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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Política: Senado recebe hoje pedido de impeachment; entenda o passo-a-passo


Luís Alberto Alves

Até o fim, o processo contra Dilma ainda poderá passar por cinco votações no Senado: duas em comissões especiais e três no Plenário
Com sua admissibilidade aprovada na Câmara dos Deputados, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff deve chegar nesta segunda-feira (18) ao Senado Federal. Se os senadores acatarem o pedido e instaurarem de fato o processo, a Casa será palco de um julgamento a ser presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
Até o julgamento final, alguns passos precisam ser dados. Após o recebimento do processo, a expectativa é que ainda nesta segunda ou na terça-feira (19), seja feita a leitura do texto no Plenário e já eleita a comissão especial que vai analisar se aceita ou não o pedido da Câmara para abrir processo de impeachment contra Dilma. O colegiado terá dez dias para apresentar um parecer, que será aprovado se tiver o apoio da maioria simples dos membros.
Se for aprovado na comissão, o texto ainda precisa ser votado em Plenário pelos 81 senadores, o que deve ocorrer até o fim da primeira quinzena de maio. É a fase de admissibilidade da denúncia. Se o Senado aprovar a abertura do processo, por maioria simples, a presidente Dilma Rousseff é afastada do cargo. Nesse caso, assume interinamente o vice-presidente, Michel Temer.
Testemunhas e provas
O afastamento de Dilma poderá durar até 180 dias. Nesse período, uma comissão se reúne para ouvir testemunhas, coletar provas e comprovar ou não as acusações feitas perante a Câmara dos Deputados. É a fase de pronúncia. Feito isso, o colegiado vota o parecer que, para ser aprovado, precisa novamente de apoio da maioria simples de seus integrantes.
Se for aprovado nessa segunda votação em comissão, o parecer (sentença de pronúncia) é lido e votado pelo Plenário do Senado. Mais uma vez, para ser aprovada a sentença precisa de apoio da maioria simples.
O julgamento
O julgamento final ocorrerá no Plenário do Senado, em sessão presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal. O Senado funcionará como um tribunal, sendo os jurados os 81 senadores.
Para aprovar o impeachment, são necessários 54 votos favoráveis (2/3 dos senadores). Se condenada, Dilma será deposta de seu mandato e ficará inelegível por oito anos, passando definitivamente o cargo ao vice, Michel Temer.
“Só nesta votação é que os senadores vão decidir se a presidente da República será afastada, se os fatos são graves o suficiente para isso, se os crimes de responsabilidade de fato existiram e se ela ficará inabilitada por oito anos para o exercício de cargos públicos, uma vez condenada”, explica o consultor legislativo da Câmara Roberto Carlos Pontes.
Nesta terça-feira (19), uma reunião de líderes partidários no Senado deve discutir questões que ainda estão em aberto. Existe, por exemplo, dúvidas sobre como contar o prazo da comissão especial, se em dias corridos ou úteis.
Governo e oposição
Líder do DEM no Senado, o senador Ronaldo Caiado (GO) acredita que o processo caminhará rapidamente e que não há motivos para adiá-lo. Em sua avaliação, Dilma Rousseff não tem mais condições de governar, o que foi confirmado pela admissibilidade do impeachment na Câmara dos Deputados.
“Esse governo é incapaz de produzir qualquer ato, já que não tem apoio político. Não faz sentido procrastinar a decisão. A Casa que representa o povo brasileiro mostrou, por mais de 2/3 dos deputados federais, que realmente quer a votação do processo”, disse Caiado.
Diferentemente de Caiado, o vice-líder do governo no Senado Lindbergh Farias (PT-RJ) avaliou que a oposição entre os senadores não consegue maioria contra Dilma. Ainda há, segundo ele, muitos indecisos e a opinião pública pode influenciar os trâmites.
“Eles [a oposição] não têm 2/3. Se o Michel Temer [vice de Dilma] assume a presidência da República, de cara vai vir a ilegitimidade. O povo brasileiro está desconfiado disso. Eles assaltaram o poder”, afirmou Lindbergh, que considera o impeachment uma tentativa de golpe contra Dilma.

Política: Câmara autoriza instauração de processo de impeachment de Dilma com 367 votos a favor e 137 contra


Luís Alberto Alves

Processo contra Dilma segue para o Senado que, por maioria simples, pode admitir a denúncia e afastá-la do cargo. A condenação depende do voto de 54 senadores e resulta na perda do mandato e inelegibilidade por oito anos



Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Sessão especial para votação do parecer do dep. Jovair Arantes (PTB-GO), aprovado em comissão especial, que recomenda a abertura do processo de impeachment da presidente da República
Deputados pró-impeachment comemoram aprovação do relatório do deputado Jovair Arantes, que recomenda a abertura de processo de impedimento da presidente Dilma por crime de responsabilidade
Com os votos favoráveis de 367 deputados, 137 contrários e 7 abstenções, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o relatório pró-impeachment e autorizou o Senado Federal a julgar a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade. Se abstiveram de votar os deputados Pompeo de Mattos (PDT-RS), Vinícius Gurgel (PR-AP), Beto Salame (PP-PA), Gorete Pereira (PR-CE), Sebastião Oliveira (PR-PE), Mário Negromonte Jr. (PP-BA) e Caca Leão (PP-BA).

