vezes R$ 1 mil, às vezes R$ 500, eu ia guardando”, contou Simone. “Todas as vezes que ele me dava um dinheiro e pagava um tratamento, alguma medicação, ele mandava mensagem no meu telefone, ‘B, olha como estou sendo bom com você, como estou sendo legal, sua mãe não precisa saber. Se você me olhar diferente, você vai ter tudo a seu favor, você não vai precisar trabalhar nunca’. Eu aceitava o dinheiro, mas não aceitava as palhaçadas que ele fazia para mim.”

Simone também contou que não tinha coragem de falar com Flordelis “por amor, respeito”. Segundo ela, sua mãe era “apaixonadíssima” pelo pastor e jamais acreditaria.

Outros depoimentos
Lucas dos Santos de Souza, o irmão adotivo que teria recebido dinheiro para matar Anderson do Carmo, já depôs ao Conselho de Ética e disse que, não havia como Flordelis não saber do assassinato.

Por sua vez, a delegada Bárbara Lomba Bueno, que iniciou as investigações do assassinato e também falou ao conselho, declarou que a parlamentar exercia influência sobre os envolvidos no crime e apontou disputa de poder como a causa do assassinato.

Simone dos Santos Rodrigues negou que houvesse disputa entre os filhos biológicos e adotivos de Flordelis. Segundo ela, havia tratamento igualitário para todos. Mesmo assim, ela acredita que por ingratidão alguns dos irmãos dizem que Flordelis sabia da trama. “Minha mãe pegou para criar com carinho, com amor. Infelizmente sangue conta muito. Eu tenho filhos adotivos, mas eu crio meus filhos sabendo que sangue pode falar mais alto," disse.

Ao fim do processo, o Conselho de Ética da Câmara poderá propor o arquivamento ou punições, como advertência, suspensão ou cassação do mandato da deputada Flordelis. São necessários 257 votos favoráveis à cassação no Plenário para que a deputada perca o mandato.


Artigo: Passaporte de imunidade

 


Objetivo é impedir a disseminação do vírus

Redação/Hourpress

A luta contra a pandemia do novo coronavírus é mundial. Até o momento, o levantamento do Our World in Data, plataforma de pesquisa mantida pela Universidade de Oxford estima que tenham sido administradas mais de 456 milhões de vacinas no mundo até o final de março deste ano. No estudo, o Brasil aparece em 4º colocado, com mais de 18,22 milhões de doses.

A vacinação traz certa segurança para a retomada da rotina, e isso inclui viajar. A União Europeia e o Reino Unido, por exemplo, exigem o exame de RT-PCR com validade de 48 horas para aos viajantes que quiserem ingressar em seus países. No Brasil, essa realidade não é diferente. Lugares turísticos como Ilhabela publicou um decreto restringindo os turistas que não apresentarem o exame negativo com validade máxima de 48 horas. Essa prática tem sido chamada de Passaporte de imunidade, e seu objetivo é impedir a disseminação do vírus.

Em contrapartida, lugares como a Malta está oferecendo recompensas para quem visitar a Ilha, com o intuito de estimular o turismo e economia na região. Cada viajante receberá entre 50 e 100 Euros, conforme a categoria do hotel. Para isto será necessário estar vacinado contra a covid-19.

Acompanhando a movimentação do turismo e das soluções para o combate à pandemia, a NL Diagnóstica, empresa com soluções diferenciadas em diagnósticos, teve um aumento de 2000% por testes para detecção de anticorpos neutralizantes do covid-19 neste ano. O exame é desenvolvido por meio da tecnologia C-Pass é capaz de identificar se o paciente desenvolveu imunidade ou não, estando o corpo apto a combater a infecção ocasionada por aquela cepa do vírus.

Responsável também pelos testes rápidos (como o do nariz), a NL apresentou uma média de distribuição de 100 mil unidades por mês para todo o Brasil. Ele tem eficácia de 92% a 97% e se destaca por identificar o antígeno, ou seja, o próprio vírus, em vez dos anticorpos – a reação do paciente ao vírus.
“O PCR é um exame de bom desempenho e com alto índice de assertividade ao diferenciar um paciente infectado do não-infectado. É o ideal para diagnóstico de covid-19”, afirma Fábio Moruzzi, Diretor Comercial da NL Diagnóstica.

