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Crônica: Quando a vaidade se choca com a realidade

Pixabay   Do contrário, restava ao felizardo apenas carícias Astrogildo Magno Natália era extremamente vaidosa. Ficava mais de 2 horas...

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Túnel do Tempo: De Nova York a Paris em 33 1/2 horas




Luís Alberto Alves
Ousadia: Em 20 de maio de 1927, Charles Lindbergh parte de Nova York, no Spirit of Saint Louis, para um voo sem escalas até Paris, onde chegaria 33½ horas depois.

Radiografia de Sampa: Rua Cubatão



Luís Alberto Alves

Cubatão foi uma pequena povoação existente na parte inferior da serra de Paranapiacaba, à margem da antiga estrada de Santos. Chamou-se antigamente Porto de Santa Cruz, pois a sua situação junto ao rio Cubatão permitia-lhe que tivesse um porto. Os terrenos em que se encontra pertenceram a Pedro de Gois e Francisco Pinto, e lhes foram concedidos por Martim Afonso. A Rua Cubatão (foto) fica na Vila Mariana, Zona Sul de SP.

Geral: Novos remédios para velhas doenças




Luís Alberto Alves
Pesquisadores combinam drogas já testadas para combater doença de Chagas e leishmaniose
O tratamento para duas enfermidades infecciosas, o mal de Chagas e a leishmaniose, está ganhando novas drogas formuladas por pesquisadores brasileiros. Essas doenças são classificadas como negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por não receberem grandes investimentos da indústria farmacêutica no desenvolvimento e comercialização de medicamentos. Elas afetam principalmente as populações de baixo poder aquisitivo das regiões tropicais do planeta. O combate a essas doenças pode estar no desenvolvimento de moléculas com novas formulações farmacêuticas, associação de drogas e também em formas menos tóxicas para aplicação de medicamentos já existentes.

A doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, é transmitida pelo inseto barbeiro e atinge, segundo estimativas da OMS, 8 milhões de pessoas no mundo, com 12 mil mortes por ano e 65 milhões de pessoas com risco de exposição. A leishmaniose, transmitida por insetos hematófagos conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos, tem duas formas de manifestação: a visceral, que pode ser fatal, e a cutânea. A OMS estima que existam 12 milhões de infectados no mundo, com 30 mil mortes por ano e 350 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco.


Um dos candidatos ao novo medicamento foi identificado pelos pesquisadores Wagner Vilegas, do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Vicente (SP), Emerson Ferreira Queiroz, da Universidade de Genebra, na Suíça, e Cláudia Quintino da Rocha, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Eles isolaram uma nova família de moléculas a partir de uma planta do Cerrado, a Arrabidaea brachypoda, conhecida como cervejinha-do-campo e usada contra cálculos renais. A partir dos resultados de pesquisas in vitro e in vivo, com animais de laboratório, os pesquisadores avaliaram que uma molécula da família tem potencial para o desenvolvimento de um novo medicamento. “Um dado importante é que a substância não apresentou toxicidade nas doses testadas”, diz Cláudia. O benznidazol, droga mais usada hoje no Brasil contra a doença de Chagas, gera fortes efeitos colaterais, com reações alérgicas cutâneas, enjoos e vômitos.

Geral: Três ônibus são incendiados durante a madrugada em São Luís


  • 20/05/2016 12h27
  • Brasília
Da Agência Brasil
Três ônibus foram totalmente incendiados e dois tiveram parte da estrutura queimada, na noite dessa quinta-feira (19), na região metropolitana de São Luís. Segundo o governo do Maranhão, os ataques foram feitos por facções criminosas. O último ataque na região aconteceu em outubro de 2014.

O governo do estado informou que os membros da facção estavam disseminando mensagens de pânico por meio de redes sociais antes dos ataques. Na manhã de hoje (20), 15 pessoas foram presas suspeitas de participação no ataque.

Em nota, a Polícia Militar da região informou que “diante dos ataques a coletivos, o policiamento de toda a região metropolitana foi reforçado com todas as equipes do Batalhão Tiradentes, equipes do Serviço Avançado de Inteligência, Batalhão de Choque, além do patrulhamento das viaturas de área com atenção redobrada”.

A circulação de ônibus na cidade chegou a ser suspensa durante a noite, mas os veículos voltaram a circularam normalmente na manhã de hoje.

Economia: Justiça extingue processo contra Eike Batista por prejuízos a acionistas da OGX



  • 19/05/2016 16h42
  • Rio de Janeiro
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
A Justiça do Rio decidiu extinguir o processo contra o empresário Eike Batista por prejuízos causados aos acionistas da petroleira OGX, atual OGPar. Na decisão, o juiz Fernando César Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, considerou a inexistência de interesse homogêneo no ajuizamento de ação civil pública contra o empresário.

“Não se demonstrou nos autos a relevante repercussão social dos atos imputados ao réu, seja pela sua natureza, seja pela sua dimensão. Não se está afirmando, com tal conclusão, que os fatos objetos do pedido inicial não tiveram repercussão social, mas sim que a natureza e a dimensão de tais fatos não autorizam o ajuizamento da ação civil pública, já que restrito à seara de acionistas que, embora minoritários, conhecem os riscos do mercado de ações”, disse o juiz na sentença.

A ação civil pública, movida pela Associação dos Investidores Minoritários do Brasil e ex-acionistas da empresa Óleo e Gás Participações S/A, acusava Eike Batista de depreciação dos títulos.

Segundo a ação, o empresário também teria praticado insider trading – negociação de valores mobiliários baseada no conhecimento de informações relevantes que ainda não são de conhecimento público, com o objetivo de auferir lucro ou vantagem no mercado – e negociado ações entre os dias 24 de maio e 10 de junho de 2013 com o conhecimento de fator relevante não divulgado ao mercado, com a obtenção de vantagem com tal operação.

