A sujeira no ar-condicionado agrava as crises de bronquite
Luís Alberto Alves/Hourpress
A limpeza desse eletrodoméstico é
exigida e fiscalizada pela Vigilância Sanitária, mas numa rápida viagem pelos
ônibus que circulam na capital paulista, nada disso é cumprido. Nem a Lei
13.589/2018, que determina quais os cuidados os ambientes coletivos, com
ar-condicionado, devem obedecer.
Imagine você dentro de um ônibus
lotado, mesmo em época de pandemia isto acontece, com ar-condicionado sujo
funcionando. O passageiro vai se tornar vítima de vírus, bactérias, fungos,
ácaros e poeira, que poderão provocar infecções.
Quando despejados no ambiente, eles
deixam às pessoas mais vulneráveis a doença, visto que a mucosa nasal,
protetora do nosso sistema respiratório, sofre desidratação, perdendo a capacidade
de proteger o corpo. Como o aparelho não está limpo, o risco vai prevalecer.
A sujeira no ar-condicionado agrava
as crises de bronquite, que consiste nos processos inflamatórios nos brônquios,
cujas tubulações conduzem o ar até os pulmões. Neste caso, a poeira presente
nos bancos e pisos dos ônibus, principalmente no Verão, entre nestes canais do
corpo.
Quem sofre com rinite alérgica também
poderá ser vítima do ar-condicionado nos ônibus que circulam em SP. Ao ter a
membrana do interior nasal infectada, a pessoa começa a espirrar, os olhos
lacrimejam e começa a coceira no nariz, olhos, garganta e até mesmo nos
ouvidos.
Mas esses problemas ficam mais sérios,
caso algum passageiro tenha nos pulmões a bactéria Legionella pneumophyla,
quadro clínico de uma pneumonia séria, ela vai entrar no refrigerador de ar e
será solta novamente no interior do ônibus. Esse micro-organismo poderá
contaminar inúmeros passageiros.
Neste pequeno dicionário de doenças
que tiram proveito de ar-condicionado sujo, a asma também pega carona, cujos
fungos são os seus principais agentes de contaminação, que criam maior volume
de bolor no local onde está instalado o ar-condicionado. A asma provoca cansaço, peito com chiado e
muita tosse. Pelo visto as empresas de ônibus não estão preocupadas com essa
questão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário