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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Variedades: Lili Araujo canta a beleza da amizade

 

Cantora e compositora carioca festeja a parceria com o músico Alegre Corrêa


Redação/Hourpress

Soraia Costa

Como outros artistas brasileiros que passaram pela experiência de viver por um período no exterior, Lili Araujo voltou mais consciente de sua identidade. No início de 2006, aos 23 anos, ela cantava sambas e dedilhava choros em seu cavaquinho, quando se mudou para Viena, na Áustria. Três anos depois, ao retornar ao Rio de Janeiro, trouxe na bagagem seu primeiro disco e dezenas de composições. “A volta ao Brasil foi um reencontro com as minhas raízes, mas também a possibilidade de fazer uma música que mesclasse bossa nova, samba-jazz e canções mais sofsticadas. Agora eu sei que tenho uma identidade”, refete hoje a cantora e compositora carioca, que em março de 2020 fará o lançamento de “Dájazz”, seu quarto álbum. No currículo musical de Lili, além dos discos “Bem Natural” (independente, 2016), “Casa Aberta” (Delira Música, 2012) e “Arribação” (O?cina Records, 2008), chamam atenção os shows que fez em conceituados clubes de jazz da Europa, como o dinamarquês Jazzhus Montmartre (em Copenhagen), o austríaco Porgy & Bess (Viena) e o suíço Bird’s Eye (Basel). Também merecem ser mencionadas as participações de Lili em dois respeitados festivais: o sueco Stockholm Jazz Festival e o uruguaio Festival Internacional de Jazz de Punta del Este, onde teve a oportunidade de encontrar o saxofonista cubano Paquito D’Rivera. “Além de conhecê-lo, de ouvi-lo e de rir com ele, foi um show muito importante para mim”, destaca a cantora.

Em “Dájazz”, seu novo álbum, Lili festeja a amizade e a parceria com o músico Alegre Corrêa, que conheceu em Viena. Veterano multi-instrumentista e compositor gaúcho, que hoje vive em Florianópolis (SC), ele morou por quase três décadas na Europa, onde desenvolveu uma carreira de sucesso. “Alegre se tornou um mentor musical e, ao mesmo tempo, uma espécie de ?gura paterna para mim. Ficamos muito amigos”, conta Lili. 

“Me espelhei muito na figura dele, em como ser profissional e liderar meu trabalho, em como me colocar no palco com responsabilidade e firrmeza. Alegre foi minha faculdade de música, ele me lapidou”, reconhece. Durante os anos na Europa, Lili também teve a oportunidade de conviver com músicos de jazz, que a aproximaram desse gênero musical. “Ao chegar lá, cantei muita bossa nova com amigos que tocavam jazz. Também formei um grupo de estudos de choro com alunos da faculdade de jazz de Viena”, relembra a cantora, que antes mesmo de sair do Brasil já era infuenciada pelos discos e pelas vozes de Joyce e de Rosa Passos. “Eu já paquerava a bossa nova aqui no Rio, mas devo toda minha base musical ao samba e ao chorinho”.

 

As faixas do álbum     

A ligação com o jazz, que também está presente nos primeiros discos de Lili, foi um dos motivos para que ela decidisse batizar o novo álbum de “Dájazz” – título emprestado do irresistível samba-jazz composto por ela, que retrata com descontração o final de um relacionamento amoroso. “Para mim, ‘dá jazz’ também quer dizer que está tudo certo, que a gente vai improvisando e misturando as coisas”, explica a compositora. 

Portanto, além de contar com o próprio Alegre Corrêa (voz, violão, percussão e bateria) para as gravações do álbum, é natural que Lili também tenha convidado músicos ligados ao jazz e à música instrumental, como o saxofonista e arranjador Henrique Band e o baixista catarinense Rodrigo Lúcio. Sem falar no pianista paraibano radicado em São Paulo, Salomão Soares, uma das grandes revelações desse gênero musical nesta década, em nosso país. A bossa nova “Palpite” (outra composição da cantora), já lançada em seu recente EP, também traz na letra a temática da relação amorosa, mas desta vez com um ponto de vista mais sonhador e otimista. No solo, Rodrigo Lúcio demonstra seu talento, improvisando ao baixo elétrico.

“A Voz do Brasil” é um contagiante samba-exaltação de Alegre, que Lili canta com graça e doçura, apoiada pelo piano de Salomão, que esbanja suingue. O pianista também brilha em “Gávea”, divertido choro cantado (de Alegre e Márcio Tubino), que descreve uma conturbada partida de futebol. Lili prova ter jogo de cintura, ao encarar os encrencados versos da letra, em ritmo sincopado.

Parceria de Alegre e Lili, composta quando os dois moravam em Viena, a canção “No Mundo Inteiro” expressa o ponto de vista do imigrante. “Ao mesmo tempo que aprendi muito na Europa, onde fui muito feliz naquela época, eu sentia saudade do Rio e da cultura mais despojada dos brasileiros. É a sensação de que você pode passar uma vida inteira naquele continente, mas jamais será de lá ou um deles”, reflete a letrista. Lili e Alegre dividem os vocais, na canção “Zamba Zumbi”, outra parceria que nasceu na Áustria. Na época, a cantora estava lendo um livro sobre orixás e sugeriu fazerem uma canção de ascendência afro. Os dois não chegaram a conclui-la. A parte final, criada por Alegre, só surgiu mais tarde.

Da mesma safra de composições da dupla, “Mais Um Dia” destaca a participação especial do cantautor François Muleka, que divide os vocais com Lili. A simplicidade desta canção, com um tempero rítmico nordestino, se afina com os versos, que aludem à poesia do cotidiano. 

