Segundo Ampasul o mercado internacional foi aquecido nesta safra e absorveu boa parte da produção para o mercado externo
Redação/Hourpress
A redução dos estoques de algodão na Ásia, principalmente na China, tem aquecido as exportações brasileiras. Mato Grosso do Sul já exportou no primeiro semestre o equivalente a 3,1 mil toneladas, desse total, Indonésia, China e Vietnã, juntos, respondem por 85% do volume. Segundo a Ampasul (Associação Sul Mato-Grossense dos Produtores de Algodão) a expectativa para as exportações no segundo semestre são otimistas.
“Nesta safra o mercado internacional esteve aquecido e boa parte da produção já foi comercializada antecipadamente para a exportação. A safra que está em colheita começará os embarques com maior fluxo em meados de setembro e dezembro. O maior volume desta safra ainda está para embarcar”, explica o diretor executivo da Ampasul, Adão Hoffmann.
Entre as justificativas para o otimismo quanto as exportações está o aumento constante da área, em cima de espaços antropizados, que ocorre por pelos menos três anos consecutivos. “Esse aumento de área estimula o volume de produção, que tem evoluído juntamente com a produtividade.
A safra 2016/17 foi uma das menores em volume dos últimos anos, já 2017/18 aumentamos o terreno de plantio e sentimos o mercado internacional um pouco mais aquecido, o que se repete na safra atual. Estimamos que em 2020 ocorra uma estabilidade no mercado, considerando o alto volume do produção no Brasil nesta safra”, relatou o executivo da Ampasul.
A expectativa de exportações em alta no segundo semestre não deve impactar o mercado interno. Segundo a Associação, o Brasil produzirá cerca de 2,8 milhões de toneladas da pluma, enquanto que a demanda interna é de 700 a 800 mil toneladas.
No que se refere à exportação, as preocupações da Ampasul giram em torno da questão logística. “Ficamos apreensivos devido aos gargalos, as estruturas logísticas, embarques dos portos não favorecem e atrasam os escoamentos. Com isso, o produtor precisa investir em carregamento de estoque e seguro, aumentando, consequentemente, os custos de produção”, finalizou Hoffmann.
20 anos de Ampasul
No mês de agosto a Ampasul comemorará 20 da sua fundação. A entidade vai brindar as duas décadas com a inauguração de uma sede com cerca de 4.200 m², incluindo espaço administrativo e um centro de evento multifuncional para até 1.350 pessoas, que será utilizado para palestras, cursos, treinamentos e eventos para o setor agropecuário e comunidade em geral.
O novo ambiente conta também com amplo e moderno laboratório de classificação de algodão com uma estrutura física e equipamentos de última geração, que atenderá todos os produtores de algodão de Mato Grosso do Sul e estados vizinhos.
Todo o complexo, depois de pronto, custará cerca de R$ 20 milhões.
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