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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Economia: Pesquisa mostra tendências e desafios do home office

 


 O estudo também apontou queda de 49% no volume total de estrangeiros transferidos para trabalhar no Brasil

Redação/Hourpress

A pesquisa “Mobility 2020” é realizada anualmente com profissionais de Recursos Humanos, em parceria, pela empresa brasileira Global Line, especializada em treinamento e consultoria que atua nas áreas de diferenças culturais, trabalho em equipe, diversidade, neurocoaching e autoconhecimento, e pela norte-americana Worldwide ERC, que ocupa uma posição central na indústria de talento e da mobilidade de profissionais entre diferentes regiões do mundo. Neste ano, o estudo foi realizado entre os meses de agosto e outubro, coletando respostas de 145 empresas multinacionais que atuam no Brasil. As empresas que responderam a pesquisa são predominantemente de grande porte, sendo que 69% delas possui mais de 10.000 funcionários e 70% faturam mais de US$ 1 bilhão por ano. A maioria delas (61%) tem sede fora do Brasil.

“Esta é uma pesquisa amostral e não um censo e, portanto, situações específicas ou pequenos subgrupos podem não estar adequadamente representados. Porém, com base em nossa experiência, entendemos que a amostra das empresas respondentes é ampla e diversa o suficiente para caracterizar de forma precisa o mercado como um todo”, explica Andrea Fuks, diretora da Global Line. A pesquisa, que está em sua nona edição, é dividida em duas partes. Na primeira, o foco é nas melhores práticas de Global Mobility. Em 2020, a segunda parte foi ouvir os profissionais de Recursos Humanos sobre a experiência com o Home Office em tempos de pandemia.

Antes da pandemia, o Home Office era um modelo de trabalho pouco utilizado pelas empresas consultadas – apenas um em cada sete profissionais praticava o trabalho remoto - e a sua aplicação provocou grandes desafios de adaptação para os profissionais, sobretudo em relação ao equilíbrio entre as atividades profissionais e pessoais em um mesmo ambiente – a residência da pessoa. Mas os dados obtidos mostram que estes desafios foram respondidos com o desenvolvimento de novas atitudes e habilidades, que permitiram superar as dificuldades e, hoje, a grande maioria dos profissionais se sente confortável com o modelo de trabalho remoto.

De acordo com a pesquisa, até março de 2019, somente 25% das empresas consideravam o trabalho remoto como uma alternativa integrada à sua estrutura e cultura. Antes da pandemia, apenas 26% enxergavam o Home Office como uma prática estratégica e real. Para 24% dos entrevistados, seria uma iniciativa aceitável para alguns cargos e posições (profissionais de vendas, por exemplo). 23% apontaram o trabalho remoto apenas como um saída para situações específicas, 14% admitiram que é um assunto presente nas reuniões de RH mas que nunca saiu do papel e 12% afirmaram que ele nunca foi considerado.

A pesquisa também questionou as empresas sobre as principais dificuldades enfrentadas pelo trabalho remoto. Os resultados mostraram que o grande desafio é coordenar e separar atividades domésticas e profissionais no mesmo espaço – foi o que responderam 44%. 42% colocaram a conexão caseira de internet como um problema. Para 40%, ruídos e interrupções caseiras são outro problema. 38% admitiram dificuldades para controlar seus horários de começar e encerrar o trabalho. 7% reclamaram das vídeos-conferências em outros idiomas, enquanto 2% têm dúvidas sobre o que vestir nestas reuniões virtuais.

O estudo detectou aprendizados interessantes dos profissionais que praticaram o Home Office, como adaptabilidade e paciência (18%), equilíbrio de vida pessoa/profissional (16%), organização e disciplina (16%), gestão do tempo (11%), abertura ao novo e criatividade (10%), empatia (6%), valorização dos relacionamentos (6%) e manter foco (6%). Ou seja: o trabalho remoto e o isolamento social também estimularam o desenvolvimento de novas atitudes em relação à adaptação e também o aprofundamento de habilidades específicas de organização e gestão, que são fatores bastante positivos gerados por esta situação inusitada.

Graças a esses aprendizados, algumas atividades que pareciam muito difíceis a princípio, acabaram e mostrando mais fáceis. Exemplos: comunicação de trabalho em equipe (25%), trabalhar em casa (19%), gestão do tempo pessoal/profissional (18%), não sair de casa (9%), manter o foco (8%), adaptação (8%) e isolamento (5%).