Economia: Comercialização de bicicletas crescem 50% em 2020 e Seguro Bike aumenta 162%

 


O mercado de seguros nesse segmento teve um crescimento de 162% durante o segundo trimestre de 2020

Redação/Hourpress

Com os números de casos de corona vírus aumentando, as pessoas que precisam se deslocar pela cidade, decidiram migrar para outros meios de transporte. Para evitar as aglomerações dos transportes públicos, cerca de 38% dos brasileiros que não possuem veículo próprio, acreditam que as bicicletas são as melhores opção para se deslocarem, de acordo com os dados divulgados pelo Datafolha.

Com o propósito de deixar as cidades mais seguras para os ciclistas, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), apresentou algumas novas regras. A partir de abril, os carros deverão diminuir a velocidade ao ultrapassar um ciclista de forma compatível com a segurança do trânsito, essa regra passa a ser gravíssima e o infrator deverá pagar uma multa de R$293,47 e levará 7 pontos na carteira.

Outra regra que entra em vigor é a proibição para automóveis pararem, estacionarem para embarque e desembarque nas ciclofaixas e ciclovias. Caso ocorra, o infrator terá que pagar uma multa de R$195,23 e levará 5 pontos na carteira.

Em 2020, a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike), apresentou um crescimento de 50% no número de vendas em comparação a 2019. Devido à alta procura por bicicletas, o mercado de seguros nesse segmento teve um crescimento de 162% durante o segundo trimestre de 2020.

Ciclista há 8 anos, o COO fundador da maior rede de franquias de corretora de seguros do Brasil, Seguralta, o empresário Gustavo Zanon, comenta sobre o segmento de bicicletas e sobre essa modalidade de seguro.

“Comecei a pedalar em 2013, super sedentário e sem pretensão nenhuma. Até que fui convidado por um amigo a participar da prova: L’Étape, conhecida como Tour de France, a mais tradicional prova de ciclismo de estrada mundial. A prova teve a duração de 22 dias e um percurso de 130km. Fui na cara e na coragem, depois dessa experiência, nunca mais quis e nem parei de pedalar”, comenta.

O empresário possui o hábito de pedalar todos dias, com o intuito de manter o ritmo e aumentar o desempenho nas atividades do dia a dia, seja no trabalho ou em casa com os filhos e a esposa.

Para Gustavo, o seguro bike é essencial em sua vida, pois ele é uma garantia de que não ficará sem um apoio quando algo acontecer com o seu veículo.

“Nem sempre saímos em grupos ou com algum colega para pedalar e te ajudar caso aconteça algum acidente. As pedaladas geralmente são longas e em lugares pouco movimentados, então se o pneu furar ou se você passar mal, não tem ninguém para te ajudar na hora, o seguro entra em cena para fazer um resgate, rebocar a bike ou levá-lo até o local que você precisa. Em outro cenário, se a pessoa trabalha com a bike, e precisa deixá-la estacionada na rua, em caso de roubo o seguro vai indenizar essa perda”, comenta.

O seguro bike é flexível e atende as necessidades de todos os ciclistas, sejam aqueles que utilizam a bicicleta para esporte, competição ou trabalho. O preço do serviço vai variar conforme o modelo da bicicleta, quanto mais elevado o nível e mais coberturas incrementadas no seguro, mais caro ele fica.

“Para aqueles que estão em dúvida e pesquisando sobre o seguro bike, precisam analisar bem quais são suas necessidades para contratar as coberturas e assistências certas. Assim, você terá o melhor custo x beneficio que pode ter do serviço”, finaliza o empresário.

Presente no mercado de seguros há mais de 50 anos, a Seguralta oferece essa modalidade de seguro com coberturas que contemplam roubo, furto, assistência 24horas, quebra de bicicleta, acidente e responsabilidade civil. O seguro cobre todos os modelos de bicicleta, sejam profissionais ou os modelos mais simples.

O valor do seguro varia do modelo, do valor, das coberturas e das assistências que o assegurado deseja contratar.


Economia: Caixa inicia hoje campanha de arrecadação de alimentos

 


Expectativa é doar 160 toneladas de mantimentos em 2021


Agência Brasil 

Agências da Caixa de todo o país servirão, a partir de hoje (26), de pontos de coleta de alimentos não perecíveis, conforme anunciado pelo presidente do banco, Pedro Guimarães, na última sexta-feira (23).

A campanha de arrecadação integra o programa Caixa Solidária e tem, por objetivo, beneficiar famílias em situação de vulnerabilidade. A Caixa ressalta que 4,2 mil agências participam da campanha, mas apenas como pontos de coleta - e que, portanto, não haverá distribuição de alimentos nesses espaços.

O recolhimento e a distribuição dos alimentos será feita por meio de parceria com o programa Pátria Voluntária, do Governo Federal, e beneficiará instituições contempladas no âmbito do projeto Brasil Acolhedor. A lista com o nome das instituições que receberão os alimentos será divulgada regionalmente nesta semana.

