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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Economia: Supermercado Econ acusado de mandar embora sem pagar demitidos




Demitidos do Supermercado Econ, em SP, apelam à Justiça para receber verbas rescisórias

Luís Alberto Caju

 O Sindicato dos Comerciários de São Paulo faz protesto hoje (5), contra o Supermercado Econ que demitiu 150 comerciários e mandou os mesmos procurarem seus direitos. A concentração foi às 9h, na Rua Martins Fontes, 163, Centro, ao lado da DRT (Delegacia Regional do Trabalho) e sairam em passeata às 10h até o escritório administrativo da empresa (trajeto: Rua Martins Fontes, Nestor Pestana, Rua Araújo, General Jardim, Rego Freitas e Duque de Caxias).

Ontem (4) pela manhã o Econ não compareceu à reunião marcada pelo Sindicato na Superintendência do Trabalho. O Econ demitiu 150 trabalhadores e não pagou as verbas rescisórias: aviso prévio, férias, 13º salário, liberação do FGTS + multa, guia do seguro-desemprego etc.

 O departamento jurídico do Sindicato está orientando os comerciários a comparecerem a entidade para entrar com processo na defesa dos seus direitos. O Sindicato também está atento aos 500 trabalhadores que continuam na empresa e que a qualquer momento podem ficar na mesma situação.


Geral: Calor vai continuar castigando população

Para os próximos dias as altas temperaturas continuarão castigando a população



Luís Alberto Caju


 Hoje (5) as condições do tempo não mudam muito em São Paulo. A massa de ar seco vai persistir sobre o Estado. A expectativa ainda é de tempo seco e firme no Centro Oeste de São Paulo. Na Capital e Região Metropolitana, a chuva acontece de forma rápida e isolada a partir do final da tarde. Vai fazer bastante calor. A temperatura máxima é de 34°C na Capital paulista.

 Na quinta-feira (6), esse sistema ganha força sobre todo o Estado de São Paulo. O sol forte e o calor intenso vão predominar e elevarão a temperatura. Os termômetros devem alcançar os 35°C na capital paulista. Por causa da falta de chuva, os paulistas devem se atentar aos baixos índices de umidade do ar, que devem ficar abaixo de 30%, alerta a Climatempo.

                                                                       Recorde
Depois do calorão de janeiro, São Paulo entrou em fevereiro batendo mais recordes de calor. A madrugada desta terça-feira (4), foi a mais quente de 2014 e a mais abafada em 16 anos. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou a temperatura mínima de 25,3° no Mirante de Santana, na zona norte da capital paulista. O recorde anterior de maior temperatura na madrugada em 2014 era de 24,6°C em 3 de fevereiro.

A temperatura mínima registrada nesta terça-feira, iguala o valor de 2 de fevereiro de 1998.
 A madrugada desta terça-feira foi muito abafada em toda a cidade de São Paulo. O aeroporto de Congonhas, na Zona Sul, passou toda a madrugada com temperatura em torno dos 26°C. Na zona norte, o Campo de Marte também amanheceu com 26°C.

Por que tanto calor? Além do ar muito quente que predomina há semanas sobre São Paulo, a maior quantidade de nuvens sobre a cidade aumentou na madrugada desta terça-feira e segurou o calor perto da superfície deixando o ar ainda mais abafado.

Geral: Programa Escola da Família convoca 14 mil universitários



    
Nos finais de semana, os universitários atuam nas redes estaduais de ensino de SP

       Luís Alberto Caju

 A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo convoca cerca 14 mil universitários para atuarem no Programa Escola da Família. As vagas fazem parte do Bolsa Universidade, projeto que custeia integralmente a mensalidade do curso superior dos estudantes que atuam nas programações gratuitas oferecidas nas 2,3 mil unidades de ensino que ficam abertas aos finais de semana no Estado. Os interessados podem se candidatar até o dia 14 de fevereiro. A participação dos novos bolsistas terá início no dia 8 de março.

 Para se candidatar, o universitário precisa estar regularmente matriculado em uma instituição de Ensino Superior conveniada ao Programa, não receber outra bolsa, financiamento ou similar, proveniente de recursos públicos e ter disponibilidade para atuar como educador universitário aos finais de semana. Mais informaçõeshttp://www.educacao.sp.gov.br/escoladafamilia/bolsa-universidade.