No balanço geral, apesar de ter demandado muita energia, o trabalho remoto vem gerando sentimentos majoritariamente positivos: Produtivo (52%), Protegido (47%), Cansado (45%), Focado (35%), Conectado (30%), Solitário (17%), Solidário (14%) e Receoso (13%). Entre os profissionais entrevistados, 58% afirmaram estar “muito confortáveis” com o trabalho remoto, contra 36% de pessoas “confortáveis” e apenas 6% “desconfortáveis”. Sobre a dificuldade de trabalhar com equipe remota, 91% classificaram essa atividade de “muito parecido com o normal”, “muito fácil”, ou “fácil”. Apenas 9% responderam “difícil”.

Apesar desses números, a pesquisa mostra que ainda existem arestas para serem aparadas. Perguntados sobre os desafios de trabalhar remotamente, os profissionais ouvidos afirmaram: socializar (68%), desenvolver confiança (33%), comunicar (28%), dar feedback (22%), manter a meta comum (22%), liderar (15%) e fazer amigos (14%). São desafios importantes ainda não resolvidos para a construção de equipes fortes e com boa performance.

Além disso, os profissionais apontam, para as empresas, diversos pontos de melhoria que devem ser considerados na continuidade do trabalho remoto: segurança de dados (79%),  comunicação efetiva (74%), maior foco em uma cultura humanizada e  colaborativa (70%), manter o engajamento dos trabalhadores (65%), receber/acolher os novos colaboradores (53%), repensar práticas organizacionais (52%), avaliação de performance (51%) e investir em ferramentas /treinamentos para o desenvolvimento humano (49%). Como se vê, uma das tendências mostradas nesses números é que a incorporação do modelo de trabalho remoto demandará maior foco das empresas no desenvolvimento de habilidades interpessoais, como comunicação e colaboração.

PROFISSIONAIS EXPATRIADOS

A população de transferidos cobertos pela pesquisa foi de 4.890 profissionais. Entre 2019 e 2020, houve uma significativa queda (16%) da população de profissionais transferidos. Essa queda foi gerada, em grande parte, pela forte redução no volume de estrangeiros transferidos para o Brasil, que caiu 49%. Esses números são um reflexo da pandemia, que reduziu a atratividade do Brasil como destino, tanto por questões de saúde quanto de expectativas econômicas. Também houve uma redução importante, de 37%, na quantidade de profissionais brasileiros enviados para trabalhar em empresas brasileiras fora do Brasil.

Entre os profissionais que foram transferidos para outro país, a maior parte (92%) mudou-se por um período superior a um ano. Transferências de curto prazo (de três a 12 meses) responderam por 79%; transferências definitivas, 69%; viagens de negócios estendidas, 34%; trainee ou estagiário internacional, 30%; rotação de posições, 20%; transferência temporária, 19%; pós-graduação ou graduação (5%).

As equipes de mobilidade geralmente fazem parte da área de remuneração e benefícios. 60% dos entrevistados trabalham nessa área. Eles percebem sua contribuição à empresa de forma diversa, ligada tanto ao negócio quanto diretamente aos indivíduos que atendem. Para a maioria dos entrevistados (34%), sua principal contribuição à empresa é o “Apoio ao negócio”.

Economia: Como fica o 13º salário em 2020?



A redução é opcional e não obrigatória

*Dora Ramos 

Com a chegada do fim do ano, aproxima-se também o pagamento do tão aguardado 13º salário, entretanto, devido a grandes demissões ou suspensões no contrato de trabalho, dúvidas surgem sobre o pagamento deste benefício.

Primeiramente, é importante entendermos como é feito o cálculo. O benefício é calculado com base na média meses trabalhados no ano e com base no salário vigente em dezembro. Por exemplo, uma pessoa que começou a trabalhar em fevereiro, terá a quantia de seu salário mensal dividida por 12 (equivalente a 1 ano) e multiplicada por 11 (equivalente aos meses trabalhados), resultando assim no montante final a ser pago.

Entretanto, devido à pandemia, milhares de pessoas tiveram seus contratos suspensos ou jornadas de trabalho reduzidas, com isso, o valor do 13º  poderá ser menor, isso porque será calculado à partir do seu salário atual, ou seja, se o pagamento foi reduzido junto à jornada, a bonificação também será. Neste sentido temos inclusive uma instrução normativa do Governo, a redução é opcional e não obrigatória.

