Postagem em destaque

Crônica: Quando a fome impera para preservar a saúde

Arquivo/Nestlé Porém, esse hábito iria sofrer mudança brusca Astrogildo Magno Mariolzo tinha horror de passar fome, mesmo quando o médic...

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Geral: STJ reduz pena, mas mantém condenação de Eduardo Azeredo

Ex-governador foi condenado no processo do mensalão mineiro


Agência Brasil 



O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve ontem (11) a condenação do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo no processo que ficou conhecido como mensalão mineiro. No entanto, a Quinta Turma do tribunal reduziu a pena de Azeredo de 20 anos de prisão para 15 anos, sete meses e 20 dias de prisão pelos crime de peculato e lavagem de dinheiro.
Pela condenação, o ex-governador foi preso em maio de 2018 para iniciar o cumprimento da pena, mas foi solto em novembro do ano passado, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF),  que considerou inconstitucional a execução de condenações pela segunda instância da Justiça.
Por unanimidade, ao julgar recurso protocolado pela defesa, os ministros da Quinta Turma do STJ entenderam que a Justiça de Minas Gerais aumentou duas vezes a culpabilidade de Azeredo pelo fato de ser governador, ocasionando dupla punição pelo mesmo fato. Dessa forma, o tempo de condenação foi revisto pelo colegiado.
Ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente nacional do PSDB, Azeredo foi denunciado pelo suposto envolvimento em um esquema de corrupção voltado para beneficiar sua campanha de reeleição ao governo mineiro em 1998. Ele foi acusado de  desviar cerca de R$ 3 milhões de três estatais mineiras.
Para o Ministério Público Federal, a prática dos crimes só foi possível por meio do "esquema criminoso" montado pelo publicitário Marcos Valério, condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão.

Geral: Rio: chuva causa deslizamento e atinge área de lazer em prédio no Leme



De acordo com o Corpo de Bombeiros, ninguém ficou ferido


Agência Brasil 

Um deslizamento de terra no Morro da Babilônia, no Leme, zona sul do Rio de Janeiro, atingiu a área de lazer de um prédio residencial, na noite desta terça-feira (11), por volta das 22h. Segundo os bombeiros, não houve feridos.
A Defesa Civil municipal já fez a vistoria, isolou o local e fez a interdição preventiva da área de lazer do playground e da garagem do prédio. A Fundação Instituto de Geotécnica (Geo-Rio) vai iniciar a limpeza do local ainda hoje para remover os blocos de terra e, em seguida, serão feitas as obras de contenção da encosta.
Entre as 14h de segunda-feira (10) e as 23h de ontem, o órgão atendeu a 49 chamados no Rio, sendo 15 por infiltrações ou rachaduras em edificações, 14 por ameaça de desabamento de estrutura, nove por deslizamento de barreira e quatro de desabamento de estrutura.
Segundo o Centro de Operações Rio (COR), a cidade registrou cerca de 90 bolsões de água no período, sendo um deles na Avenida Alfredo Balthazar da Silveira, altura da Avenida Glaucio Gil, no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste.
Muitas árvores caídas foram retiradas, no início da manhã, nas estradas da Gávea Pequena, altura do número 1.798, e dos Três Rios, altura do número 3.020. Depois das 7h, uma árvore caiu na Rua Cosme Velho, próximo do acesso ao Túinel Rebouças, interditando completamente a via. O centro de Operações também registrou queda de árvores e postes na Estrada Grajaú-Jacarepaguá, altura do quilômetro 2, no sentido Grajaú.

Chuvas

O tempo chuvoso permanece no Rio de Janeiro, com chuva fraca a moderada. O estágio da cidade baixou de atenção para mobilização às 18h30 de ontem, que indica a possibilidade de chuva forte, nas próximas 3 horas.
Segundo o Alerta Rio, o tempo permanece instável, com redução gradual dos acumulados de chuva nas últimas 24 horas. Ao longo do dia, a entrada de umidade vinda do oceano cria condições para chover de fraco a moderado, em pontos isolados, a qualquer momento do dia.
Segundo a meteorologia, a previsão para amanhã é de ventos em altos níveis da atmosfera, o que deve provocar chuva fraca a moderada, principalmente à tarde.
Na sexta-feira (14), o tempo instável permanece durante a madrugada e, no sábado, o céu será nublado a parcialmente nublado, sem previsão de chuva.

