Redação
O nervo facial esta
diretamente ligado a necessidades fisiológicas essenciais para a saúde
emocional e física do ser humano como: sensibilidade gustativa, expressões
faciais, lacrimejamento, entre outros. Quando, após um trauma, o movimento
facial é interrompido, seja ele parcial ou total, chamamos de paralisia facial.
São muitas as
causas que podem afetar o funcionamento do nervo facial e ocasionar a Paralisia
Facial Periférica (PFP). A mais comum, a Paralisia de Bell, na maioria das
vezes corresponde a uma resposta do nosso corpo a um vírus (herpes, por
exemplo), já que em contato com ele, o nervo "incha" dentro do canal
ósseo e é pressionado, causando a lesão.
Para tratar essa
estagnação, que geralmente acontece apenas em um lado do rosto, a
fonoaudiologia tem papel indispensável. Após o diagnóstico, o objetivo
das atividades de fonoaudiologia é manter o metabolismo muscular ativo no lado
paralisado, evitando atrofia da musculatura lesada e manter o esquema corporal
facial preservado, direcionando ou organizando o crescimento axonal durante as
três fases da paralisia (Flácida, reinervação e sequela) .
“No primeiro exame
clínico temos que analisar a postura da face, observando o que de fato está
acontecendo. São exigidos movimentos específicos dos lábios, testa e
olhos, além da ausência dos movimentos, simetria, mastigação, entre outros,
para enfim dar o diagnóstico e iniciar o tratamento, explicou a Dra. Adriana
Saad, diretora da Central da Fonoaudiologia”.
Os exercícios fonoaudiólogos que ajudam na reabilitação da
paralisia facial são diversos, e cada um corresponde a um estágio do trauma.
Durante a fase flácida o profissional estimula o local com batidas rápidas com
as pontas dos dedos na área estagnada, para aumentar a tonicidade da
musculatura relaxada e melhorar a vascularização sanguínea da região. “O ideal
é fazer o movimento do queixo em direção à testa, durante dois minutos,
descreveu Adriana”
Ainda na fase
flácida, são feitos também os exercícios miofuncionais isométricos com a
finalidade de adequação muscular. O paciente precisa contrair o musculo
paralisado e junto realizar a massagem indutora. Como exemplo dessas técnicas
miofuncionais, o "Corrugador do Supercílio" é bem comum: deve-se
contrair o músculo, fazendo "cara de bravo", manter a contratação e
realizar a massagem indutora com o dedo indicador, no sentido da sobrancelha em
direção à glabela (espaço entre as sobrancelhas).
Já na fase de
reinervação, entra em cena os exercícios isotônicos que são movimentos mais
expressivos como boca de peixe, beijo de bico entre outros que fortalecerão a
musculatura facial, em seguida, as sequelas são tratadas até a alta do paciente
também com exercícios miofuncionais.
Com tudo, a
paralisia deve ser avaliada minunciosamente e as técnicas realizadas de acordo
com cada uma das fases, pois, uma vez que os exercícios sejam realizados
de maneira inadequada o quadro do paciente pode piorar.
Segundo a Dra. é
importante a que avaliação seja feita o mais rápido possível e que o paciente
mantenha o controle emocional, uma vez, que apesar de inicialmente a condição
assustar, o tratamento é possível e garante uma recuperação em alguns casos de
até 100%.
Sobre Adriana Saad: Profissional com 19 anos de experiência em disfagias,
distúrbios da comunicação, neurológicos e audiológicos. Graduada em
fonoaudiologia para UNOPAE – Universidade no Norte do Paraná. É especialista em
disfagia pelo CEFAC, com aprimoramento pelo Hospital das Clínicas,
Adriana também é diretora da Central da Fonoaudiologia, empresa especializada
em tratamentos home care. Conheça mais em: www.centraldafonoaudiologia. com.br
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