Postagem em destaque

Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

MUNDO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Apresenta...



 HQs EUROPÉIAS: UMA HISTÓRIADE LUTA E GLÓRIA!(Primeira Parte) 

 Tony Fernandes\Redação\Pegasus Studios

Se você é autor de HQs e anda meio desanimado
com as possibilidades que o mercado
 nacional lhe oferece, imagine-se  vivendo 
numa Europa em guerra onde

facistas e as tropas de Hitler
manipulavam o mundo e proibia a publicação
de HQs.  No mundo o caos imperava e as
casas editoriais europeias
de quadrinhos estavam fadadas a desaparecer.


Pois é, amigo leitor, se aqui no Brasil a coisa
está ruim, dá  para imaginar como seria 
a sua situação se você estivesse

morando lá na Europa, mais
precisamente, na Itália, naquele tempo.

Há um velho ditado que diz: "Se a vida se
apresentar azeda, como um limão, seja 
otimista e faça com dela uma boa limonada".

Foi exatamente isso o que os editores e
desenhistas europeus fizeram ante um
 mercado que estava prestes a sucumbir.

Foi assim que eles deram início a uma
desacreditada produção nacional, até
então insípida.

Leia a matéria a seguir e tire proveito dela,
que apresenta  um exemplo de luta,
de garra e de perseverança.
Nada é impossível quando se deseja
Soldados italianos rumo à guerra
ardentemente uma coisa.
Erga a cabeça e vá á luta!
A batalha deve continuar. Boa leitura!


LUTA E GLÓRIA!


1915 - A Itália estava em guerra, pela primeira vez.
O sargento Silvio Uderzo, nascido numa vila italiana,
que ficava no nordeste da Itália, exatamente a
 cinqüenta quilômetros de Veneza, chamada 
La Spenzia, na Ligurie  (Liguria), comandava 
seus homens.

O premier italiano, em pânico, convocou mulheres
e crianças para essa região que estava sendo invadida
A cidade de Liguria, Itália
pelos inimigos facistas. 
Entre os civis convocados estava uma jovem chamada
 Iria Crestini, de origem toscana.

Em La Spenzia ela conheceu o então militar
Silvio Uderzo e acabaram se casando e
 constituindo família.



Liguria
Itália

Porém, ante o poderio bélico do inimigo a região

precisou ser evacuada.
Silvio e sua jovem esposa desesperadamente foram
em direção das colinas em busca de refúgio.
Viveram ainda por algum tempo na Itália, onde
nasceram Uderzo, Bruno, Marcel, Rina e Jeanne.
Depois migraram para a França.
Soldados Nazistas

Entre junho de 1940 e 1944 o território francês
também foi invadido pelas tropas alemãs, provocando
um êxodo dramático de sua população que vivia
no norte para o sul daquele país.
Durante a Segunda Grande Guerra Mundial as tropas
de Adolf Hitler, seguindo seu plano de expansão
invadiram os principais países da Europa.
O líder alemão, um ditador de origem austríaca,
se aliou a Mussolini, um ditador facista italiano,
que determinou, de imediato, a proibição de

qualquer forma de divulgação das ideologias do
imperialismo  americano.


Benito Mussolini

Nas emissoras de rádio, daquele país,
as músicas americanas eram proibidas. Teatros, jornais, livros
 e até as histórias
em quadrinhos Made in America, segundo Mussolini,
poderiam ser usadas como veículos para implantar
na mente do povo europeu a 
ideologia capitalista ianque.


Mussolini exigiu que fosse proibido, em seu país,
qualquer manifestação da ideologia alienígena
por meio de qualquer veículo de comunicação,
como: rádio, cinema, teatro ou através da imprensa.
Assim, os personagens de HQs produzidos na América, que
 faziam um grande sucesso naquele país,
deixaram de ser publicados.
O ditador  Mussolini

Os editores entraram em pânico.
Personagens criados na América, como: 
Tarzan, Mickey, Pato Donald, Popeye,
Tarzan e muitos heróis do velho Oeste,

de grande aceitação popular, precisavam ser
substituídos, de imediato. 
Caso contrário, as editoras

locais estavam fadadas a sucumbir.