Economia: Preços de remédios elevam prévia da inflação oficial em maio



  • 20/05/2016 09h50
  • Rio de Janeiro
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil
Os remédios foram os principais responsáveis pela taxa de 0,86% na prévia da inflação oficial de maio, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15). Os medicamentos ficaram 6,5% mais caros no mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta de preços dos remédios puxou a inflação do grupo de despesas saúde e cuidados pessoais, que registrou uma taxa de 2,54% na prévia de maio, cujo cálculo foi feito com base em preços coletados entre 14 de abril e 13 de maio.

Outro grupo que teve papel importante na prévia foi o de alimentos e bebidas, com uma taxa de 1,03%. Entre os produtos que ficaram mais caros estão a batata-inglesa (29,65%), o feijão-carioca (5,04%), a farinha de mandioca (4,45%) e o leite (2,82%).

Também tiveram taxas acima da média do IPCA-15, os grupos de despesas com habitação (0,99%) e comunicação (1,26%). Outros quatro grupos de despesa tiveram inflação: despesas pessoais (0,81%), vestuário (0,72%), artigos de residência (0,55%) e educação (0,29%).

Apenas os transportes acusaram deflação (queda de preços) de 0,30%, devido ao recuo nos preços das passagens (-8,59%) e etanol (-8,54%).

Política: Relator da reforma do Código de Trânsito busca acordo entre taxistas e Uber


Luís Alberto Alves

Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre o transporte individual de passageiros
Comissão especial da Câmara dos Deputados analisa projetos que modificam o Código de Trânsito Brasileiro
Os frequentes conflitos entre taxistas e os motoristas do aplicativo Uber foram debatidos, nesta quarta-feira (18), nacomissão especial da Câmara que analisa mudanças (PL 8085/14 e apensados) no Código de Trânsito Brasileiro (Lei9.503/97), em vigor há 18 anos.
O relator da comissão, deputado Sérgio Brito (PSD-BA), afirmou que o transporte individual remunerado será tema obrigatório dessa reforma e pediu que taxistas e motoristas de aplicativos, como o Uber, cheguem a um acordo que privilegie o usuário e a mobilidade urbana. Além das reuniões em Brasília, a comissão vai promover debates nos estados.
"Nós temos a responsabilidade de fazer a regulamentação disso. Sem regulamentação nenhuma, nada pode funcionar neste País. Temos que entender e chegar a um denominador comum sobre o que é que o povo brasileiro quer. Esta Casa aqui é que tem de decidir. Vamos aprofundar essa discussão, já que nós vamos sair pelos estados, e isso vai ser muito importante", afirmou Brito.
ConflitosDesde que o Uber passou a ser usado no Brasil, em 2014, os conflitos com taxistas são frequentes. O mais recente aconteceu no início do mês, em São Paulo, onde o prefeito Fernando Haddad liberou, via decreto, o funcionamento do Uber por meio de compra de créditos de uso viário. Em protesto, taxistas fecharam ruas importantes e fizeram manifestação em frente à prefeitura paulistana.
A depender do debate desta quarta, na Câmara, o acordo não será fácil. O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos de São Paulo, Natalício da Silva, classificou o Uber de serviço "clandestino" que vem aniquilando a categoria dos taxistas.
"Falar dessas organizações que entraram, aqui no Brasil, pela porta dos fundos não entra na cabeça de ninguém. É uma vergonha discutir um assunto como esse”, criticou Natalício. “Um cidadão, para vender pipoca na porta de uma escola, precisa de licença da prefeitura. Como um cidadão se instala no Brasil, explorando os brasileiros? Eles entram apenas com esse aplicativo e ainda esnobam e insultam todas as autoridades brasileiras. Estou aqui nervoso, aborrecido e chateado porque estou vendo a minha categoria ir para o brejo", acrescentou o taxista.
Busca regulamentação
Já o diretor de políticas públicas do Uber no Brasil, André Rosa, admitiu que a empresa ainda busca, junto às autoridades municipais, a devida regulamentação do serviço. Segundo ele, o Uber, presente em 11 cidades brasileiras, ajuda a resolver o problema da mobilidade urbana com segurança e comodidade e a gerar emprego e renda em tempos de crise econômica. Rosa acrescentou que o serviço é amparado pela Constituição, pelo Plano Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/13) e pelo Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14).
"Quanto à natureza jurídica do serviço, realmente a gente concorda que há um 'vacatio' de regulamentação. O Plano Nacional de Mobilidade Urbana, quando traz o conceito de transporte individual remunerado, não definiu o que é o transporte privado. Só definiu o que é o transporte público”, observou André Rosa. “A empresa vem justamente na linha do que está estabelecido no Marco Civil da Internet, usando a plataforma tecnológica para desenvolver novos serviços. Nós não viemos roubar participação de mercado dos táxis."
Convivência
Representantes do Ministério Público e do governo, presentes na audiência pública, acreditam que há espaço para a convivência dos dois tipos de transporte individual remunerado.
O procurador da República Carlos Bruno da Silva defendeu que o Congresso Nacional tem competência para legislar sobre o tema, de forma geral. "Deve-se estimular a Casa a tomar uma decisão", destacou.
No entanto, o procurador lembrou que qualquer iniciativa que venha a proibir o uso do aplicativo Uber no Brasil não vai prosperar, diante da possibilidade de veto do Supremo Tribunal Federal ou de uso de um site no exterior para manter o serviço. "É impossível ir contra a tecnologia", alertou Carlos Bruno da Silva, para quem é preciso encontrar meios em que convivam diferentes tipos de transporte de passageiros, públicos e privados.
Já o diretor do Departamento de Cidadania e Inclusão Social do Ministério das Cidades, Marco Antônio Mota, reconheceu que o tema é complexo e novo, já que o Uber surgiu em 2009, nos Estados Unidos.
Na visão do governo federal, cabe ao Congresso definir regras gerais, porém, as especificidades do transporte individual cabem aos municípios, conforme prevê a Política Nacional de Mobilidade Urbana.
Defesa dos taxistas
Os deputados presentes defenderam os taxistas, em maioria na plateia. O deputado Celso Russomano (PRB-SP) anunciou que, por iniciativa própria, vai acionar o Ministério Público para exigir a apreensão de veículos, como os que utilizam o Uber, que estejam fazendo o transporte sem a devida autorização legal.
O deputado Vicentinho (PT-SP) também se colocou ao lado dos "mais fracos" – no caso, os taxistas – e alertou para o risco de o Uber estar praticando o chamado "dumping" social, enfraquecendo uma categoria para, posteriormente, dominar o mercado.
Diferença de preços
O presidente da comissão especial, deputado Cacá Leão (PP-BA), disse ter aproveitado o fim de semana para fazer uma pesquisa, em Brasília, junto a taxistas e motoristas de Uber. Segundo o parlamentar, chamam a atenção as diferenças de preços entre os dois serviços, a pequena quantidade de taxistas donos de suas próprias licenças e o grande número de clandestinos.
O relatório final da comissão especial da reforma do Código de Trânsito Brasileiro deve ser divulgado em novembro.

