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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Geral: Favela Paraisópolis está sem apoio da Prefeitura de SP e urbanização


Favela Paraisópolis fica na Zona Sul de SP, ao do bairro Morumbi


Redação 

Moradores da segunda maior favela de São Paulo tentam há mais de um ano discutir com o prefeito Fernando Haddad a retomada do projeto de urbanização da área; Monotrilho e implantação de um hospital de referência para atender aos mais de 100 mil habitantes de Paraisópolis também fazem parte dos sonhos que foram realizados apenas na ficção   

O capítulo final da novela I Love Paraisópolis (TV Globo) promete emocionar o público. O desfecho do folhetim escrito por Alcides Nogueira e Mário Teixeira que foi ao ar na sexta-feira (06/11)  mostrou um desfecho sonhado por todos os moradores da comunidade da zona sul  de São Paulo:  o bem sucedido projeto de urbanização da região.

 Mas se na ficção a transformação de Paraisópolis em bairro - tornando-se referência mundial e arrancando aplausos até na Organização das Nações Unidas (ONU) - parece certa, na vida real os moradores da segunda maior favela de São Paulo continuam enfrentando a falta de apoio da Prefeitura Municipal para conquistar as tão desejadas melhorias da infraestrutura urbana local.

Há mais de um ano as lideranças comunitárias tentam o agendamento de uma reunião com o prefeito Fernando Haddad para debater a interrupção das obras de urbanização. "Mesmo com a novela e toda a exposição positiva que ela trouxe para a comunidade, não houve qualquer avanço no projeto, que incluí, entre outros, moradia popular e saneamento básico. O prefeito deu as costas para Paraisópolis", explicou Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP).

Entre os problemas centrais enfrentados diariamente por quem reside e trabalha na região está a falta de canalização do córrego que corta toda a área. Por causa disso, os moradores sofrem com esgoto a céu aberto e constantes enchentes - o que, além de inúmeros danos, faz com que diversas casas e áreas da comunidade sejam inundadas pela água contaminada.

"Infelizmente a Paraisópolis real parece estar ainda muito distante das conquistas da Paraisópolis da novela. Continuamos lutando para que o poder público cumpra sua promessa de implementar ações efetivas no combate à falta de condições básicas de moradia, saúde, transporte e educação que enfrentamos atualmente", disse Rodrigues.

                                                               Entenda a situação
Em 2010, os moradores de Paraisópolis tinham muitos motivos para ter esperança de melhoria de vida no futuro: o governo federal implantaria um hospital na comunidade, um projeto de urbanização - o maior já visto no País - estava sendo liderado pela Prefeitura, e a construção de uma linha de metrô pelo governo do estado garantiria uma melhora considerável no sistema de transporte público da região do Morumbi (Zona Sul da Capital), onde a favela está localizada. 

Cinco anos passados, o hospital não voltou mais a ser cogitado, os projetos de urbanização estão paralisados e o processo de implementação da linha 17-Ouro do metrô em Paraisópolis parece cada vez mais distante de se tornar realidade diante dos constantes atrasos no cronograma de implantação - o anúncio oficial mais recente dá conta de que  a primeira fase  das obras sofrerá um retardo de mais três anos.

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