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quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Geral: Depressão pós-parto atinge quase metade das mulheres no Brasil
Redação
Marcada por intensas mudanças corporais, hormonais e emocionais a depressão pós-parto é mais comum do que, geralmente, se pensa. Considerada normal, em alguns níveis, a tristeza sofrida pela mulher após o período de gestação e parto pode ser agravada e gerar muitas consequências para a mãe e para o bebê. No Brasil, cerca de 40% das mulheres desenvolvem a depressão pós-parto, segundo o Ministério da Saúde e 10% delas sofrem com o nível mais severo.
"É considerado normal para algumas mulheres frente a esse período adaptativo, nos primeiros 10 dias, apresentarem um estado de tristeza no pós-parto, caracterizado por alterações transitórias de humor materno como choro fácil, irritabilidade, flutuações de humor, tristeza, fadiga, dificuldade de concentração, insônia, ansiedade", afirmou a Dra. Adriana Fregonese, psicóloga e professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. "Os estudos mostram que esse quadro é considerado normal, promove o alívio da ansiedade após o nascimento da criança, se apresenta de forma leve e gradualmente se desfaz", explicou.
Embora não haja comprovação científica sobre as causas diretas desse distúrbio, é comum que mulheres com esse diagnóstico apresentem rotinas estressantes, quadros de ansiedade, relacionamento conjugal instável, dificuldades no relacionamento com o pai da criança, ausência de apoio familiar, gestação indesejada, quadros passados de depressão, dificuldades financeiras, entre outros.
"É essencial para a saúde mental e o desenvolvimento da personalidade do bebê a vivência de uma relação inicial calorosa, íntima e contínua com a mãe. A interação é essencial para o recém-nascido, já que a mãe é a intermediadora dele com o mundo. Uma vez privada desse vínculo afetivo e cuidados amorosos, a criança sente e sofre", de acordo com a professora.
A depressão pós-parto também tende a ser mais intensa quando há uma quebra muito grande de expectativa em relação ao bebê e ao estilo de vida que se estabelece com a maternidade. É comum que a mãe desenvolva sentimentos de fracasso na responsabilidade por um bebê e não saiba lidar com oscilação de humor em virtude desse período de adaptação.
"Muitos aspectos relacionados à depressão pós-parto ainda não estão totalmente esclarecidos cientificamente. Novos estudos são necessários para conhecermos a etiologia e as características do mal, bem como suas implicações para o desenvolvimento da criança. Vale destacar que nem todas as situações refletirão em dificuldades severas, o que justifica a ampliação do conhecimento sobre o tema", finalizou a Dra. Adriana.
Para o tratamento, é indicado acompanhamento profissional psiquiátrico e psicológico, com administração de medicamentos quando necessário, e sessões de psicoterapia.
Geral: Eduardo Kobra faz grande mural de Ayrton Senna, em São Paulo
Redação
O muralista e a equipe do Studio Kobra trabalham no local diariamente, das 8h às 19h, para que a obra esteja pronta até o 10 de novembro, dias antes do GP de Fórmula-1 de Interlagos. O mural “A Lenda do Brasil”, de 41 metros por 17,5 metros, fica na rua da Consolação, 2608 (na esquina com a Avenida Paulista, em frente à Praça José Molina).
O mural “A Lenda do Brasil”, de 41 metros por 17,5 metros, fica na lateral inteira de um prédio na rua da Consolação, 2608 (esquina com a Avenida Paulista, em frente à Praça José Molina), em São Paulo. Mostra, com cores vivas, o piloto de capacete e olhar expressivo. Senna é uma das grandes referências da vida de Eduardo Kobra. “Tenho há muitos anos o sonho de fazer um grande mural sobre esse exemplo de talento, determinação e superação”, afirma Kobra, que já pintou diversos murais sobre o tricampeão mundial de Fórmula 1 (nascido em 21 de março de 1960, em São Paulo, e que faleceu, ao bater violentamente nos muros da curva Tamburello, no GP de São Marino, em Imola, Itália, no dia 1º. de maio de 1994).
“É certamente a pessoa que mais pintei em minha vida. Foram cerca de dez murais de pequeno e médio porte, além de uma tela. Embora eu não seja muito ligado aos esportes, Senna sempre foi um dos meus grandes ídolos. É para mim uma honra realizar agora um imenso mural em São Paulo sobre esse notável paulistano e brasileiro”, diz Kobra, que acrescenta: “Senna transformou o ato de dirigir carros de corrida em, além de um esporte, uma verdadeira arte, que encantava a todos. Esta minha arte é uma homenagem e também um agradecimento. Representa ainda, nesse momento tão difícil, uma inspiração para o povo brasileiro de que é sim possível acreditar que este pode ser um País vencedor”.
Antes de fazer o mural, Kobra procurou pelo Instituto Ayrton Senna, que aprovou e apoiou o projeto. Para a viabilização do mural, Eduardo Kobra conta com o patrocínio da Audi do Brasil, empresa que tem uma ligação histórica com o tricampeão mundial. “Sem esse apoio não seria possível realizar esse sonho”, afirmou.
Geral: Enxaqueca em crianças é associada à falta de atenção
Luís Alberto Alves | |
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Economia: Saldo positivo de US$ 1,996 bilhão de outubro foi o melhor para o mês desde 2011
Redação | |
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Redação | |
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Política: Adolescentes negros defendem políticas contra desigualdade e preconceito
Luís Alberto Alves
Coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef destacou que 70% dos adolescentes que são assassinados no Brasil são negros
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Mesa-redonda abordou temas como maioridade penal, educação, aborto e violência contra jovens negros
Adolescentes e jovens negros defenderam políticas públicas contra a desigualdade e o preconceito, em mesa-redonda sobre "Desigualdade Étnico-Racial, Direitos e Cidadania", promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), nesta terça-feira (3).O debate foi sugerido pelo presidente da comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a pedido do próprio Unicef.
