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Crônica: De bem-sucedido ao amargo do ostracismo

    Hourpress/Arquivo Morava num apartamento de cobertura na Região dos Jardins, com direito a três vagas na garagem, onde tinha estacionad...

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Jiló com Pimenta: Condenados do mensalão sem algemas, Messi refém de contusões e protesto do Bom Senso F.C




Messi só volta aos campos em 2014

Contra o calendário maluco, jogadores protestam juntos em campo


Luís Alberto Caju

  Mensaleiros condenados não querem algemas: É o fim da picada. Alguns dos condenados no julgamento do mensalão, realizado ontem (13) no STF (Supremo Tribunal Federal) foram instruídos pelos seus advogados a se apresentar à Justiça, assim que o presidente do STF, Joaquim Barbosa faça a expedição dos mandados de prisão. Eles (coitadinhos) não pretendem ter algemas nos pulsos e sair acompanhados de policiais rumo ao presídio onde vão cumprir as penas estabelecidas.

  Em minha opinião direito é prerrogativa de cidadão honesto, trabalhador, que paga os impostos em dia, nunca se envolve em atos criminosos e faz malabarismo para pagar suas contas, às vezes deixando de comprar alimentos para o sustento da família. Tudo para não ver o nome sujo na lista dos órgãos de proteção ao crédito. Mas bandidos (e os mensaleiros agiram de forma criminosa ao cometer inúmeras falcatruas) não têm que abrir o bico.
 Devem obedecer às autoridades. Para evitar algemas nos pulsos, precisariam praticar a honestidade. Agora é de lascar, o deputado/bandido continuar ganhando o “módico” salário de R$ 26 mil enquanto cumpre a pena. Creio que estou vendo alucinação ou meu “parco” jantar me fez mal!

  Morte da galinha que bota ovos de ouro: O argentino Lionel Messi, após a terceira lesão na coxa, em apenas quatro meses de temporada, mostra que os times de futebol não estão satisfeitos com ovos de ouro. Pretendem matar a galinha, para ver se dentro dela a carne é desse metal precioso. Ele, com 26 anos, corre o sério risco de pendurar as chuteiras antes dos 30 anos.  Enquanto jogador do Barcelona, Messi já teve 11 contusões, nove delas no mesmo músculo da coxa.

 Nosso Ronaldinho Fenômeno passou pela mesma situação quando jogou no Barcelona. Os grandes times da Europa agem como aspirador de pó de talentos. Sugam o máximo, visando lucros elevados, e depois colocam na rua o craque todo remendado. É bom Neymar colocar os poucos pelos de sua barba de molho. O mesmo pode acontecer com ele.

 Dirigentes de futebol sem bom senso: A cartolagem brasileira deixa em segundo plano o calendário das partidas de campeonatos regionais e Brasileirão. É jogo quarta, sábado, domingo ou se deixar todos os dias. Na visão dos dirigentes entrar em campo não é cansativo. Correr 90 minutos é fichinha, descontados os exercícios de condicionamento físico no clube, antes do compromisso oficial. Fico contente com os protestos do Bom Senso F.C, com atletas de vários clubes brasileiros exigindo mudança neste calendário maluco.


Para completar os horários das partidas, à noite, são após a novela da Globo. Castigo para torcedor que precisa, em alguns casos, pegar o “negreiro” para retornar à casa e pegar no batente no outro dia. Mas a cartolagem continua batendo na tecla de que é bom Campeonato Paulista com 23 rodadas. Pimenta nos olhos dos outros é doce. Por que eles não colocam seus filhos em campo para enfrentar essa maratona maluca?

Variedades: Bobby Womack, um dos “Papas” da Soul Music se apresenta no HSBC dia 19



Womack teve música gravada pelos Stones, no início da carreira da banda na década de 1960

Disco de vinil gravado em 1973, onde está a famosa balada "Facts of Life He´ll Be There When The Sun Goes Down", da coleção do autor dessa reportagem, que foi DJ nas décadas de 1970 e 1980



Luís Alberto Caju

 Quem já passou dos 40 anos e gostava dos bailes das décadas de 1970 e 80, onde a Black Music era presença marcante, se lembra das famosas baladas que frequentavam as picapes dos DJs. Entre elas, se fazia presente “Fact of Life He´ll be There when The Sun Goes Down”, autoria de Bobby Womack. O seu início era um solo de contrabaixo, acompanhado de piano e violão, e depois começava o diálogo que durava mais de 6 minutos, tempo suficiente para jogar a conversa na menina e sair da festa acompanhado.