 Até o final do ano serão 35 mil bolsas para que os estudantes participem das atividades de saúde, esporte, cultura e trabalho oferecidas a toda comunidade escolar aos sábados e domingos, número 59% do que os 22 mil benefícios ofertados em 2013.

 A Secretaria da Educação repassa a verba às instituições de ensino superior credenciadas ao programa e o valor este ano foi ampliado de R$ 310 para R$ 500. Com o aumento da bolsa, os estudantes de cursos de licenciatura poderão ter o Ensino Superior integralmente custeado pela Secretaria da Educação, no caso de mensalidades até R$ 500. Para outros cursos, o estudante contemplado também recebe bolsa integral, com 50% da mensalidade (até R$ 500) custeada pela Secretaria da Educação e o restante completado pela instituição de ensino superior parceira.

Serviço: A Secretaria criou um site especial sobre o Escola da Família, com o endereço e informações sobre a programação: saiba mais aqui


Radiografia de Sampa: Avenida Celso Garcia



A Avenida Celso Garcia fica no bairro da Mooca, Zona Leste de SP

Luís Alberto Caju

 Afonso Celso Garcia da Luz nasceu em 1869. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco, Centro de SP, em 1895. Dedicou-se à advocacia e ao jornalismo. Culto era grande orador, conquistando simpatia entre os trabalhadores, dos quais foi grande defensor e amigo.

 Morreu em 30 de maio de 1908, aos 39 anos. Desde julho daquela data aquela via pública foi batizada com seu nome. A Avenida Celso Garcia está no bairro da Mooca, Zona Leste de SP.



Túnel do Tempo: Congelamento de preços pelo Plano Cruzado


Plano Cruzado surgiu no governo Sarney


Luís Alberto Caju

Fim do congelamento de preços: No dia 5 de fevereiro de 1987 chegava ao fim o congelamento de preços e salários imposto pelo Plano Cruzado, lançado em 28 de fevereiro de 1986, durante o governo do presidente José Sarney (PMDB). A meta principal era reduzir e controlar a inflação, na época muito alta, chegando a 50% ao mês.

 Suas principais medidas econômicas consistiam na criação de uma nova moeda, o Cruzado (CZ$) substituindo o Cruzeiro. Cada Cruzado valia 1.000 Cruzeiros. Nos primeiros meses ocorreu controle da inflação por causa do congelamento de preços. Depois começou a faltar mercadorias nos supermercados. Sem poder aplicar reajustes, empresários e fazendeiros não colocavam os produtos à venda. Logo a inflação voltou a subir.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Política: Norte do Brasil sofre ainda com distribuição de renda




Na região Norte do Brasil a pobreza é reflexo da má distribuição de renda

Luís Alberto Caju

 Estudando a distribuição de renda do Brasil desde 2009, o Doutorando em Economia Aplicada, Flávio Braga de Almeida Gabriel realizou, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), um estudo sobre a distribuição de renda na Região Norte do país. “Existem muitos trabalhos tratando da região nordeste – por ela ser a mais pobre, mas sobre a região norte – a segunda mais pobre do país, pouco foi estudado”, explicou Gabriel.

 Orientado por Rodolfo Hoffmann, professor do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES), o pesquisador calculou os índices de Gini, Mehran e Piesch, que serviram para mensurar a desigualdade da distribuição da renda entre os indivíduos da população da região norte, no período de 2004 a 2012. “A base de informações foram os micro dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)”.

 Segundo o estudo, houve queda sistemática dos índices de concentração da renda domiciliar per capita no Brasil como um todo, porém, a região norte não acompanhou de perto essa queda. Para explicar esses resultados, Gabriel decompôs os índices conforme parcelas da renda.
                                                                    Progressividade
 “Dois pontos são importantes para o entendimento de como as parcelas da renda contribuem para o aumento ou diminuição da desigualdade. O primeiro é a participação da parcela na formação da renda – o quanto que determinada parcela participa na renda total. O segundo é a progressividade ou regressividade dessa parcela”, explicou.

 Ainda segundo o pesquisador, uma parcela progressiva diminui a desigualdade da renda e uma regressiva aumenta a desigualdade. “Dessa forma, a contribuição de uma parcela para a desigualdade da distribuição de renda cresce com sua participação na renda total e com seu grau de regressividade. Uma parcela progressiva, por outro lado, contribui para reduzir a desigualdade”, completou.