Geral: A mussarela de búfala que você compra é de búfala mesmo?


No Brasil, o queijo pode ser feito da mistura de leite de búfala e de vaca, desde que a informação conste no produto. Mas uma pesquisa revelou que apenas 4% dos consumidores costumam ler o rótulo 


Redação/Hourpress

Uma pesquisa realizada na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP constatou que os consumidores de mussarela de búfala não têm o conhecimento necessário para identificar fraudes no produto, em especial a mistura de leite de vaca. Os dados são da dissertação de mestrado da médica veterinária Andressa Aquino. O estudo teve por objetivo analisar a percepção e o conhecimento do consumidor deste tipo de queijo quanto à sua autenticidade. 

O foco da pesquisa foi a comunicação de risco, campo relacionado à identificação da percepção de um público-alvo dos riscos referentes a um produto. O médico veterinário, dentro da área de higiene e segurança de alimentos, atua na saúde pública e estuda toda a cadeia de produção animal, cuidando tanto da saúde e bem-estar animal, quanto humano. Ele realiza inspeções, fiscalizações e gerenciamento de risco. Dentro do gerenciamento, faz análises, identificação e comunicação de risco. 

De acordo com Andressa, “os médicos veterinários quase não estudam o tema do gerenciamento de risco e a comunicação com o consumidor, ou seja, entender como ele faz suas escolhas e como percebe um risco”.

Rótulo

A mussarela de búfala foi escolhida como objeto de estudo em função de seu alto valor agregado. É um queijo que custa mais caro e apresenta vantagens nutricionais como menos colesterol e mais proteínas. 

No Brasil, pode ser produzida misturando-se o leite de búfala com o leite de vaca desde que conste no rótulo. A pesquisadora comenta que ocorrem muitas adulterações neste produto com adição do leite de vaca sem constar no rótulo. Isso acontece porque a produção do leite de búfala diminui no período de entressafras (Primavera e Verão). 

A semelhança entre o queijo feito totalmente com leite de búfala e o que tinha adição de leite de vaca, mas que constava no rótulo, também foi levada em consideração. “Queríamos saber se esse consumidor tem reconhecido um produto autêntico e se consegue observar a diferença, porque fraudar um produto e induzir o consumidor ao erro são crimes previstos na legislação”, explica a pesquisadora. 

Fraudulentos

Foram entrevistados 120 consumidores em diversos supermercados do bairro da Mooca, em São Paulo. Após as entrevistas, feitas por meio de um questionário com dez perguntas, eles foram divididos em dois grupos: os que tinham alto e baixo nível de conhecimento de fraude em queijo. Essa estratificação foi feita a partir da análise das respostas para saber se haveria diferença entre os discursos dos consumidores. 

Andressa explica que considerou consumidores com alto conhecimento aqueles que responderam já ter ouvido falar de fraude em queijo de forma consoante ao que está previsto na legislação de alimentos, e os com baixo conhecimento, os que disseram não ter ouvido falar ou que mencionaram atos não fraudulentos.

Os resultados apontaram para discursos iguais nos dois grupos. Além dessa constatação, a pesquisa mostrou que a principal motivação para compra de mussarela de búfala são os fatores organolépticos, características que podem ser percebidas pelo sentido humano, neste caso o sabor, por exemplo. 

Colesterol

Dentre os entrevistados, 41% relataram motivação nutricional. Entretanto, foram percebidos equívocos nos discursos. “Eles falaram muito: ‘eu ouvi dizer que tem menos gordura…’ e outras informações erradas como essa. Percebemos que não buscam se está certo”, explica Andressa. A mussarela de búfala apresenta maior teor de gordura em comparação ao queijo feito com leite de vaca, porém ela é considerada saudável por possuir menor teor de colesterol em relação ao produto bovino, além de ácidos graxos insaturados que auxiliam na diminuição do colesterol total, LDL (lipoproteína de alta densidade) e de doenças cardiovasculares. 

A pesquisa mostrou que a principal motivação para compra de mussarela de búfala são os fatores organolépticos, características que podem ser percebidas pelo sentido humano. Outros 82% dos consumidores reconhecem o produto pela aparência (formato e coloração). O queijo feito apenas de leite de búfala e o que apresenta adição de leite de vaca são muito parecidos fisicamente, o que pode induzir o comprador ao erro. Mas apenas 4% leem a lista de ingredientes com o propósito de evitar a compra errada. 

