Postagem em destaque

Crônica: Quando a fome impera para preservar a saúde

Arquivo/Nestlé Porém, esse hábito iria sofrer mudança brusca Astrogildo Magno Mariolzo tinha horror de passar fome, mesmo quando o médic...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Geral: Febrasgo alerta para falta de ocitocina em hospitais e maternidades

 Medicamento apresenta elevada importância na assistência obstétrica

Medicamento é importante na assistência à mulher em trabalho de parto


Redação/Hourpress

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) alerta para cenário de possível escassez de ocitocina sintética, em hospitais e maternidades no país. A substância apresenta fundamental importância na assistência à mulher em trabalho de parto e também em casos de complicações obstétricas, como a hemorragia pós-parto -- a segunda principal causa de morte materna, no país. Recentemente, alguns laboratórios anunciaram paralisação definitiva ou temporária de sua produção. E assim, um único laboratório ficou responsável por suprir as necessidades do mercado brasileiro. A escassez parece ser variável, dependendo do estoque de cada unidade, do tipo de compra (direta, licitação) e do laboratório que fornecia o medicamento inicialmente.

 

O presidente da Comissão Nacional Especializada (CNE) em Assistência ao Aborto, Parto e Puerpério, Dr. Alberto Trapani Júnior, comenta que a substância é fundamental na assistência obstétrica moderna. Sua escassez pode comprometer a qualidade da assistência e aumentar o risco de óbito materno. “A falta de ocitocina compromete a correção do trabalho de parto disfuncional, a indução do trabalho de parto, a profilaxia e o tratamento da hemorragia puerperal. O gestor deve ficar atento à relação entre o consumo e estoque da medicação. Na situação de risco de desabastecimento, aconselho medidas de economia, com um protocolo de contingência. Caso a falta seja inevitável, um estoque mínimo deve ser mantido apenas para urgências e emergências”. Segundo o Dr. Trapani, alguns serviços de saúde iniciaram planos de contingência, com adoção de um protocolo inicial.

 

Mortalidade Materna

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a hemorragia pós-parto figura entre as principais causas de mortalidade materna, no país, ao lado da hipertensão (pré-eclâmpsia e eclâmpsia) e infecção puerperal.

 

No Brasil, os índices de mortalidade materna apresentam-se elevados, apesar da queda observada nos últimos 20 anos. Segundo o MS, entre 2009 e 2019, constatou-se redução de 20% na razão de mortalidade materna (RMM) -- indicador que mensura a razão obtida do número de óbitos maternos pela quantidade de nascidos vivos durante o ano, multiplicados por 100 mil. Em 2009, a RMM brasileira estava em 72,4. Em 2019, havia caído para 57,9. Cabe pontuar que, em países e regiões desenvolvidas, esse índice raramente ultrapassa 10 por 100 mil nascidos vivos.

 

Em meio às diferentes regiões brasileiras, os índices de mortalidade materna apresentam distintas realidades e demandas de assistência. Em 2019, a razão de mortalidade materna na região sul mostrou-se em 38,3. Os estados do sudeste registraram em média 53,5. A RMM do centro-oeste ficou em 59. No nordeste, 63,9. E a região norte figurou com os números mais alarmantes, com 82,5.

 

Abastecimento do Mercado Brasileiro

Tendo em vista a necessidade vital que a obstetrícia tem deste medicamento para indução-condução de parto e para evitar e tratar hemorragia pós-parto, a Febrasgo participou, por meio da presença da Dra. Rosiane Mattar, presidente da CNE de Gestação de Alto Risco da Febrasgo, de reunião com representantes do laboratório que continuará produzindo o medicamento, mostrando essa preocupação.

 

Nessa reunião, o laboratório assumiu o compromisso de ampliar a produção do medicamento que contém ocitocina sintética para disponibilização no mercado brasileiro, a partir de março de 2022. Sendo assim, de modo geral, o mercado será abastecido a tempo. A Febrasgo continuará monitorando o tema visto que regiões e unidades de saúde dispõem de diferentes estoques da substância.

Chumbo quente: Somos pequenos diante da fúria da natureza

 

A física nos alerta que toda ação tem reação

   Arquivo

A fúria da natureza impede até que os aviões voem


Luís Alberto Alves/Hourpress

Não é novidade para ninguém o progresso da nossa civilização. Conseguimos criar um robô e enviá-lo a Marte, construir estação espacial e mantê-la suspensa no espaço durante vários anos. Também saíram das nossas mãos produtos tecnológicos, como o celular, que possibilita entrar em contato, em fração de segundos, com qualquer pessoa onde ela estiver na face da Terra.

