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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Economia: Medicamentos pressionam custo de vida dos paulistanos



  • São Paulo
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
Os paulistanos estão com o orçamento mais apertado, principalmente na destinação para gastos com a saúde, segmento que nos últimos 12 meses, até abril, indicou alta média de preços de 12,25%. É o que mostra pesquisa em torno do custo de vida por classe social (CVCS), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O custo de vida apresentou alta de 0,68% em abril e de 9,85% nos últimos 12 meses. A maior influência foi exercida pelo reajuste dos medicamentos e de outros itens em saúde. Nessa classe de despesa, houve elevação de 2,96%. A segunda maior contribuição inflacionária ocorreu no grupo alimentação e bebidas, com variação de 0,81%. Nos últimos 12 meses, os itens alimentícios ficaram 12,06% mais caros.

Foram constatados aumentos ainda nos grupos de comunicação (1,12%), transporte (0,47%), vestuário (0,36%), artigos do lar (0,14%), educação (0,09%) e despesas pessoais (0,05%). Entre os nove grupos pesquisados, houve recuo apenas em habitação (-0,34%).
A FecomercioSP apontou que as famílias mais pobres sentiram mais o efeito inflacionário. Na classe D, o custo de vida teve alta de 0,74%, enquanto nas classes E e A, o aumento atingiu 0,69%. Na classe B, a taxa atingiu 0,62% e na C, alta de 0,63%.

Por meio de nota, a assessoria econômica da entidade afirmou que “embora os preços venham de uma trajetória persistente de variações elevadas, em comparação a 2015 os valores já sinalizam tendência de queda”.

No comunicado, a entidade argumenta que após um período de instabilidade política, com queda da atividade econômica, da renda e aumento do desemprego e das taxas de juros entre outros fatores negativos, estão sendo criadas expectativas positivas com o novo governo. Para a FecomércioSP, os preços tendem a voltar para um nível mais moderado.
                                                                          Varejo
O Índice de Preços no Varejo (IPV) apresentou a 20ª alta seguida, com variação de 1,04% em abril. Apesar desse avanço, houve ligeira queda no ritmo de aumento já que, em março, o ICV tinha subido 1,06%. Em 12 meses, o índice acumula alta de 10,72%. A maior contribuição inflacionária ocorreu no grupo saúde e cuidados pessoais com aumento de 4,56%. Em 12 meses, este grupo apresentou variação de 12,14%.

Entre os itens que mais influenciaram esse resultado estão os psicotrópico e anorexígeno (9,56%), oftalmológico (8,32%), hipotensor e hipocolesterolêmico (8,28%), anti-infeccioso e antibiótico (8,23%), anti-inflamatório e antirreumático (7,78%) e hormônio (7,74%).
A segunda maior contribuição ocorreu no grupo de alimentação e bebidas, com alta de 1,09% . Em 12 meses, esse grupo lidera a alta média de preços com variação de 13,34% .Foram constatadas elevações ainda nos seguintes grupos: educação (1,29%); habitação (0,82%), vestuário (0,36%), artigos de residência (0,09%) e despesas pessoais (0,02%). Em transportes. O índice ficou estável.

                                                                            IPS
O Índice de Preços de Serviços (IPS) teve alta de 0,30% em abril, após uma queda de 0,07% no mês anterior, quando foi interrompida a série de aumentos por 21 meses seguidos. Entre os principais impactos estão transportes (1,30%) e comunicação (1,12%). No grupo habitação, houve recuo de 0,69% e em educação foi mantida a estabilidade.

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