De acordo com a pesquisadora, o rótulo empodera o consumidor. “Ele tem pouca informação sobre o que está comprando e uma das coisas que lhe daria poder é o rótulo, mas ele não tem observado. Uma medida para evitar ser enganado seria lê-lo e não comprar pela aparência”, pontuou Andressa. 

Qualidade

Outro resultado importante do estudo apontou que os consumidores confiam nas instituições que previnem fraude, mas não procuram os selos, sejam de inspeção ou de qualidade/autenticidade. 

Andressa comenta que os consumidores devem ser mais bem informados sobre as reais vantagens nutricionais da mussarela de búfala e sobre a ocorrência regular e fraudulenta da mistura do leite de vaca, além das medidas que estão ao seu alcance para evitar serem enganados ou lesados, como a verificação dos selos e a lista de ingredientes. 

“Entrevistas com consumidores podem oferecer importantes subsídios para fundamentarmos nossas estratégias de comunicação de risco a esses consumidores, para evitar que eles sejam lesados e tomem suas decisões bem informados”, finaliza a pesquisadora.
O trabalho foi orientado pela professora Evelise Oliveira e apresentado no começo de 2019 na FMVZ.

Geral: Conheça os nove maiores mitos sobre o Seguro de Crédito



Ademais, o prêmio do seguro é devolvido na maioria das vezes


Redação/Hourpress

Ainda que o seguro de crédito traga os benefícios de proteção contra inadimplência e análise/monitoramento da carteira de risco de crédito, a sua contratação pelo empresariado brasileiro ainda acontece muito lentamente.

Para o Diretor Comercial da Euler Hermes no Brasil, Luciano Mendonça, “muitas empresas acabam não levando em consideração que o valor pago para a contratação do seguro é muito menor do que o risco ao qual elas estão expostas.”


Ele continua: “Com o seguro de crédito, a empresa se torna mais segura para conquistar novos clientes, explorando novos mercados, e assim expandindo ou criando linhas de negócio que para alavancar as vendas.”


Mendonça lista abaixo nove principais mitos a respeito do seguro de crédito presentes no mercado e explica como o serviço realmente funciona na prática:


1: Negociar com grandes empresas oferece riscos menores


A maioria de nossos clientes estão na mesma situação, mas eles não usam o seguro de crédito apenas para proteção. Muitos contratam a Euler Hermes para abrir linhas de crédito maiores com clientes sólidos, evitar riscos de concentração e expandir suas vendas com segurança, nacional e internacionalmente.


Além disso, nem sempre o tamanho da empresa é uma garantia de que não trará prejuízos. Basta analisarmos a quantidade de grandes empresas que pediram recuperação judicial nos últimos anos: muitas entraram em insolvência repentinamente, e causaram perdas de dezenas de milhões.


2: O seguro de crédito é muito caro


Muitos de nossos clientes tinham a mesma questão antes de trabalhar conosco. Também compararam o preço do prêmio com seu histórico de perdas. Eles não perceberam que o seguro de crédito poderia ajudá-los a gerar vendas adicionais e compensar o investimento no seguro.


Em muitos casos a adição de apenas 1 ou 2 clientes adicionais foi suficiente para retornar o investimento com o seguro e nossos serviços. Ademais, o prêmio do seguro é devolvido na maioria das vezes: o seguro é feito para que seja usado, gerando pagamento de indenização. Quando a seguradora paga indenização pelas perdas ao segurado, ela está na verdade devolvendo parte do prêmio pago. Em outras palavras, o seguro saiu mais barato do que inicialmente se previu.


3: A nossa margem é muito pequena


A maioria dos nossos clientes vêm de indústrias de commodities onde suas margens são muito pequenas. Todos viram ROI (retorno sobre o investimento) em suas apólices mesmo sem ocorrência de sinistros. Isso foi comprovado pela expansão das vendas, aumento da receita e dos lucros, e não somente por indenizações sobre perdas. Este é provavelmente o único seguro que oferece isso. Se porventura uma perda ocorrer no processo, não há interrupção no fluxo de caixa da empresa.


4: Após pesquisa, percebemos que o seguro de crédito não era uma boa opção
Trabalhamos com várias empresas dos mais diferentes ramos e muitas acreditavam que não precisavam de seguro de crédito, mas agora se deparam com desafios da indústria, como a necessidade de expandir vendas sem aumento do risco ou diminuir as reservas de provisão de perdas para se ter mais capital de giro e investimento. Nesses casos, o seguro de crédito se mostra uma ferramenta de grande valor para ajudá-los a superar estes desafios.