Política: Deputados da CPI do Carf querem evitar que interrogados tenham direito de ficar em silêncio


Luís Alberto Alves

Os três depoentes de hoje, como vários outros que compareceram à CPI, estavam munidos de habeas corpus que lhes davam o direito de permanecer calados. Parlamentares defendem mudanças na legislação para evitar que os convocados se utilizem deste recurso, prejudicando o trabalho das CPIs
Antonio Augusto / Câmara dos Deputados
Audiência pública para tomada de depoimentos
Amparados por habeas corpus, depoentes convocados não responderam as perguntas dos deputados, que querem restringir esse direito a acusados de crimes
Deputados da CPI do Carf defendem mudanças na legislação para reforçar os poderes das comissões parlamentares de inquérito (CPI) de modo a tentar evitar que interrogados consigam, no Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de permanecer calados durantes os depoimentos.
Os depoentes convocados para a reunião de hoje da CPI – o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, o advogado Eduardo Gonçalves Valadão e o lobista Halysson Carvalho Silva – estavam amparados porhabeas corpus concedidos pelo STF que davam a eles o direito de permanecer calados e não se autoincriminarem.
Os três, já denunciados pelo Ministério Público Federal, são acusados de envolvimento em compra de medidas provisórias (MPs) que beneficiaram o setor automobilístico e em corrupção em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão do Ministério da Fazenda encarregado de julgar recursos de empresas autuadas pela Receita Federal.
Eles se recusaram a responder as perguntas dos deputados da CPI.
O deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) sugeriu ao presidente da comissão, Pedro Fernandes (PTB-MA), que fosse ao STF conversar com os ministros para evitar a concessão de novos habeas corpus.
“Eu não vou. O Supremo está agindo dentro da lei. Prefiro que a gente tente mudar a lei”, respondeu o presidente da CPI.
O deputado Jorge Solla (PT-BA) defendeu a proposta. “Devemos mudar a legislação para evitar o que está acontecendo aqui, que é um abuso no direito de ficar calado”, disse.
Negativa de envolvimento
Mesmo em silêncio, quando questionados a respeito das acusações que pesam sobre eles, dois dos três acusados convocados para depor negaram ter atuado em irregularidades no Carf.
O advogado Eduardo Gonçalves Valadão e o comerciante Halysson Carvalho Silva negaram qualquer envolvimento com o órgão. “Nunca andei no Carf, não sabia nem o que era o Carf”, disse Halysson.
Ele é acusado de extorsão e teria sido contratado pela SGR Consultoria Empresarial para ameaçar os lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, sócios da empresa de consultoria Marcondes e Mautoni, para pagarem propina relativa à aprovação de medida provisória que teria beneficiado a Mitsubishi do Brasil.
Marcondes, em depoimento à CPI, também optou pelo silêncio, mas confirmou com um gesto de cabeça ter sido ameaçado por Halysson, ao ser questionado pelo deputado Izalci (PSDB-DF).
Valadão, por sua vez, disse que nunca atuou no Carf. “Não sou tributarista, nunca atuei no Carf e não tenho o que colaborar”, disse.
Ele negou também ser sócio da empresa SGR, controlada pelo terceiro depoente convocado para a reunião de hoje da CPI, o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva.
José Ricardo se recusou a responder perguntas sobre as acusações que pesam sobre ele, mas disse que nem todas as empresas que recorrem administrativamente ao órgão contra autuações da Receita são sonegadoras. “O que acontece é que o sistema tributário é muito complexo”, disse.
Ele provocou irritação entre os deputados ao defender uma reforma tributária. “Fica parecendo que as falcatruas no Carf foram causadas pela complexidade tributária e não pela ação deles. Inverteram os valores aqui hoje. Silêncio é um direito constitucional, mas não dá para ouvir conselhos de quem está denunciado no Carf”, disse o deputado Pedro Uczai (PT-SC).
Acusações
José Ricardo, segundo o Ministério Público Federal, oferecia decisões favoráveis a empresas nos julgamentos do Carf. O pai dele, Eivany Antônio da Silva, é ex-auditor da Receita Federal e fundador da SGR. Também é investigado, acusado de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e extorsão.

De acordo com a Polícia Federal, José Ricardo e Valadão atuaram juntos em um esquema de compra de medidas provisórias e corrupção no Carf junto com o lobista Alexandre Paes dos Santos – que também ficou calado em depoimento à CPI. Eles teriam contratado Halysson para pressionar cúmplices que não teriam pago a comissão pelos resultados.