 Finalmente, a delicada canção “Amizade” (composta por Alegre) reúne as vozes de Lili, Muleka, Valéria Lobão e do próprio autor, em um coro emotivo. “Este disco expressa amizade”, observa Lili, referindo-se não só às antigas relações de amizade que tem com Alegre e François, mas à proximidade entre os músicos e técnicos que se acentuou durante as gravações. “Só não chamei este CD de ‘Amizade’, porque Dudu Filetti, grande cantor e amigo de Florianópolis, já fez um disco com esse nome. Por isso escolhi a canção ‘Amizade’ para encerrá-lo, como uma síntese do projeto, como a ideia do disco em si”, concluiu a cantora.

Internacional: Exportação de carne do Brasil aumenta 12% no ano até agosto

 

China compra 65,8% mais, informa Abrafrigo


Agência Brasil 

Reuters

As exportações brasileiras de carne bovina aumentaram 12% no acumulado do ano até agosto, passando para cerca de 1,3 milhão de toneladas, com impulso de importações pela China, que elevou em 65,8% as compras no mesmo período, informou nesta terça-feira (8) a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

Os chineses, que ampliaram compras diante da redução da oferta de proteína animal por impactos da peste suína africana em seu plantel, responderam por 62,4% de toda a carne bovina exportada pelos brasileiros no ano até agosto, disse a Abrafrigo, com base em dados do governo brasileiro.

O cálculo leva em consideração o produto que entra pela China continental (530.458 toneladas) e pela cidade-estado de Hong Kong (212.261 toneladas), informou, em nota, a associação.

Depois da China, o segundo maior cliente do Brasil foi o Egito, que importou 91.529 toneladas de janeiro a agosto, com queda de 25,4% na comparação anual.

O Chile veio na terceira posição com 50.360 toneladas adquiridas (-34,2%), enquanto a Rússia ficou com a quarta posição com 43.177 toneladas (-4,6%).

Na quinta posição estão os Estados Unidos, que elevaram as compras em quase 40%, para 34.502 toneladas. Na sexta posição, as Filipinas, com 25.660 toneladas (+23,4%), e, na sétima, os Emirados Árabes, com 25.595 (-58,2%).

A Abrafrigo informou ainda que o Brasil registrou, em agosto, novo recorde de exportações para o mês, com um total de 191.141 toneladas de carne (in natura e processada), com a China levando 108 mil toneladas.

A receita em agosto alcançou US$ 753,2 milhões, com alta de 19% em relação ao mesmo mês de 2019. No ano, o faturamento atingiu US$ 5,4 bilhões, com crescimento de 23%.


Política: Unicamp e MPT fazem testes em massa de entregadores na região de São João da Boa Vista (SP)

 

Outras cidades do interior de SP devem realizar testagem de covid-19


Redação/Hourpress

Arquivo

A partir desta terça-feira (8), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) oferecem gratuitamente testes de COVID-19 do tipo RT-PCR aos coletores e entregadores de mercadorias, inclusive aqueles que prestam serviços para plataformas digitais, nas cidades de Aguaí, Águas da Prata, Divinolândia, Itobi, Mococa, São Sebastião da Grama e Vargem Grande do Sul.

A iniciativa é resultado de um trabalho promocional do MPT, que tem como objetivo criar políticas públicas para garantir amplamente a saúde desses trabalhadores durante a pandemia. Além dessas sete cidades, outros municípios, de outras regiões do interior de São Paulo, devem realizar a testagem em massa de entregadores de mercadorias nas próximas semanas.

As procuradoras Catarina von Zuben, Clarissa Ribeiro Schinestsck e Fabíola Junges, do MPT em Campinas, em conjunto com uma força-tarefa da Unicamp, representada pelos docentes Alessandro Santos Farias e Sávio Cavalcante, bem como o chefe de gabinete na Reitoria, José Antônio Gontijo, celebraram protocolos de cooperação com os Municípios da região de São João da Boa Vista, a fim de dar cumprimento à Portaria Estadual CVS-13.

Prevenção

A norma regulamenta medidas de prevenção e proteção aos entregadores de mercadorias, incluindo aqueles que prestam serviços para plataformas digitais, impondo às empresas de entrega obrigações para protegê-los de possível contágio da COVID-19.

“Para dar eficácia à Portaria CVS-13 se faz necessária a colaboração de vários atores, em especial os poderes públicos municipais, a fim de que todo o trabalho de prevenção seja operacionalizado em âmbito local. A partir das cooperações firmadas com os municípios da região de São João da Boa Vista, na forma de um projeto piloto, cada prefeitura, após a celebração do protocolo de cooperação, publicou um decreto específico, dando eficácia às obrigações contidas nesse documento”, afirma a procuradora Clarissa Ribeiro Schinestsck.

O primeiro passo adotado pelas prefeituras signatárias dos protocolos foi efetuar o cadastramento obrigatório dos entregadores, incluindo motociclistas, ciclistas e motoristas, sejam contratados diretamente ou terceirizados/autônomos. Os municípios disponibilizaram um endereço eletrônico para efetivar o cadastro dos trabalhadores, sendo possível, a partir daí, ter a real dimensão do número de beneficiários das ações resultantes do protocolo de cooperação.

Em seguida, os municípios, por meio de suas Secretarias de Trânsito e Transportes, fixaram pontos onde os entregadores permanecerão entre um serviço e outro, sempre respeitando o distanciamento social. A medida favorece que as empresas contratantes saibam com exatidão onde entregar os kits com equipamentos de proteção individual, bem como insumos de higiene pessoal, diretamente aos trabalhadores, conforme obrigações impostas pela Portaria Estadual CVS-13, além de favorecer o cadastramento dos entregadores pelo Município.

