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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Geral: Síndrome metabólica é o mal do século 21




Michael Douglas, no filme "Um  dia de Fúria" interpreta um executivo com síndrome metabólica

Luís Alberto Alves

 Muitas pessoas podem não reconhecer pelo nome, mas a síndrome metabólica faz parte da vida de milhões de brasileiros. Classificada como o mal do século, o problema afeta, principalmente, os moradores das grandes cidades. Isso porque é gerado pelo estresse, má alimentação e sedentarismo, típicos de uma rotina atribulada na metrópole. O resultado da falta de cuidados com a saúde é um distúrbio na utilização da insulina fabricada pelo organismo, o que lev a ao diabetes, hipertensão e colesterol alto. Combinadas, as doenças aumentam em 2,5 vezes o risco de mortalidade por um problema cardiovascular, como acidente vascular cerebral e infarto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão.

 "A síndrome metabólica acompanha as transformações da sociedade. O ingresso das mulheres no mercado de trabalho, a facilidade de acesso ao fast food e a utilização de eletrodomésticos que facilitam as atividades rotineiras da casa, mas contribuem com o sedentarismo, fizeram com que a doença se tornasse cada vez mais prevalente. Como as mulheres têm uma predisposição maior à obesidade, estima-se que a síndrome metabólica afete 40% delas em todo o mundo, enquanto o índice de homens que desenvolvem o problema fica em 28%", explicou a geriatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Lúcia Eid.

 Segundo a especialista, os sinais de alerta do desenvolvimento da doença são as alterações nos níveis de glicemia, colesterol, pressão arterial e gordura corporal. "Em jejum, a glicemia deve estar abaixo de 110mg/dL. O HDL, considerado o bom colesterol, precisa estar acima de 40 mg/dL em homens e ser superior a 50 mg/dL em mulheres, o mau colesterol, chamado LDL, deve estar abaixo de 150 mg/dL e a pressão arterial precisa ser mantida em 12 por 8. Além disso, a circunferência abdominal dos homens não deve ultrapassar os 102 centímetros e, das mulheres, 88", detalhou.

 A síndrome metabólica não tem cura, apenas controle. Por isso, para prevenir a doença, é importante manter uma alimentação saudável e ter uma vida ativa. "Não basta frequentar a academia. É preciso inserir atividades físicas durante o dia, como preferir a escada ao elevador, estacionar o carro um pouco mais distante do local de destino para que possa caminhar alguns minutos a mais, optar por atividades de lazer com movimento, como passar um dia no parque a assistir a uma sessão de cinema", sugeriu a especialista.

                                                                        Cuidado
A vida moderna impactou não só os adultos, mas também as crianças. "O lazer se tornou passivo, baseado em jogos eletrônicos e televisão, e a alimentação desregrada dos pais foi transferida aos filhos. Com isso, a síndrome metabólica, classificada anteriormente como uma doença própria da Terceira Idade, passou a ser diagnosticada, cada vez mais, em crianças e adolescentes. O problema é que, quanto mais jovem, maior é o risco de morte", alertou.


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