Alunos cumprem pena em presídios da Capital e Grande SP |
Luís Alberto
Alves
Balanço
inédito da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo mostra que o primeiro
ano em que os professores da Pasta passaram a atuar no Programa de Educação nas
Prisões já obteve resultados significativos para os detentos. Em 2013, 10.713
detentos, sendo 1.046 deles na Capital e Região Metropolitana de São Paulo,
conquistaram o diploma após frequentarem as aulas de Educação de Jovens e
Adultos (EJA) dos ciclos I e II do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Além da conquista, o acesso
à educação também repercute no comportamento dos alunos. Pesquisa realizada em
123 unidades prisionais de todo o Estado identificou ainda que 96% dos agentes
da Secretaria da Administração Penitenciária declararam constatar mudanças
comportamentais positivas nos cerca de 15 mil alunos que frequentam as aulas
oferecidas nos presídios.
O levantamento ouviu todos
os alunos presidiários, funcionários da penitenciária e também os cerca de 900
professores, coordenadores e supervisores da Secretaria da Educação que atuam
nos presídios.
Dos
matriculados nas aulas oferecidas nas prisões, 68% dos alunos afirmaram ter
vontade de continuar os estudos após o cumprimento do regime e metade afirmou
ter procurado os estudos para adquirir conhecimento. Nas escolas que funcionam
dentro das penitenciárias é oferecido o mesmo currículo e o material didático
da rede estadual, incluindo o programa EJA – Mundo do Trabalho.
O
perfil do docente selecionado para lecionar nessas unidades também merece
destaque. De acordo com o balanço, 15% dos professores já tinham experiências
anteriores em ministrar aulas para estudantes em situação de privação e outros
25% fazem parte do corpo docente das escolas que oferecem ensino de jovens e
adultos.
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