Instalações sanitárias

Os locais, próximos de pontos comerciais, devem ser dotados de instalações sanitárias separadas por sexo, local de espera com assento e área adequada para estacionamento. Serão montadas, em cada ponto, “tendas COVID-19”, onde serão aplicados, diariamente, pelas empresas de entregas de mercadorias, questionários de triagem e verificação de temperatura, para fazer a busca ativa de entregadores acometidos pela enfermidade.

O monitoramento de saúde dos profissionais de coleta será o próximo passo a ser dado em cada cidade signatária do protocolo. Para isso, a Unicamp entregará para cada prefeitura kits de coleta de RT-PCR. O material coletado será enviado para o laboratório LaCTAD da universidade, para a realização dos exames gratuitos, com entrega de resultados no prazo de 72 horas.

A coleta será realizada nos sete municípios na próxima semana, a partir do dia 8 de setembro, com acompanhamento da médica da Unicamp Silvia Santiago. “A partir dos resultados da testagem, o município pode disparar as ações de Vigilância Epidemiológica para o atendimento dos entregadores, também mapeando os familiares e os contatos próximos daquele trabalhador que recebeu o contágio. O objetivo é promover a tutela da saúde dessas pessoas de forma ampla e difusa”, afirma Clarissa.

A próxima fase do protocolo será a criação de uma “sala de situação” pela Unicamp, em parceria com os Municípios, para o compartilhamento de informações e construção de soluções para enfrentamento e combate da COVID-19. O MPT e a Unicamp já obtiveram a adesão de outros municípios ao projeto.

“Prefeituras de outras regiões do estado já aderiram à política pública, e estão articulando a publicação de decretos municipais para dar início ao processo de cadastramento, criação de pontos de entregadores e testagem em massa”, finaliza a procuradora.

Datas e endereços de testagem

AGUAÍ: Dia 08/09, às 14h. Local: Polo da Univesp, na escola Joaquim Giraldi, entrada pela rua 7 de Setembro

ÁGUAS DA PRATA: Dia 09/09, durante todo o dia – Unidade de Saúde Rua Lázaro Anselmo Ramos, 200

DIVINOLÂNDIA: Dia 15/09, durante todo o dia. Local: Centro de Saúde III – Rua Sete de Setembro, 332 – Centro

ITOBI: Dia 09/09, às 13h. Local: Unidade de Saúde de Itobi Alcibíades Pires – Avenida Antônio Cardoso, S/N – Centro

MOCOCA: Dia 10/09, a partir das 8h. Local: Praça da Cidadania – Avenida Monsenhor Paraná Brasil Pontes, S/N – Jardim Lavínia

SÃO SEBASTIÃO DA GRAMA: Dia 10/09, às 17h. Local: Centro de Saúde – Praça José Roberto Magalhães Teixeira, 47 – Centro

VARGEM GRANDE DO SUL: Dia 10/09, das 9h às 12h e das 14h às 16:30h. Local: Vigilância em Saúde – Rua Antônio Rodrigues do Prado n° 35 – Bairro Nossa Senhora Aparecida

Política: Projeto concede porte de arma de fogo a defensores públicos

 

Proposta altera o Estatuto do Desarmamento



Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara

Arquivo

O Projeto de Lei 4230/20 concede porte de arma de fogo aos defensores públicos, desde que comprovada a capacidade técnica e a aptidão psicológica para o manuseio. A proposta foi apresentada à Câmara dos Deputados pelo deputado Loester Trutis (PSL-MS).

Citando estudos e notícias veiculadas na imprensa, o parlamentar argumenta que desarmar a população só interessa aos bandidos e que os índices de criminalidade são menores nos países onde a posse de armas é maior, em razão da “percepção de risco para o criminoso ao atacar um cidadão que pode estar armado”.

“Nessa linha, o projeto de lei busca ampliar as hipóteses legais acerca da permissão para o porte de arma de fogo, de modo a permiti-lo para os defensores públicos”, diz. “Não permitir a autodefesa só é interessante para os bandidos e para aqueles que creem que uma população desprotegida e amedrontada possa ser mais facilmente manipulada.”

A proposta altera o Estatuto do Desarmamento, que hoje já prevê o porte de arma para auditores da Receita Federal e fiscais do trabalho e para servidores da segurança dos ministérios públicos da União e dos estados, entre outras categorias.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

 

Artigo: Desoneração de folha ou imposto digital; Governo não tem muitas opções

 


A Desoneração da Folha de Pagamentos vem sendo foco de grande debate nos últimos dias, com o constante adiamento da votação do veto à prorrogação, até 2021, para empresas de 17 setores da economia (VET 26/2020)

Redação/Hourpress

Apesar do veto da presidência a prorrogação da desoneração de folha é uma vontade antiga dos empresários, pois ela estava prevista para terminar no fim deste ano e, segundo especialistas, é praticamente certa a derrota do Governo em relação a esse tema, e esse é o motivo dos constante adiamentos da votação.

"Em função da pandemia, indústria e outros setores alegam que o fim dessa desoneração seria um pesado golpe aumentando a carga tributária no pior momento possível e causando mais demissões, por outro lado governo precisa de caixa para fazer frente a suas despesas", avalia o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.

O especialista em tributos explica que o Governo não tem muitas alternativas, e caso tenha que manter esse imposto possivelmente colocará na mesa um novo tributo, que possivelmente será o imposto digital, para financiar o buraco da desoneração da folha.

"A situação é complicada, o governo precisa de mais arrecadação, mas sem uma reforma ampla e irrestrita não há possibilidade de o governo não tirar a desoneração sem uma contrapartida, vai ter que criar um outro tributo. Antes de qualquer medida é preciso ter claro qual que é o buraco do déficit fiscal deste ano e qual a proposta do imposto digital para negociar", analisa Richard Domingos.

