Malcom X era o oposto de Martin Luther King |
Luís Alberto Alves
Líder negro assassinado: No dia 21 de fevereiro de 1965 o defensor dos
direitos dos afro-americanos, Malcom X (Al Hajj Malik Al-Shabazz) foi morto a
tiros. Durante alguns anos, ele conseguiu mobilizar os brancos dos Estados
Unidos sobre seus crimes cometidos contra os negros.
Nascido em Omaha, Nebraska, na infância viu o
pai morrer assassinado por radicais que não gostavam da população negra. A mãe,
com problemas mentais, foi internada no hospital e Malcom adotado, viu a
família ser separada.
Quando se mudou para Boston passou a se
envolver com más companhias e usar drogas. Trabalhou em várias funções até ir
morar no bairro do Harlem. Entrou para o crime. Acabou preso por 11 anos. Ali conheceu
o islamismo por meio do irmão mais novo, Reginald. Virou discípulo do líder
muçulmano radical Elijah Muhammad.
Logo voltou às ruas em 1952. Aproveitou os
anos de cadeia para ler vários livros. Passou a recrutar fieis nas ruas e abriu
diversas mesquitas. Virou personalidade especialista em islamismo, deixando em
segundo plano personalidades como Martin Luther King e o presidente John F.
Kennedy.
Porém sua fama provocou ciúmes no seu mentor, Muhammad.
Porém uma frase que disse a respeito do
assassinato de Kennedy revoltou a população, principalmente os negros, que
passaram a criticar o islamismo. Malcom acabou condenado, por Muhammad, a ficar
em silêncio durante três meses.
Numa
viagem à Meca voltou menos radical e fundou a Organização da Unidade Afro-Americana,
grupo não religioso e não sectário. Era tarde. Morreu com vários tiros na sede
sua organização, diante da esposa e de suas quatro filhas. Três muçulmanos
foram acusados do homicídio.