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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Política: CPI do Futebol enfrenta fila na Câmara dos Deputados



O cartola José Maria Marin é um dos visados nesta CPI

Redação
 Depois da prisão na Suíça de sete dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa), acusados de crimes como fraude, suborno e formação de quadrilha, o deputado João Derly (PCdoB-RS) apresentou requerimento para a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar as denúncias.
 A operação foi liderada pelo FBI (a polícia federal dos EUA) em parceria com a polícia suíça para averiguar o esquema de corrupção na Fifa, no montante inicial de 150 milhões de dólares. Três brasileiros estariam envolvidos, conforme o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Um dos detidos na operação em Zurique é José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
 Ao justificar o pedido de criação da CPI da Máfia do Futebol, o deputado João Derly, que foi bicampeão mundial de judô, sustentou que são fartas as evidências de que o futebol brasileiro está contaminado com negociatas ilegais, como pagamento de propina para realização de contratos. Ele citou o caso da empresa Traffic, suspeita de pagar a José Maria Marin e a outros dois dirigentes da CBF R$ 2 milhões por ano pelos direitos de transmissão da Copa do Brasil.
                                                               CPI mista
 O deputado afirmou que a ideia inicial era criar uma 
CPI mista, composta de deputados e senadores, por conta da lista de espera que existe para a instalação de uma CPI na Câmara – existem outros dez pedidos de CPIs na frente.
J oão Derly disse, no entanto, que a CPI mista não está descartada. "Infelizmente, o senador Romário manteve uma CPI lá no Senado. Então, achamos oportuno protocolar [um pedido de CPI na Câmara] e estamos avaliando se vamos buscar novas assinaturas para fazer uma CPMI."

 O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, lembrou que a fila de criação de CPIs na Casa deve ser respeitada. Segundo o presidente, a melhor saída é uma comissão parlamentar mista de inquérito. Nesse caso, com um terço de assinaturas da Câmara e do Senado, a instalação da CPI mista é automática. Para Eduardo Cunha, esse é o caminho mais provável, se houver interesse nas duas casas legislativas.

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