Com isso, é indicado que se use o benefício com sabedoria. Afinal, sabemos que um dinheiro “extra” pode servir de auxílio em alguma emergência, portanto é importante se atentar aos gastos. Meu conselho de uso é para avaliar e tentar resistir às tentações de consumo de final de ano. Natal, Ano Novo, férias, festas são todos momentos muito propícios a gastos com presentes, decorações, comidas e viagens.

Neste ano de 2020, em que ainda estamos passando por uma enorme crise de saúde e econômica, temos um novo olhar para nossos gastos e prioridades e, com isso, é considerável que se analise tudo o que aconteceu, bem como o que poderá acontecer nos meses seguintes, pois, infelizmente, passamos por momentos de instabilidades no mercado de trabalho.

Assim, se puder, poupe sua bonificação. Afinal, no começo do ano, contas maiores começam a chegar e é bom estar preparado para qualquer imprevisto. Porém, isto não quer dizer que não possa investir um pouco em lazer. O que eu indico é que faça contas, analise, e celebre a vida. É possível comemorar sem comprometer sua saúde financeira.

Só não se esqueça de manter a racionalidade, pois com as festividades, acabamos por nos seduzir por produtos sem necessidade, pelo puro prazer. O momento é de reflexão e revisão de prioridades. Cuide de sua saúde financeira e cuide de você.

*Dora Ramos é consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. 

Artigo: Meu filho não dorme, o que devo fazer?

 

Você sabia que crianças e bebês sofrem com distúrbios do sono? 

Redação/Hourpress

Não importa a cor, classe social e a época. Se vc é, foi ou será mãe, já viveu, está vivendo ou viverá este imenso “pesadelo”: A insônia do seu bebê.

Há uma estimativa que aponta que 30% das crianças com até 12 anos de idade sofre com distúrbios do sono. Não importa qual seja a sua rotina diária, ela está ligada ao comportamento noturno. E a estatística do problema aumenta, quando se trata de bebês. Em torno de 40% tem algum distúrbio do sono; E nos casos mais graves, este problema afetará diretamente o seu desenvolvimento.

Segundo a Dra. Gladys Arnez, neurologista infantil e da adolescência, responsável pela clínica Neurocenterkids em São Paulo, -A falta ou a interrupção do sono contínuo, esse despertar de madrugada, o sono agitado, acaba tendo impacto negativo na vida da criança; no seu desenvolvimento cognitivo, no seu desenvolvimento psicológico, na regulação do humor, na atenção, na imunidade e no comportamento da criança. Tudo isso é consequência da falta de qualidade do sono”.

As Causas:

As principais causas dos Distúrbios de Sono de bebês e da criança são:       

  • Insônia
  • Síndrome das pernas Inquietas
  • Distúrbios do ritmo circadiano sono e vigília
  • Diagnóstico e Tratamento

    Pesquisas realizadas na década de 90, publicadas Comissão Nacional de Pesquisas em Distúrbios do Sono, nos Estados Unidos, já apontavam que esses distúrbios raramente eram diagnosticados nas consultas pediátricas.

    Embora muitos pais não saibam, esse problema é sim é uma questão médica. E tanto os pais como o médico, tem como responsabilidade identificar os sintomas para um diagnóstico preciso.

    Dra. Glady Arnez faz um alerta:“É preciso tomar muito cuidado com o diagnóstico em crianças, pois o desafio acaba sendo sempre maior. O diagnóstico se torna bem mais difícil. É preciso uma análise completa com os pais e cuidadores. Deve-se fazer um diário do sono e colher o maior número de informações possíveis.”

    Com relação ao tratamento, a Dra. Gladys explica que existem duas linhas: a comportamental e a medicamentosa:

    • Higiene do Sono, que é o preparo do bebê/criança para dormir; manter uma rotina para o banho, massagens, dar a última mamadeira. Mas o importante é que tudo seja feito sempre no mesmo horário. É necessário ter uma rotina.
    • Técnicas Comportamentais; essas técnicas devem ser feitas em conjunto com a família, os pais ou os cuidadores e pode exigir o auxílio de um profissional

     

    Já o Tratamento Medicamentoso é a intervenção com medicamentos, que deve ser feita quando necessária, sempre acompanhado de um neurologista infantil, até que o problema seja sanado. E os medicamentos devem ser feitos em conjunto com a higiene do sono e as técnicas comportamentais.

     

    O bebê, dormindo sempre no mesmo horário, o cérebro, que está em constante neuroplasticidade, aprendendo tudo, absorvendo tudo como uma massinha, ele vai se acostumar a dormir todos os dias no mesmo horário. Nesse ponto a criança, se estiver fazendo uso de medicamento, não precisará mais usá-lo”, finalizou a Dra. Gladys Arnez.

