O cartola José Maria Marin é um dos visados nesta CPI |
Redação
Depois da prisão na Suíça de sete dirigentes
da Federação Internacional de Futebol (Fifa), acusados de crimes como fraude,
suborno e formação de quadrilha, o deputado João Derly (PCdoB-RS) apresentou
requerimento para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar
as denúncias.
A operação foi liderada pelo FBI (a polícia
federal dos EUA) em parceria com a polícia suíça para averiguar o esquema de
corrupção na Fifa, no montante inicial de 150 milhões de dólares. Três
brasileiros estariam envolvidos, conforme o Departamento de Justiça dos Estados
Unidos. Um dos detidos na operação em Zurique é José Maria Marin, ex-presidente
da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Ao justificar o pedido de criação da CPI da
Máfia do Futebol, o deputado João Derly, que foi bicampeão mundial de judô,
sustentou que são fartas as evidências de que o futebol brasileiro está
contaminado com negociatas ilegais, como pagamento de propina para realização
de contratos. Ele citou o caso da empresa Traffic, suspeita de pagar a José
Maria Marin e a outros dois dirigentes da CBF R$ 2 milhões por ano pelos direitos
de transmissão da Copa do Brasil.
CPI mista
O deputado afirmou que a ideia inicial era criar uma CPI mista, composta de deputados e senadores, por conta da lista de espera que existe para a instalação de uma CPI na Câmara – existem outros dez pedidos de CPIs na frente.
O deputado afirmou que a ideia inicial era criar uma CPI mista, composta de deputados e senadores, por conta da lista de espera que existe para a instalação de uma CPI na Câmara – existem outros dez pedidos de CPIs na frente.
J oão Derly disse, no entanto, que a
CPI mista não está descartada. "Infelizmente, o senador Romário manteve
uma CPI lá no Senado. Então, achamos oportuno protocolar [um pedido de CPI na
Câmara] e estamos avaliando se vamos buscar novas assinaturas para fazer uma
CPMI."
O presidente
da Câmara, Eduardo Cunha, lembrou que a fila de criação de CPIs na Casa deve
ser respeitada. Segundo o presidente, a melhor saída é uma comissão parlamentar
mista de inquérito. Nesse caso, com um terço de assinaturas da Câmara e do
Senado, a instalação da CPI mista é automática. Para Eduardo Cunha, esse é o
caminho mais provável, se houver interesse nas duas casas legislativas.
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