Médica esclarece quais os impactos do consumo do chocolate na pele
Redação/Hourpress
O Brasil ocupa o 5º lugar de vendas de chocolate no mundo. Por ano, cada brasileiro consome cerca de 2,6 quilos de chocolate, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (ABICAB). Considerada a data mais doce do ano, a Páscoa impulsiona o consumo devido ao aumento da oferta de produtos, como ovos, barras e bombons de chocolates. Mas será que o chocolate faz mal à pele?
Segundo a médica Flávia Villela, especialista em Dermatologia, o consumo em excesso pode aumentar o aparecimento da acne em pessoas que já possuem pré-disposição para a doença. “Por ter um alto índice glicêmico, o chocolate estimula a produção de sebo pelas glândulas sebáceas. O aumento da oleosidade ocorre devido a um pico de insulina, responsável por levar o açúcar para dentro da célula”, explica.
A médica ressalta que o problema não é o cacau e sim o açúcar contido nas diversas opções disponíveis no mercado. “O cacau é fonte de energia e possui benefícios para a saúde. O consumo de alimentos com cacau, como chocolate meio amargo ou amargo, protege o coração, auxilia na circulação sanguínea, melhora o HDL (bom colesterol), tem efeito antioxidante, anti-inflamatório, além de relaxar e proporcionar sensação de bem-estar”, informa Flávia.
Para quem tem acne, a recomendação é o consumo do chocolate amargo ou meio amargo e em pequenas quantidades (13g ou 4 quadradinhos). Se a pessoa não conseguir deixar de saborear o chocolate ao leite e a acne piorar, uma dica é associar o consumo a tratamentos dermatológicos. “Existem tratamentos que podem ser feitos em casa, com vários produtos para uso tópico e produtos de uso sistêmico, como antibiótico e outras medicações ingeridas via oral. Também há diversas tecnologias em consultório que podem ajudar a melhorar a acne”.
Flávia alerta que a automedicação não é recomendada. “É importante sempre procurar um médico especialista porque o uso do chocolate pode provocar vários tipos de acne, em vários graus, e cada um tem um tipo de tratamento”, finalizou.
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