Para entender melhor, a desoneração da folha de pagamentos consiste na substituição (eliminação) da CPP (Contribuição Previdenciária Patronal) de 20% incidente sobre a folha de pagamentos dos funcionários e contribuintes individuais (sócios e autônomos) pela CPRB (Contribuição Previdenciária sobre Receita Bruta).

Mas Domingos alerta que o resultado do fim da desoneração pode ser desastroso. "Infelizmente, no meio de uma crise, isso representará em mais um aumento nos gastos, o que com certeza tornará as empresas menos competitiva e muitas empresas fecharão ou demitirão", finaliza.

Economia: IGP-DI registra alta da inflação de 3,87% em agosto

 

A taxa é superior à observada em julho (2,34%), diz FGV

Agência Brasil 

Arquivo

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou inflação de 3,87% em agosto deste ano. A taxa é superior à observada em julho (2,34%). Com o resultado de agosto, o indicador nacional acumula taxas de 11,13% no ano e de 15,23% em 12 meses, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

A alta de julho para agosto foi puxada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, que tiveram alta de 5,44% em agosto. Em julho, a taxa de inflação havia sido de 3,14%.

O Índice de Preços ao Consumidor, que mede os preços no varejo, teve inflação de 0,53% em agosto, também acima da registrada em julho (0,49%).

Por outro lado, o Índice Nacional de Custo da Construção teve uma inflação menor em agosto (0,72%) ante julho (1,17%).

Economia: Conselho do FGTS reduz juros para ampliar crédito no Norte e Nordeste

 

Decisão foi aprovada em reunião extraordinária


Agência Brasil 

Arquivo

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou hoje (8), em reunião extraordinária, redução de juros no crédito imobiliário popular no Norte e Nordeste. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, que apresentou o voto no conselho, o objetivo é promover o acesso de mais famílias ao financiamento habitacional nessas duas regiões, que têm, historicamente, baixos índices de contratação de financiamento habitacional.

Nos últimos cinco anos, dos recursos disponibilizados para o Nordeste, 23% não foram utilizados por falta de demanda. No caso do Norte, o percentual chega a 78%.

Segundo o ministério, as mudanças na sistemática de financiamentos na área de habitação popular vão possibilitar que o FGTS tenha mais recursos disponíveis para novas contratações. Haverá redução da parcela de spread bancário (diferença entre o valor pago pelo banco aos correntistas e o cobrado nas operações de crédito) pago pelo fundo aos agentes financeiros operadores do programa.

Conforme o novo desenho, uma parcela maior da remuneração dos agentes financeiros passa a ser assumida pelos mutuários, que, por outro lado, serão beneficiados por juros finais mais baixos ao longo do contrato.

Casa verde amarela, juros
Ministério do Desenvolvimento Regional/divulgação

As regiões Norte e Nordeste serão contempladas com a redução de juros em até 0,5 ponto percentual para famílias com renda até R$ 2 mil mensais. Os juros poderão chegar a 4,25% ao ano para cotistas do FGTS e, nas demais, a 4,5%, ofertando a menor taxa de juros na história num programa habitacional. Com isso, as famílias terão uma menor prestação mensal na aquisição de novos imóveis pelo programa, explicou o ministério.

Parcelas suspensas

O Conselho Curador do FGTS também aprovou uma medida destinada às instituições financeiras responsáveis pelas operações de crédito do setor de habitação popular. O conselho suspendeu, por até seis meses, o pagamento dos financiamentos contratados por meio dos programas Carta de Crédito Individual, Apoio à Produção de Habitações e Carta de Crédito Associativo. A proposta também foi apresentada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, que atendeu pedido de bancos e financeiras.

As operações de crédito foram realizadas com recursos do FGTS. Segundo o ministério, pleitos similares já foram atendidos em maio e junho deste ano, em razão de demandas dos setores de saneamento básico e mobilidade urbana, devido a pandemia de covid-19.

A expectativa é gerar, durante o período de suspensão, um alívio para os agentes financeiros de até R$ 3 bilhões, contemplando os contratos de financiamento vigentes dos mutuários de pessoa física. De acordo com o ministério, a decisão não gera prejuízos ao FGTS, já que não significa o cancelamento, mas a postergação das parcelas e a diluição do débito ao longo do período residual dos contratos. Os pagamentos serão realizados de forma parcelada, com a atualização financeira devida, considerando que o início do ressarcimento ao fundo se dará a partir de janeiro de 2021.

Artigo: Norma jurídica durante trabalho remoto provoca corrida dos escritórios por digitalização

 

Os desafios enfrentados pelas empresas nesse cenário macro econômico para manter a continuidade dos negócios


Marcelo Carreira
Arquivo

Do macro ao micro, não há um cenário econômico ou social que não tenha sido afetado pela pandemia do Covid-19. No cenário macro, as empresas enfrentam o desafio de manter a continuidade dos negócios, enquanto os funcionários lutam para se adaptarem a novas formas de trabalho e também à revolução em suas vidas pessoais. Por quanto tempo mais iremos viver essa situação? Essa é a pergunta de um milhão de dólares.

Por isso, ações como a norma jurídica da Corregedoria Geral da Justiça que, durante a vigência do Sistema Remoto de Trabalho, libera os processos físicos que tramitam no sistema para serem convertidos em meio digital, permite otimizar a tramitação do processo e mantém a segurança das pessoas nessa fase de isolamento social. E são muito bem vindas.