 Poucos sabem que Roberto Dwayne Womack, nascido em 1944, na cidade de Cleveland, Estado de Ohio, começou sua carreira, no final dos anos 50, acompanhando Sam Cooke, compositor da inesquecível “You Send Me”. E depois da morte de Cooke em dezembro de 1964, Womack casou-se com a viúva, Barbara Campbell, em março do ano seguinte.

 No início, Womack cantava música gospel na igreja, assim como Cooke, que veio de um conjunto da Igreja Batista, onde congregava com seus irmãos. No conjunto  Valentinos, Womack tocava guitarra e às vezes compunha algum hit. O seu primeiro single foi “Lookin´For a Love”, que chegou ao 8° lugar na parada de R&B (blues de rua). Depois escreveu “It´s All Over Now” e usada depois pelos Rolling Stones, cuja banda estava no começo da carreira.

 Após a morte de Sam Cooke, ele deixou o grupo Valentinos e só a partir de 1968 colocou o pé na estrada para valer. Até 1977, ele grava um álbum por ano. Aliás nesse ano George Benson inclui no seu disco o hit “Breezin”, que até hoje faz sucesso nos bailes de qualidade.

 Depois volta à carga em 1979, gravando com pequeno intervalo de tempo, até seu último disco, lançado em 2006. O ano de 2012 marcou a gravação do CD The Bravest Man In The Universe, após ficar longe dos estúdios de gravação por quase 20 anos em decorrência de problemas de saúde.

Em 54 anos de carreira, vários hits fizeram a cabeça de muita gente nas festas onde seus discos estavam presentes. É o caso de “If You Think You´re Lonely Now”, de 1981; “Lookin´For a Love”, de 1974; “That´s The Way I Feel About´Cha, de 1971; Breezin, de 1970; e a que pegou nos bailes do Brasil “Facts of Life He´ll be There When The Sun Goes Down”, de 1973.


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Jiló com Pimenta: Tratamento VIP para Deputado/bandido e ameaças de auditores acusados de corrupção na Prefeitura de SP



O mensaleiro Costa Neto, mesmo condenado, continuará ganhando o salário de deputado de R$ 26 mil