     

Saúde: São Paulo registra 41,4 mil óbitos e 1,2 milhão casos de coronavírus

 


Entre as vítimas fatais estão 23.848 (57,5%) homens e 17.607 (42,5%) mulheres

Redação/Hourpress

O Estado de São Paulo registra nesta terça-feira (24) 41.455 óbitos e 1.215.844 casos confirmados do novo coronavírus. Entre o total de casos diagnosticados de COVID-19, 1.084.660 pessoas estão recuperadas, sendo que 131.355 foram internadas e tiveram alta hospitalar.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 56,1% na Grande São Paulo e 48,4% no Estado. O número de pacientes internados é de 9.247, sendo 5.356 em enfermaria e 3.891 em unidades de terapia intensiva, conforme dados das 12h desta terça-feira.

Hoje, os 645 municípios têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 597 com um ou mais óbitos. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus.

Perfil da mortalidade

Entre as vítimas fatais estão 23.848 (57,5%) homens e 17.607 (42,5%) mulheres. Os óbitos permanecem concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 76,6% das mortes.

Observando faixas etárias, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (10.694), seguida pelas faixas de 60 a 69 anos (9.772) e 80 e 89 anos (8.502). Entre as demais faixas estão os: menores de 10 anos (55), 10 a 19 anos (72), 20 a 29 anos (342), 30 a 39 anos (1.172), 40 a 49 anos (2.699), 50 a 59 anos (5.364) e maiores de 90 anos (2.783).

Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (59,8% dos óbitos), diabetes mellitus (43,2%), doenças neurológicas (10,9%), renal (9,5%), pneumopatia (8,3%). Outros fatores identificados são obesidade (8,2%), imunodepressão (5,5%), asma (3%), doenças hepáticas (2,1%) e hematológica (1,7%), Síndrome de Down (0,5%), puerpério (0,1%) e gestação (0,1%). Esses fatores de risco foram identificados em 33.318 pessoas que faleceram por COVID-19 (80,3%).

Perfil dos casos

Entre as pessoas que já tiveram confirmação para o novo coronavírus estão 566.361 homens e 643.271 mulheres. Não consta informação de sexo para 6.212 casos.

A faixa etária que mais concentra casos é a de 30 a 39 anos (286.692). As demais são: menores de 10 anos (30.991), 10 a 19 (59.649), 20 a 29 (207.765), 40 a 49 (249.420), 50 a 59 (181.459), 60 a 69 (110.191), 70 a 79 (55.629), 80 a 89 (26.000) e maiores de 90 (7.354). Não consta faixa etária para outros 694 casos.

: Saúde : Pesquisa aponta número menor de infectados por covid-19 entre pessoas que se exercitam

 


Atividade física ajuda a controlar o peso e a prevenir doenças crônicas

Redação/Hourpress

Resultados de uma pesquisa on-line feita com 938 brasileiros que contraíram COVID-19 apontam que a prevalência de hospitalização pela doença foi 34,3% menor entre os voluntários considerados “suficientemente ativos”, ou seja, aqueles que antes da pandemia praticavam semanalmente ao menos 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de alta intensidade.

A reportagem da Agência FAPESP mostra que o questionário foi respondido entre os meses de junho e agosto por indivíduos de ambos os sexos e diversas idades que tiveram a infecção pelo SARS-CoV-2 confirmada pelo teste molecular (RT-PCR, que detecta o RNA viral na fase aguda) ou sorológico (que detecta anticorpos contra o vírus no sangue). Do total de participantes, apenas 91 (9,7%) precisaram ser hospitalizados. Os dados completos do estudo, que contou com apoio da FAPESP, foram divulgados na plataforma medRxiv, em artigo ainda sem revisão por pares.

Para definir o critério “suficientemente ativo” os pesquisadores usaram como referência as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para adultos entre 18 e 64 anos – que, por sua vez, estão baseadas nas diretrizes das principais entidades médicas do mundo.

“Buscamos avaliar se havia alguma redução na prevalência de hospitalização também entre os que praticavam atividade física por um período menor que o recomendado, mas nesse caso a diferença não foi significativa do ponto de vista estatístico”, conta à Agência FAPESP Marcelo Rodrigues dos Santos, pós-doutorando na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e idealizador da pesquisa.

O questionário contava com perguntas sobre o quadro clínico (sintomas, medicamentos e, no caso dos que foram hospitalizados, tempo de internação) e outros fatores que poderiam influenciar no desfecho da infecção, como idade, sexo, índice de massa corporal (IMC), doenças preexistentes, condições socioeconômicas, escolaridade, consumo de tabaco e nível de atividade física.

