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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Economia: Como fica o 13º salário em 2020?



A redução é opcional e não obrigatória

*Dora Ramos 

Com a chegada do fim do ano, aproxima-se também o pagamento do tão aguardado 13º salário, entretanto, devido a grandes demissões ou suspensões no contrato de trabalho, dúvidas surgem sobre o pagamento deste benefício.

Primeiramente, é importante entendermos como é feito o cálculo. O benefício é calculado com base na média meses trabalhados no ano e com base no salário vigente em dezembro. Por exemplo, uma pessoa que começou a trabalhar em fevereiro, terá a quantia de seu salário mensal dividida por 12 (equivalente a 1 ano) e multiplicada por 11 (equivalente aos meses trabalhados), resultando assim no montante final a ser pago.

Entretanto, devido à pandemia, milhares de pessoas tiveram seus contratos suspensos ou jornadas de trabalho reduzidas, com isso, o valor do 13º  poderá ser menor, isso porque será calculado à partir do seu salário atual, ou seja, se o pagamento foi reduzido junto à jornada, a bonificação também será. Neste sentido temos inclusive uma instrução normativa do Governo, a redução é opcional e não obrigatória.

Com isso, é indicado que se use o benefício com sabedoria. Afinal, sabemos que um dinheiro “extra” pode servir de auxílio em alguma emergência, portanto é importante se atentar aos gastos. Meu conselho de uso é para avaliar e tentar resistir às tentações de consumo de final de ano. Natal, Ano Novo, férias, festas são todos momentos muito propícios a gastos com presentes, decorações, comidas e viagens.

Neste ano de 2020, em que ainda estamos passando por uma enorme crise de saúde e econômica, temos um novo olhar para nossos gastos e prioridades e, com isso, é considerável que se analise tudo o que aconteceu, bem como o que poderá acontecer nos meses seguintes, pois, infelizmente, passamos por momentos de instabilidades no mercado de trabalho.

Assim, se puder, poupe sua bonificação. Afinal, no começo do ano, contas maiores começam a chegar e é bom estar preparado para qualquer imprevisto. Porém, isto não quer dizer que não possa investir um pouco em lazer. O que eu indico é que faça contas, analise, e celebre a vida. É possível comemorar sem comprometer sua saúde financeira.

Só não se esqueça de manter a racionalidade, pois com as festividades, acabamos por nos seduzir por produtos sem necessidade, pelo puro prazer. O momento é de reflexão e revisão de prioridades. Cuide de sua saúde financeira e cuide de você.

*Dora Ramos é consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. 

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