Exame vai verificar consumo de drogas |
Luís Alberto Caju
Quem quiser obter ou renovar a
carteira de habilitação deverá ser submetido a exame toxicológico. A exigência
está prevista no projeto de lei (PL 6992/13) do deputado Nelson Padovani
(PSC-PR), apresentado no final do ano passado.
Conforme a proposta, o exame
toxicológico para verificar o consumo de substâncias psicoativas terá alcance
retrospectivo de 90 dias. O texto estabelece ainda que os exames de aptidão
física, mental e toxicológico de larga janela serão preliminares e renováveis a
cada cinco anos, ou a cada três anos para condutores com mais de 65 anos de
idade.
Exames toxicológicos
Os chamados exames toxicológicos de larga janela são capazes de detectar o consumo de drogas por longos período, usualmente de três a seis meses e até mais. São realizados sempre por meio de amostras de cabelo, pelos ou unhas e hoje são frequentemente utilizados em concursos públicos para ingresso em carreiras como Polícia Militar, Polícia Civil, bombeiros, guardas prisionais, guardas municipais e pilotos de avião.
Os chamados exames toxicológicos de larga janela são capazes de detectar o consumo de drogas por longos período, usualmente de três a seis meses e até mais. São realizados sempre por meio de amostras de cabelo, pelos ou unhas e hoje são frequentemente utilizados em concursos públicos para ingresso em carreiras como Polícia Militar, Polícia Civil, bombeiros, guardas prisionais, guardas municipais e pilotos de avião.
O teste só funciona após uma
semana de uso, mas é capaz de detectar inclusive a intensidade do consumo: se
mais intensa ou moderada. Os resultados fornecem laudo completo sobre uso de 12
diferentes drogas como crack e cocaína, anfetaminas, ecstasy, maconha, heroína
e morfina.
Acidentes de trânsito
Para o autor do projeto, deputado Nelson Padovani, afastar os dependentes químicos das ruas e estradas pode ajudar a diminuir os perigos do trânsito. "O nosso projeto de lei vai trazer uma condição para que a sociedade se sinta mais protegida porque os índices de acidentes e mortes no trânsito acusam a incidência de produtos como drogas de todos os produtos psicoativos no sangue dessas pessoas."
Para o autor do projeto, deputado Nelson Padovani, afastar os dependentes químicos das ruas e estradas pode ajudar a diminuir os perigos do trânsito. "O nosso projeto de lei vai trazer uma condição para que a sociedade se sinta mais protegida porque os índices de acidentes e mortes no trânsito acusam a incidência de produtos como drogas de todos os produtos psicoativos no sangue dessas pessoas."
Já o vice-presidente da
Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Roberto Douglas, não concorda com
a medida. De acordo com o dirigente, o exame toxicológico não tem como
comprovar se o motorista usou drogas e dirigiu em seguida. Para ele, o caminho
para melhorar o trânsito passa por campanhas educativas e pela fiscalização.
"A gente pode pensar em outra forma de ver esse risco no trânsito,
como a blitz na estrada, na hora que o motorista está dirigindo. A coleta desse
material praticamente não vai terminar nos laboratórios do Brasil. Como diz a
própria resolução, tem laboratório fora do Brasil para completar esse
resultado."
A resolução (Resolução 460/13) a que o especialista se refere foi
publicada no ano passado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). A regra
torna obrigatório o exame toxicológico de larga detecção para motoristas
profissionais de ônibus, caminhões e carretas (com carteira nacional de
habilitação categoria C, D e E) que vão tirar ou renovar o documento, e também
para mudança de categoria.
Tramitação
O projeto tramita em conjunto com o PL 2.823/11 e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo.
O projeto tramita em conjunto com o PL 2.823/11 e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo.
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