Os três depoentes de hoje foram dispensados depois de se recusarem a colaborar.
Requerimentos
Na mesma reunião, a CPI aprovou convite para que o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel preste depoimento sobre o funcionamento do Carf.
Maciel não é investigado e seu depoimento, pedido pelo deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), tem como objetivo subsidiar os trabalhos da comissão.
Da mesma forma também será convidado o coordenador-geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal, Gerson D’Agord Shaan, a pedido dos deputados Izalci (PSDB-DF) e Heráclito Fortes (PSB-PI).
A CPI também aprovou requerimentos apresentados pelo relator da comissão, deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), com solicitações de documentos a vários órgãos, como a Polícia Federal, a Receita Federal e o Ministério Público a respeito de processos relativos a irregularidades no Carf.
Foi aprovado ainda requerimento do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), que pede a transferência de dados relativos à quebra dos sigilos bancário e fiscal da empresa de consultoria Marcondes e Mautoni, dos lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni, acusados de pagar propina a conselheiros do Carf em troca de decisões favoráveis a empresas devedoras.
Como o quórum da comissão estava baixo, o presidente da CPI, deputado Pedro Fernandes, decidiu não colocar em votação requerimentos mais polêmicos previstos na pauta desta reunião, como a convocação dos empresários André Gerdau, da Siderúrgica Gerdau, e Walter Faria, da Cervejaria Petrópolis.
As duas empresas teriam usado o serviço de lobistas para corromper conselheiros do Carf em julgamentos de recursos contra autuações da Receita.
As últimas tentativas de votar os requerimentos de convocação dos empresários não foram adiante por falta de quórum na CPI.

Política: Deputados avaliam primeiros atos tomados por governo interino de Michel Temer

Luís Alberto Alves

Alguns parlamentares acham que os planos são necessários para enfrentar a crise, enquanto outros falam em perdas de direitos. Declaração sobre tamanho do SUS teve críticas de governistas e oposicionistas, assim como possível recriação de CPMF.
Marcelo Camargo/ Agência Brasil
Reunião de Temer com líderes partidários
No início da semana o presidente em exercício, Michel Temer, reuniu-se com líderes partidários
Os primeiros passos do novo presidente repercutiram toda a semana no Plenário da Câmara dos Deputados. Parlamentares que agora compõem a base de apoio ao governo interino destacaram medidas positivas, como a perspectiva de ajuste nas contas públicas. Quem é contra o governo, no entanto, denunciou perdas de direitos.
Algumas medidas foram consideradas impopulares por deputados de diferentes matizes: a possível recriação da CPMF – o imposto do cheque, cobrado nas movimentações financeiras – e as declarações sobre o tamanho do Sistema Único de Saúde (SUS).
O deputado Renato Molling (PP-RS) disse que o presidente interino Michel Temer está fazendo o “dever de casa” ao diminuir os custos da máquina pública com o corte nos ministérios. E disse que o Congresso tem responsabilidade com a governabilidade do interino, para que as propostas da nova gestão prosperem. “Temer não vai tirar direitos de ninguém, mas as reformas são necessárias, são importantes e têm que acontecer. Não existe nada de graça. O presidente Michel Temer prometeu emprego. E, para isso, todos nós precisamos colaborar, precisamos ajudar. E o Congresso é responsável também por isso”, afirmou o deputado.
A avaliação do líder da Rede, deputado Alessandro Molon (RJ), no entanto, é que as primeiras medidas anunciadas vão cortar direitos sociais. “São muitos retrocessos e muitos recuos”, disse o deputado, referindo-se a declarações de ministros desmentidas por Temer. Molon criticou cortes em políticas sociais da área de Educação, a extinção do Ministério da Cultura, e a falta de mulheres no primeiro escalão governista. “No fundo, nós começamos a ver o que isso está representando em termos de perdas para a população brasileira, em especial para a mais sofrida, em especial para a mais pobre”, condenou.
Já o deputado Edmilson Rodrigues (Psol-PA) criticou os cortes no Programa Minha Casa, Minha Vida, anunciado pelo novo ministros das Cidades, Bruno Araújo. “Este foi o primeiro corte efetivo em programas sociais realizado pelo governo de Michel Temer, que até ontem anunciava que não tocaria nos recursos para programas sociais”, criticou.
As críticas foram minimizadas pelo deputado Delegado Edson Moreira (PR-MG), para quem ainda é muito cedo para apontar erros do novo governo, que assumiu há uma semana. “Não sou da situação, muito menos da oposição, mas quero dizer que avaliar um governo de quatro dias é piada!”, comentou. Ele disse ainda que o novo governo não vai resolver problemas herdados do governo passado.
Relações Exteriores
A atuação do Ministério das Relações Exteriores, comandado por José Serra, foi alvo de críticas e elogios em Plenário. O deputado Mauro Pereira (PMDB-RS) parabenizou a mudança na orientação da pasta, que divulgou nota condenado declarações contra o impeachment de governos da Venezuela, de Cuba, da Bolívia, do Equador e da Nicarágua, considerados aliados do PT. “Quero parabenizar a postura de José Serra. É preciso que façamos parceria com quem oferece coisas boas”, afirmou.
Serra também teve apoio do deputado Lobbe Neto (PSDB-SP). “Sentimos que agora é para valer, o Brasil poderá ser respeitado no exterior, em vários países, não só no Mercosul, não só em alguns países bolivarianos”, afirmou.
A decisão de Serra de conceder passaporte diplomático para o pastor da Assembleia de Deus Samuel Pereira, no entanto, foi criticada por alguns deputados. Para o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), chama atenção o fato de o pastor beneficiado ser citado pela Operação Lava Jato. “Um representante da Assembleia de Deus, citado na Operação Lava Jato, acusado de lavagem de dinheiro agora ganhou o passaporte pelos relevantes serviços que pode prestar ao País no mundo inteiro”, ironizou.
O líder do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), também criticou a medida. “Qual foi o critério, qual foi a razão para uma das primeiras medidas do ministro das Relações Exteriores ser a concessão de passaporte diplomático a um acusado na Operação Lava-Jato? Querem proteger — só pode ser essa a leitura — aqueles que estão denunciados na Lava-Jato”, questionou.


