A discussão trouxe importantes contribuições para tentar resolver o problema
Redação/Hourpress
Vereadores, representantes do Executivo e da sociedade civil
discutiram, nesta quinta-feira (12), na Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos da
Criança, do Adolescente e da Juventude, os bailes funk dos bairros
periféricos da cidade de São Paulo. Também foram debatidas propostas de
políticas públicas de lazer e entretenimento para a população jovem dessas
regiões.
A discussão é consequência
da morte de nove jovens, no início de dezembro, após ação policial no Baile da
Dz7, famoso Pancadão, como também são chamados os bailes funk, da favela de
Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, reunindo em média entre 3 mil e 5 mil
pessoas. Outras 12 pessoas ficaram feridas no incidente.
Segundo Renata Alves, uma
das coordenadoras da Associação de Mulheres de Paraisópolis, o primeiro passo
para a construção de um ambiente saudável de lazer e entretenimento na
periferia é o diálogo. Presente ao debate, o presidente do Conselho Municipal
dos Direitos da Criança e do Adolescente, Carlos Alberto de Souza Júnior,
também destacou a necessidade de mais investimentos públicos na periferia.
Para Rubia Mara, representante da Evidência Paralella, empresa
de comunicação que presta serviços a afroempreendedores voltados ao mercado
funk da periferia, é preciso haver mais valorização das periferias. Participante
da discussão, o coordenador de centros culturais e teatros da Secretaria
Municipal de Cultura, Pedro Granato, defendeu a proteção ao funk, para ele uma
manifestação autêntica e vibrante dos jovens.
Na avaliação da vereadora Soninha Francine (CIDADANIA), a discussão
trouxe importantes contribuições para tentar resolver o problema. Segundo ela,
o poder público tem capacidade de promover ações capazes de impedir novas
tragédias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário