Postagem em destaque

Crônica: Igual peixe, algumas pessoas morrem pela boca

Divulgação Ficava vidrado ao cortar o torresmo e ver a gordura escorrer no prato Astrogildo Magno Juca adorava comida gordurosa. Fã de...

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Chumbo Quente: De frente com a brutalidade #bolsonarista

 Logo partiram para as agressões verbais

Hourpress

O cartaz ao fundo é o retrato da ideologia bolsonarista


Luís Alberto Alves/Hourpress

Nesta segunda-feira (9) fui à rua onde estava o acampamento de #bolsonaristas diante do QG do Exército, do Comando Sudeste, ao lado do Ginásio do Ibirapuera, Zona Sul de SP.  No local gravei um clipe para o #Tik #Tok. De repente entrei numa entrevista, ao lado de outros colegas #jornalistas, com últimos #bolsonaristas que estavam sendo retirados do local, por ordem do ministro do #STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Comecei fazer perguntas a respeito dos motivos do acampamento e quais eram as suas opiniões a respeito dos ataques terroristas ocorridos em #Brasília, durante o domingo (8). Logo partiram para as agressões verbais. Acusavam a todos nós jornalistas de sermos comunistas, de apoiar um governo onde não existe liberdade.

O estopim da ignorância surgiu quando perguntei se não era falta de coerência continuar criticando o voto através de #urnas eletrônicas, visto que o ex-presidente Jair #Bolsonaro (PL) havia chegado ao comando da Nação, por meio deste tipo de votação.  Logo vieram os xingamentos.

Um rapaz, com cerca de 30 anos, passou a me chamar de ignorante. Na visão dele, eu não conhecia tecnologia de informação, por isso, segundo ele, não tinha noção de que essa eleição presidencial era fraudulenta. Perguntou se eu era jornalista. Logo me identifiquei, retirando a minha credencial da carteira.

Repressão

Nada disso valeu a pena. Um #PM percebeu que os ânimos estavam saindo do controle, nos pediu para conversarmos na calçada. Ali, a situação ficou pior. Vieram outros #bolsonaristas e passaram a me cercar e intimidar os outros colegas de #imprensa. Nesta altura eles falavam aos gritos e gesticulando bastante.

Sem a polícia, jornalistas correm riscos


Um rapaz moreno, talvez de uns 30 anos de idade, logo soltou a pérola: “o negócio é soltar #bombas e acabar logo com essa raça de comunistas. Bando de mentirosos”, ameaçou. Logo, a experiência de 36 anos de jornalismo (alguns deles cobrindo greves e manifestações nas ruas, com forte repressão da polícia) orientou que precisava sair dali rapidamente.

Por precaução me retirei de costas, olhando para o grupo de #bolsonaristas, que continuavam a me xingar e ameaçar, mesmo com diversos #Pms próximos, para acompanhar a saída deles diante do QG do #Exército.  Ao subir a Rua Manuel da Nóbrega, dava para ouvir os palavrões ditos em relação a mim. Caso não tivessem policiais naquele local, sem dúvida eu e os demais colegas de imprensa teríamos sido linchados.

Percebi que democracia, na ótica #bolsonarista, só vale para um lado. O outro deve ser anulado ou morto. Não admitem o contraditório. Logo parte para ignorância ou até mesmo agressões físicas.  É ódio como algo comum, deixando em segundo plano o bom censo, que serve de bússola para as pessoas de bem. Daquelas que respeitam o direito do próximo, mesmo quando ele não  é bem visto.

Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue Hourpress


Nenhum comentário:

Postar um comentário