Ramal mais atingido em 2020 foi o Saracuruna,
em Duque de Caxias
Agência Brasil
A
concessionária SuperVia, que administra os ramais dos trens urbanos do Rio e
também da Baixada Fluminense, registrou, no ano passado, 36 casos de tiroteios
nas proximidades da linha férrea, que afetaram a circulação dos trens por 40
horas e 24 minutos. O caso mais recente ocorreu no dia 21 de dezembro, quando
um caso de troca de tiros nas imediações da estação Costa Barros,
subúrbio do Rio, interrompeu a circulação dos trens por uma hora em todo
o ramal Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O ramal mais afetado no ano
passado foi o Saracuruna, em Duque de Caxias, também na Baixada, com 24
ocorrências de interrupções.
Hoje
(11), entre 11h36 e 12h10, a concessionária precisou interromper parcialmente a
operação dos trens do ramal Saracuruna em função de troca de tiros nas
proximidades da estação Manguinhos. Os trens circularam apenas entre Bonsucesso
e Gramacho e no trecho Gramacho-Saracuruna e as partidas da Central do Brasil
para este ramal ficaram suspensas. Neste momento, a circulação é normal em todo
o ramal. Durante a ocorrência, os clientes foram informados por meio do sistema
de áudio dos trens e estações e pelos canais digitais da concessionária.
Esse
foi o segundo caso, este ano, de alteração do serviço ocasionada por troca de
tiros nas imediações do sistema. Na semana passada, a circulação da extensão
Vila Inhomirim (ramal Saracuruna) ficou interrompida por cerca de 3 horas por
problemas de segurança pública nas imediações da estação Imbariê.
Protocolo
Em
casos de tiroteios, os trens podem aguardar ordem de circulação em estações
seguras ou a circulação do ramal pode ser parcial ou totalmente suspensa. Essa
é uma medida de segurança adotada pela SuperVia para preservar a integridade
física dos clientes e colaboradores. Quando o tiroteio cessa, a concessionária
realiza vistorias em cabos da rede aérea para garantir a retomada da operação
em condições adequadas. Às vezes, os cabos são danificados pelos disparos de
arma de fogo, atrasando a normalização da circulação.
De
acordo o presidente da SuperVia, Antonio Carlos Sanches, “é lamentável
que a insegurança pública coloque em risco a operação ferroviária e prejudique
o ir e vir de milhares de clientes. Os trilhos do trem passam por diversas
regiões conflagradas, áreas de risco, que precisam de policiamento
especializado e ostensivo, o que só pode ser garantido pelo poder público, como
prevê o próprio contato de concessão. Por isso, temos dialogado frequentemente
com as forças de segurança do estado para que atuem nesses locais mais
sensíveis”, afirmou.
Operação
A
SuperVia opera o serviço de trens urbanos na região metropolitana do Rio de
Janeiro, incluindo a capital e os municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu,
Nilópolis, Mesquita, Queimados, São João de Meriti, Belford Roxo, Japeri, Magé,
Paracambi e Guapimirim, na Baixada Fluminense, através de uma malha ferroviária
de 270 quilômetros, dividida em cinco ramais, três extensões e 104 estações.
A SuperVia transporta quase 600 mil passageiros todos os dias na malha
ferroviária.
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