A sessão foi tensa, iniciada com princípio de tumulto. Cada voto dos 511 deputados – estavam ausentes os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Clarissa Garotinho (PR-RJ) - foi pontuado com comemorações de cada lado. O voto de número 342, mínimo para garantir o julgamento pelo Senado, foi celebrado à exaustão pelos partidários do impeachment, que tiveram apoio de deputados de 22 partidos. Apenas Psol, PT, e PCdoB não deram votos à favor do impedimento da presidente Dilma.

A sessão de votação durou cerca 6 horas, mas todo o processo de discussão e votação do impeachment, iniciada na sexta (15) consumiu quase 53 horas.

No Senado
Agora, o parecer que recomenda a investigação contra a presidente Dilma Rousseff segue para o Senado Federal. Lá, será constituída uma comissão especial para decidir se convalida, ou não, o pedido de abertura de investigação. Se for aprovado por 41 senadores, a presidente será afastada do cargo e julgada pelo Senado. Uma eventual condenação, que depende do aval de 2/3 da Casa (54 senadores), tira Dilma do cargo e a torna inelegível por oito anos.

Repercussão

A maioria dos líderes favoráveis ao impeachment referiu-se não apenas às acusações contra a presidente, mas ao fato de ela já não ter condições de governar por falta de apoio no Congresso e da população. “Não há canto nenhum desse País em que se possa vislumbrar no rosto das pessoas algum sinal de esperança. Vamos decidir com o nosso voto o futuro de um país destroçado por uma presidente que, com sua arrogância, humilhou o Parlamento e governou de costas para a população”, criticou o líder da Minoria, deputado Miguel Haddad (PSDB-SP).

Para o líder do PSC, deputado André Moura (SE), o vice-presidente, Michel Temer, tem capacidade de pacificar e reunificar o brasileiro. O PT, segundo ele, “está falido”.

O presidente da comissão especial que aprovou o pedido de abertura de processo de impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), afirmou que o desafio agora é buscar a reunificação de uma população tão dividida. “A partir de amanhã, todo o líder político, todo líder partidário vai precisar superar pessoalmente as suas posições para que a gente possa sair das crises instaladas”, disse.

O líder do governo, deputado José Guimarães (CE), afirmou que o impeachment não é a solução. “O afastamento da presidente Dilma Rousseff não é o caminho para a solução dos problemas brasileiros.” Ele questionou se também seriam afastados o vice-presidente, Michel Temer, e 16 outros governadores que fizeram as mesmas manobras fiscais que pesam contra Dilma.

Decretos e pedaladas
Segundo o relatório aprovado, uma das infrações da presidente Dilma Rousseff seria a edição de decretos suplementares sem autorização do Legislativo e em desconformidade com um dispositivo da Lei Orçamentária que vincula os gastos ao cumprimento da meta fiscal. O deputado Jovair Arantes (PTB-PE), relator da matéria na comissão especial, avalia que, sem a revisão da meta fiscal aprovada, o Executivo não poderia por iniciativa própria editar tais decretos, tendo de recorrer a projeto de lei ou Medida Provisória. “Nessa abordagem, todos os decretos citados na denúncia, independentemente da fonte utilizada, estariam desprovidos de autorização legislativa”, diz o texto do relator.

Em relação às pedaladas fiscais, foram analisados apenas o uso de recursos do Banco do Brasil para pagar benefícios do Plano Safra. O governo atrasou os repasses ao banco, que pagou os agricultores com recursos próprios. Esse atraso, na avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU), se configura uma operação de crédito irregular. Ao comprometer a saúde fiscal do País, avalia Jovair Arantes, o governo põe em risco a democracia, já que os governos precisam zelar pela estabilidade financeiro-econômica do País. “O descumprimento de normas fiscais e a falta de transparência nesse campo sinalizam a deterioração das contas públicas e, no limite, o risco de insolvência do País”, afirma o relatório.

Defesa

Todas as acusações foram rebatidas pelo Advogado-Geral da União, José Eduardo Cardozo, que atuou na defesa da presidente Dilma Rousseff. Para ele, não há, no relatório, fatos que comprovem que a presidente cometeu atos intencionais que atentem contra o País.

Tanto os decretos quanto o atraso nos repasses, segundo Cardozo, são atos comuns de todas as administrações e foram considerados crimes por uma mudança de interpretação do Tribunal de Contas da União. “Esse procedimento era pedido por outros Poderes, inclusive pelo próprio TCU, que pediu ao chefe do Executivo o decreto de suplementação. Por quê? Porque o TCU admitia isso, porque o TCU dizia que isso era possível”, afirmou, durante a defesa em Plenário. “Subitamente, o TCU muda de opinião. E quando o TCU muda, o governo para de baixar decretos. Então, onde está a má-fé?”, criticou.

