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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Geral: Diploma mais barato de médico é sinônimo de risco para população





Pelos cálculos do presidente da APM, o Brasil tem atualmente 450 mil médicos


Luís Alberto Alves/Hourpress

De acordo com pesquisa encomendada pela APM (Associação Paulista de Medicina) feita com 695 médicos associados e não-associados, em todo o Brasil, de 23 a 30 de setembro deste ano, mais de 90% da categoria exigem exame obrigatório e reprobatório para recém-graduados obterem e exercerem a Medicina. “Do contrário, a população corre sério risco de morte nas mãos de médicos que não estão aptos para essa função”, disse o presidente da APM, Dr. José Luiz Gomes do Amaral.

Segundo a entidade, existem atualmente no Brasil 337 faculdades de Medicina, responsáveis anualmente pela formação de 34 mil profissionais; mais de 7 mil delas funcionam no Estado de São Paulo. “Calculamos que num prazo de 15 anos teremos mais de 1,5 milhão de profissionais em atividade”, disse.

De acordo com Amaral, é importante o recém-formado passar por esses dois exames para comprovar se realmente ele está capacitado para trabalhar nesta função, visto que um diagnóstico ou cirurgia errado poderá colocar em risco a vida do paciente.

 “E tão grave a situação que num exame facultativo realizado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de SP), entre 2005 e 2018, tivemos altos índices de reprovação. Em 2008, 61% dos recém-formados foram reprovados. Não conseguiram responder a questões simples, algo rotineiro quando se trabalha nesta profissão”, frisou.

Para não demonstrar qualquer tipo de retaliação contra os médicos que acabaram de concluir o curso de Medicina, nesta pesquisa 91,2% da categoria, associado e não-associados, no quesito formação/qualificação, consideram importante que apenas os aprovados nos dois tipos de exames possam obter o registro profissional; apenas 3,3% consideraram que deveria ser facultativo passar por este tipo de avaliação.

Pelos cálculos do presidente da APM, o Brasil tem atualmente 450 mil médicos. “Dos 34 mil formandos que chegam ao mercado todos os anos, 17 mil não estão aptos para o obter o registro profissional. Para piorar este quadro, 65 mil brasileiros vão estudar em faculdades de medicina da Argentina, Bolívia e Paraguai, que não oferecem boa qualidade de ensino”, explicou.


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