5: Temos um advogado que lida com essa questão


Quando entramos nessa questão, muitas empresas acabam se atentando apenas na parte da cobrança, porém, uma seguradora de crédito não é uma agência de cobrança. Na realidade, fazemos o seguro do contas a receber da empresa para garantir o pagamento ao invés de cobrar. Trabalhamos com empresas que consideram nosso programa de seguro muito mais adequado do que pagar advogados para recuperar dívidas.


6: O seguro só irá cobrir as “contas boas”


Na verdade, é possível fazer uma contratação do seguro de diferentes formas, cobrindo 100% da carteira de clientes da empresa ou então apenas uma parte, uma vez que existem novas linhas de apólices mais flexíveis e que se adequam melhor às necessidades da empresa. 


Qualquer que seja a composição da sua carteira de clientes, o seguro será útil. Se houver perdas em clientes não aceitos pela seguradora, esta fez a análise e o preveniu sobre o risco que sua empresa está vivendo. Se houver perdas em clientes cobertos pelo seguro, ainda melhor, sua empresa está protegida. Em qualquer situação o seguro é uma ferramenta de boa governança da sua empresa.

7: O departamento de crédito já cuida disso


A maioria das empresas com que trabalhamos possuem departamentos de crédito fortes. O que essas empresas descobriram foi que uma gestão de crédito forte pode levar a algumas restrições de venda.


Ao trabalhar em conjunto com o departamento de crédito para colocá-lo em uma posição de risco mais forte do que a atual, nossos programas ajudam a ampliar linhas de crédito para harmonizar vendas e crédito e se proteger contra uma inadimplência inesperada. Isso contribui para as vendas e resultados, é uma parceria das áreas de crédito. 


Ademais, departamentos de crédito próprios não garantem pagamento contra as perdas. No máximo, fazem a melhor recomendação de crédito, mas não podem garantir que aquele cliente via honrar o pagamento das compras de hoje.

8: A minha empresa utiliza cartas de crédito


Observamos uma tendência de empresas, que tradicionalmente usavam cartas de crédito, migrando para seguro de crédito porque é muito mais flexível e rentável ao longo da cadeia de fornecimento.


Muitos dos nossos segurados usavam cartas de crédito para se proteger contra inadimplência, mas perceberam que, quando optaram pelo seguro de crédito, podiam expandir as vendas com mais segurança e restringir menos as condições aos seus clientes.


9: Utilizamos uma factoring


Muitas companhias recorrem a factorings e o seguro pode ser um benefício nesse intermédio. E a maioria das companhias que o fazem percebem que seguro de crédito é uma forma muito mais eficiente de operar e ao mesmo tempo obter formas mais tradicionais e atraentes de financiamento.

Túnel do Tempo: Primeiro grupo de prisioneiros da guerra do Vietnã



Luis Alberto Alves/Hourpress

Em 12 de fevereiro de 1973 o primeiro grupo de prisioneiros de guerra dos EUA é libertado do Vietnã do Norte.

Raio X de Sampa: Conheça a história da Rua Florêncio de Abreu




Porém, só no começo do século XIX ganha o nome oficial de Rua da Constituição


Luís Alberto Alves/Hourpress



Na São Paulo do século XVI, a atual Rua Florêncio de Abreu (foto) já se apresentava como um dos principais caminhos da capital. Naquela época,  era utilizada por tropeiros e bandeirantes que se dirigiam ao Interior. 

Entre os anos de 1782 a 1786 recebeu diversos melhoramentos, pois transpunha a chácara do Dr. Miguel Carlos Aires, procurador da Coroa, e por causa disto passou a ser conhecida como Rua Miguel Carlos. Porém, só no começo do século XIX ganha o nome oficial de Rua da Constituição. 

O curioso é que ela chegou a ter dois nomes no trecho entre o Largo São Bento e a Ponte do Anhangabaú (atual viaduto Florêncio de Abreu) e a "Rua Miguel Carlos", após aquela ponte. Só a partir de 1881, o seu nome acabou alterado para Florêncio de Abreu, homenagem ao então presidente da Província (Estado).