Antes mesmo de finalizada a votação, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE), admitiu a derrota, mas ressaltou que as ruas estão com o governo: “Os golpistas venceram, mas a luta continua. Vamos barrar o processo no Senado. O Senado pode corrigir essa ação dos golpistas”.

O líder enfatizou que a decisão da Câmara a favor do impeachment é uma agressão à legalidade democrática e um desrespeito aos 54 milhões de pessoas que votaram na presidente Dilma Rousseff. Para ele, o vice-presidente, Michel Temer, não tem condições de administrar o País e “o processo de impeachment foi conduzido por pessoas que não tem ética”.

Variedades: 42º FESTIVAL SESC MELHORES FILMES


Redação

Ingressos: de R$ 3,50 a R$ 12

Orestes (DCP, Dir.: Rodrigo Siqueira, Brasil, 2015, 93 min., livre)
A filha de uma militante política traída e executada, um policial, uma defensora da pena de morte, um ex-preso político, pais que perderam seus filhos e uma enfermeira que lida diariamente com o resultado da violência são alguns dos personagens que se confrontam nesta reflexão sobre os mecanismos da justiça e as possibilidades de resgate das culpas e dívidas de várias gerações. Fantasmas da ditadura, posições antagônicas sobre responsabilidade, ética e punição e os próprios ritos, tanto dos tribunais como da tragédia grega, são passados no fio da navalha, num processo em que a objetividade se procura, mas escapa.
Quinta-feira, 21/4, 14h.

Osvaldão (DCP, Dir.: Vandré Fernandes, Ana Petta, Fabio Bardella e André Michiles, Brasil, 2014, 79 min., 10 anos)
A vida de Osvaldo Orlando da Costa, comandante da Guerrilha do Araguaia que virou herói entre o povo local, por conta de sua coragem e generosidade. Muitos até o consideram como um ser mítico. Uma visão não só da lenda ao redor do nome de Osvaldão, mas também de suas aventuras humanas. Vindo de uma família de ex-escravos, uma trajetória onde um jovem campeão carioca de boxe na década de 1950 se transforma em um dos principais guerrilheiros do país.
Quinta-feira, 21/4, 16h30.

O Clã (DCP, Dir.: Pablo Trapero,  Argentina/Espanha, 2015, 110min., 10 anos)  
Baseado na história real que abalou a Argentina, o filme conta a história dos Puccio, uma família de classe média que tem por hábito sequestrar pessoas ricas, pedir o resgate e, ao receber o pagamento, matar as suas vítimas. O patriarca, Arquimedes, comanda as operações ao lado do filho Alejandro, enquanto sua esposa e as filhas fingem ignorar o que acontece à sua volta. Mas as coisas mudam de figura quando um filho distante volta da Austrália, criando novas tensões familiares.
Quinta-feira, 21/4, 19h.

Cássia (DCP, Dir.: Paulo Henrique Fontenelle, Brasil, 2014, 120 min., 12 anos)
Cássia Eller é uma figura icônica da música brasileira. Sua breve, porém marcante, passagem pelo cenário musical nos anos 1990 deixou uma marca inegável na cultura e na história musical do país. Sob um aspecto social, sua morte, teve uma repercussão nacional que segue até hoje, por conta da guarda de seu filho, que acabou ficando, surpreendentemente, com sua parceira Eugênia. Cássia foi uma figura que deixou um impacto tanto cultural quanto social, expondo tabus e demonstrando sua força como pessoa pública.
Quinta-feira, 21/4, 21h.

Casa Grande (DCP, Dir.: Fellipe Gamarano Barbosa, Brasil, 2014, 117 min., 14 anos)
Jean é um adolescente rico que luta para escapar da superproteção dos pais, secretamente falidos. Quando o motorista de longa data é demitido, Jean tem a tão sonhada chance de pegar o ônibus público pela primeira vez. No ônibus, ele conhece Luiza, uma aluna da rede pública que começa a abrir seus olhos para as contradições de dentro e fora da casa grande.
Sexta-feira, 22/4, 14h

Chico, Artista Brasileiro (DCP, Dir.: Miguel Faria Jr., Brasil, 2015, 110 min., 10 anos)
Personagem fundamental da cultura brasileira nos últimos 50 anos, autor, dramaturgo e compositor de uma extraordinária coleção de canções que habitam o imaginário coletivo do país, Chico Buarque dialoga com a própria memória neste filme. O longa tem como um dos eixos a descoberta do irmão alemão de Chico. Guiado pela fala do próprio artista, o longa revisita a sua história do ponto de vista da maturidade.
Sexta-feira, 22/4, 16h30.

O Clube (DCP, Dir.: Pablo Larraín, Chile, 2015, 98 min., 16 anos)
Um grupo eclético de sacerdotes convive com Mónica, uma freira, em uma casa na costa chilena. Quando não estão orando e expiando seus pecados, eles treinam seu cachorro para a próxima corrida. O que será que os levou até ali, praticamente no meio do nada, onde o vento sopra com força? Quando um novo sacerdote se muda para lá, um homem começa a lhe fazer fortes acusações. Sua voz aumenta mais e mais até que um tiro soa. O padre evita as acusações dizendo ser suicídio. A igreja envia um investigador, mas será que ele realmente tem a intenção de descobrir a verdade ou apenas garantir que a aparência seja mantida?
Sexta-feira, 22/4, 19h.

