O ministro Osmar Terra falou aos deputados sobre o "Criança Feliz", programa criado em 2016 que acaba de ganhar prêmio internacional
Luís Alberto Alves/Hourpress/Agência Câmara
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, informou aos deputados que a meta do governo é atender um milhão de crianças até o fim do ano no programa "Criança Feliz". A iniciativa lançada no governo passado, em 2016, prevê visitas domiciliares para o desenvolvimento da primeira infância.
O anúncio ocorreu nesta quinta-feira (5), em audiência pública na Comissão de Educação, um dia depois de o programa ser um dos vencedores no Wise Awards, premiação internacional dedicada à educação.
De acordo com Terra, a intenção do programa é oferecer uma rede de proteção e atenção em uma fase fundamental da vida humana: os primeiros 1.000 dias após o nascimento da criança. É nessa fase, por exemplo, que o cérebro faz as ligações neurais e os primeiros aprendizados e percepções se fixam na memória da criança a ponto de influenciar decisivamente o seu destino.
Para o ministro Osmar Terra, 
Até o final do governo, a meta é atender todas as crianças de 0 a 3 anos atendidas pelo Bolsa-Família e pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Durante a audiência, foi destacado o papel dos "visitadores", profissionais capacitados com atuação setorial. Cada um deles visita 6 famílias por dia para avaliar o ambiente familiar e identificar fatores capazes de comprometer o desenvolvimento integral das crianças. Atualmente, 25 mil visitadores atendem 2.620 municípios pelo Brasil.
Busca ativa
Segundo o subsecretário de Educação Básica da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Hélber Vieira, aos 3 anos de idade, começam a aparecer as diferenças entre quem teve condições adequadas e inadequadas de educação. Ele afirma que criança sem afeto não aprende e tem limitações cognitivas que afetam seu percurso por toda vida. No DF, de cada dez crianças que entram na escola, sete conseguem chegar no ensino médio. Entre os mais pobres, o número cai para seis.
Segundo o subsecretário de Educação Básica da Secretaria de Educação do Distrito Federal, Hélber Vieira, aos 3 anos de idade, começam a aparecer as diferenças entre quem teve condições adequadas e inadequadas de educação. Ele afirma que criança sem afeto não aprende e tem limitações cognitivas que afetam seu percurso por toda vida. No DF, de cada dez crianças que entram na escola, sete conseguem chegar no ensino médio. Entre os mais pobres, o número cai para seis.
Nos próximos dias, representantes do governo distrital farão uma reunião técnica com representantes do Unicef para aumentar a parceria no programa Busca Ativa Escolar. “Uma criança pode estar faltando aula por uma condição de vulnerabilidade de sua família. Qual é o problema quando a criança tem 3 faltas seguidas? Alguém tem que ir atrás dessa criança e de modo integrado sistematizar políticas para resgatá-la”, explicou Vieira.
Frente
A audiência pública foi pedida pela deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) que integra a Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância. O grupo 200 assinaturas de deputados e senadores para sugerir à Casa Civil que insira a primeira infância como agenda prioritária de abrangência intersetorial no Plano Plurianual 2020-2023. A deputada também é autora de um projeto de lei que estabelece os anos de 2020 e 2021 como o Biênio da Primeira Infância (PL 2721/19).
A audiência pública foi pedida pela deputada Paula Belmonte (Cidadania-DF) que integra a Frente Parlamentar Mista da Primeira Infância. O grupo 200 assinaturas de deputados e senadores para sugerir à Casa Civil que insira a primeira infância como agenda prioritária de abrangência intersetorial no Plano Plurianual 2020-2023. A deputada também é autora de um projeto de lei que estabelece os anos de 2020 e 2021 como o Biênio da Primeira Infância (PL 2721/19).
“A Constituição diz que a criança é prioridade absoluta nas políticas de saúde, nas políticas de educação, em todas as políticas de segurança, no desenvolvimento social, então nós precisamos cumprir”, alertou.
 
 

 