Florêncio Carlos de Abreu e Silva nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 20 de outubro de 1839. Veio para São Paulo em 1857 e matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo. Recebeu o grau de bacharel por essa Faculdade em 1862. Voltando ao Rio Grande do Sul iniciou a sua carreira política como deputado provincial e como jornalista. 

Em 1880, com o falecimento do Duque de Caxias, abriu-se uma vaga no senado sendo para ela escolhido o Dr. Florêncio de Abreu em 27 de setembro daquele ano. Nomeado presidente da província de São Paulo, exerceu o  cargo de 07 de abril a 05 de novembro de 1881. Por causa da saúde frágil mudou-se para o Rio de Janeiro, falecendo ali em 12 de dezembro de 1881. A Rua Florêncio de Abreu fica no Centro velho de SP. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

MUNDO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS Apresenta...



 HQs EUROPÉIAS: UMA HISTÓRIADE LUTA E GLÓRIA!(Primeira Parte) 

 Tony Fernandes\Redação\Pegasus Studios

Se você é autor de HQs e anda meio desanimado
com as possibilidades que o mercado
 nacional lhe oferece, imagine-se  vivendo 
numa Europa em guerra onde

facistas e as tropas de Hitler
manipulavam o mundo e proibia a publicação
de HQs.  No mundo o caos imperava e as
casas editoriais europeias
de quadrinhos estavam fadadas a desaparecer.


Pois é, amigo leitor, se aqui no Brasil a coisa
está ruim, dá  para imaginar como seria 
a sua situação se você estivesse

morando lá na Europa, mais
precisamente, na Itália, naquele tempo.

Há um velho ditado que diz: "Se a vida se
apresentar azeda, como um limão, seja 
otimista e faça com dela uma boa limonada".

Foi exatamente isso o que os editores e
desenhistas europeus fizeram ante um
 mercado que estava prestes a sucumbir.

Foi assim que eles deram início a uma
desacreditada produção nacional, até
então insípida.

Leia a matéria a seguir e tire proveito dela,
que apresenta  um exemplo de luta,
de garra e de perseverança.
Nada é impossível quando se deseja
Soldados italianos rumo à guerra
ardentemente uma coisa.
Erga a cabeça e vá á luta!
A batalha deve continuar. Boa leitura!


LUTA E GLÓRIA!


1915 - A Itália estava em guerra, pela primeira vez.
O sargento Silvio Uderzo, nascido numa vila italiana,
que ficava no nordeste da Itália, exatamente a
 cinqüenta quilômetros de Veneza, chamada 
La Spenzia, na Ligurie  (Liguria), comandava 
seus homens.

O premier italiano, em pânico, convocou mulheres
e crianças para essa região que estava sendo invadida
A cidade de Liguria, Itália
pelos inimigos facistas. 
Entre os civis convocados estava uma jovem chamada
 Iria Crestini, de origem toscana.

Em La Spenzia ela conheceu o então militar
Silvio Uderzo e acabaram se casando e
 constituindo família.



Liguria
Itália

Porém, ante o poderio bélico do inimigo a região

precisou ser evacuada.
Silvio e sua jovem esposa desesperadamente foram
em direção das colinas em busca de refúgio.
Viveram ainda por algum tempo na Itália, onde
nasceram Uderzo, Bruno, Marcel, Rina e Jeanne.
Depois migraram para a França.
Soldados Nazistas

Entre junho de 1940 e 1944 o território francês
também foi invadido pelas tropas alemãs, provocando
um êxodo dramático de sua população que vivia
no norte para o sul daquele país.
Durante a Segunda Grande Guerra Mundial as tropas
de Adolf Hitler, seguindo seu plano de expansão
invadiram os principais países da Europa.
O líder alemão, um ditador de origem austríaca,
se aliou a Mussolini, um ditador facista italiano,
que determinou, de imediato, a proibição de

qualquer forma de divulgação das ideologias do
imperialismo  americano.


Benito Mussolini

Nas emissoras de rádio, daquele país,
as músicas americanas eram proibidas. Teatros, jornais, livros
 e até as histórias
em quadrinhos Made in America, segundo Mussolini,
poderiam ser usadas como veículos para implantar
na mente do povo europeu a 
ideologia capitalista ianque.