O problema é que nem todos os escritórios de advocacia estavam prontos para embarcar de imediato nessa jornada digital, com todos os volumes dos autos já digitalizados. Por isso, muitos advogados saíram "desesperados" em busca de bureaus de digitalização. Mas aí reside o perigo: nem todos esses bureaus estão prontos para prestar, com eficiência, o serviço de digitalização e de gestão documental de processos jurídicos.

Seguindo a prática jurídica

Digitalizar não é o mesmo que fazer uma cópia reprográfica. Vai muito além disso. Embora alguns registros jurídicos sejam gerenciados de maneira semelhante a outros negócios, outros, em particular aqueles relacionados à prática real da lei, estão sujeitos a regras e considerações especiais. E como essas regras afetam a digitalização e a gestão de documentos legais e confidenciais em uma prática jurídica?

Assim, para manter a conformidade, ganha ainda mais importância para os escritórios de advocacia a parceria com uma empresa especializada em digitalização e gestão de documentos com expertise comprovada para ajudar a implementar e executar essa estratégia - em vez de delegar várias tarefas pela sua equipe ou contratar funcionários em período integral.

A gestão de documentos é um passo importante para escritórios que buscam a organização do seu acervo arquivístico com o objetivo de melhorar o fluxo de trabalho de todos os departamentos. Ter uma estratégia de guarda e gestão documental adequada oferece ao advogado uma vantagem importante, e o processo de digitalização é um recurso importante e o primeiro passo para ganhar agilidade e dar mais precisão às informações compartilhadas.

Digitalizar processos jurídicos, agiliza as consultas dos diversos volumes que formam a maioria desses processos, torna mais fácil a preservação, o acesso e o compartilhamento de documentos importantes. Um documento original, por exemplo, pode ser disponibilizado em qualquer lugar, o que vai diretamente ao encontro da possibilidade de levar para o meio digital todos os processos em tramitação.

Porém digitalizar esses processos requer muito conhecimento e tecnologia, para garantir que todas as informações presentes nos autos permaneçam visíveis e legíveis, já que muitos documentos nesses processos são de baixíssima qualidade e são necessários diversos ajustes e tratamentos nas imagens para que as informações não sejam perdidas.

E, indo além da digitalização e da pandemia, como os escritórios de advocacia e departamentos jurídicos têm por hábito manter todos os arquivos, é hora de encontrar um parceiro que, junto com os gestores, identifique quais informações precisam ser mantidas e aplicar regras de retenção e de destruição segura, gerenciamento todo o ciclo de vida dos documentos, otimizando o fluxo de trabalho presente e futuro.

Marcelo Carreira, diretor de marketing da Access.

Saúde: Duas entre dez pessoas roncam

 

O problema maior são as apneias do sono


Dr. Alexandre Colombini
Arquivo

Os dados são alarmantes sim.  Dessas 10 pessoas, quatro roncam ocasionalmente – o que eleva a porcentagem. Existem algumas características importantes para serem registradas. Por exemplo: os homens roncam mais, pessoas com sobrepeso ou obesidade são mais propicias, e claro, com a idade piora o problema piora. 

Você sabe o que é o ronco? 
“Trata-se de um som emitido pela vibração de partes moles nas vias aéreas (língua, céu da boca ou palato, amígdalas e a úvula ou campainha) durante a respiração. No entanto, o ronco em si, geralmente não causa problemas graves para a saúde da pessoa. Se bem que, do ponto de vista social, pode haver o problema de o ronco incomodar quem tenta dormir ao lado (isso pode prejudicar seriamente a convivência de um casal, por exemplo) “, ressalta otorrino Dr. Alexandre Colombini.
Segundo o especialista, o principal problema associado ao ronco são as apneias do sono, que, basicamente, são pausas respiratórias por no mínimo 10 segundos durante o sono. Quando muito intensas e frequentes causam a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) caracterizada por sintomas noturnos e diurnos ocasionados pelas apneias do sono.

Entenda melhor os sintomas:
      - Sintomas noturnos: ronco ressuscitativo, pausas respiratórias testemunhadas, episódios de sufocação, despertares frequentes, sudorese excessiva, pesadelos, insônia e engasgos. 
      - Sintomas diurnos: sonolência excessiva, sono não reparador, fadiga, cefaleia matutina, alteração do humor, dificuldade de concentração, alteração da memória e diminuição da libido.   
     


Esta síndrome, a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS),   vem ganhando cada vez mais destaque na medicina e já é considerada a principal causa “identificável” de pressão alta ou hipertensão arterial sistêmica na população (a principal causa de hipertensão no geral não é conhecida.) Também é um importante fator de risco para acidentes de transito e de trabalho.
Dentre os problemas que apresentam, está o fato dessas apneias diminuírem a concentração de oxigênio no sangue. Com isso, é elevado o ritmo dos batimentos cardíacos, estimulando a contração dos vasos sanguíneos, o que torna o problema um fator de risco para  arritmia cardíaca. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 50% da população brasileira se queixa de sono ruim e aproximadamente 30% da população adulta sofre de apneia do sono. 

Infelizmente, a maior parte dos pacientes - entre 85% e 90% -, convive com a doença sem receber o diagnóstico e continua sem tratamento.

  ALERTA
O médico explica que SAOS não tratada pode aumentar muito a mortalidade das pessoas e os seus riscos de apresentarem um problema cardiovascular grave como um derrame cerebral (AVC- Acidente Vascular Cerebral) ou um infarto agudo do miocárdio.
O tratamento do ronco e da SAOS varia de acordo com a gravidade de cada caso podendo ser feito com medidas clínicas e/ou através de cirurgias, melhorando a qualidade de vida e aumentando a sobrevida dos pacientes.", finalizou Colombini.

Dr. Alexandre Colombini é Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF.