De acordo com a Caixa, a expectativa é doar 160 toneladas de mantimentos em 2021. O número faz alusão aos 160 anos da Caixa, comemorados no dia 12 de janeiro.

“Além disso, a Caixa destinará R$ 50 milhões de seu Fundo Socioambiental anualmente para apoio a projetos de preservação de florestas e parques em todos os biomas brasileiros”, informou, em nota, o banco, referindo-se ao programa Caixa Refloresta, que pretende plantar 10 milhões de árvores em cinco anos.

Chumbo quente: Lula vai jogar no erro de Bolsonaro



Erro cometido por ministros sem experiência no jogo da política internacional

Luís Alberto Alves

Por mais que os comentários em relação às eleições de 2022 mirem no embate entre Lula e Bolsonaro, muita água vai passar por baixo da ponte. A começar pela própria esquerda, cada vez mais desunida, fazendo o jogo de divisão orquestrado pela direita.

Porém, só um maluco para apostar na tese de que o ex-presidente Lula não vai concorrer ao cargo que ocupou duas vezes no Palácio do Planalto. Ele é cada vez mais candidato. Só resta definir o vice.  Caso não cometa nenhuma besteira, é bem provável que seja eleito.

Não é novidade para ninguém, o quanto grandes empresários estão desgostosos com o aprendiz de presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido).  Para não provocar vingança, os elogios são no privado. Cansaram de perder dinheiro nesta gestão.

As brigas contra os grandes parceiros comerciais do Brasil repercutiram nas famosas reuniões de acionistas das empresas que geram milhares de empregos no país e rendem quantia elevada no pagamento de impostos. Erro cometido por ministros sem experiência no jogo da política internacional.

China

Bolsonaro se esqueceu que entre nações existem negócios, nunca amizade pessoal. Afinal de contas, os políticos passam, mas as transações financeiras permanecem. Nem os Estados Unidos, crítico ferrenho da ideologia comunista da China, recusam manter acordos de exportação para o maior mercado consumidor do mundo.

É só recordar  o que  Henry Kissinger, responsável pela política internacional norte-americana no governo Nixon, plantou na China, na primeira metade da década de 1970, os Estados Unidos colhem os bons frutos até hoje.

Em cima dos erros cometidos por Bolsonaro (ele não cansa de cometê-los) é que Lula vai montando sua estratégia para retornar ao cargo de presidente da República. Como se fala no linguajar popular: “Bolsonaro não para de dar milho para bode”!

 

Geral: São Paulo autoriza uso de estacionamentos por bares e restaurantes

 

Estabelecimentos não são obrigados a aderir

Agência Brasil 

EBC

A prefeitura de São Paulo autorizou os bares e restaurantes a instalarem mesas e cadeiras nas áreas de estacionamento das ruas da cidade. Um decreto publicado no último sábado (24) estabelece as regras para a utilização desse espaço público. Essa possibilidade, antes prevista para um conjunto limitado de ruas e avenidas, foi expandida para toda a cidade.

Segundo a prefeitura, a decisão se baseia em pesquisas que indicam que a transmissão do coronavírus é menor em ambientes ao ar livre. Assim, os estabelecimentos podem funcionar com mais segurança, dentro das fases de flexibilização da quarentena do plano do governo estadual para enfrentar a pandemia do novo coronavírus.

As regras determinam que as mesas devem ser instaladas a dois metros de distância uma das outras. A área onde os clientes serão atendidos deve ser cercada de modo a só ser acessível a partir da calçada. Fica mantida a proibição do atendimento a clientes em pé.

Higienização será diária

Os estabelecimentos não são obrigados a aderir. Mas os que fizerem a instalação serão obrigados a garantir a higienização diária do espaço e, em caso de desistência, fazer a desmontagem das estruturas. O uso de máscaras de proteção também é obrigatório.

Os espaços também não podem se sobrepor a pontos de ônibus ou ciclovias. A Comissão de Proteção à Paisagem Urbana vai apresentar regras para a possibilidade de que os projetos tenham marcas e logotipos de patrocinadores, respeitando a Lei Cidade Limpa, que limita esse tipo de inserção. A fiscalização do cumprimento de todas as normas ficará a cargo das subprefeituras.

Atualmente, a capital paulista está enquadrada na chamada fase de transição do plano de quarentena do governo estadual. Nessa etapa, bares, restaurantes e lanchonetes podem abrir das 11h às 19h com no máximo 25% da capacidade de ocupação.