A inteligência humana, nos últimos anos, principalmente no início deste século 21, tirou da mente inúmeros produtos que 50 anos atrás eram algo visto como impossível. Qual médico imaginaria um programa de computador auxiliar no tratamento de paciente internado numa UTI (Unidade de Terapia Intensiva), inclusive calculando a dosagem de medicamentos?

E os automóveis, com elevado índice de componentes computadorizados, responsáveis pela sua condução, trazendo informações em tempo real sobre qualquer problema na parte elétrica, eletrônica ou mecânica? Que reduz ou aumenta a velocidade, ajuda no engate das marchas, traça o melhor percurso e alerta a respeito de qualquer problema?

Bilhões

Porém, diante da fúria da natureza nos tornamos pequenos e frágeis! Qual nação, por mais desenvolvida que seja tem condição de impedir a força e velocidade de um furacão? E as ondas gigantescas conhecidas como tsunamis? E quando o céu se abre e bilhões de gotículas de águas, juntas, se transformam em tempestades e cidades são destruídas?

É possível deter a subida da temperatura, quando somos obrigados, é essa palavra que uso, a aceitar o termômetro passar de 45 Cº e a saúde ficar frágil, pois o corpo humano não resiste ao calor excessivo? Qual estadista ou ditador detém a força de impedir o agir da natureza, quando resolve descontar sobre todos nós a violência que praticamos contra ela há séculos?

O que aconteceu em Petrópolis e dias atrás na Grande SP é que somos impotentes diante desta fúria que se apresenta no formato de fortes chuvas, arrasando tudo o que encontra pela frente. A física nos alerta que toda ação tem reação. Talvez diante de tudo que está ocorrendo, o ser humano possa fazer autocrítica e pensar que ninguém tem força para deter a natureza, nem a nação mais desenvolvida do mundo, que dirá o Brasil...

Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue hourpress.com

 

 


Geral: Chuvas em Petrópolis deixam pelo menos 34 mortos

 

Bombeiros mantêm buscas em locais onde houve deslizamentos

    YouTube
Os Bombeiros mantém buscas nos locais onde houve deslizamentos de terra


Agência Brasil 

As chuvas em Petrópolis, na região serrana fluminense, deixaram pelo menos 34 mortos, segundo informações da Defesa Civil municipal. O Corpo de Bombeiros mantém buscas nos locais onde houve deslizamentos de terra. O Instituto Médico Legal (IML), da Polícia Civil, está trabalhando na identificação dos corpos.

Um dos locais mais afetados foi o morro da Oficina, no Alto da Serra, onde grande deslizamento de terra atingiu várias moradias. Segundo a prefeitura de Petrópolis, estima-se que 80 casas tenham sido afetadas no local, que fica próximo à Rua Tereza, conhecida área comercial do município perto do centro histórico.

Houve ocorrências também nas regiões 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar, além das ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga.


Túnel do Tempo: O nascimento de Oscar Schmidt, o "mão santa"

 


Redação/Hourpress

Em 16 de fevereiro de 1958 nasce Oscar Schmidt, o “Mão Santa”, um dos melhores jogadores de basquete do mundo e que ganhou vários títulos com a Seleção Brasileira, sendo muito respeitado pelos grandes craques desta modalidade nos Estados Unidos, uma grande potência do basquete.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Matias Aires

 


Redação/Hourpress

Matias Aires Ramos da Silva Eça nasceu em São Paulo em 1705. Depois, em 1716, mudou-se com a família para Portugal e ali estudou na Universidade de Coimbra, formando-se como Mestre das Artes, graduando-se em Direito.

Foi muito dedicado aos estudos científico e filosófico, aparecendo na Literatura como um dos maiores moralistas brasileiros, graças ao seu livro "Reflexões sobre a vaidade dos homens". Infelizmente, de sua vasta obra escrita em francês e latim, quase tudo se perdeu. Matias Aires, cuja rua fica no bairro da Consolação, Centro de Sampa, é considerado como o primeiro grande pensador paulista.


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Geral: Com restrições, Cade aprova compra Oi Móvel por Tim, Claro e Vivo

 

A Oi vendeu a rede móvel em 2020 para pagar dívidas

    Agência Brasil 
A transação precisava de confirmação pelo órgão antitruste


Agência Brasil 

A compra dos ativos de telefonia móvel do grupo Oi pelas operadoras Tim, Claro e Telefônica Brasil, que detém a marca Vivo, foi autorizada, com restrições, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A aprovação foi condicionada ao cumprimento de medidas que diminuam os riscos concorrenciais e que estarão contidas em um Acordo em Controle de Concentrações (ACC). A Oi vendeu a rede móvel em 2020 para pagar dívidas. A transação precisava de confirmação pelo órgão antitruste.