O coordenador do Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef no Brasil, Mário Volpi, destacou os principais pontos de desigualdade que incidem sobre os jovens negros no Brasil. O primeiro desses pontos seria a violência. “Indicadores mostram que 70% dos adolescentes que são assassinados no Brasil são negros”, apontou. “Precisamos que o País investigue cada um desses assassinatos”, disse. Ele defendeu a aprovação, pela Câmara, do projeto de lei que acaba com o auto de resistência (PL 4471/12) - registro pelo qual policiais justificam mortes durante prisões ou perseguições de suspeitos. Já aprovado pelas comissões, o projeto aguarda votação pelo Plenário.
Ele também chamou atenção para a desigualdade na educação. “O sistema educacional ainda é muito eurocêntrico, centrado na figura do branco, e o adolescente negro não se identifica com os conteúdos desenvolvidos”, alertou. Conforme ele, é importante que o País coloque em prática aLei 10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
Volpi ressaltou ainda que a gravidez na adolescência incide mais sobre as adolescentes negras, e que são necessárias políticas para lidar com a questão. Ele defendeu ainda a criação de mecanismos de participação de adolescentes e jovens negros na política. “O Brasil precisa recuperar o seu sistema nacional de participação social, espaços que fortaleçam a democracia no País”, afirmou.
História africana
O estudante Luiz Otávio Pantoja, membro do Coletivo Nacional de Juventude Negra - Enegrecer, de Macapá (AP), ressaltou os principais resultados do I Encontro Nacional de Adolescentes Negros, que está sendo realizado em Brasília até quarta-feira. Segundo ele, uma das demandas dos adolescentes negros é a implementação da lei que determina que a história dos povos africanos seja estudada nas escolas. “A raiz do Brasil está sendo desvalorizada”, apontou. De acordo com o deputado Bacelar (PTN-BA), 52% dos municípios brasileiros ainda não colocaram a lei em prática, alegando falta de recursos.
O estudante Luiz Otávio Pantoja, membro do Coletivo Nacional de Juventude Negra - Enegrecer, de Macapá (AP), ressaltou os principais resultados do I Encontro Nacional de Adolescentes Negros, que está sendo realizado em Brasília até quarta-feira. Segundo ele, uma das demandas dos adolescentes negros é a implementação da lei que determina que a história dos povos africanos seja estudada nas escolas. “A raiz do Brasil está sendo desvalorizada”, apontou. De acordo com o deputado Bacelar (PTN-BA), 52% dos municípios brasileiros ainda não colocaram a lei em prática, alegando falta de recursos.
Já a estudante Maria Richelle Chagas Ramos, 16 anos, também de Macapá, salientou o preconceito sofrido pelas pessoas que praticam religiões de matriz africana, como candomblé e umbanda. “Não podemos sair com nossas roupas brancas, porque somos julgados e agredidos verbalmente.’”, disse. “Na escola, não podemos fazer projetos sobre religiões de matriz africana”, completou. “Estamos em busca de igualdade e respeito.”
O secretário de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ronaldo Barros, considera essencial distribuir riquezas para assegurar direitos, como está sendo feito, por exemplo, por meio do Bolsa Família. Ele acredita que há uma reação conservadora da sociedade a políticas do governo nesse sentido. Barros defendeu ainda a criação de cotas na Câmara para assegurar a participação política dos negros.
Mobilização
Andréia Crispim, membro da coordenação do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (Cedeca/DF), criticou a proposta que reduz a maioridade penal para 16 anos, no caso de crimes hediondos (PEC 171/93) - já aprovado pela Câmara e em tramitação no Senado. “A redução da maioridade penal é uma forma de extermínio da juventude negra”, afirmou.
Andréia Crispim, membro da coordenação do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal (Cedeca/DF), criticou a proposta que reduz a maioridade penal para 16 anos, no caso de crimes hediondos (PEC 171/93) - já aprovado pela Câmara e em tramitação no Senado. “A redução da maioridade penal é uma forma de extermínio da juventude negra”, afirmou.
O deputado Paulão (PT-AL), que foi membro da CPI da Violência contra Jovens Negros e Pobres, que encerrou seus trabalhos em julho, considera fundamental que a juventude negra se mobilize contra a PEC 171/93. Ele também defendeu a alteração no modelo de polícia brasileiro, que tem abordagens diferenciadas nos bairros de classe média alta e na periferia. “Muitos jovens desarmados são feridos na periferia e mortos no caminho para o hospital”, citou.
Já o deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), que também foi membro da CPI, defendeu a mudança na política de enfrentamento das drogas. Segundo ele, hoje a guerra às drogas é uma “guerra aos negros pobres”.
Ele defendeu ainda a legalização do aborto. “O aborto clandestino é a principal causa de morte de mulheres negras e pobres”, observou. "Eu não vou ter filho de estuprador", disse a estudante e rapper Prethaís, 17 anos, do Distrito Federal, que criticou o projeto de lei que dificulta o acesso à pílula seguinte por mulheres vítimas de violência sexual, recentemente aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. (PL 5069/13)
Durante a reunião, diversos adolescentes ressaltaram que, a despeito de o tema estar sendo debatido na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, os negros representam a maioria da população brasileira.
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