Sabor Da Vida (DCP, Dir.: Naomi Kawase, Japão/França/Alemanha, 2015, 113 min., 10 anos)  
Sentaro dirige uma pequena padaria que serve dorayakis - panquecas recheadas com pasta de feijão vermelho doce. Quando uma senhora de idade, Tokue, se oferece para ajudar na cozinha, ele relutantemente aceita. Mas Tokue prova ter um toque de mágica quando se trata de fazer “an”. Graças à sua receita secreta, o pequeno negócio logo floresce e, com o tempo, Sentaro e Tokue abrem seus corações para revelar velhas feridas.
Sexta-feira, 22/4, 21h.

Leviatã (DCP, Dir.: Andrey Zvyagintsev, Rússia, 2014, 142 min., 14 anos)
Kolia vive em uma pequena cidade próxima ao Mar de Barents, no norte da Rússia. Ele é dono de uma oficina, ao lado da casa onde vive com sua esposa e seu filho. Vadim Shelevyat, o corrupto prefeito da cidade, quer tirar o seu negócio, sua casa e sua terra. Primeiro ele tenta o suborno, mas Kolia não admite perder tudo o que tem. Não só a terra, mas também toda a beleza que o rodeia desde o dia em que nasceu. É então que o prefeito adota uma conduta mais agressiva para conseguir o que quer.
Sábado, 23/4, 14h.

Força Maior (DCP, Dir.: Ruben Östlund, Suécia/França/Dinamarca/Noruega, 2014, 118 min., 12 anos)
Ebba e Tomas decidem passar cinco dias de férias esquiando nos Alpes franceses com seus dois filhos. Tomas deve passar mais tempo com a família, pois Ebba acha que ele trabalha demais. Quando os quatro almoçam num restaurante nas montanhas, uma avalanche se aproxima rapidamente e ameaça soterrar o local. Nenhum deles fica ferido, mas a atitude de Tomas durante o incidente pode causar danos irreparáveis, fazendo com que seja constantemente perseguido por seus erros.
Não recomendado para menores de 12.
Sábado, 23/4, 16h30.

Adeus à Linguagem 3D (DCP, Dir.: Jean-Luc Godard, Suíça/França, 2014, 70 min., 16 anos)
A ideia é simples: uma mulher casada conhece um homem solteiro. Eles amam, eles discutem, punhos ao vento. Um cachorro vaga entre a cidade e o campo. As estações passam, o homem e a mulher se encontram novamente. O cachorro se encontra entre os dois. O outro está em um, o um está no outro e eles são três. O ex-marido quebra tudo. Um segundo filme começa, igual ao primeiro. E ainda assim não. A raça humana, nós passamos a metáfora. Isso termina em latidos e o choro de um bebê.
Sábado, 23/4, 19h.

Últimas Conversas (DCP, Dir.: Eduardo Coutinho, Brasil, 2015, 85 min., 12 anos)
A partir de entrevistas com jovens estudantes brasileiros, o filme busca entender como pensam, sonham e vivem os adolescentes de hoje. Quando morreu, em fevereiro de 2014, o diretor Eduardo Coutinho deixou 32h de material gravado e um caderno com anotações iniciais a respeito desse material. Foi então que produtor João Moreira Salles e a montadora Jordana Berg levaram a diante a missão de terminar a obra. No corte final, tem-se nove entrevistas das 97 realizadas durante as filmagens, que aconteceram entre 2 e 12 de novembro de 2014 no Estúdio do Cais.
Sábado, 23/4, 21h.

Birdman ou A Inesperada Virtude da Ignorância (DCP, Dir.: Alejandro González Iñárritu, EUA, 2014, 119 min., 16 anos)
Riggan Thomson é um ator que, no passado, fez muito sucesso interpretando Birdman, um super-herói que se tornou um ícone cultural. Hoje um cinquentão, esquecido por muitos, ele está montando uma adaptação de um conto de Raymond Carver na Broadway, que dirige e estrela. Entretanto, em meio aos ensaios, Riggan precisa lidar com seu agente, sua filha e seu elenco, formado por divas que querem toda a atenção. Além disso, ele ainda ouve uma estranha voz que se identifica como Birdman.
Domingo, 24/4, 14h.

Mad Max - Estrada da Fúria 3D (DCP, Dir.: George Miller, Austrália/EUA, 2015, 120 min., 16 anos)  
Max Rockatansky é um guerreiro traumatizado que vaga pelas estradas de um mundo destruído. Ele é capturado por homens do exército de Immortan Joe, líder de uma comunidade que vive sob sua mão de ferro. Quando a Imperatriz Furiosa trai Immortan Joe e tenta salvar um grupo de garotas que o tirano usava como parideiras, Max se vê no meio de uma perseguição que não escolheu presenciar. Também tentando fugir, ele aceita ajudar Furiosa em sua luta contra Joe e se vê dividido entre mais uma vez seguir sozinho seu caminho ou ficar com o grupo. Quarto filme da série Mad Max, iniciada em 1979.
Domingo, 24/4, 16h30.