A decisão foi tomada em reunião da tarde de hoje (9). As análises da operação mostraram que a saída da Oi do mercado de Serviço Móvel Pessoal (SMP) reduziria de quatro para três as operadoras que atuam no segmento, levando a uma concentração na oferta do serviço. O entendimento do Cade, no entanto, é de que a falência da Oi nesse mercado poderia aprofundar a concentração do setor, maior até do que a decorrente da transação, tendo em vista que os líderes do mercado iriam absorver os clientes atuais da empresa falida.

“Quando considerados em conjunto com as condicionantes da Anatel e a regulamentação setorial, os remédios do Cade têm o potencial de reduzir significativamente as barreiras à entrada e de aumentar a expansão de concorrentes, mitigando as preocupações concorrenciais identificadas ao longo da instrução do presente processo”, avaliou, segundo nota do Cade, a conselheira Lenisa Prado.

O presidente do conselho, Alexandre Cordeiro, e o conselheiro Luiz Hoffmann acompanharam o voto de Lenisa Prado. Já os conselheiros Luis Braido, relator do ato de concentração; Paula Azevedo; e Sérgio Ravagnani votaram pela reprovação da operação. A decisão foi tomada com base no voto de qualidade do presidente, pois a aprovação não alcançou maioria dos votos. 

O ACC prevê medidas que “favorecem e facilitam a entrada de novos agentes econômicos e a expansão de competidores no mercado de SMP”. Entre elas, está a oferta pública a ser feita pelas compradoras de cerca de metade das estações de rádio base (EBRs) que foram adquiridas da Oi. Também está previsto o aluguel de parte do espectro da Oi, entre outras medidas.

Geral: Uso incorreto de medicamentos responde por 10% das internações hospitalares

 Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Pixabay
Alguns dos fatores que devem ser levados em conta antes de prescrever um medicamento


Redação/Hourpress

Peso, idade, comorbidades e até mesmo a genética do paciente são alguns dos fatores que devem ser levados em conta antes de prescrever um medicamento. No entanto, de acordo com o professor Moacyr Luiz Aizenstein, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), uma em cada dez prescrições terminam em internações hospitalares por um motivo: não são consideradas as individualidades do paciente. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS).
 

“Cada paciente interage com o medicamento de uma forma diferente. Isso vai além de suas características fisiológicas, como peso e idade; diz respeito também à sua genética. Portanto, podemos ter pessoas igualmente saudáveis que não vão se comportar do mesmo jeito. No campo da farmacogenômica, estima-se que 40% dos medicamentos não são adequados às particularidades do indivíduo”, afirmou Aizenstein, lembrando que as prescrições equivocadas não necessariamente trarão problemas ao paciente. “Mas podem não trazer o benefício que se esperava e gerar um custo desnecessário ao paciente e à unidade hospitalar.”
 

Curso abrangente -- Para ajudar a mudar este quadro, Aizenstein ministra há mais de 10 anos um curso de extensão que aborda a prescrição farmacológica de forma abrangente e aprofundada. “É um curso voltado para médicos, dentistas, farmacêuticos e enfermeiros, que trata desde tópicos gerais da farmacologia clínica -- incluindo epidemiologia, vigilância e economia -- até farmacogenômica, farmacocinética, interações medicamentosas e farmacologia aplicada na gestação e lactação, pediatria, geriatria, obesidade, insuficiência renal e insuficiência hepática”, disse.
 

Para Aizenstein, o diferencial do curso é trazer um conteúdo que não é de fácil acesso na literatura científica. “É difícil obter em um só livro didático de farmacologia as influências de todos estes fatores nos efeitos dos medicamentos. Abordamos, portanto, informações sobre características fisiológicas e fisiopatológicas dos diferentes indivíduos e como isto pode alterar a resposta do organismo aos fármacos”, afirma. “E como são conceitos básicos da fisiopatologia do indivíduo, o material está sempre atualizado, já que lidamos com condições que a ciência já conhece”, complementou.
 

Próxima turma -- Com 52 horas/aula, o curso “Farmacologia Clínica: Uso Racional de Medicamentos” está em sua 21ª edição. A próxima será realizada entre 21 de março e 13 de junho. As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de março, preenchendo um formulário disponível neste link e o valor de inscrição é de R$ 180,00.

Serão disponibilizadas 400 vagas, sendo 40 gratuitas -- oito para cada grupo: alunos, docentes e funcionários da USP, melhor idade e membros da comunidade externa. Para solicitar isenção do valor do curso, é preciso enviar um e-mail ao docente (aizenst@icb.usp.br). Será avaliada a condição socioeconômica do interessado e, em caso de empate entre candidatos, haverá uma análise dos currículos.