O contato excessivo com o sol, seja devido ao trabalho ou lazer, pode ter como consequências imediatas
O verão está aí e os cuidados com a pele no período precisam ser redobrados. Por essa razão, o professor e Dr. Jader Freire Sobral Filho, do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), aponta os riscos e a necessidade de intensificar cuidados a partir dessa exposição mais direta ao sol.
Na estação mais quente do ano, o contato excessivo com o sol, seja devido ao trabalho ou lazer, pode ter como consequências imediatas queimaduras e desidratração; a longo prazo, manchas, envelhecimento precoce e até câncer de pele. Mas, segundo Dr. Jader, a gravidade das enfermidades causadas pelo descuido varia a cada pessoa conforme a cor da pele, aspectos genéticos singulares, a quantidade de exposição solar e, ainda, alguma comorbidade.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda o uso do filtro fator 30, com proteção contra raios ultravioletas (UVA e UVB), oil free para quem tem pele oleosa e com hidratante para quem tem pele seca. Além disso, Dr. Jader destaca que, ao longo do dia, a reposição precisa ser feita a cada 4 horas e após atividades físicas ou contato frequentes com água, como em mergulhos em praia e piscinas. “A orientação é que as pessoas passem a adotar isso como um hábito diário. A proteção solar deve ser utilizada o ano inteiro nas pessoas que se expõem em excesso ao sol”, afirma o professor.
As proteções físicas são outra estratégia para se preservar contra o sol e se somam ao protetor solar especialmente em quem se expõe excessivamente. "É importante o uso de chapéus, sombrinhas, óculos para evitar catarata precoce e blusas com fotoproteção. Hoje temos blusas com fotoproteção que são tão importantes quanto protetor solar”, comenta Dr. Jader, acrescentando que essas roupas são mais econômicas que os filtros e têm grande durabilidade.
Os horários em que os raios solares causam mais danos à pele também devem ser observados e, em geral, evitados entre 10h e 14h. Por outro lado, o sol não é apenas vilão. Ao contrário, é uma influência essencial na satisfação pessoal, disposição e que, segundo Jader, tem um efeito antidepressivo, além de produzir vitamina D.
“O problema está nas exposições solares excessivas. Se você tem exposições solares excessivas, você corre risco de, primeiramente, manchas de pele e envelhecimento precoce. O problema maior da exposição é o câncer de pele. Entre a exposição solar excessiva e o aparecimento do câncer de pele há um tempo médio de 25 a 30 anos. Mas em caso de aparecimento de manchas e sinais na pele, é primordial que procure por um médico dermatologista, que poderá auxiliar no diagnóstico se, porventura, existir alguma doença por conta disso”, finaliza.
Tipos de exposição e danos à pele apontados pelo especialista:
- Riscos imediatos: são as queimaduras solares causadas pelo excesso de banho solar. Estas podem ser de primeiro e segundo grau, com formação até de bolhas. Outro risco nessa fase é a desidratação;
- Riscos a médio e longo prazo: são as manchas de pele, o envelhecimento precoce e até o câncer de pele. Este último responde por 33% de todos os diagnósticos de câncer no Brasil e, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 185 mil novos casos são registrados a cada ano.
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