Luís Alberto Alves
O número de eleitores que deixaram de votar
neste domingo (5) chegou a 27,7 milhões, 19,4% do total, o maior percentual
desde 2002. No comparativo com as últimas eleições gerais, em 2010, houve um
aumento de 2,2 milhões de eleitores que deixaram de ir às urnas. Em 2010,
18,12% dos eleitores não votaram, o que dá 24,6 milhões de votos não validados.
Em 2002, a abstenção foi de 17,74% e em 2006 de 16,75%.
Os Estados com maior abstenção foram o
Maranhão com 23,63% (1 milhão de eleitores) e a Bahia 23,2% (2,3 milhões). A
menor abstenção foi no Distrito Federal, onde 11% dos eleitores (221 mil) não
compareceram aos locais de votação.
Nulos e brancos
Os votos nulos reverteram o indicativo de queda e chegaram a 5,8% do total (6,67 milhões). O percentual de anulação estava em queda desde 2002: 7,35% em 2002, 5,68% em 2006 e 5,51% em 2010 (6,1 milhões).
Os votos nulos reverteram o indicativo de queda e chegaram a 5,8% do total (6,67 milhões). O percentual de anulação estava em queda desde 2002: 7,35% em 2002, 5,68% em 2006 e 5,51% em 2010 (6,1 milhões).
A votação em branco também atingiu o maior
percentual das últimas quatro eleições: 3,8% (4,4 milhões). Em 2010 foram 3,13%
(3,4 milhões), contra 2,73% em 2006 e 3,03% em 2002.
Pelo mundo
Em países com o voto facultativo, como o Chile, o índice de abstenção é bem maior. No segundo turno das últimas eleições presidenciais, em 2013, menos de 40% dos chilenos foram às urnas. Já na Argentina, onde o voto é obrigatório, a abstenção chegou a 21% nas últimas eleições presidenciais, em 2011.
Em países com o voto facultativo, como o Chile, o índice de abstenção é bem maior. No segundo turno das últimas eleições presidenciais, em 2013, menos de 40% dos chilenos foram às urnas. Já na Argentina, onde o voto é obrigatório, a abstenção chegou a 21% nas últimas eleições presidenciais, em 2011.
Anulação
A cada eleição, surgem campanhas de votação nula em massa. Muitos eleitores acabam acreditando que se mais de 50% dos votos forem nulos ou brancos será precisa uma nova eleição.
A cada eleição, surgem campanhas de votação nula em massa. Muitos eleitores acabam acreditando que se mais de 50% dos votos forem nulos ou brancos será precisa uma nova eleição.
O Código Eleitoral (Lei 4.737/65) prevê que,
se a nulidade chegar a mais da metade dos votos do País, Estado ou município,
haverá novas eleições dentro de 20 a 40 dias. A nulidade que o código cita,
porém, é a anulação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) dos votos de
candidatos em casos de fraude, abuso de poder, corrupção, compra de voto,
extravio ou furto de urnas. Somente nesses casos a eleição pode ser cancelada.
A nulidade
que o Código Eleitoral (Lei 4.737/65) cita, porém, é a anulação pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) dos votos de candidatos em casos de fraude, abuso de
poder, corrupção, compra de voto, extravio ou furto de urnas. Somente nesses
casos a eleição pode ser cancelada. Caso isso aconteça e a nulidade chegar a
mais da metade dos votos do País, estado ou município, haverá novas eleições
dentro de 20 a 40 dias.
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