Geral: Loja de material de construção é condenada a indenizar conferente que trabalhava em “gaiola”

 

Ela não tinha a chave do local e era chamada de “leãozinho” pelos colegas


Redação/Hourpress/TST

Divulgação

A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho confirmou o direito a indenização de uma conferente da Comércio de Materiais para Construção Joli Ltda., de Jundiaí (SP), que trabalhava em gaiolas, sem acesso a banheiro e bebedouro. Ao examinar o recurso, a Turma aumentou o valor da condenação para R$ 20 mil. 

Promoção forçada

A empregada fora contratada em março de 2015 como operadora de loja e, em julho de 2016, disse que recebeu uma “promoção” forçada para conferente, dois meses antes de ser dispensada sem justa causa. Depois de um curto treinamento de duas semanas, ela passou a trabalhar em gaiolas, das quais não tinha as chaves. 

“Leãozinho”

Para usar o banheiro ou beber água, ela tinha de mandar mensagem de rádio aos funcionários que estivessem por perto, para que avisassem a gerente para abrir a porta da gaiola. Sua situação era motivo de chacota dos vendedores, que a chamavam de "leãozinho" e cantavam uma música com o apelido quando a viam. 

Conferência

A loja, em sua defesa, negou que a empregada ficasse trancada no local de trabalho e sustentou que o setor de conferência exige “certo cuidado” na separação dos produtos, que, ao chegarem, não devem ser misturados com os já existentes no depósito. Embora admitindo que o local era separado por grades, a loja afirmou que os conferentes tinham as chaves.

Diante da comprovação da versão da conferente pelas testemunhas e por outras evidências, o juízo de primeiro grau condenou a empresa a pagar R$ 60 mil de indenização, mas o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas/SP) reduziu o valor para R$ 10 mil.

Condições danosas

Para o relator do recurso de revista da profissional, ministro Mauricio Godinho Delgado, são patentes os danos morais decorrentes das medidas adotadas pela empresa ao realizar a chamada “promoção forçada”. Ele destacou, entre as circunstâncias e os procedimentos utilizados pelo empregador, a promoção sem consentimento, em condições mais danosas, o fato de ela ficar trancada em “gaiolas”, que também não tinham ventiladores. 

Quanto ao valor da reparação, considerando essas premissas, o grau de culpa e a condição econômica da empresa, o caráter pedagógico da medida e o tempo de prestação de serviços, o ministro considerou módico o montante fixado pelo TRT e propôs sua majoração.

A decisão foi unânime.

Artigo: Médico alerta sobre o colapso na área da saúde nos próximos meses

 

Pacientes com outras doenças graves, que deixaram de lado o tratamento durante a pandemia, podem sobrecarregar a rede

Redação/Hourpress

Arquivo

Apesar de algumas cidades brasileiras terem saído da fase emergencial, o iminente colapso da saúde, tão temido e falado pelos especialistas, deverá acontecer nos próximos meses. Para os médicos, o cenário dramático, instaurado pela pandemia, poderá se agravar, porque além de pacientes com Covid-19, indivíduos com outras doenças expressivas, como cânceres, aneurismas, patologias cardiovasculares entre outras, (apesar do alto risco, até de evolução para óbito em meses ou anos), deixaram de lado o tratamento durante a pandemia, e precisarão de atendimento o mais breve possível, o que poderá sobrecarregar a rede hospitalar.   

De acordo com o cirurgião vascular e vice-diretor de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fábio Sotelo, tal fenômeno acabou sendo fruto do receio das pessoas contraírem a Covid-19 nas unidades de saúde e hospitais, e, com isso, atualmente, os pacientes chegam aos prontos-socorros já infartados, com infecções graves em membros com alto risco de amputação, aneurismas rotos e cânceres em estágios avançados.

Na opinião do especialista, soma-se a isso a escassez de planejamento, visão focada somente no problema atual da Covid-19 e não na saúde como um todo. “Os cancelamentos de cirurgias eletivas e a postergação do tratamento de pacientes com numerosas doenças crônicas, que ainda hoje são responsáveis pela liderança nas causas de morbimortalidade no Brasil e que consomem a maior parte dos recursos privados e do SUS, levarão a um represamento de intervenções e aumento das complexidades dos mesmos, pela maior gravidade destes casos, o que além de consumir mais recursos, exigirá maior número de profissionais de saúde dedicados simultaneamente à Covid-19 e a outras enfermidades, situação já exígua em diversos municípios brasileiros”, esclarece.