Saúde: São Paulo registra 31,4 mil óbitos e 858,7 mil casos de coronavírus

 

Taxas de ocupação de UTIs são de 52,8% na Grande São Paulo e 53,5% no Estado


Redação/Hourpress

Arquivo

O Estado de São Paulo registra nesta terça-feira (8) 31.430 óbitos e 858.783 casos confirmados do novo coronavírus. Entre o total de casos diagnosticados de COVID-19, 704.530 pessoas estão recuperadas, sendo que 95.543 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

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As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 52,8% na Grande São Paulo e 53,5% no Estado. O número de pacientes internados é de 10.584, sendo 5.937 em enfermaria e 4.647 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 10h30 desta terça.

Hoje, os 645 municípios têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 544 com um ou mais óbitos. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.

Perfil da mortalidade

Entre as vítimas fatais estão 18.176 homens e 13.254 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 76% das mortes.

Observando faixas etárias, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (7.962), seguida pelas faixas de 60 a 69 anos (7.423) e 80 e 89 anos (6.365). Entre as demais faixas estão os: menores de 10 anos (38), 10 a 19 anos (57), 20 a 29 anos (261), 30 a 39 anos (904), 40 a 49 anos (2.097), 50 a 59 anos (4.196) e maiores de 90 anos (2.127).

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (59,2% dos óbitos), diabetes mellitus (43,1%), doenças neurológicas (10,8%) e renal (9,5%), pneumopatia (8,3%). Outros fatores identificados são obesidade (7,5%), imunodepressão (5,6%), asma (3%), doenças hepáticas (2,2%) e hematológica (1,8%), Síndrome de Down (0,5%), puerpério (0,1%) e gestação (0,1%). Esses fatores de risco foram identificados em 25.207 pessoas que faleceram por COVID-19 (80,2%).

Perfil dos casos

Entre as pessoas que já tiveram confirmação para o novo coronavírus estão 400.717 homens e 452.010 mulheres. Não consta informação de sexo para 6.056 casos.

A faixa etária que mais concentra casos é a de 30 a 39 anos (203.447), seguida pela faixa de 40 a 49 (179.480). As demais faixas são: menores de 10 anos (20.122), 10 a 19 (39.143), 20 a 29 (143.152), 50 a 59 (129.886), 60 a 69 (78.390), 70 a 79 (39.810), 80 a 89 (19.181) e maiores de 90 (5.718). Não consta faixa etária para outros 454 casos.


Artigo: Novos caminhos da oncologia

 

Vale ressaltar que o Brasil segue a tendência mundial na busca do tratamento contra o câncer e estudos pioneiros


(*) Ramon Andrade de Mello
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Os avanços da ciência têm proporcionado respostas para diversos males que afligem a população. Nessa pandemia, por exemplo, a agilidade dos cientistas na produção de uma vacina para combater o novo coronavírus superou as expectativas. Os resultados podem trazer alento às pessoas que enfrentam a Covid-19.

Nos próximos anos, a ciência deve continuar oferecendo importantes respostas para as doenças que devemos enfrentar num futuro bem próximo. O envelhecimento da população trará profundos impactos na saúde. Para o triênio 2020-2022, as estimativas brasileiras apontam o registro de 625 mil novos casos de câncer no período, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma.

Para superar esse novo panorama, pesquisadores de todo o mundo têm se lançado na busca de medicamentos e procedimentos capazes de mudar a abordagem de tratamento das pessoas acometidas por diversos tumores. Na área de oncologia, as terapias genéticas vêm se mostrando o melhor caminho pelos cientistas. Elas atuam nas mutações dos genes das células defeituosas para eliminá-las, uma técnica complementar aos métodos tradicionais – quimioterapia, radioterapia ou cirurgia.

Para quem considera que esses procedimentos ainda estão distantes da nossa realidade, vale ressaltar que o Brasil segue a tendência mundial na busca do tratamento contra o câncer e estudos pioneiros, como os iniciados na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), vão sequenciar o código genético de pessoas não fumantes acometidas por câncer de pulmão. A proposta da pesquisa é identificar os fatores de risco dessa população e apontar os tratamentos mais adequados para muitos casos da doença, com medicamentos que ofereçam maior poder de precisão e menores efeitos colaterais. Denominados de terapias-alvo, esses tratamentos atuam diretamente nas moléculas indispensáveis para as atividades das células cancerígenas, freando a sua expansão.

A ciência e os pacientes também comemoram os bons resultados da imunoterapia, uma técnica que estimula as próprias células de defesa contra o câncer. A escolha do melhor procedimento depende de uma avaliação minuciosa da saúde de cada paciente, realizada por meio de exames clínicos, entre outros processos. Esse método estimula o sistema imunológico no combate às células cancerígenas, bloqueando as engrenagens que elas usam para enganar as defesas com a liberação de proteínas, que se encaixam em receptores dos linfócitos T. Com a técnica, eles identificam e ordenam que outras células destruam os patógenos, que são agentes infecciosos.

Os cientistas já conseguem inclusive fazer a mutação em laboratório dos linfócitos T. Essa alteração ajuda a estimular no reconhecimento das células tumorais quando eles são reintroduzidos no paciente. A dificuldade do tratamento é identificar as alterações precisas que permitam ser aplicadas como alvos, pois o câncer é uma doença multifatorial e de mecanismos moleculares complexos, que se relacionam entre si para manter a célula maligna atuante.

As descobertas trazem vantagens como a redução significativa dos efeitos colaterais dos métodos tradicionais, como a quimioterapia. O sucesso dessas novas técnicas já permite vislumbrar, num horizonte de curto e médio prazos, a abordagem do câncer como uma doença crônica, mas ao mesmo tempo controlável quando bem acompanhada, assim como hoje ocorre com a hipertensão ou a diabetes. Os novos passos da ciência na área de oncologia reforçam nosso otimismo de que a cura para muitas doenças não é apenas um sonho. 