Luís Alberto Caju
Bandidos com tratamento VIP: Ao dar para mensaleiros, com mandato, o mesmo tratamento dispensado ao deputado-presidiário Natan Donadon, a Câmara atirou contra o próprio pé. Dependendo da decisão que será tomada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o Brasil será o único país no mundo, onde o Poder Legislativo poderá abrigar dois parlamentares que, após o expediente, serão algemados, colocados no camburão e levados à cadeia, para dormir.
 Na tarde de hoje (13) começa a terceira fase do julgamento do mensalão. Nessa rodada o STF julgará a segunda rodada de embargos de declaração (recursos que visam corrigir eventuais contradições, omissões ou obscuridades do veredicto). Para os 13 condenados, será o fim da linha, pois sem possibilidade de manejar novos recursos, poderão ir para a cadeia.
 Nesse grupo estão os deputados federais Valdemar Costa Neto (PR/SP), condenado a 7 anos e 10 meses, e Pedro Henry (PP/MT), que pegou 7 anos e dois meses. Penas abaixo de 8 anos garante ao réu regime semiaberto. Eles poderão pedir ao STF o direito de deixar o presídio durante o dia para trabalhar. Enquanto não forem cassados, estarão circulando livremente pela Câmara dos Deputados.
 Enquanto o deputado/bandido Natan Donadon perdeu toda a estrutura que os parlamentares dispõem no Congresso Nacional, Costa Neto e Henry, mesmo presos, continuarão ganhando o “módico e irrisório” salário de R$ 26 mil e demais verbas para manter o gabinete em funcionamento. É o mesmo de pagar para o criminoso cometer seus delitos.
 Já para o cidadão comum (trabalhadores que enfrentam ônibus, Metrô e trens superlotados) não existe regalia. Experimente furtar um frasco de xampu ou levar dois sabonetes para casa, sem pagar, para ver o que acontece. Continuo afirmando com todas as letras: Justiça no Brasil só funciona para Pobre, Preto e Prostituta. Rico e Político raramente são vistos por ela.
Cano de esgoto entupido: O auditor Luis Alexandre Magalhães, segundo escutas autorizadas pela Justiça e feitas pelo Ministério Público, ameaçou seu antigo chefe Ronilson Bezerra Rodrigues: “Não vai cair ninguém. Se cair cinco vão cair 50. Eu tenho anotado, eu tenho transtorno obsessivo compulsivo. Eu anoto todos os acertos desde 2002”.
Magalhães ao lado do automóvel que teria sido comprando com o dinheiro da propina do ISS
 Ele gravou a conversa mantida com Rodrigues e com o colega Carlos Alberto Di Lallo num restaurante. O trio explica que após o afastamento, o suposto esquema de fraude do ISS e IPTU teria prosseguido na Prefeitura de SP. Na maior cara de pau, Magalhães sugere que se esqueça do passado, pois já ganhou muito dinheiro. Mas ameaçou para que não se mexa no patrimônio obtido com o dinheiro sujo da corrupção nem com nenhum dos integrantes de sua antiga equipe.
 De acordo com investigações do Ministério Público, os auditores suspeitos de fraude em SP têm 59 imóveis e lancha de R$ 1 milhão. Magalhães vai mais longe ao dizer que ser bandido também é difícil.  Ela não sabe que dificuldade é continuar honesto diante de tanta sujeira. Quando o cidadão de bem precisa fazer malabarismo para pagar todas suas contas em dia, sem correr o risco de apelar para o crime. Dormir e acordar pensando em pagar dívidas, para não deixar o nome na lista de maus pagadores.
 É tão grande a cara de pau do auditor Magalhães, que ele ameaça o atual subsecretário de Finanças da Prefeitura de SP, Douglas Amato, para ele ficar atento com as informações que passa. Como percebeu que vai para a cadeia, não quer ficar sozinho. Já disse na coluna anterior (vaso sanitário entupido) que tinha mais gente envolvida, bastasse o Ministério Público apertar o cerco. Para o bem público, caso tenha 50 envolvidos, que todos eles sejam presos e condenados. A cidade ficaria livre de tamanha sujeira. E os bens dos corruptos vendidos para ressarcir os cofres públicos.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Variedades: Jimmy Preston, outro esquecido “pai” do Rock




Assim como Fats Domino, Preston é considerado um dos "pais" do Rock
 Luís Alberto Caju

 Jimmy Preston é outro artista considerado verdadeiro antepassado do Rock & Roll. Tudo porque em 1949 ele já tocava o hit “Rock The Joint”, que serviu de inspiração para Bill Haley & The Comets, em 1952, colocar fogo nas pistas de dança de todos os Estados Unidos. Antes, Preston tinha escrito “Hucklebuck Daddy”.

 Porém é preciso esclarecer que os solos de sax em “Rock The Joint” eram do sax tenor Danny Turner, mas ele herdou a fama. 

É igual quando se fala de Pelé na época em que o time do Santos não tinha adversário em qualquer país do mundo. A equipe era uma máquina, desde o goleiro Gilmar até o ponta-esquerda Pepe, que tinha como reserva o criolo Edu, reserva na seleção brasileira tricampeã no México em 1970.

  Preston ficou muito tempo na Gotham Records, da Filadélfia, inclusive boa parte da década de 1950, quando fez ótimas gravações ao lado do jazzman Benny Golson, outro sax tenor, antes de assinar contrato com a Derby Records e emplacar seu último sucesso, “Oh Babe”, tendo no vocal Burnetta Evans. A canção era regravação do hit de Louis Prima.

 Aos 37 anos (1950) que ele começou a sentir o gosto doce de ficar nas paradas. Preston formou grande legião de fãs  do R&B após o término da Segunda Guerra Mundial. Mas logo desanimou com o Show Biz. Em 1953 resolveu levar o talento para a igreja. Bill Haley pegou carona nos hits de Preston e estourou em todo o mundo. O solo de guitarra existente em “Rock The Joint” seria bem repetido em “Rock Around The Clock”.