As respostas foram analisadas por modelos estatísticos e, como esperado, a prevalência de hospitalização foi maior entre os homens, os idosos (65 anos ou mais), os voluntários obesos ou com sobrepeso e os de menor nível socioeconômico e menor escolaridade. Contudo, mesmo após descontada a influência desses fatores de risco no resultado final, foi possível observar uma redução de 34,3% na prevalência de hospitalização no grupo “suficientemente ativo”.

Quando foram comparados apenas os voluntários que precisaram ser hospitalizados, o nível de atividade física pré-pandemia não conferiu proteção em termos de tempo de internação, intensidade dos sintomas e necessidade de suplementação de oxigênio ou de intubação.

“Por se tratar de um estudo observacional, não investigamos os mecanismos envolvidos na proteção conferida pela prática de atividade física. Mas há evidências robustas sobre os benefícios dos exercícios para a imunidade. Uma única sessão pode mobilizar bilhões de células de defesa, reintroduzindo-as na circulação”, afirma Santos.

Além disso, como destacam os autores no artigo, a prática de atividade física ajuda a controlar o peso e a prevenir doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, considerados fatores de risco para o agravamento da infecção pelo SARS-CoV-2.

Em paralelo

Quando a COVID-19 chegou às Américas, Santos tinha acabado de se mudar para Boston, nos Estados Unidos, onde começaria um estágio de pesquisa na Harvard University com apoio da FAPESP.

O objetivo do projeto é tentar reverter os efeitos do envelhecimento e de doenças degenerativas por meio de intervenções capazes de restaurar nas células a concentração de uma coenzima conhecida como NAD (nicotinamida adenina dinucleotídeo), que participa de diversos processos biológicos importantes. Diversos estudos já mostraram que os níveis de NAD diminuem com o envelhecimento e que esse declínio está relacionado com o desenvolvimento de distúrbios metabólicos, como a obesidade.

“A proposta é testar em pacientes obesos ou com sobrepeso o efeito de um suplemento novo supostamente capaz de potencializar a ação da NAD. Mas quando os casos de COVID-19 explodiram tudo fechou e a investigação foi temporariamente interrompida. Foi então que surgiu a ideia de fazer uma pesquisa on-line em paralelo”, conta o pesquisador.

Santos articulou-se com colegas da área de Educação Física de diversos Estados brasileiros, que ajudaram a divulgar o link para o questionário em hospitais, clínicas, jornais e redes sociais. Participaram da iniciativa pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e da Escola de Educação Fís

Artigo: O parto prematuro como fator de alto risco para o neurodesenvolvimento

 

Problemas comportamentais, cognitivos e emocionais? Vamos entender o que está por trás disso

Dra Gesika Amorim

Dia Mundial da Prematuridade,  comemorado em novembro de cada ano, também chamado de Dia Internacional da Sensibilização para a Prematuridade, desde 2009 em 50 países, entre eles, EUA, Canadá, Brasil, Portugal e Austrália, tem como objetivo a conscientização sobre a prevenção da prematuridade, além de buscar estratégias que venham a diminuir a alta taxa de prematuridade que ocorrem a cada ano; cerca de 15 milhões de partos antecipados, ou seja, com algum grau de prematuridade, no mundo.

E essas taxas de nascimentos prematuros vem aumentando, em grande parte, nos países cujos dados apresentados são confiáveis.

Os países mais problemáticos são os de baixa renda, com 11,8%, seguido pelos países de média renda, 11,3%, e países de alta renda, com 9,3% dos casos. A posição do Brasil é preocupante, com a taxa de 11,7% de partos prematuros no ano de 2010, ficando na décima posição entre os países mais problemáticos. Segundo estudo nacional, apresentado pela UNICEF (2013).

As complicações no período perinatal, compreendidas entre as 22 semanas completas de gestação, até os 7 dias após o nascimento, e no período neonatal (do nascimento aos 28 dias de vida) podem prejudicar a evolução no desenvolvimento desses bebês, além da imaturidade neurobiológica que se apresentará sob vários aspectos.

Segundo a Dra. Gesika Amorim, Pediatra, Neuropsiquiatra Infantil, especialista em Tratamento Integral do Autismo e Neurodesenvolvimento - O cérebro da criança a termo após o nascimento duplica de tamanho até os nove meses. Cada neurônio, após o nascimento, forma pelo menos cem mil sinapses ou “pontes” entre si. Obviamente, o nascer prematuro trará um prejuízo nessa conectividade, com uma redução do número destas sinapses, além do prejuízo na formação da Glia (alimentação, suporte e defesa do SNC), outras células que amadurecem nesse período.

