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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Geral: Transporte particular é opção mais segura para a volta às aulas

 

Pais estão receosos com a aglomeração das crianças no transporte escolar

Redação/Hourpress

Com a volta às aulas prevista para o próximo dia 8 de outubro, muitos pais se preocupam em manter os filhos seguros durante o período escolar. Além do uso de álcool gel e máscara e de manter o distanciamento dos colegas, o trajeto até a escola é um ponto de atenção para os pais, que estão receosos com a aglomeração das crianças no transporte escolar.

Uma alternativa para esse impasse é optar pelo transporte particular. Vanessa Muniz, fundadora da TPM (Transporte Para Mulheres), startup de mobilidade urbana exclusiva para mulheres, realiza esse serviço há 4 anos e afirma que é uma opção procurada por muitos pais. “Antes, os pais optavam pelo transporte particular por ser mais rápido e mais seguro. Agora, percebemos que a maior preocupação é com a saúde e o isolamento social”, explica. As vans escolares transportam várias crianças, com diversas paradas para embarque e desembarque, que aumentam o tempo de viagem e o risco de contaminação dos menores. Com a TPM, o transporte é feito direto da casa para a escola, sem paradas intermediárias.

A TPM oferece um serviço personalizado para cada família, com planos semanais, quinzenais ou mensais. Podem ser transportadas até três crianças da mesma família, seguindo as medidas de segurança da TPM para as viagens durante a pandemia. Além disso, todas as crianças devem usar máscara, obrigatória no estado de São Paulo, fornecimento de álcool em gel para limpeza das mãos e limpeza do veículo após cada viagem. Além da escola, a TPM oferece transporte para atividades extracurriculares, como aulas de idiomas, futebol e natação.

Fundada em 2016 pelas empreendedoras Vanessa Muniz e Elizabeth Santos, a TPM é um aplicativo de transporte destinado ao público feminino. Pela plataforma, apenas passageiras e motoristas mulheres estão autorizadas a fazer o cadastro e gerenciar as corridas. Dessa forma, o app funciona como uma alternativa para todas que se sentem expostas e desconfortáveis com os métodos tradicionais de mobilidade.

Com atualmente 930 passageiras e 41 motoristas cadastradas na plataforma, que opera apenas na região oeste de São Paulo, a empresa está reforçando o número de motoristas aptas a prestar esses atendimentos. A rapidez do atendimento é um diferencial do aplicativo: o tempo de espera em uma corrida é de apenas 5 minutos e caso a cliente opte por agendar a corrida, não há tempo de espera. “Chegamos sempre no mesmo horário para levar a criança na escola e sempre estamos esperando na porta, quando elas saem”, conta Vanessa.

Delivery durante a pandemia

É certo afirmar que a TPM não possui o delivery em seu DNA. Por outro lado, sempre pautou seu modelo de atuação por uma filosofia muito útil em tempos de crise: adaptar os serviços às necessidades pontuais das clientes. Além do modelo tradicional de transporte de passageiras, as sócias já disponibilizaram serviços como compras em supermercados, entregas de ovos de Páscoa, de presentes no Dia dos Namorados, de livros e até de equipamentos eletrônicos para funcionários de empresas em home office.

“Diversificar nossos serviços é o que vem nos ajudando a atravessar essa crise com mais naturalidade”, conta Vanessa. Antes da pandemia, a TPM registrava até 400 corridas por mês em bairros da cidade de São Paulo. Com o isolamento social, o movimento caiu cerca de 90% desde março. “Foi o momento de experimentar ainda mais todas as possibilidades para continuar fidelizando nossas clientes e mantendo nossa parcela do mercado”, completa Elizabeth Santos, sócia de Vanessa no negócio.

Expansão

Atuando apenas na cidade de São Paulo, a TPM quer expandir para outras cidades. No começo do ano, iniciou um projeto de expansão para as cidades mineiras de Uberlândia, Uberaba e Ituiutaba, que teve de ser paralisado devido a pandemia. Porém, as sócias não desanimam. O plano é retomar a expansão para as cidades do Triângulo Mineiro e iniciar o projeto em cidades do interior de São Paulo, e nos estados de Minas Gerais e Goiás. Para isso, a startup está participando do projeto de aceleração Capital Empreendedor, do SEBRAE, a procura de possíveis investidores.


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