Luís Alberto Alves
Desde 2008, quando o
Hospital das Clínicas realizou o primeiro procedimento com Essure no Brasil, um
novo método de contracepção definitiva à laqueadura cirúrgica, milhares de
mulheres em todo o País já foram beneficiadas com a técnica. Agora, em 2014, o
Serviço de Ginecologia do HC estende a técnica - que tem a aprovação da Anvisa
e é amplamente utilizada nos Estados Unidos e na Europa - a um maior número de
pacientes do hospital.
Paciente Erika dos Santos |
Em breve, o Serviço
pretende ampliar ainda mais o uso do procedimento graças à sua eficácia,
segurança e conforto, pois é realizado em ambulatório, sem a necessidade de
anestesia e incisões nas pacientes.
“Com eficácia de 99,8%, esta laqueadura é um procedimento rápido, ambulatorial e minimamente invasivo. Por não ter qualquer tipo de corte, não necessita internação, pois é praticamente indolor e por isso dispensa a anestesia”, explicou o diretor administrativo de Ginecologia do HC, Dr. Walter Pinheiro.
Segundo ele, o procedimento não contém medicamentos ou
hormônios. A colocação não ultrapassa cinco minutos e a paciente sai do
ambulatório andando e pode voltar normalmente para suas atividades, sem
necessidade de repouso, tampouco afastamento do trabalho. Não há a ocupação de
leitos hospitalares ou centros cirúrgicos.
Essure é um microimplante de apenas quatro centímetros, introduzido pelo canal vaginal com um aparelho bem fino, o histeroscópio, até o interior da tuba uterina, ligada ao útero. Um dispositivo é colocado em cada tuba e ocorre uma ação mecânica, que provoca uma reação natural do corpo, no tecido da tuba, que faz com que ela se feche em um período de três meses. “Nesse período, a paciente deve continuar a usar outra forma de contracepção e, após isso, é realizada uma ultrassonografia transvaginal. Confirmada a oclusão, não é mais necessário o uso de outro método contraceptivo”, descreveu.
Essure é um microimplante de apenas quatro centímetros, introduzido pelo canal vaginal com um aparelho bem fino, o histeroscópio, até o interior da tuba uterina, ligada ao útero. Um dispositivo é colocado em cada tuba e ocorre uma ação mecânica, que provoca uma reação natural do corpo, no tecido da tuba, que faz com que ela se feche em um período de três meses. “Nesse período, a paciente deve continuar a usar outra forma de contracepção e, após isso, é realizada uma ultrassonografia transvaginal. Confirmada a oclusão, não é mais necessário o uso de outro método contraceptivo”, descreveu.
No Brasil, há registros de mais de 3.000
mulheres que colocaram Essure desde 2008 e 750 mil no mundo. Além de São Paulo,
outros Estados já disponibilizam a técnica, como o Distrito Federal, Espírito
Santo, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e
Tocantins.
Aprovado
Uma das pacientes do HC beneficiadas pelo
procedimento é a pedagoga autônoma Erika Karen dos Santos, de 38 anos, casada e
tem um casal de filhos: “Eu já era mãe de uma garota de 10 anos quando
engravidei inesperadamente de um menino, que está com três meses e meio. Eu e
meu marido decidimos não ter mais filhos, pois agora temos um casal e achamos
que já é o suficiente. A decisão veio também em função da minha idade. Eu já
conhecia o método porque já tinha lido sobre ele. Quando a minha médica indicou
os métodos de contracepção definitiva disponíveis, logo optei pelo Essure”, diz
ela.
“O procedimento foi tranquilo e rápido. Não senti dor, mas apenas uma leve cólica. E fico feliz de saber que não tenho cicatriz e nenhum efeito colateral. Para mim, a maior vantagem foi não ter que ficar internada em um hospital, longe do meu filho, que tem tão poucos meses de vida, situação em que eu teria que parar com a amamentação ou esperar até um ano para poder fazer a laqueadura tradicional. A colocação do Essure é tão simples que eu cheguei a amamentar meu bebê ainda na sala de espera, poucos minutos antes de entrar no ambulatório.”
“O procedimento foi tranquilo e rápido. Não senti dor, mas apenas uma leve cólica. E fico feliz de saber que não tenho cicatriz e nenhum efeito colateral. Para mim, a maior vantagem foi não ter que ficar internada em um hospital, longe do meu filho, que tem tão poucos meses de vida, situação em que eu teria que parar com a amamentação ou esperar até um ano para poder fazer a laqueadura tradicional. A colocação do Essure é tão simples que eu cheguei a amamentar meu bebê ainda na sala de espera, poucos minutos antes de entrar no ambulatório.”
Para as mulheres terem acesso à técnica no HC a exemplo de Erika, elas já devem ter concluído o Programa de Planejamento Familiar e passar por uma triagem rigorosa realizada pelo Serviço de Ginecologia, pois o método é irreversível. “É necessário ter mais de 25 anos e/ou com, pelo menos, dois filhos, ser sadia e não ter nenhum tipo de doença infectocontagiosa. Além disso, o casal assina o termo de consentimento”, afirmou o Dr. Pinheiro.
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