O Sal Da Terra (DCP, Dir.: Juliano Ribeiro Salgado e Wim Wenders, França/Brasil/Itália, 2014, 110 min., 12 anos)
Em 40 anos de carreira, o fotógrafo Sebastião Salgado percorreu o mundo como testemunha de uma humanidade em plena transformação, registrando eventos trágicos de nossa história recente. Atualmente, dedica-se à descoberta de territórios virgens e suas grandes paisagens e ao encontro de uma fauna e de uma flora selvagens num gigantesco estudo fotográfico que contempla a beleza do planeta. O filme revela os bastidores desse novo projeto, intitulado Gênesis.
Domingo, 24/4, 19h.

Nostalgia Da Luz (DCP, Dir.: Patrício Guzman, França/Alemanha/Chile, 2010, 90 min., 12 anos)
No deserto do Atacama, no Chile, a três mil metros de altitude, astrônomos tiram proveito da transparência do céu para explorar galáxias longínquas em busca de vida extraterreste. Paralelamente, aproveitando a secura do solo do local, que conserva intactos os restos de seres vivos, arqueólogos estudam múmias e outra relíquias pré-colombianas, enquanto um grupo de mulheres procura os corpos de seus parentes desaparecidos durante o período da ditadura militar no país sob o regime de Augusto Pinochet.
Domingo, 24/4, 21h.

Hamlet (DCP, Dir.: Cristiano Burlan, Brasil, 2014, 90 min., 12 anos)
A partir do assassinato de seu pai por seu tio, Hamlet é obrigado a enfrentar suas próprias contradições e as do mundo à sua volta. Em uma desconstrução de si mesmo, ele mergulha na eterna questão sobre o sentido da existência. Ambientado numa grande metrópole, o filme é uma livre adaptação da tragédia de William Shakespeare.
Segunda-feira, 25/4, 14h.

A Pele De Vênus (DCP, Dir.: Roman Polanski, França/Polônia, 2013, 96 min., 14 anos)  
Vanda é uma atriz que chega atrasada para o teste de elenco que o diretor Thomas está fazendo a fim de encontrar a protagonista de sua mais nova peça, inspirada em obra de Leopol Von Sacher Masoch. Thomas reluta em aceitar que ela faça o teste, pois está atrasado para um compromisso. Mas ele acaba cedendo às insistências de Vanda e em pouco tempo os dois se vêem em meio a uma discussão sobre os papéis do homem e da mulher na sociedade, a partir de reflexões sobre sofrimento e masoquismo.
Segunda-feira, 25/4, 16h30.

Mia Madre (DCP, Dir.: Nanni Moretti, Itália/França, 2015, 107 min., 10 anos)
Margherita é cineasta e está no meio da produção de seu novo filme, cujo papel principal é desempenhado por um célebre – e insuportável – ator norte-americano de origem italiana. Durante as filmagens, as dúvidas e questões típicas da artista comprometida que é misturam-se a angústias de sua vida privada: a mãe de Margherita está no hospital, enquanto sua filha vive em plena crise de adolescência. Será que Margherita conseguirá desempenhar bem ambos os papéis?
Segunda-feira, 25/4, 19h.

A História Da Eternidade (DCP, Dir.: Camilo Cavalcante, Brasil, 2014, 120 min., 16 anos)
Em um pequeno vilarejo no sertão, três histórias de amor e desejo revolucionam a paisagem afetiva de seus moradores. Personagens de um mundo romanesco, no qual suas concepções da vida estão limitadas, de um lado pelos instintos humanos, do outro por um destino cego e fatalista. Alfonsina tem 15 anos e sonha conhecer o mar; Querência está na faixa dos 40; e Das Dores, já no fim da vida, recebe o neto após um passado turbulento.
Segunda-feira, 25/4, 21h.

Olmo E A Gaivota (DCP, Dir.: Petra Costa e Lea Glob,  Brasil/Dinamarca/Portugal/ França, 2015, 87 min., 12 anos)
A travessia pelo labirinto da psique de Olivia, atriz intempestiva que se prepara para atuar na peça A gaivota , de Tchekov. Quando o espetáculo começa a tomar forma, Olivia e seu companheiro Serge, que haviam se conhecido anos antes nos ensaios do Théâtre du Soleil, descobrem que ela está grávida. O filme tem uma nova virada quando o que parecia ser encenação revela-se como a própria vida. Ou seria o inverso? Esta investigação do processo criativo nos convida a questionar o que é real, o que é imaginário e o que celebramos e sacrificamos em nossas vidas.
Terça-feira, 26/4, 14h.

Whiplash - Em busca da perfeição (DCP, Dir.: Damien Chazelle, EUA, 2014, 107 min., 12 anos)
O solitário Andrew é um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração e marcar seu nome na história da música, como seu ídolo Buddy Rich. Após chamar a atenção do reverenciado e impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher, Andrew entra para a orquestra principal do conservatório de Shaffer, a melhor escola de música dos Estados Unidos. Entretanto, a convivência com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão, fazendo de tudo para chegar a um novo nível como músico, mesmo que isso coloque em risco seus relacionamentos com sua namorada e sua saúde física e mental.
Terça-feira, 26/4, 16h30.

