O projeto define tempo máximo de 20 minutos de espera para o primeiro atendimento |
Luís Alberto Caju
A Comissão de Defesa do
Consumidor aprovou na semana passada proposta (PL 425/11) que
define o tempo máximo de 20 minutos de espera para o primeiro atendimento em
unidades de emergência em hospitais públicos e privados.
O relator, deputado Deley
(PTB-RJ), recomendou a aprovação do projeto, apresentado pelo deputado Hugo
Leal (Pros-RJ), mas fez modificações.
Deley apresentou um substitutivo que inclui o
que é o primeiro atendimento e as penalidades em caso de descumprimento da lei
(multa, cassação da licença do estabelecimento e intervenção administrativa,
entre outros).
O substitutivo define como
primeiro atendimento aquela assistência prestada, em um primeiro nível de
atenção, aos pacientes com quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou
ainda psiquiátrica, que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte.
Além disso, o texto do relator
excluiu os hospitais das Forças Armadas da obrigatoriedade de tempo máximo de
atendimento, já que eles possuem regras próprias.
O deputado Deley acredita que,
mesmo com os problemas enfrentados na saúde pública, a proposta deverá
minimizar o sofrimento de quem procura o atendimento de emergência. “Esse
primeiro atendimento é para que alguém possa diagnosticar realmente, naquele
quadro de espera, as pessoas que necessitam do atendimento de urgência. Muitas
vezes, as pessoas estão lá com dor e outros problemas, e ficam ali duas, três,
quatro horas sem ter esse atendimento”, afirmou.
Questionamento
Apesar de reconhecer a importância do projeto, o secretário-adjunto da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Elias Fernando Miziara, apontou algumas falhas. Segundo ele, a proposta não define se a primeira avaliação deverá ser feita pela equipe de enfermagem ou pelo médico do hospital.
Apesar de reconhecer a importância do projeto, o secretário-adjunto da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Elias Fernando Miziara, apontou algumas falhas. Segundo ele, a proposta não define se a primeira avaliação deverá ser feita pela equipe de enfermagem ou pelo médico do hospital.
"O projeto de lei teria que
prever isso também. Esse primeiro atendimento é uma classificação de risco,
isto é, uma avaliação da primeira situação feita pela primeira equipe de
enfermagem ou já tem que ser um atendimento feito pelo médico?”, questionou.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
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