O sistema usado pela polícia de Nova York, por meio de parceria, estará presente na PM de São Paulo |
Luís Alberto Alves
A nova etapa do Detecta,
sistema inteligente de monitoramento criminal do Estado de São Paulo, utilizará
tecnologia de ponta para aprimorar o trabalho policial. Isso será possível por
meio de uma parceria do Governo do Estado com a Microsoft e com a polícia de
Nova York.
"Técnicos do governo visitaram três
países (Inglaterra, Holanda e Estados Unidos), mas o sistema de Nova York foi o
que mais se aproximou, em termos tecnológicos, das necessidades do Estado de
São Paulo”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.
À maneira dos modernos buscadores de sites na
Internet, o sistema fará a indexação de grandes quantidades de informação
policial e associações automáticas entre esses dados.
As informações coletadas pela nova etapa do Detecta,
que podem ser características de um suspeito coletada por câmeras de
monitoramento ou a forma como um crime foi praticado, serão associadas a partir
de semelhanças entre elas.
Além disso, o Detecta permitirá que informações de diversos bancos de dados sejam filtradas de uma forma pré-estabelecida para que seja emitido um alerta sobre crimes.
Características
Esses dados serão automaticamente relacionados
e apresentados para o usuário, que pode ser um policial de patrulhamento, um
investigador ou o responsável pelo planejamento dos recursos de segurança
pública em um determinado local. São essas características que permitem o
aprimoramento da inteligência policial.
“Este projeto é uma oportunidade da Microsoft
de colaborar com modelos inovadores de gestão policial com base no uso de
tecnologia. O pioneirismo do governo do Estado de São Paulo ao adotar o sistema
implantado com sucesso em Nova York, será um aliado importante para combater o
crime e proporcionar mais segurança aos cidadãos”, afirmou o presidente da
Microsoft Brasil, Mariano de Beer.
Os primeiros resultados desta nova etapa do
Detecta estão previstos para quatro meses a partir do início da parceria com o
sistema de monitoramento inteligente.
Nos três primeiros meses, serão realizadas
três ações em paralelo: adaptação do sistema para as normas brasileiras, com
tradução e troca para unidades utilizadas – de milhas para km, por exemplo -;
treinamento dos primeiros usuários do sistema; implantação do sistema.
Experiência
No quarto mês, os alertas para 10 mil padrões de crimes que foram desenvolvidos em Nova Iorque serão adaptados para as necessidades da polícia paulista.
No quarto mês, os alertas para 10 mil padrões de crimes que foram desenvolvidos em Nova Iorque serão adaptados para as necessidades da polícia paulista.
No restante do contrato de dez meses, a
Microsoft será responsável por desenvolver novos alertas e regras do sistema de
acordo com a experiência que estará em desenvolvimento em São Paulo.
O
contrato de R$ 9,7 milhões prevê que o Governo do Estado terá a transferência
da propriedade intelectual – compartilhada com a Microsoft - de todas as aplicações
que forem desenvolvidas em São Paulo para o sistema de monitoramento
inteligente.
Com isso, São Paulo poderá continuar o aprimoramento da
ferramenta ao trocar experiências com Nova Iorque ou outra cidade que utilize o
mesmo sistema.
Tecnologia
A nova ferramenta oferecerá essas funções porque une as tecnologias mais modernas na área da computação: Big Data, que armazena e processa grandes quantidades de informações, e business intelligence, que permite processar informações para finalidades determinadas previamente, como no caso dos alarmes.
A nova ferramenta oferecerá essas funções porque une as tecnologias mais modernas na área da computação: Big Data, que armazena e processa grandes quantidades de informações, e business intelligence, que permite processar informações para finalidades determinadas previamente, como no caso dos alarmes.
O
nome original do sistema é DAS (Domain Awareness System ou Sistema de Domínio
da Consciência, em livre tradução) e permite uma função tecnológica chamada de
Consciência Situacional, que é esse acesso e cruzamento de informações para
facilitar aos policiais o entendimento das situações que estão lidando.
Para
isso seja possível, a Prodesp irá gerenciar servidores que estarão isolados da
Internet para que os dados sejam protegidos.
Apesar do novo Detecta ser um sistema de alta tecnologia, o seu uso será fácil para o usuário final. A ferramenta dispõe as informações de forma intuitiva e, sempre que possível, localizadas em um mapa.
O
acesso à nova etapa do Detecta poderá ser feito por meio de computadores, notebooks,
tablets e smartphones, mas com comando a partir do Copom (Centro de Operações
da Polícia Militar), do Cepol (Centro de Comunicações e Operações da Polícia
Civil) e do Ciisp (Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública do
Estado de São Paulo).
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