Mussolini exigiu que fosse proibido, em seu país,
qualquer manifestação da ideologia alienígena
por meio de qualquer veículo de comunicação,
como: rádio, cinema, teatro ou através da imprensa.
Assim, os personagens de HQs produzidos na América, que
 faziam um grande sucesso naquele país,
deixaram de ser publicados.
O ditador  Mussolini

Os editores entraram em pânico.
Personagens criados na América, como: 
Tarzan, Mickey, Pato Donald, Popeye,
Tarzan e muitos heróis do velho Oeste,

de grande aceitação popular, precisavam ser
substituídos, de imediato. 
Caso contrário, as editoras

locais estavam fadadas a sucumbir.

Quadrinhos


Enquanto alguns editores simplesmente 
abandonavam o ramo, outros que desejavam 
continuar publicando os fumettis (Quadrinhos) 
tentavam encontrar uma saída desesperadamente.

Caso as editoras fechassem muita gente ficaria
desempregada, como: artistas, escritores, gráficos, papeleiros, etc, 
 provocando ainda mais miséria e fome, naquele tempo de guerra.

A produção nacional italiana, até então
era insignificante. As HQs produzidas na América
dominavam aquele mercado e gozavam de boa
resposta do público leitor.
Qual era a saída? - pensavam todos.
Tarzan e Jane no cinema

De repente, alguém teve uma ideia genial, 
mas arriscada: Criar produtos similares aos
 mais populares comics americanos, 
visando não perder seus fiéis leitores.

Escritores e desenhistas italianos foram 
convocados às pressas.

Plagiadores


Era preciso salvar as editoras daquele país e, 
quem sabe, criar uma linha de produção nacional.

Porém, dúvidas pairavam no ar: Como reagiriam 
os leitores italianos ante esses novos

lançamentos de produtos 
similares aos americanos?

Haveria rejeição? Autores e editores seriam
considerados meros plagiadores?
As vendas se sustentariam?

Só havia um jeito de obter essas respostas:
Colocar os novos materiais nos pontos de venda.
Não havia outra alternativa.
Assim, teve início a primeira manifestação nacional
visando a produção de material italiano, num país
que jamais teve tradição de produzir histórias em quadrinhos.

Tal atitude descortinou um grande número de novas

oportunidades aos autores nacionais que, antes disso,
viviam apenas de cartuns e ilustrações de revistas
para campanhas publicitárias.
Um novo mundo surgia e com grande possibilidade

de gerar novos empregos.
De imediato começou a produção
 nacional e uma

centena de produtos similares 
aos importados, de fato,

foram criados e lançados no mercado.
Nem todos os novos títulos emplacaram 
muitos acabaram sendo cancelados. 

Akim

No entanto, alguns deles vingaram, caíram 
no gosto popular. Em meio a essa 
avalanche de novos produtos Made In

Italy surgiu Akim (revista publicada no Brasil 
pela extinta editora Noblet). Akim era uma 
serie semanal desenhada

pelo italiano Augusto Pedrazza, desenhista que
 fez AKIM durante anos
, que apresentava um 
personagem na mesma linha de Tarzan, 
o Rei dos Macacos, criado pelo escritor americano 
Edgard Rice Burroughs. 


Tarzan tinha uma grande aceitação entre os
leitores italianos, tanto quanto tinha no
cinema e nos livros escritos
por Burroughs. Nas telonas o herói das selvas foi
interpretado
por vários atores, porém dentre estes um ganhou
notoriedade: Johnny Weismuller, ex-atleta olímpico.
Foi assim que  Weismiller, vivendo o papel do
menino branco, filho de um nobre inglês,
que fora criado entre os macacos, foi considerado
pela crítica e pelo público como a mais perfeita
interpretação de Tarzan.

Tamanho foi o sucesso deste personagem, que uma
centena de filmes, séries de TVs e gibis foram lançados
em todo mundo, nos últimos anos.
Com a morte do autor, aos poucos, Tarzan foi caindo
no esquecimento, saindo da mídia.
Nos últimos anos Tarzan foi ressuscitado pelos estúdios Disney,
em forma de desenho animado e obteve um estrondoso sucesso.

DE VOLTA À EUROPA...


Diante do sucesso de Akim e de outros

produtos similares as HQs CONTINUA...
Por: Tony Fernandes\Redação\Pegasus Studios
americanas, obtido pelos editores italianos,

na França uma legião de autores e editores também
se animaram e decidiram seguir o exemplo da Itália

e adotaram, também, o caminho da nacionalização.

CONTINUA...

Por: Tony Fernandes\Redação\Pegasus Studios






Augusto Pedrazza