 Por desconhecimento, diversos críticos elegeram Elvis Presley como o fundador do Rock & Roll. Na verdade esse gênero musical deve muito a Jimmy Preston, ótimo baterista, saxofonista e cantor. Ele, ao lado de Fats Domino, contribuiram grandemente para lançar as raízes do Rock & Roll, na época em que somente negros brilhavam nessa seara de ritmo. Nunca mais voltou ao Show Biz, até sua morte em 1984, na Pensilvânia, aos 71 anos, Preston continuou tocando louvores ao Senhor na igreja, para onde foi em 1953.


Economia: Aprovada proibição de impostos sobre alimentos, remédios e fertilizantes


Caso aprovada PEC, o leão da Receita Federal não poderia "morder" mais alimentos, remédios e fertilizantes

Luís Alberto Caju

 A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (12) a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)491/10, que proíbe a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios de instituírem impostos sobre alimentos destinados ao consumo humano e sobre medicamentos.
 De autoria do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a PEC também veda a taxação de insumos agrícolas, fertilizantes e produtos agroquímicos e químicos destinados à produção de alimentos e à pecuária. O relator na CCJ foi o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS).
Atualmente, a Constituição impede a instituição de tributos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos:
- entes federativos;
- partidos políticos
- entidades sindicais dos trabalhadores;
- instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos;
- sobre os templos de qualquer culto; e
- sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à impressão desses bens culturais.
                                                                   Apensados
 A CCJ também admitiu as PECs 160/12, que proíbe criação de novos impostos para medicamentos de consumo humano, e 301/13, que, além dos impostos sobre remédios para humanos, veda a tributação dos insumos usados na produção dessas compostos. Os dois textos tramitam 
apensados à PEC 491/10.
                                                                   Tramitação
As propostas agora serão examinadas agora por uma comissão especial. Se aprovadas, seguirão para o Plenário, onde terão de ser votadas em dois turnos.


Geral: Comissão aprova tempo máximo de 20 minutos de espera em emergências



O projeto define tempo máximo de 20 minutos de espera para o primeiro atendimento 

Luís Alberto Caju
 A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou na semana passada proposta (PL 425/11) que define o tempo máximo de 20 minutos de espera para o primeiro atendimento em unidades de emergência em hospitais públicos e privados.
 O relator, deputado Deley (PTB-RJ), recomendou a aprovação do projeto, apresentado pelo deputado Hugo Leal (Pros-RJ), mas fez modificações.
 Deley apresentou um substitutivo que inclui o que é o primeiro atendimento e as penalidades em caso de descumprimento da lei (multa, cassação da licença do estabelecimento e intervenção administrativa, entre outros).
 O substitutivo define como primeiro atendimento aquela assistência prestada, em um primeiro nível de atenção, aos pacientes com quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou ainda psiquiátrica, que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte.
 Além disso, o texto do relator excluiu os hospitais das Forças Armadas da obrigatoriedade de tempo máximo de atendimento, já que eles possuem regras próprias.
 O deputado Deley acredita que, mesmo com os problemas enfrentados na saúde pública, a proposta deverá minimizar o sofrimento de quem procura o atendimento de emergência. “Esse primeiro atendimento é para que alguém possa diagnosticar realmente, naquele quadro de espera, as pessoas que necessitam do atendimento de urgência. Muitas vezes, as pessoas estão lá com dor e outros problemas, e ficam ali duas, três, quatro horas sem ter esse atendimento”, afirmou.
Questionamento
 Apesar de reconhecer a importância do projeto, o secretário-adjunto da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Elias Fernando Miziara, apontou algumas falhas. Segundo ele, a proposta não define se a primeira avaliação deverá ser feita pela equipe de enfermagem ou pelo médico do hospital.
 "O projeto de lei teria que prever isso também. Esse primeiro atendimento é uma classificação de risco, isto é, uma avaliação da primeira situação feita pela primeira equipe de enfermagem ou já tem que ser um atendimento feito pelo médico?”, questionou.
Tramitação
 O projeto tramita em 
caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.



Jiló com Pimenta: Desgraça à Vida, Máfia do ISS e Pacientes abandonados nos hospitais públicos.

