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sábado, 18 de maio de 2024

Crônica: Quando a fome impera para preservar a saúde

Arquivo/Nestlé


Porém, esse hábito iria sofrer mudança brusca

Astrogildo Magno

Mariolzo tinha horror de passar fome, mesmo quando o médico sugeria comer pouco para manter a qualidade de vida. O almoço em sua casa, num bairro da Zona Leste de São Paulo, parecia mais banquete. Tudo em excesso: muita salada, principalmente com legumes variados, frutas, carnes, peixes, frangos e massa, que se dividiam em macarrão, lasanha, capeletti e nhoque.

Após as refeições, os doces, os mais diversos, ocupavam o lugar destacado. Ele adorava mousse de chocolate e de frutas, como manga, maracujá e mamão. Depois se dirigia à varanda, deitava-se numa rede para tirar gostosa soneca. O final de semana era marcado por essa rotina, dividida com o amor de sua vida, Solange, negra de olhos verdes, cabelos encaracolados e corpo esbelto, com quem estava casado há 30 anos e lhe deu três lindas filhas.

Porém, esse hábito iria sofrer mudança brusca, após consulta de rotina no médico da empresa de TI onde trabalhava há 20 anos, quando informática ainda dava os primeiros passos no Brasil, pois nem celular ainda existia neste país. Os exames revelaram excesso de gordura no fígado, nível elevado de açúcar no sangue  e colesterol nas nuvens. Para evitar complicações futuras, as refeições de Mariolzo passaram a se resumir em saladas de verduras e carnes magras. Sucos e doces perderam espaço. Quando sentava-se à mesa a sua boca enchia de água......

Astrogildo Magno é cronista

 

 


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