Quadrinhos


Enquanto alguns editores simplesmente 
abandonavam o ramo, outros que desejavam 
continuar publicando os fumettis (Quadrinhos) 
tentavam encontrar uma saída desesperadamente.

Caso as editoras fechassem muita gente ficaria
desempregada, como: artistas, escritores, gráficos, papeleiros, etc, 
 provocando ainda mais miséria e fome, naquele tempo de guerra.

A produção nacional italiana, até então
era insignificante. As HQs produzidas na América
dominavam aquele mercado e gozavam de boa
resposta do público leitor.
Qual era a saída? - pensavam todos.
Tarzan e Jane no cinema

De repente, alguém teve uma ideia genial, 
mas arriscada: Criar produtos similares aos
 mais populares comics americanos, 
visando não perder seus fiéis leitores.

Escritores e desenhistas italianos foram 
convocados às pressas.

Plagiadores


Era preciso salvar as editoras daquele país e, 
quem sabe, criar uma linha de produção nacional.

Porém, dúvidas pairavam no ar: Como reagiriam 
os leitores italianos ante esses novos

lançamentos de produtos 
similares aos americanos?

Haveria rejeição? Autores e editores seriam
considerados meros plagiadores?
As vendas se sustentariam?

Só havia um jeito de obter essas respostas:
Colocar os novos materiais nos pontos de venda.
Não havia outra alternativa.
Assim, teve início a primeira manifestação nacional
visando a produção de material italiano, num país
que jamais teve tradição de produzir histórias em quadrinhos.

Tal atitude descortinou um grande número de novas

oportunidades aos autores nacionais que, antes disso,
viviam apenas de cartuns e ilustrações de revistas
para campanhas publicitárias.
Um novo mundo surgia e com grande possibilidade

de gerar novos empregos.
De imediato começou a produção
 nacional e uma

centena de produtos similares 
aos importados, de fato,

foram criados e lançados no mercado.
Nem todos os novos títulos emplacaram 
muitos acabaram sendo cancelados. 

Akim

No entanto, alguns deles vingaram, caíram 
no gosto popular. Em meio a essa 
avalanche de novos produtos Made In

Italy surgiu Akim (revista publicada no Brasil 
pela extinta editora Noblet). Akim era uma 
serie semanal desenhada

pelo italiano Augusto Pedrazza, desenhista que
 fez AKIM durante anos
, que apresentava um 
personagem na mesma linha de Tarzan, 
o Rei dos Macacos, criado pelo escritor americano 
Edgard Rice Burroughs. 


Tarzan tinha uma grande aceitação entre os
leitores italianos, tanto quanto tinha no
cinema e nos livros escritos
por Burroughs. Nas telonas o herói das selvas foi
interpretado
por vários atores, porém dentre estes um ganhou
notoriedade: Johnny Weismuller, ex-atleta olímpico.
Foi assim que  Weismiller, vivendo o papel do
menino branco, filho de um nobre inglês,
que fora criado entre os macacos, foi considerado
pela crítica e pelo público como a mais perfeita
interpretação de Tarzan.

Tamanho foi o sucesso deste personagem, que uma
centena de filmes, séries de TVs e gibis foram lançados
em todo mundo, nos últimos anos.
Com a morte do autor, aos poucos, Tarzan foi caindo
no esquecimento, saindo da mídia.
Nos últimos anos Tarzan foi ressuscitado pelos estúdios Disney,
em forma de desenho animado e obteve um estrondoso sucesso.

DE VOLTA À EUROPA...


Diante do sucesso de Akim e de outros

produtos similares as HQs CONTINUA...
Por: Tony Fernandes\Redação\Pegasus Studios
americanas, obtido pelos editores italianos,

na França uma legião de autores e editores também
se animaram e decidiram seguir o exemplo da Itália

e adotaram, também, o caminho da nacionalização.

CONTINUA...

Por: Tony Fernandes\Redação\Pegasus Studios






Augusto Pedrazza

Nenhum comentário:

Postar um comentário