 Por meio do estudo, é possível compreender o efeito destas parcelas no índice de concentração da renda, ao observar que a parcela referente aos rendimentos de funcionários públicos e militares foi responsável por 16,4% da renda domiciliar per capita total da região norte, em 2012. “Essa parcela se destacou por aumentar a desigualdade da renda, o que significa dizer que o rendimento dos funcionários do setor público da região norte contribui mais para aumentar a desigualdade de renda dessa região em comparação com a mesma parcela para o Brasil como um todo”.
                                                                     Bolsa Família
 Em contrapartida, a pesquisa apresenta a parcela que se destacou por diminuir a concentração da renda na Região Norte. “A parcela composta pelo que a PNAD define como outros rendimentos, incluindo o proveniente do Bolsa Família, teve a maior progressividade. Além disso, aumentou sua participação na formação da renda total de 1,9% em 2004, para 4,1% em 2012. Tais condições fizeram dessa parcela a responsável por 56,7% da queda do índice de Gini de 2004 a 2012”.

 Outro fator observado, que influencia os índices de desigualdade de renda, é a dispersão de escolaridade. “Tanto o Brasil quanto a região norte registraram aumento da escolaridade média. No entanto, enquanto em todo o país a dispersão da escolaridade diminui, na região norte ela aumenta, o que gera a dispersão dos rendimentos e, por sua vez, a desigualdade da renda”, salientou o autor.

 O pesquisador conclui que a queda dos índices de concentração da renda domiciliar per capita na região norte não foi consistente, assim como ocorreu com os índices para o Brasil como um todo. Gabriel diz ainda que incentivos governamentais podem reduzir a dispersão da escolaridade média dos nortistas, mas faz uma ressalva. “Incentivos aliados a oportunidades de trabalho no setor privado, qualificando a mão de obra, fariam com que os índices de concentração da renda diminuíssem”. 


Economia: Brasil arrecada quase R$ 30 bilhões com IPVA



 
A metade dessa arrecadação em 2013  ficou com o Estado de SP

Luís Alberto Caju

 No ano de 2013, o Brasil arrecadou um total de R$ 29,295 bilhões pelo pagamento do  IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos e Automotores) dos 81.600.729 automóveis em todo o País, de acordo com o estudo "Arrecadação de IPVA e sua proporcionalidade em relação à frota de veículos e à população brasileira", concluído pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT. O estudo completo, disponível no site www.ibpt.org.br leva em consideração a arrecadação do IPVA projetada para 2013 pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária ), a frota automotiva, de acordo com o Departamento Nacional de Trânsito, e a população brasileira projetada para 2013, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

 O estudo aponta que somente o Estado de São Paulo concentra quase metade da arrecadação do imposto em todo o País, com um total de R$ 12. 451.559.000,00, já que possui 24.560.202 dos automóveis registrados, a maior frota do território nacional. A segunda maior arrecadação do IPVA foi do Estado de Minas Gerais, com R$3.429.469.000,00; seguido do Rio de Janeiro, com 1.930.315.000,00; e Paraná, com 1.900.880.00,00. As menores arrecadações do imposto foram obtidas pelos Estados de Roraima, com R$ 34.762.00,000; Acre, com R$ 46.392.000,00 e Amapá, onde foram contabilizados R$ 55.771.000,00.

 Caso todos os brasileiros pagassem IPVA, cada cidadão desembolsaria R$ 145,75 com este tributo estadual, considerado o segundo mais importante em termos de arrecadação, depois do ICMS. A maior arrecadação por habitante está concentrada no Estado de São Paulo, com R$ 285,17. Já o cidadão maranhense é o que o menor valor, de R$ 42,30. Considerando toda a frota existente no País, cada veículo pagou, em média, R$ 359,01.

“A variação na cobrança em valores e alíquotas diferentes em cada Estado brasileiro nos permite observar que, apesar de aparecer na sexta colocação em termos de população, o Paraná detém a terceira maior frota automotiva do País”, ressalta o presidente do IBPT, João Eloi Olenike. “Por outro lado, esta variação pode causar uma espécie de ‘guerra fiscal’ entre os Estados, o que pode ser observado no emplacamento de grandes frotas nos Estados que apresentam  menor tributação, principalmente por empresas que utilizam uma grande quantidade de veículos em suas atividades”, constatou o executivo.