Dois Dias, Uma Noite (DCP, Dir.: Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, Bélgica/França /Itália, 2014 , 95 min., 12 anos)
Sandra perde seu emprego em uma fábrica depois que outros trabalhadores escolhem receber um bônus ao invés de mantê-la na equipe. Ela descobre que alguns de seus colegas foram persuadidos a votar contra ela. Mas Sandra tem uma chance de reconquistá-lo. Ela e Manu, seu marido, têm uma tarefa complicada para o final de semana: devem visitar cada um de seus colegas de trabalho e convencê-los a abrir mão de seus bônus, para que o casal possa manter o seu emprego.
Não recomendado para menores de 12.
Terça-feira, 26/4, 19h.

Numa Escola De Havana (DCP, Dir.: Ernesto Daranas, Cuba, 2014, 108 min., 12 anos)
Chala, um garoto de 11 anos, vive com sua mãe viciada em drogas, Sonia. Para sustentar a casa, ele treina cães de briga, indiretamente ajudado por um homem que pode ser ou não seu pai biológico. As dificuldades de sua vida refletem na escola, onde é aluno de Carmela, por quem tem grande respeito. Mas quando ela fica doente e tem que se afastar, Chala não se adapta à nova professora, que sugere que ele seja transferido para um internato. Quando Carmela retorna, não aceita essa medida e outras imposições que aconteceram durante sua ausência. Enquanto a relação entre professora e aluno se intensifica, os dois passam a ser perseguidos na escola, levando a um conflito que reflete o complexo sistema contemporâneo de Cuba.
Terça-feira, 26/4, 21h.

Homem Comum (DCP, Dir.: Carlos Nader, Brasil, 2013, 96 min., 10 anos)
Ao longo de quase 20 anos, o cineasta Carlos Nader conviveu com o caminhoneiro paranaense Nilson de Paula e sua família. Desde o início, havia o projeto de realizar um documentário, cujas intenções se transformam visceralmente, num processo também captado pela câmera. Durante esse período, transformam-se as vidas de Nilson, que adoece, de sua mulher, Jane, e de sua única filha, Liciane, assim como a do diretor, que passa a fazer parte deste círculo também afetivamente. Grandes questões, como o sentido da vida, incorporam-se à própria tessitura do filme, ao qual se contrapõem trechos do clássico ‘A Palavra’, de Carl Dreyer, evidenciando conexões estéticas e existenciais.
Quarta-feira, 27/4, 14h.

Ausência (DCP, Dir.: Chico Teixeira, Brasil, 2014, 87 min., 12 anos)
Serginho já não é mais menino e ainda não é um homem. Neste drama cotidiano, familiar, sexual e afetivo, seguimos seu dia a dia: o recém-adquirido papel de homem da casa cuidando de sua mãe e seu irmão mais novo; o trabalho na feira; sua amizade com Mudinho e Silvinha; e sua relação confusa, entre o sexo e o afeto, com o professor Ney. Um tecido de momentos da vida de um menino em transição.
Quarta-feira, 27/4, 16h30.

Califórnia (DCP, Dir.: Marina Person, São Paulo, 2015, 90 min., 14 anos)
São Paulo, 1984. Estela vive a conturbada passagem pela adolescência. O sexo, os amores, as amizades; tudo parece muito complicado. Seu tio Carlos é seu maior herói, e a viagem à Califórnia para visitá-lo, seu grande sonho. Mas tudo desaba quando ele volta magro, fraco e doente. Entre crises e descobertas, Estela irá encarar uma realidade que mudará definitivamente sua forma de ver o mundo.
Quarta-feira, 27/4, 19h.

A Gangue (DCP, Dir.: Miroslav Slaboshpitsky, Ucrânia/Holanda, 2014, 132 min., livre)
Sergey, um jovem surdo-mudo, começa a estudar num internato especializado que abriga secretamente uma rede de crime e prostituição entre seus estudantes, “a tribo”. Neste novo ambiente, ele é forçado a aceitar as duras regras da gangue e participa de vários assaltos, o que lhe garante o respeito dos colegas. Quando ele conhece Anna, uma das amantes do líder da gangue, acaba quebrando uma das regras veladas da tribo.
Quarta-feira, 27/4, 21h.

ESPECIAL: RELEMBRANDO OS MELHORES
Adeus Meninos (DCP, Dir.: Louis Malle, França/Alemanha/Itália, 1987, 104 min., 14 anos)
Durante a Segunda Guerra Mundial, a França está dividida entre invasores nazistas e colaboracionistas - cidadãos franceses que ajudam os alemães - e a resistência. Julien, filho de uma família rica, é enviado para o colégio interno a fim de ser educado por padres cristãos. Após as festas de Natal, ele volta para a tediosa rotina no internato. Suas aulas parecem sem novidades, até que chega um novo aluno, Jean, um menino inteligente e introspectivo. Não demora para que os dois criem um laço muito próximo de amizade. Até que Julien descobre que Jean tem um segredo perigoso para aquela época. 
Melhor filme pelo voto da crítica em 1988.
Quinta-feira, 21/4, 23h59.