Política: Eduardo Cunha diz que voltará a frequentar a Câmara na segunda-feira


Luís Alberto Alves

Em depoimento de sete horas de duração no Conselho de Ética, presidente afastado da Casa volta a afirmar que não possui contas no exterior
Reunião ordinária para oitiva do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) que veio fazer sua defesa no colegiado, onde enfrenta um processo que pode resultar na cassação do mandato como parlamentar
Ao lado do advogado Marcelo Nobre (D), Eduardo Cunha mostrou aos deputados passaportes que usava nos anos 80 em viagens de negócios ao exterior
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirmou nesta quinta-feira (19) que voltará a frequentar a Casa na próxima segunda-feira (23). Ao sair de reunião no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, onde depôs por cerca de sete horas, Cunha explicou a jornalistas que poderá ser encontrado no gabinete 510. “Eu estou suspenso do exercício do mandato e não do mandato”, disse, em referência à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o afastou em 5 de maio.
Cunha disse ainda estar certo de retornar à presidência da Câmara. “Vamos recorrer [da decisão]. Espero que os recursos sejam acolhidos, uma ação direta de inconstitucionalidade, um pedido de reconsideração. Nós vamos lutar, porque é uma decisão que eu contestei veementemente no dia em que foi adotada, por ser excepcional, sem previsão constitucional”, afirmou. “Eu comparo a distorções, como o senador Delcídio [o senador recentemente cassado Delcídio do Amaral], que foi preso e não teve o mandato suspenso.”
Antes, no Conselho de Ética, Eduardo Cunha já havia dito se sentir injustiçado com o afastamento imposto pelo Supremo e classificou o processo como de “natureza política”.
Sem contas no exterior
No Conselho de Ética, Cunha enfrenta um processo por quebra de decoro parlamentar, acusado de ter mentido, em depoimento em maio de 2015 à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, sobre a existência de contas bancárias de sua propriedade no exterior. Ao depor no Conselho nesta quinta, ele disse reiteradas vezes que não possui contas nem investimentos não declarados no exterior. Cunha reafirmou que é beneficiário de um truste na Suíça, e não proprietário de conta.
"Se eu possuísse investimentos, certamente eles estariam declarados. Eu sou beneficiário de um truste. O truste é o detentor do patrimônio, dos investimentos, dos resultados dos investimentos e das perdas, inclusive. Eu não possuo investimento não declarado. Os investimentos e o patrimônio não me pertenciam", disse Cunha em resposta ao relator do caso, deputado Marcos Rogério (DEM-RO).
Ele disse ainda não ser autorizado a movimentar os recursos do truste, que seria do tipo familiar, ou seja, quando se passa para uma administração de terceiros o patrimônio da família.
Marcos Rogério também questionou um possível crescimento de patrimônio do truste em mais de 100% em um ano. "Durante os anos, os saldos nessas contas continuaram subindo. Eram 2,4 milhões de dólares em 2009. Como o saldo continuou a subir se não houve aporte de recurso?" perguntou o relator, em uma comparação com o ano anterior. Cunha respondeu que os recursos têm valorização em épocas de mercado em alta.
Ele explicou que os seus recursos advêm de atividades de comércio exterior na década de 1980 e mostrou um passaporte que comprovaria diversas viagens à África há cerca de 30 anos, antes de ingressar na vida pública: "Era um período de inflação, havia dificuldades de várias naturezas. Era um outro Brasil. Assim o fiz e assim amealhei o patrimônio que foi depois doado ao truste. Eu não detinha vida pública naquele momento."
Depoimento a CPI
Segundo Eduardo Cunha, em 2015 havia apenas um truste do qual seria beneficiário, o Netherton. Ele se recusou a responder a perguntas referentes a outros dois trustes, o Orion e o Triumph, que já não existiam quando ele compareceu à CPI da Petrobras em 2015.
O presidente afastado também discordou de Marcos Rogério quando o relator afirmou que o truste é uma forma de investimento e quis saber por que Cunha havia optado por essa forma. "Eu não tenho forma de investimento. Solicito que as perguntas não sejam mais feitas em forma de afirmação. É uma opção pessoal de cada um dispor de seu patrimônio. Quando você detém o patrimônio, pode fazer o que quiser: doar, gastar, investir", afirmou Cunha.
Ele também disse que uma conta em nome de sua mulher, Claudia Cruz, seria exclusivamente de cartão de crédito. "Minha esposa não é deputada e não deve explicação ao Conselho de Ética", afirmou.
Segundo ele, o processo no Conselho de Ética tem “diversas nulidades e irregularidades” e faz parte de um jogo político.
Uma dessas nulidades e irregularidades seria um possível impedimento de Marcos Rogério para relatar o caso, em razão de o relator ter passado ao Democratas, que integra o mesmo bloco do PMDB de Cunha. Cunha anunciou que pedirá a impugnação do relator. "Peço substituição por nulidade que representa o descumprimento claro de artigo do Código de Ética. Isso será objeto de preliminar por mim arguida na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ)”, disse Cunha.
Sobre isso, o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), respondeu que Cunha ainda não fez a arguição e, quando fizer, haverá uma resposta sobre uma possível mudança de relator.
Cunha também disse não haver razão para culpá-lo pela demora da análise de seu caso no Conselho de Ética, que já dura seis meses. Ele é acusado de lançar mão de manobras para protelar o caso. “Querer me culpar pelo atraso no Conselho de Ética é me atribuir o que eu não fiz. Se querem ser céleres, cumpram a Constituição e o Regimento Interno. Tive sempre muito zelo em relação a isso.”
Governo Temer
Questionado durante o depoimento e também em entrevista coletiva ao fim da reunião, Cunha afirmou que não indicou “nem um alfinete” para o governo do presidente interino da República, Michel Temer, que é seu colega de partido (PMDB).
Prazo
Marcos Rogério deu um prazo de cinco dias úteis para a defesa de Cunha apresentar suas alegações finais antes do relatório. O advogado do presidente afastado, Marcelo Nobre, reclamou da decisão e disse que se tenta incluir no processo fatos que não estão na representação inicial. “Não posso agora ter cinco dias ou cinco minutos para defender ou me manifestar sobre coisas que não constam deste processo”, disse Nobre.
Rogério rebateu dizendo que o advogado estava antecipando a posição do relator: “O que a relatoria está fazendo é abrindo um prazo para a defesa se manifestar para não alegar surpresa. O prazo que é dado a vossa excelência é mais do que razoável. Vossa excelência poderá alegar tudo o que quiser. O processo é devolvido. Não há nenhuma manobra. Há uma homenagem ao princípio da ampla defesa.”
O relator terá até dez dias úteis para entregar o seu parecer com eventuais pedidos de punição.

