As
transações com cartões de crédito e débito devem chegar à marca de R$ 1
trilhão em 2014, representando
crescimento de 17,1% em relação ao valor transacionado em 2013, segundo
projeções da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito
e Serviços). O avanço dos cartões está associado à contínua substituição de
meios de pagamento por parte de consumidores e estabelecimentos comerciais,
que cada vez mais optam por usar o instrumento eletrônico.
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O valor representa 17,1% de crescimento em relação a 2013 |
No balanço
consolidado de 2013, os cartões registraram R$ 853 bilhões em volume
transacionado, correspondendo a crescimento de 17,8% em relação a 2012. Os
cartões de crédito registraram R$ 553 bilhões (alta de 15,3%), e os cartões
de débito, R$ 300 bilhões (alta de 22,5%). Quando avaliada a quantidade de
transações, as duas modalidades tiveram um total de 9,3 bilhões (alta de
14%). O crescimento foi de 11,6% em cartões de crédito e 16,4% em cartões de
débito, totalizando, respectivamente, 4,5 bilhões e 4,8 bilhões de transações
no ano.
Em 2013,
os cartões representaram em média 28% do consumo das famílias brasileiras. No
último trimestre, porém, essa participação superou os 30% pela primeira vez
na história. Além do processo de substituição de meios de pagamento, as
compras não presenciais feitas com cartões, com destaque para o e-commerce,
também têm apresentado grande importância para o avanço do setor, chegando a
R$ 94,3 bilhões em 2013 - crescimento de 19,5% em relação a 2012.
Os gastos de brasileiros no Exterior feitos com
cartão de crédito também contribuíram para o crescimento do setor em 2013,
movimentando R$ 26,6 bilhões, o que representa um aumento de 10,8% em relação
a 2012. Já o valor gasto por estrangeiros no Brasil foi de R$ 10,8 bilhões,
crescimento de 10,9%.
O crédito rotativo do cartão vem
perdendo espaço a cada ano na composição da carteira de crédito à pessoa
física - sua participação caiu de 3,2% em 2008 para 2% em 2013. No ano
passado, houve redução contínua da participação do crédito rotativo em
relação ao valor transacionado por meio dos cartões, caindo de 10,8% no
primeiro trimestre para 8,5% no último trimestre do ano.
Segundo dados
do Banco Central, o consumidor que entra no crédito rotativo do cartão fica,
em média, apenas 18 dias, o que corrobora o seu papel de crédito emergencial.
Além disso, a inadimplência dos cartões de crédito vem caindo continuamente
nos últimos anos e, em 2013, alinhou-se à curva de inadimplência total de
pessoa física. Enquanto o índice referente aos cartões caiu de 7,8%, no
começo de 2013, para 6,4%, no final do ano, a inadimplência da pessoa física
variou de 8% para 6,7%, no mesmo período.
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