Gritos E Sussurros (DCP, Dir.: Ingmar Bergman, Suécia, 1972, 106 min., 18 anos)
Na Suécia da virada do século XIX para o XX, Agnes está morrendo de câncer, em sua isolada mansão rural, quando recebe a visita de suas irmãs Karin e Maria. A medida em que a dor e o sofrimento de Agnes se tornam incontroláveis, as irmãs são tomadas pelo medo e pela repulsa, mostrando-se incapazes de qualquer empatia; e Agnes só encontra consolo nos cuidados da empregada Anna. Com a morte cada vez mais próxima, surgem antigos ressentimentos, ciúmes, inveja e amargura entre as irmãs, desenterrando terríveis histórias familiares. Vencedor do Oscar de melhor fotografia e indicado em outras quatro categorias, incluindo melhor filme e direção.
Melhor filme pelo voto da crítica em 1974, primeira edição do festival.
Sexta-feira, 22/4, 23h59.

Pai Patrão (DCP, Dir.: Paolo Taviani e Vittorio Taviani, Itália, 1977, 114 min., 14 anos)
No interior da Sardenha, Itália, Gavino é um menino de seis anos oprimido pela ignorância e violência do pai, que o obriga a deixar os estudos e ir para o campo pastorar ovelhas. Com o tempo, Gavino entende que a sua única saída é conquistar aquilo que falta a seu pai: cultura. Baseado na autobiografia do escritor italiano Gavino Ledda, o filme mostra como o personagem principal consegue escapar de sua realidade quase barbárica ao se educar, apesar da violenta oposição de seu pai. Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Melhor filme pelo voto da crítica em 1978.
Sábado, 23/4, 23h59.

CINECLUBINHO
Kiriku, os Homens e as Mulheres (DCP, Dir.:  Michel Ocelot, França, 2012, 88 min., livre)   Kiriku é chamado para salvar sua aldeia de perigos sobrenaturais e humanos, o que ele faz com muita astúcia e humor, além de uma certa ingenuidade sobre o mundo. Contado pelo seu avô, o Homem Sábio que vive na Montanha Proibida, o filme entrelaça uma coleção de fábulas misturando narrativa tradicional e mitologia com pedaços de humor e sagacidade .
Domingo, 24/4, 11h, grátis. Retirada de ingressos com 30 min. de antecedência.

CONVERSAS
Diretores dos filmes premiados no Festival conversam com o público sobre suas carreiras e filme premiado, no auditório do CineSesc.
Com a cineasta Marina Person e mediação do jornalista Cunha Jr.
Quarta-feira, 27/4, 19h30, drátis. Retirada de ingressos com 1h de antecedência.

EXPOSIÇÃO
Interpretação ilustrada dos filmes premiados no 42° Festival Sesc Melhores Filmes e dos 120 anos do Cinema. Concepção geral e ilustração: Igor Tadeu.
Até 31/5.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Túnel do Tempo: EUA suspendem voos de patrulha sobre o Iraque



Luís Alberto Alves

Bombas: Em 15 de abril de 1994, EUA decidem suspender os voos de patrulha sobre a zona de exclusão, no Iraque, para reavaliar seu próprio sistema de segurança.

Radiografia de Sampa: General Flores


Luís Alberto Alves

Estadista uruguaio, nasceu em Paissandu, em 1809. Foi Assassinado em Montevidéu - Uruguai, em 19 de fevereiro de 1868. Em 1853, tomou parte em uma insurreição contra o governo do Presidente Giró.

 Em 1854, foi eleito presidente da República, pelo Partido Colorado ou Liberal, todavia, uma divergência interna do partido possibilitou a Oribe, ex-presidente a deposição de Flores, que se refugiou em Buenos Ayres, em 1858. 

Na Argentina, apoiou Mitre que combateu a seus lado na batalha de Payon, em 17 de setembro de 1861, em que foi derrotado o exército da confederação Argentina. Apoiado por Mitre e pelo governo imperial do Brasil, entrou triunfante em Montevidéu, assumindo o título de governador provisório da república em 1865.

 Em 04 de maio de 1865, concluiu um tratado de aliança com o Brasil e a Argentina, contra o Paraguai. Eleito presidente da República em 1866. A Rua General Flores (foto) fica no Bom Retiro, Centro de SP.

Política: Dilma fará hoje pronunciamento em cadeia de rádio e TV


  • Brasília
Da Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff fará pronunciamento à nação em cadeia de rádio e televisão, hoje (15), às 20h20. O pronunciamento vai durar oito minutos e trinta segundos. Ela deverá reafirmar que não existe crime de responsabilidade que justifique o seu afastamento.
A Câmara dos Deputados começou nesta manhã as discussões sobre o impeachment de Dilma. O impedimento será votado no domingo (17).

A exposição do jurista Miguel Reale Junior, um dos autores da denúncia contra a presidenta, foi a primeira fala no plenário. Em seguida, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fez a defesa de Dilma.