(*) Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove (Universidade Nove de Julho) e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal).

Geral: Uso excessivo do celular pode causar dores e inflamação dos dedos polegares

 

Doença ficou conhecida como "WhatsAppinite", depois de um artigo publicado no The Lancet


Redação/Hourpress

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Punhos, mãos e dedos das mãos, especialmente os polegares, são as principais vítimas do uso excessivo de celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos. Com a pandemia, muitas pessoas aumentaram o tempo gasto com essas tecnologias, resultando em problemas nos tendões e articulações dos punhos e das mãos.

De acordo com a fisioterapeuta e especialista em Pilates, Walkíria Brunetti, muitos pacientes, especialmente as mulheres, chegam à clínica com queixas de dores e inflamação no punho.

“Temos visto muitos casos da Síndrome de De Quervain, também chamada de tenossinovite estenosante ou tenossinovite de De Quervain. A condição se desenvolve quase sempre devido aos movimentos repetitivos do punho e polegar, comuns em quem usa computadores ou celulares de forma excessiva”, cita Walkíria.  

Entretanto, a fisioterapeuta ressalta que essa patologia é mais usual em pessoas que usam celulares, por conta do peso do aparelho de celular

Movimentos repetitivos

A tenossinovite é o termo usado para designar uma inflamação em um tendão. “Temos vários tendões no corpo. A principal função dessas estruturas é conectar os músculos aos ossos, permitindo movimentos como dobrar o dedão, abrir e fechar as mãos etc. Temos tendões em praticamente todas as articulações”, explica Walkíria.

Ao digitarmos uma mensagem no celular, por exemplo, usamos muito os tendões dos polegares. “E a repetição desses movimentos sobrecarrega esses tendões, levando à inflamação. Os principais sintomas são dor, inchaço e dificuldade de realizar movimentos da vida diária, como escovar o cabelo, abrir uma porta, entre outros”, comenta a especialista.  

Postura também conta

“As posturas incorretas adotadas pelas pessoas ao usar um celular também aumentam o risco de desenvolver quadros de tenossinovite. Lembrando que nesses casos, outras partes do corpo podem ser afetadas, como ombros, pescoço e cotovelos”, reforça Walkíria.  

Risco calculado
Como estamos nesse período de distanciamento social sem data para acabar, precisamos ser realistas. Ou seja, a tecnologia vai continuar a ter um papel importante para a população por um bom tempo.

“Aulas online, compras, reuniões familiares, atividades profissionais. Tudo pode ser feito por meio do celular ou do computador. Portanto, o mais importante agora é adotar medidas que possam prevenir a tenossinovite”, ressalta Walkíria.

Veja abaixo algumas dicas para proteger os seus tendões

  1. Use sua voz: Quase todos os aplicativos possuem os recursos de voz. Sempre que possível, mande mensagens de áudio. Até mesmo as buscas no Google podem ser feitas por meio da voz.
     

  2. Alongue-se: Faça alongamentos das mãos, punhos, pescoço, ombros, braços e antebraços a cada 20 ou 30 minutos quando estiver no celular ou no computador.
     

  3. Detox digital: Com algumas medidas de relaxamento da quarentena, é possível fazer atividades que não envolvam a tecnologia e, claro, que não sobrecarreguem as mãos. Caminhar, ler um livro, organizar um armário etc.
     

  4. Exercícios de fortalecimento: O ideal é procurar um fisioterapeuta que possa passar exercícios para fortalecer os punhos e mãos. Mas, há dois movimentos que podem ser feitos em casa. Um deles é usar aquelas bolinhas próprias para apertar e soltar, chamadas de “toning ball”. Outro exercício é pegar um elástico de cabelo, colocar no polegar, dedo anelar e dedo médio, abrindo e fechando. Depois, repita o movimento com todos os dedos.

    5.Capa para o celular: Algumas capinhas para o celular possuem apoios que podem reduzir o esforço na hora de digitar. Sem esse recurso, os polegares são sobrecarregados na hora de digitar e segurar o dispositivo. 

Tratamento

Quando a tenossinovite já está instalada, a fisioterapia será recomendada. O primeiro passo é tratar a dor.

“Podemos usar diversos recursos, como a crioterapia, eletroterapia, ultrassom, acupuntura. Em alguns casos, podem ser usadas talas. Quando o quadro doloroso melhora, podemos partir para exercícios de fortalecimento das mãos e punhos, assim como fazer uma reeducação do paciente sobre as posturas mais assertivas ao usar dispositivos eletrônicos”, diz Walkíria.

Entretanto, se o paciente retornar aos velhos hábitos, a chance de ter um novo quadro de tenossinovite é grande. 

Geral: PF apura suposto esquema de contrabando de veículos de luxo no Paraná

 

A chamada Operação Super Trunfo é fruto de uma investigação que, segundo a Polícia Federal (PF), já dura dois anos

Agência Brasil 

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Policiais federais e servidores da Receita Federal no Paraná cumprem seis mandados judiciais de prisão e de busca e apreensão cujos alvos são suspeitos de participar de um sofisticado esquema de contrabando de veículos de luxo.

Deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje (8), a chamada Operação Super Trunfo é fruto de uma investigação que, segundo a Polícia Federal (PF), já dura dois anos, e apura também a indícios de evasão de divisas, crimes fiscais e lavagem de dinheiro.

Um mandado de prisão preventiva, dois de prisão temporária e três de busca e apreensão estão sendo executados nas cidades de Maringá (PR) e de Cândido de Abreu (PR). Além disso, a Justiça decretou o bloqueio de R$ 15 milhões em veículos, imóveis e contas bancárias pertencentes aos suspeitos.