O personagem Odorico Paraguaçu é da época que novela da Globo não apelava para baixaria
Ronilson Bezerra Rodrigues, um dos suspeitos da máfia da propina na Prefeitura de SP


Luís Alberto Caju

Desgraça à vida: Este seria o nome apropriado para a novela das 9h da Globo. Sinto saudade de autores como o casal Dias Gomes e Janete Claire. Ambos sabiam como escrever tramas que prendia a atenção do público, sem apelar para golpes baixos. Exemplo disso é “O Bem Amado”, exibido em 1973, do saudoso personagem Odorico Paraguaçu, prefeito cujo sonho era inaugurar o cemitério, construído por ele, na fictícia Sucupira. “O Astro”, de 1978, com Francisco Cuoco no papel de charlatão, outra obra-prima das mãos de Janete Claire.

 Hoje, com tantos recursos tecnológicos, capazes de envelhecer ou rejuvenescer o personagem ou colocá-lo em qualquer lugar mundo, a novela Desgraça à Vida é um tapa na cara do telespectador. O pai teve um filho da garota de programa, que ele obrigou a casar com o outro filho gay. Por sua vez, este joga no lixo o bebê da irmã, nascido no banheiro imundo de um boteco. O pai canastrão resolver transar com a secretária (piranha de plantão), que fica grávida, mas detesta a criança.

Em outra extensão, a mãe, ex-dançarina do programa do Chacrinha, sente prazer em empurrar a filha para cima de rapazes ricos, para garantir o futuro financeiro da família.  Depois a Rede Globo não entende a queda de sua audiência. Esqueceu-se de que a grande parcela da população, principalmente de baixa renda, não gosta de ver tragédias em novelas (bastam os telejornais espreme sangue do horário das 18h). Querem sonhar. Pois já conhecem e sentem na pele o sufoco diário de vender o almoço para comprar a janta.

Vaso sanitário entupido: É assim que se parece a situação da Máfia da Propina na Prefeitura de São Paulo, na gestão Fernando MaldHaddad (PT). Os recentes desdobramentos provocaram o afastamento do secretário de Governo da Prefeitura, Antonio Donato. Existem suspeitas de seu envolvimento com o grupo de fiscais acusados de cobrar propinas de construtoras para liberar o Habite-se. O grupo teria provocado um rombo de R$ 500 milhões ao reduzir o valor do ISS (Imposto Sobre Serviços) de imóveis novos em troca da “caixinha”.

 Os cabeças do escândalo sãos os fiscais: Ronilson Bezerra Rodrigues, Luiz Alexandre de Magalhães, Eduardo Horle Barcellos (trabalhou no gabinete de Donato no primeiro semestre deste ano). Rodrigues, suspeito de chefiar a fraude, ocupou cargo na diretoria de finanças da SPTrans (empresa municipal de transporte) de fevereiro a junho, também é ex-subsecretário da Receita Municipal. O nome de Donato foi ainda citado em depoimento ao Ministério Público por uma auditora, que mencionou colaborações à campanha dele em 2008, com dinheiro do esquema.

 Como diz o ditado popular: “Em puteiro não existe mulher virgem”.  Se a Justiça apertar mais o cerco, provavelmente aparecerão mais personagens nesta história imunda. Depois os políticos reclamam do desencanto dos eleitores. Mas hoje qual o partido honesto que existe no Brasil? A regra é entrar no governo para ganhar dinheiro. O bem-estar da população fica em segundo plano. Ideologia é uma palavra desconhecida pelas agremiações políticas brasileiras. O negócio é faturar.


Abandono: É triste o abandono de pacientes internados com doenças graves, como câncer, nos leitos dos hospitais públicos. Muitos médicos, na maioria, sabendo que não adianta mais ministrar medicamentos, pois o caso é irreversível, colocam uma sonda para injetar soro naquele corpo, que espera a chegada da morte. Quando os familiares reclamam, o médico retruca que não pode fazer mais nada.

 Em alguns hospitais públicos, a imundície é vista a olho nu dentro dos quartos, verdadeiro reservatório de superbactérias. Quem é rico e influente nas altas esferas governamentais, faz o tratamento nos hospitais top de linha ou vai para o Exterior. Quanto à grande maioria da população, o destino cruel é aguardar a morte no leito de um hospital público, sem qualquer atenção de médicos.