Os partidos têm uma hora para se manifestar e a ordem de discurso será da maior para menor bancada. São 25 partidos que podem indicar até cinco parlamentares para dividir este tempo. A sessão deve se prolongar por toda a madrugada.

Solidariedade entra na Justiça para impedir pronunciamento de Dilma nesta sexta


  • Brasília
André Richter – Repórter da Agência Brasil
O Solidariedade entrou com ação na Justiça Federal para impedir a veiculação do pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff, previsto para a noite de hoje (15), em cadeia nacional de rádio e televisão. Prevista para as 20h20, a fala da presidenta terá 8 minutos e 30 segundos. Ela deverá reafirmar que não existe crime de responsabilidade que justifique seu afastamento do cargo.

A admissibilidade do processo de impeachment de Dilma está sendo discutida nesta sexta-feira na Câmara dos Deputados, e a votação deve ocorrer na tarde domingo (17).

Para o partido, há desvio de finalidade no uso do pronunciamento em rede nacional para rebater os argumentos favoráveis ao impeachment. “Caso nada seja feito para impedir a iminente disseminação de conteúdo durante a votação, como forma de convencimento desesperado da população, tudo indica que o resultado desse processo político-jurídico seja diretamente interferido pelas manobras político-administrativas questionadas”, sustenta o Solidariedade.

A ação foi distribuída para o juiz Rodrigo Parente Paiva Bentemuller, da 6ª Vara Federal em Curitiba.

Política: Deputados tucanos defendem impeachment e acusam PT de dividir o País


  • Brasília
Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil
Brasília - Deputado Carlos Sampaio durante discussão da autorização ou não da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no plenário da Câmara dos Deputados ( Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Brasília - Sampaio durante discussão sobre a admissibilidade do impeachment da presidenta, no plenário da Câmara Marcelo Camargo/Agência Brasil
Maior partido de oposição no Congresso Nacional, o PSDB levou seus cinco representantes à tribuna da Câmara para reafirmar a posição favorável ao impeachmente acusar a presidenta Dilma Rousseff de ter cometido crime de responsabilidade e fraude fiscal.

O primeiro, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), disse que a presidenta mentiu sobre a situação fiscal do País para se reeleger, enganando os eleitores e as instituições fiscalizadoras. “Quando era questinada sobre a situação dizia "estamos de pé, estamos firmes, superavitários". Era mentira! O Brasil já estava de joelhos”, disse o deputado.

Sampaio também criticou a defesa da presidenta Dilma, feita pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, na manhã de hoje. O deputado tucano disse que Cardozo fez uma defesa “imprestável” e “amesquinhou o papel da AGU” ao defender a presidenta e seu cargo. “Imprestável é a defesa de Vossa Excelência, que perdeu de oito a dois na mais alta corte”, disse o deputado, em referência ao pedido da AGU para que a sessão sobre a admissibilidade doimpeachment fosse suspensa e que foi rejeitado pelo Supremo Tribunal Federal.

Os líderes tucanos também abordaram a divisão política que vem sendo observada no Brasil e responsabilizaram o governo e PT por ela. Para o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), ambos jogaram a população em dois lados e alimentam as divergências. “Dividiu o branco contra o negro, o religioso contra o ateu, o índio contra o produtor. Não podemos continuar assim, nós somos filhos de uma mesma pátria. O PT não pode continuar dividindo o Brasil”, disse.

Bruno Araújo (PSDB-PE) ressaltou que “é hora de unir o Brasil” e disse que o impeachmentservirá para que as instituições brasileiras mostrem que “há limites” ao governo. “Se não agirmos dessa forma outros governantes poderão incorrer na mesma irresponsabilidade e ilegalidade. Poderão cometer crimes contra a população e a Constituição para se manter no poder a qualquer custo”, afirmou.

Antes dos deputados falaram pelo partido, o deputado Antônio Imbassahy usou tempo de líder para também discursar a favor do impeachment. Para ele, esse “é o remédio jurídico que deve ser aplicado contra a presidente da República que cometeu crime de responsabilidade”.

“O que ficou evidente, durante toda a discussão, é que seus defensores não negam as infrações à legislação. Apenas tentam tumultuar a discussão e desviar o seu foco central, que são os crimes praticados”, afirmou o líder.

Para ele, a defesa da presidenta não negou que ela tenha cometido crime, apenas alegou que outros também tinham incorrido nas mesmas práticas, admitindo assim o desrespeito à Constituição. “De uma presidente da República que não respeita nem a Constituição, tudo pode se esperar. Restou comprovado que a presidente, ao maquiar as contas públicas e ao emitir decretos de suplementação de verbas sem autorização do Congresso Nacional, infringiu a Lei Orçamentária, a Lei de Responsabilidade Fiscal e praticou crimes de responsabilidade”, afirmou.

Os partidos políticos têm tempo de uma hora cada um para discursar. O período pode ser dividido em até cinco oradores escolhidos pelo próprio partido. Antes do PSDB, já discursaram PT e PMDB. Ao todo, 25 partidos têm representação na Câmara e terão direito ao tempo.