Operação da PF de combate ao contrabando de carro de luxo
Operação da PF de combate ao contrabando de carro de luxo - Polícia Federal

Em nota, a PF afirma que os investigados são suspeitos de licenciar veículos esportivos de luxo no Paraguai e, depois, revendê-los ou utilizá-lo no Brasil, onde circulavam com placas paraguaias. Alguns dos automóveis adquiridos supostamente de forma ilícita valem mais de R$ 2 milhões.

Os investigadores também afirmam ter provas de que os envolvidos compravam veículos e imóveis no Brasil por meio de transações financeiras ilegais, de forma a ocultar os reais valores envolvidos nos negócios – o que, segundo a PF, caracteriza crime de lavagem de dinheiro.

Artigo: A guerra de narrativas

 

O presidente, embalado no apoio popular que passa a ter no Nordeste, depois do pior desempenho em 2018


Gaudêncio Torquato
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A liberdade é o oxigênio da democracia. Sem ela, as Nações são jogadas nos braços das ditaduras e da opressão. Mas os cidadãos desconfiam quando o conceito é usado de má fé ou com o propósito de mascarar posicionamentos. Veja-se o que o governo tem dito sobre a vacina contra o Covid 19, cujo processo de finalização mobiliza equipes científicas e laboratórios em muitos países, e a previsível adesão em massa dos brasileiros.

Porta-vozes salientam que ela não será obrigatória porque no Brasil não há um tirano e a liberdade é valor central de nossa democracia. A observação seria pertinente caso não fosse embalada por um viés anticientífico, desses, por exemplo, usados por adeptos de certas religiões, que não permitem crianças com leucemia aguda ou mesmo pessoas idosas, com pneumonia grave, tomarem transfusão de sangue. Orientam seus filiados a não adotar procedimentos da ciência.

Por que a publicidade exagerada que o governo está dando a esse fato, quando se sabe que mais de 90% da população brasileira garantem que tomarão a vacina? Lembremos que, mesmo antes da pandemia, já tomava corpo no país um movimento antivacina, que tem propiciado a volta de epidemias de doenças já erradicadas, como febre amarela e sarampo, fenômeno que também ocorre nos Estados Unidos. Propaga-se um falso temor de que vacina pode provocar a doença em vez de curar. Por aqui, viceja nas hostes governamentais uma corrente anticiência, de índole fortemente conservadora que, como num cabo de guerra, tenta puxar o território ao passado.

É exatamente na direção oposta aos avanços da medicina e da biotecnologia que grupos incrustrados na malha governamental constroem sua narrativa, como se observa na categórica afirmação de que a cura da pandemia é coisa simples, bastando a automedicação de cloroquina. O fato é que o Brasil vive o auge de uma guerra de narrativas. Do campo da ciência, os jogos contrários resvalam para os comportamentos, para a economia e para a política.

Na arena das decisões que competem aos governantes de Estados e municípios, estão narrativas conflitantes, entre elas, a que prega a retomada urgente das atividades negociais e a que teme o repique da doença por conta das aglomerações. (A Espanha registra, esta semana, a retomada do fluxo de contaminação pelo Covid-19). Um grupo defende a reabertura das escolas e outro sugere cautela na volta das aulas. Autoridades da Educação opinam sobre a matéria e o que se ouve mais parece um falatório na Torre de Babel. Por que não se chega a um consenso? Onde se escondeu o bom senso?

Na área da economia, as narrativas conflituosas nascem no próprio seio do governo. Uma defende o programa Renda Brasil, a consolidação das ações de proteção social, mas o desacordo é oceânico entre a equipe econômica e outros times ministeriais, que combatem o teto de gastos, meta-síntese do ministro Paulo Guedes. O orçamento irrealista, segundo economistas, ameaça romper o teto, mas o governo se empenha para usar R$ 1,2 bilhão fora dele.

O presidente, embalado no apoio popular que passa a ter no Nordeste, depois do pior desempenho em 2018, queria continuar com um auxílio emergencial de R$ 600 até o fim de ano. Chegou-se ao meio termo de R$ 300. Mas se a economia não pegar no tranco em 2021, como as margens protegidas reagirão a eventual diminuição de seus recursos?

A reforma administrativa, que o governo encaminha ao Parlamento, abrangerá apenas os futuros servidores sob a cama da estabilidade ou pegará todo mundo? A reforma propõe corte de vantagens, como concessão de licença-prêmio e gratificação por tempo de serviço, facilita demissões durante o período de experiência, reduz o salário inicial, entre outros aspectos.

Grupos se engalfinham e a área política, com um olho nas eleições deste ano e na de 2022, tende a aprovar uma reforma mais suave, que menos danos traga ao servidor público. A base governista começa a ser composta na Câmara com a adesão do PP e outras agremiações, mas persiste a dúvida sobre a lealdade parlamentar.

No campo do ambientalismo, as narrativas entram em luta aberta. De um lado, o ministro Ricardo Salles e apoiadores que acendem o fogo na floresta amazônica, na outra ponta, a comunidade salvacionista, sob o eco de governos estrangeiros, luta pela preservação da região, enquanto no meio, o vice-presidente general Hamilton Mourão tenta equilibrar o jogo.

A guerra no território da expressão deixa atônitos seus próprios protagonistas. Por falta de uma orientação segura sobre os rumos a seguir, batem boca pela imprensa ou em lives, a nova mania nacional. Resta dizer que o próprio mandatário-mor tem sido responsável por parcela dos litígios.

*Gaudêncio Torquato, jornalista, é professor titular da USP, consultor político e de comunicação.