Ingerir o medicamento no mesmo período é o ideal e garante maior eficiência
Redação/Hourpress
BBC
A pílula anticoncepcional é um dos métodos aliados das mulheres com vida sexual ativa que desejam evitar a gravidez. O que nem todas sabem é que alguns hábitos, relativos a horários e à ingestão inadequada, interferem na eficácia do medicamento. A ginecologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Maria Luisa Mendes Nazar, solucionou algumas das principais dúvidas sobre o tema:
1. Não tomar a pílula anticoncepcional no mesmo horário diminui a eficiência do remédio?
A resposta é sim. Segundo a ginecologista, ingerir o medicamento no mesmo período é o ideal e garante maior eficiência, seja ele via oral ou injetável. No caso da pílula, que é diária, recomenda-se escolher um horário com menor possibilidade de esquecimento. A médica, no entanto, tranquiliza. “Quando alertamos sobre atrasos, não nos referimos a minutos, mas sim a um período inteiro, após 3h do horário”, explica. Nesses casos, o ideal é fazer uso de outros métodos contraceptivos, como a camisinha para evitar qualquer risco de engravidar.
2. É preciso ingerir o comprimido com água ou outro líquido?
A recomendação é tomar o remédio sempre com auxílio de água ou qualquer outro líquido que não seja alcoólico. A dica, como explica a Maria Luisa, é importante por ajudar na condução do comprimido até o estômago, evitando qualquer parada inesperada no esôfago, por exemplo. “Caso a paciente tenha uma boa salivação e consiga deglutir sem nenhum problema, não há contraindicação. Mas aconselhamos a assistência da água para que a pílula chegue tranquilamente ao estômago”, explica a ginecologista.
3. Vômitos e diarreia atrapalham a absorção do anticoncepcional?
Nestes casos, segundo a médica, é preciso cautela. Os vômitos são preocupantes em alguns cenários, principalmente quando ocorrem em até quatro horas da ingestão do comprimido. Isso porque é este o tempo médio que a pílula demora a chegar ao estômago, portanto, aumenta as chances de não absorção correta.
A segunda situação que merece atenção é a de pacientes com bulimia, gastrite, intolerância no tubo digestivo e mulheres que fizeram cirurgia bariátrica. Para estas pessoas, por conta do histórico clínico, é preciso uma análise do caso para a escolha do método mais adequado e eficaz. Já no caso de diarreia, a ginecologista não vê perigo. “O comprimido primeiro chega ao estômago, cai na corrente sanguínea e vai até o fígado para ser metabolizado. Por isso, a diarreia não é uma ameaça ao efeito da pílula”, lembra.
4. Qual o melhor método anticoncepcional?
Não é possível afirmar de forma geral qual é o melhor, destaca Maria Luisa. A orientação é sempre consultar-se com o especialista a fim de definir a opção mais vantajosa para a realidade de cada paciente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário