Os
problemas relacionados à memória têm sido cada vez mais constantes, por
causa do envelhecimento da população brasileira. O coordenador do Centro de
Atenção à Memória do Núcleo de Neurologia do Hospital Samaritano de São
Paulo, Renato Anghinah, destaca que nem sempre a perda da memória significa
Doença de Alzheimer, como geralmente é associado, e ressalta a importância
de contar com um diagnóstico diferencial.
São diversas as alterações
neurológicas que comprometem a memória. Os diagnósticos possíveis em distúrbios
de memória podem ter causas primárias, como – sim - a doença de Alzheimer,
demência por corpos de Lewy, demência Fronto-Temporal e causas secundárias,
como causas vasculares, endócrinas, hematoma subdural, metabólica, tóxica,
infecciosa (HIV, PRION, LUES), hidrocefalia de pressão normal, depressão e
distúrbio do sono.
“Mas, os
distúrbios de memória não atingem somente as pessoas idosas. Eles podem se
manifestar também em adultos jovens e jovens, incluindo sequelas em pessoas
que sofreram algum acidente ou trauma. Também, com a vida agitada, muitos
jovens apresentam problemas na memória por conta de stress, depressão,
problemas metabólicos, sem contar o histórico genético. Quanto antes for
detectada qualquer alteração, maiores são as chances de interagir com a
equipe médica e otimizar os resultados das ações e tratamentos propostos”,
explicou o neurologista.
De acordo com o especialista, há
diversas formas de manifestação dos distúrbios da memória e, por isso, é
extremamente importante a investigação e a realização de exames clínicos e
de imagem, para um diagnóstico preciso, que garantirá melhores resultados
no tratamento que for aplicado.
Quando prestar atenção – O neurologista Renato Anghinah destaca alguns
sinais de falha de memória que merecem atenção. Os sinais moderado e maior
justificam a procura de auxílio médico.
Sinais de pouco alerta:
A) lapsos de memória esporádicos;
B) falhas de memória em vigência de quadros como: gripes e resfriados;
cansaço justificado (noite mal dormida, Jet lag); estresse pontual e
passageiro; sobrecarga de trabalho eventual.
Sinais de alerta moderado:
C) lapsos de memória frequentes;
D) falhas de memória que afetam compromissos;
E) demora para recordar onde colocou algum objeto;
F) cansaço aparentemente não justificado (sono diurno);
G) situação de estresse frequente;
H) limiar baixo para o estresse;
I) ansiedade frequente;
J) falta de concentração;
K) dificuldade para memorizar conteúdo de textos lidos ou programas
assistidos;
L) dificuldade para aprender/estudar.
Sinais de alerta maior:
M) lapsos de memória MUITO frequentes;
N) falhas de memória que afetam a vida diária (esquece compromissos, perde
objetos, esquece de pagar contas);
O) cansaço e falta de vontade/motivação (sono diurno sem controle);
P) situação de estresse permanente;
Q) limiar baixo para o estresse com irritabilidade;
R) ansiedade permanente;
T) quadros confusos, alterações de memória e outras funções cognitivas
(cálculo, linguagem, dificuldade para realizar tarefas e/ou tomar
decisões).
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário