Porém é importante mudanças de cultura em relação ao uso da tecnologia nos atendimentos
Luís Alberto Alves/Hourpress
De 4 a 6 de dezembro, ocorrerá
o evento Global Summit Telemedicine & Digital Health no Transamerica Expo Center, em São
Paulo, onde os avanços da tecnologia estarão na pauta das discussões. Segundo o
presidente da área Científica e do Conselho de Curadores da APM (Associação
Paulista de Medicina), Jefferson Gomes Fernandes, não é possível driblar o avanço
da tecnologia na Saúde. “Veio para ficar
e cabe ao médico e demais profissionais deste segmento aderirem. Do contrário
ficará de fora do mercado”, disse.
O ex-presidente da American
Medical Association, Robert Wah, frisou que será importante no desempenho do
médico neste processo tecnológico, não deixar de fora o calor humano no atendimento
ao paciente. “Isto a máquina, por mais avançada que seja, não conseguirá
suplantar. Também é recomendável que esse avanço da telemedicina contemple
outras formas de funções dentro desta área”, destacou.
Para o presidente da Comissão
de Organização do evento, Antonio Carlos Endrigo, os médicos de um futuro não
muito distante terão novas funções. “Hoje há o problema do acesso do paciente
ao médico, em determinadas regiões do País. Com a telemedicina será mais fácil
o contato. Porém é importante mudanças de cultura em relação ao uso da
tecnologia nos atendimentos. Quem não se adaptar acabará extinto”, afirmou.
A diretoria da APM foi categórica
num item relacionado à telemedicina: por mais sofisticado que seja o processo
tecnológico, nunca o cirurgião perderá o seu lugar na medicina. “Como ocorreu
na indústria automobilística, os avanços contribuíram para a mudança no perfil profissional
dos metalúrgicos. O mesmo ocorrerá na área da Saúde. A qualificação será cada
vez mais importante”, destacou Endrigo.
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