Variedades: Raça, que conta a vida de Jesse Owens, estreia em junho




Stephan James revive trajetória de Jesse Owens, atleta que teve seu recorde olímpico mantido por 48 anos
 
O longa-metragem Raça, que estreia no dia 16 de junho no Brasil, é dirigido por Stephen Hopkins e também traz Jeremy Irons e William Hurt no elenco

O desafio estava lançado: reviver a trajetória de Jesse Owens, um dos maiores atletas da história nos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, Alemanha. E para dar vida a Raça (Race, Canadá/2016), que chega aos cinemas brasileiros no dia 16 de junho, o ator escolhido foi Stephan James (Selma: Uma Luta Pela Igualdade), recentemente reconhecido como estrela em ascensão no Festival Internacional de Toronto em 2015. 


O ator canadense, que já teve a honra de representar no cinema outras figuras importantes da história afro-americana, trouxe sensibilidade e dedicação ao enredo e impressionou a produção do longa, dirigido por Stephen Hopkins (Colheita do Mal, A hora do Pesadelo 5: O Maior Horror de Freddy, Predador 2: A Caçada Continua). A obstinação do ator teve como intuito fazer justiça ao estilo único e postura de Jesse Owens, reconhecido por sua determinação, coragem e foco.

James mergulhou profundamente no universo de Jesse Owens: “Eu não conhecia muito sobre Jesse; sabia quem ele era e tinha uma ideia geral do que tinha feito. Rapidamente percebi que sua história era muito mais profunda do que uma extraordinária mostra de atletismo. Raça permite que você entenda mais completamente a época, as circunstâncias e os conflitos em que ele vivia e navegava”, comenta o ator.

A corrida também passou a ser prioridade na rotina de James, que já era adepto de outros esportes como o basquete, futebol, futebol americano, kickboxing e atletismo. Foram vários meses de preparação com o treinador de atletismo da Georgia Tech, que possibilitou a sua entrada ao programa Owens, bem como sessões com o atleta olímpico canadense Hank Palmer, que contracenou com James em algumas cenas de corrida, e também aparece como irmão de Jesse, Quincy.

Jesse Owens foi o primeiro atleta afro-americano a ganhar quatro medalhas de ouro no atletismo em uma única edição dos Jogos Olímpicos: 100m, 200m, salto em distância e revezamento 4x100m, sendo o último um recorde. Em meio a um cenário de segregação e diversidade, o atleta demostrou que, invés de raça ou nação, a excelência individual distingue o homem. O recorde de medalhas de ouro em uma única olimpíada permaneceu inquebrável por 48 anos.

Para o ator, a vida do atleta é uma inspiração: “Jesse lutou e triunfou contra as adversidades de sua vida. Ele quebrou barreiras indo para Berlim correr nas Olimpíadas. Ele mudou o curso da história, não apenas quebrou recordes. Muitos dos atletas que vieram depois não teriam nenhuma chance sem ele”.

Antes de estrelar como o herói olímpico em Raça, Stephan James compôs o elenco deSelma: Uma Luta Pela Igualdade, de Ava DuVernay, um dos mais aclamados filmes dos anos recentes, em que recebeu uma indicação do Black Reel Award por sua atuação, e dividiu com seus colegas atores o prêmio Black Film Critics Circle por Melhor Montagem.

Variedades: Editora lança “Coleção Teatro de Bolso”



Redação

livro de bolso é a principal forma de democratizar e popularizar os clássicos da literatura, que ainda são muito caros para o poder de compra da maioria dos brasileiros.

Apostando na tendência do mercado e, mais uma vez, promovendo o incentivo à boa leitura, a Editora Peixoto Neto  lança a Coleção Teatro de Bolso.

Para a Editora, o formato de bolso é uma opção que proporciona aos clientes, a possibilidade de aquisição das obras clássicas a um preço acessível e de qualidade. Além do mais, a Coleção Teatro de Bolso chega para suprir uma lacuna de publicações de livros de peças de dramaturgia (escassa e pouco promovida no Brasil).

Trata-se de uma Coleção de autores diversos, de diferentes nacionalidades e épocas - desenvolvida para proporcionar aos leitores, os clássicos da dramaturgia, com boas traduções e conteúdos de qualidade, proporcionando uma fascinante viagem pelos termos do teatro antigo e contemporâneo, oferecendo aos estudantes, estudiosos e para todos aqueles que amam o teatro, uma obra de referência abrangente e muito útil.