Dr. Sotelo comenta também que uma pesquisa realizada pelo site Angioplasty.org, em 8 de abril de 2020, com cardiologistas, mostrou que o número de pessoas que morreram em casa nos EUA, entre 30 de março e 5 de abril de 2020, foi 800% maior do que o mesmo período em 2019. Este mesmo levantamento ainda apontou que equivalente a mesma época, houve uma queda de ao menos 50%, no número de pessoas tratadas em hospitais por esses problemas de saúde. “No Brasil, as publicações ainda são escassas sobre este tema, sobretudo nos SUS, mas, aguardamos o relatório de 2021 da Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP), para avaliarmos tal cenário”, revela.

O médico pontua que, para a especialidade vascular, o afastamento dos consultórios e o cancelamento de procedimentos durante a pandemia ocasionarão sérias consequências. “As sequelas serão o aumento das amputações, o mau tratamento de tromboses venosas e o risco de embolia pulmonar, a piora das lesões varicosas, o aumento do número de AVC´s pelas estenoses carotídeas, dentre outras”. Além disso, o médico explica que, hoje, com a Covid-19, existe o aumento de casos de tromboses arteriais e venosas, com riscos importantes até de óbitos, além das amputações. Vasculites, dores em membros inferiores constantes pós-Covid-19 e até decorrências de tratamentos do novo coronavírus em casos graves, como uso de cateteres e pós- Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO), por exemplo, que também serão motivos de encaminhamento ao cirurgião vascular. “Estamos em fase de desvendarmos todas as facetas deste novo vírus e suas variantes. Ainda muito imprevisível, atualmente”, finaliza.

 

A SBACV 

A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) é uma associação sem fins lucrativos, que visa a defender os direitos de seus profissionais, médicos e residentes, especialistas em saúde vascular. Além disso, tem como objetivo incentivá-los à produção científica, aprofundando as pesquisas nas áreas de Angiologia, Cirurgia Vascular e Endovascular, Angiorradiologia e outras modalidades. 



Saúde: STF nega prazo maior para Anvisa decidir sobre Sputnik V

 

Ministro mantém prazo de 30 dias para análise de pedido de importação


Agência Brasil 

Arquivo

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou hoje (26) um pedido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para suspender o prazo de análise sobre pedidos de importação da vacina Sputnik V, desenvolvida na Rússia contra a covid-19.

Em 13 de abril, Lewandowski determinou que a Anvisa analisasse em 30 dias um pedido do Maranhão para importar a vacina, que já é utilizada em países como a Argentina, mas cujo uso, emergencial ou definitivo, ainda não foi autorizado pela agência no Brasil. Ele também proferiu ordens similares relativas aos estados do Piauí, Amapá e Ceará. Em todos os casos, os prazos se encerram nesta semana. 

Diante do prazo determinado pelo ministro, a Anvisa marcou uma reunião extraordinária de sua diretoria para esta segunda-feira (26), às 18h, quando deve avaliar os pedidos de autorização excepcional de importação e distribuição (AET) da Sputnik V feito pelos estados.

Em paralelo, contudo, a Anvisa havia peticionado a Lewandowski, na semana passada, que suspendesse o prazo de 30 dias para a análise dos pedidos de importação. Tal prazo está previsto na Lei 14.124/2021, que trata de medidas excepcionais para aquisição de vacinas e insumos para o combate à pandemia de covid-19.

A agência argumentou, entre outros pontos, que “o relatório da autoridade russa para concessão do registro da Sputnik V não é público e não há dados em outras fontes capazes de trazer as informações sobre qualidade, eficácia e segurança para o processo de importação em questão”.

Ao negar o pedido, nesta segunda (26), Lewandowski afirmou que não há brecha na legislação que permita a suspensão do prazo de 30 dias. “O elastecimento do prazo pretendido pela Anvisa não só contraria a letra da Lei nº 14.124/2021, como também o seu espírito, eis que sua edição foi motivada pela exigência de dar-se uma resposta célere aos pedidos de aprovação das vacinas já liberadas por agências sanitárias estrangeiras e em pleno uso em outros países”, escreveu o ministro.

Lewandowski afirmou que cabe à Anvisa não autorizar o pedido de importação ou uso emergencial da vacina, mas que tal decisão deve estar embasada tecnicamente, “não se admitindo a mera alegação de insuficiência da documentação ou a simples alusão a potenciais riscos”, escreveu o ministro.

Ele reafirmou que, caso a Anvisa não decida sobre os pedidos de autorização de importação e distribuição no prazo de 30 dias, os estados ficam automaticamente autorizados a importar e distribuir a Sputnik V.