De 10 alunos matriculados na rede particular de ensino, apenas 1 é negro
Luís Alberto Alves
A morte de João Alberto
Silveira Freitas, no dia 19 de novembro, véspera do feriado da Consciência
Negra, numa filial do hipermercado #Carrefour, na Zona Norte de Porto Alegre,
Rio Grande do Sul, trouxe à tona a questão do racismo no Brasil.
O vídeo, em que ele aparece
sendo agredido por seguranças de empresa terceirizada pelo #Carrefour, estourou
nas redes sociais e depois nas emissoras de televisão do Brasil e do restante
do mundo. Aqui houve o flash back do mesmo homicídio que tirou a vida do
norte-americano #George Floyd, na cidade de Minnieapolis, Estados Unidos.
Diferente de África do Sul e
Estados Unidos, nações marcadas pelo racismo declarado, o Brasil criou algo
mais sofisticado. Para justificar, elaborou no censo demográfico cores como:
mulato, moreno, pardo, moreno claro, cor de chocolate etc.
Na raiz da pirâmide social, o
negro brasileiro é maioria. Apesar de serem mais de 50% da população, é muito
baixo o percentual dos que ocupam cargos de executivos nas grandes empresas. De
10 alunos matriculados na rede particular de ensino, apenas 1 é negro.
Nas estatísticas de mortos de
forma violenta, geralmente pela polícia, 75% são de pele escura; 61% das
vítimas de feminicídio são do sexo feminino. A taxa geral de homicídios no
Brasil, é de 28 pessoas por 100 mil. Entre os negros, este número sobe para
200.
As empresas de segurança,
geralmente criadas por policiais, reproduzem a visão estereotipada alimentada
pela política de Segurança Pública: negro é sinônimo de criminalidade. Nesta ótica,
nas abordagens, os policiais atiram primeiro e depois perguntam. Infelizmente
mortos não falam!
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