Coleção Teatro de Bolso é composta por 10 volumes, de diferentes autores de obras teatrais e os valores bastante acessíveis: de R$ 10,90 à R$ 19,90. Uma oportunidade para quem deseja uma coleção de clássicos essenciais e enriquecedor a qualquer leitor.

1-      Vol. 1 Liolá – Luigi Pirandello - 12,90
2-      Vol. 2 - Mãe - José de Alencar - 14, 90
3-      Vol. 3 - Ifigênia em Táuride – Johann Wolfgang von Goethe - 12,90
4-      Vol. 4 - Tempestade – Aleksandr Ostróvski - 14,90
5-      Vol. 5 -  Os Nibelungos – Friedrich Hebbel - 19,90
6-      Vol. 6 - Uma Casa de Bonecas – Henrik Ibsen - 14,90
7-      Vol. 7 - Salomé / Uma Tragédia Florentina – Oscar Wilde - 12,90
8-      Vol. 8 - Maria Tudor – Victor Hugo - 12,90
9-      Vol. 9 - A Ampulheta e Outras Peças – W. B. Yeats - 10,90
10-    Vol. 10 - Fritzmac – Artur Azevedo e Aluísio Azevedo - 14,90

 Editora Consciente:

A editora está doando 60 coleções Teatro de Bolso (600 livros) para bibliotecas públicas, bibliotecas de CEU´s e instituições de apoio à deficientes visuais,  instituições essas, escolhidas porque a editora quer promover também a acessibilidade, fazendo uma quantidade de 300 DVD´s contendo todos os volumes em e-book, formato daisy – esse formato contém o texto com fonte ampliável e o áudio dos livros- para que pessoas com baixa visão ou cegos, possam ter esse material disponível para sua apreciação e formação cultural. Esses dvd´s também estão sendo distribuídos gratuitamente, junto com as coleções.

Sobre a Peixoto Neto:
Editora Peixoto Neto é também a responsável pela edição de uma das principais coleções nessa temática (teatro), chamada “Grandes Dramaturgos”, com 27 volumes.
Em seu acervo, a Editora conta com mais 60 títulos, envolvendo também as áreas de ciências sociais e política.

Variedades: “Mundo Deserto de Almas Negras”, primeiro longa-metragem do grupo criativo Heavybunker, tem estreia nacional em 16 de junho



Redação

O filme, que se ambienta numa São Paulo fictícia, tematiza o racismo numa sociedade invertida, onde brancos são marginalizados e negros detêm posição privilegiada

Em “Mundo Deserto de Almas Negras”, Oscar é um jovem e bem sucedido advogado da elite paulistana. A pedido de um misterioso cliente, ele aceita entregar celulares para membro de uma facção criminal dentro de um presídio. Porém, quando tem sua carga roubada, passa a ser perseguido pelos perigosos contratantes.

Apesar do que sugere , não se trata de mais um filme de ação entre tantos outros. A principal marca das produções da Heavybunker é a originalidade de seus projetos e em “Mundo Deserto” essa característica começa no roteiro.

A São Paulo em que se ambienta o filme é idêntica à real em muitos aspectos, entretanto, é oposta em um ponto crucial. No universo do filme, o preconceito racial acontece de maneira inversa: Oscar, advogado pertencente à elite paulistana, é negro, assim como quase todos que compartilham de sua classe social, enquanto os brancos sofrem com a falta de oportunidade e são relegados a empregos subalternos e à vida em guetos. Com essa inversão, o filme suscita de modo original não somente a discussão da criminalidade nas cidades grandes, mas a questão do racismo, arraigado não só em grandes centros, mas em toda a nossa sociedade. Crime, advogados, mulheres fatais, matadores de aluguel e políticos corruptos: com suas cores alteradas, assistimos a um Brasil que reconhecemos e não reconhecemos, simultaneamente.

O ator e ativista Sidney Santiago, que dá vida ao protagonista Oscar, produziu um elenco de atores negros igualmente ativistas que neste filme não representam papéis sociais subalternos, como Naruna Costa, Lucélia Sérgio, Edson Montenegro, Aldo Bueno, Kenan Bernardes, Paulo Américo e participações especiais de intelectuais afro-brasileiros.

A Faculdade Zumbi dos Palmares foi uma das principais locações do filme,  parte da pesquisa de arte foi realizada no Museu Afro Brasil e  a máxima do seu diretor, Emanoel Araújo, de que “não somos greco-romanos” inspirou a abordagem estética afro-brasileira do filme.

Mundo Deserto de Almas Negras é um “noir tropicalista” pois recombina referências diversas do cinema, do pop e da formação racial brasileira de uma maneira esteticamente experimental. Essa ousadia rendeu uma Menção Honrosa no Cine PE pela dramaturgia inspirada na lógica do remix.

Nesta mesma lógica, artistas como Dexter e Tom Jobim convivem na trilha sonora 100% nacional do filme, repleta de músicas icônicas do nosso cancioneiro, além de novas mixagens dos DJs Zé Gonzales e André Laudz (Tropkillaz) que conduzem a história em um climagangsta-brasileiro.

A data de estreia é 16 de junho.

A HEAVYBUNKER
Sob o nome Heavybunker, Ruy Veridiano (roteirista e diretor), Pedro Hórak (artista plástico), Cadu Silveira (montador e colorista), Renata Pagliuso (produção e comunicação), Alziro Barbosa, ABC (diretor de fotografia) eequipe realizaram o filme “Mundo Deserto de Almas Negras”. O coletivo também é responsável pela realização do curta “Pinball” e o média “Bebete e Daniboy”. Os atores Rodrigo Pavon, Sidney Santiago, Katiana Rangel, Jimmy Wong, Kenan Bernardes e Renaldo Taunay são colaboradores frequentes.