Bebês prematuros estão propícios a apresentarem patologias decorrentes da própria internação em UTI neonatal, todas complicadoras diretamente do neurodesenvolvimento; a falar apneia (falta de respirar), doenças pulmonares, sangramento no cérebro, distúrbios de pressão, etc.

Dra. Gesika Amorim faz um alerta - O mais importante é fazer um pré-natal de qualidade para diminuir as chances dos partos prematuros que acarretarão em doenças sérias ao longo da vida. O ideal é que a mãe entre em trabalho de parto, ou mesmo se isso não ocorrer, que a criança nasça apenas após as 39 semanas, quando há menos risco de complicações. Repetindo: trabalho de parto adiantado é sempre um risco para mãe e para o bebê.

Os Riscos e o Perigo Real.

Os recém-nascidos prematuros, segundo a Organização Mundial da Saúde, são os nascidos antes de atingir as 37 semanas completas de gestação. Segue abaixo a classificação:

  • Menos 28 semanas: prematuro extremo. sobrevivência de 50 % em países desenvolvidos. Problemas visuais, motores, paralisia cerebral, retardo mental, risco elevado para TEA.
  • 28 a 32 semanas: Muito prematuro. Podem apresentar ansiedade, TEA, TDH, problemas na linguagem e no comportamento, dificuldades nas interações sociais e nos relacionamentos afetivos. Baixo rendimento escolar e de aprendizado.
  • 32 a 37 semanas: Prematuro moderado e prematuro tardio. Desempenho escolar medíocre em comparação com crianças que nasceram dentro do período adequado. Sério risco de problemas comportamentais e atencionais.

Segundo a Dra. Gesika Amorim, que além de Pediatra e Neuropsiquiatra infantil, também está à frente há 25 anos de uma Unidade Neonatal, e por isso, ressalta sobre os perigos das cesáreas agendadas.

Segundo a especialista, não se deve marcar cesárea, seja por qualquer motivo, salvo por indicação precisa do médico“Pela minha experiência já vi muitas complicações, problemas graves por causa desse procedimento. As pessoas leigas, acreditam que o bebê nasceu com dois quilos está ótimo, mesmo com 37 semanas. Isso é um problema sério. Essa criança pode mamar, dormir, sorrir e não ter convulsões, mas lá na frente, com 4, 5 ou 6 anos de idade, ela poderá sim apresentar uma tendência maior aos distúrbios de aprendizado, a ter uma deficiência de leitura, ter TDAH ou um Transtorno de Ansiedade. 

Então, existe SIM uma correlação entre o nascer abaixo de 37 semanas, ser prematuro, baixo peso, internar em UTI neonatal e evoluir com transtornos neuropsiquiátricos. A prematuridade causa maior incidência de autismo, déficit intelectual, prejuízo escolar e transtornos disruptivos.”

Geral: Rodovias paulistas registraram mais de 28,7 mil acidentes em 2020

 


Quatro em cada dez ocorrências com morte envolveram motocicletas

Agencia Brasil 

De cada dez acidentes com mortes ocorridos de janeiro a outubro de 2020 nas rodovias que compõem o Sistema Anhanguera-Bandeirantes, quatro envolveram motociclistas. De acordo com a concessionária CCR AutoBan, as motocicletas representam apenas 2,5% do total de veículos que circulam pelas autopistas do complexo.

A Rodovia Anhanguera liga a capital paulista ao norte do estado. A Rodovia Bandeirantes, por sua vez, conecta a capital a importantes municípios de São Paulo, como Campinas.

Segundo o gestor de Atendimento da CCR AutoBan, Fabiano Adami, a concessionária procura organizar campanhas para orientar os motociclistas sobre segurança no trânsito. Uma das instruções de prevenção de acidentes é evitar trafegar pelos corredores que se formam entre os automóveis.

De acordo com levantamento do InfosigaSP, banco de dados que reúne informações da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, as rodovias paulistas concentraram 20,1% dos acidentes com vítimas. No total, em 2020, ocorreram mais de 28,7 mil acidentes.

Título e matéria alterados para correção de informação repassada à Agência Brasil. Os dados da matéria se referem ao período de janeiro a outubro de 2020, e não ao ano de 2019, como informado inicialmente.