Variedades: “Janis: Little Girl Blue”, documentário sobre Janis Joplin, estreia no Brasil em 7 de julho




Redação
Documentário dirigido por indicada ao Oscar traz imagens de arquivo inéditas e entrevistas com ex-companheiros de banda e pessoas que conviveram com Janis

Janis: Little Girl Blue”, filme dirigido pela americana Amy J. Berg (indicada ao Oscar pelo documentário “Livrai-nos do Mal”) e produzido por Alex Gibney (ganhador do Oscar pelo documentário “Um Táxi para a Escuridão”) revela a história de um dos maiores ícones do rock n’ roll nos anos 60.

Passados 46 anos da morte de Janis Joplin, o filme, que demorou sete anos para ser concluído, aprofunda-se na breve carreira e na intimidade da cantora, por meio de imagens de arquivo – algumas das quais inéditas –, correspondências pessoais de Janis e entrevistas com ela e seus contemporâneos. Sua única passagem pelo Brasil também é mencionada no filme, que é acima de tudo repleto de trechos de performances ao vivo de suas canções mais icônicas, tanto em sua fase com a Big Brother & the Holding Company quanto em sua carreira solo.

O longa, que mostra a história da cantora americana de voz marcante, chega aos cinemas em 7 de julho.

Janis: Little Girl Blue (EUA, 107 min., 2015)
Roteiro e direção: Amy J. Berg
Narração: Chan Marshall 
Música: Joel Shearer
Fotografia: Francesco Carrozzini
Montagem: Billy Mcmillin, Garret Price, Joe Beshenkovsky  
Produtores: Alex Gibney, Amy J. Berg, Jeff Jampol, Katherine LeBlond
Título original: Janis: Little Girl Blue

Variedades: Festival no Rio exibe filmes de 22 países sobre a era atômica


  • 20/05/2016 06h15
  • Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Primeiro Filme Atômico Brasileiro
Primeiro filme atômico brasileiro Bahia Sci-Fci será homenageado na abertura da mostraFestival de Cinema da Era Atômica/Divulgação
Com a exibição de 49 filmes independentes de 22 países sobre a era atômica, o International Uranium Film Festival do Rio de Janeiro começa hoje (20), às 18h, na Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM). A mostra reúne, até o dia 29, 14 cineastas de 11 países. Há sessões em diversos horários. A entrada custa R$ 8, e a programação completa está disponível no sitedo festival.

O festival foi idealizado pelo jornalista alemão Norbert G. Suchanek e pela socióloga brasileira Márcia Gomes de Oliveira. “O festival é carioca, nasceu aqui”, destacou Márcia à Agência Brasil. Além de fundadora, ela é diretora executiva do festival. A ideia surgiu em 2006, quando Suchanek e Márcia decidiram promover um festival de cinema que tirasse da invisibilidade os efeitos da radioatividade gerados pela era atômica.

O festival ganhou forma em 2010 e teve a primeira edição em 2011. A mostra exibe filmes independentes de todos os gêneros – incluindo ficção, documentário, animação, arte, experimental – sobre energia nuclear, mineração de urânio, armas nucleares e os perigos da radioatividade.

No total, a mostra recebeu este ano mais de 3 mil filmes dos cinco continentes. A seleção dos melhores foi feita por um júri convidado. As produções ganharam o troféu Einstein Amarelo. Também são entregues menções honrosas. A premiação está programada para o dia 29, após a sessão de encerramento do festival. “Por ser único do mundo na temática nuclear, a gente é convidado a circular com os melhores do ano. A gente faz a edição principal, todo ano, no MAM, e depois circula pelo mundo com os melhores da edição”, informou Márcia.

                                                                         Chernobyl
Este ano, o festival tem como foco os 30 anos do acidente nuclear de Chernobyl. No momento do desastre, 31 pessoas morreram, mas estima-se que o número de óbitos seja de centenas de milhares em decorrência de casos de câncer. Até hoje, não há consenso sobre o número de vítimas.

Estão confirmados cineastas que abordaram a tragédia em filmes de variados gêneros, inclusive animação. Segundo a socióloga, o festival dá um esclarecimento do que é viver na era nuclear, “que é algo muito maior do que a gente imagina”.

No dia 26 de abril de 1986, o reator número 4 da usina de Chernobyl explodiu, lançando grandes quantidades de partículas radiativas na atmosfera. Essas partículas se espalharam por boa parte da União Soviética e da Europa ocidental.

                                                                           Einstein Amarelo
Receberá o troféu este ano como melhor longa-metragem docudrama (obra cujo gênero se situa entre a ficção e o documentário) o filme The Man who Saved the World (O Homem que Salvou o Mundo), da Dinamarca, cujo diretor, Peter Anthony, participará da mostra entre os dias 26 e 29. Como melhor longa-metragem documentário, foi escolhido pelo júri o filme Fukushima: a Nuclear Story, da Itália. O prêmio de melhor série para TV ficou com Uranium – Twisting the Dragon's Tail (Urânio – Torcendo a Cauda do Dragão), da Austrália. O diretor Wain Fimeri participará do festival.

Os demais premiados dessa edição são Graffiti (Espanha), como melhor curta-metragem de ficção; e Lucens (Suíça), melhor animação. Serão concedidas ainda diversas menções honrosas, entre as quais se destaca a Menção Honrosa Paz Mundial, para a qual foi indicado Kunihiko Bonkohara, sobrevivente de Hiroshima e vice-presidente da Associação Hibakusha Brasil pela Paz, em São Paulo.

Na abertura do festival, às 18h, será prestada homenagem ao primeiro filme atômico brasileiroBahia Sci-Fci, que conta os bastidores do filme Abrigo Nuclear, de Roberto Pires, considerado a primeira ficção científica brasileira sobre energia nuclear, produzida no período da ditadura militar, em 1981. O diretor de Bahia Sci-Fci é Petrus Pires.