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Crônica: Surpresas desagradáveis pregadas pelo tempo

Pixabay   Os seus quatro filhos se encontravam bem encaminhados Astrogildo Magno O   tempo não preocupava Justino. Não dava bola para ...

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Crônica: O velhinho tempo não espera ninguém



Quando parado no trânsito, às vezes subia nas calçadas para chegar rápido em casa ou no trabalho

Astrogildo Magno

Marlucio poderia ser classificado como alguém super ansioso. Estava ainda no domingo, mas já pensando no outro final de semana. Mesmo quando passeava com a família, levava o  notebook para tentar adiantar alguma tarefa do escritório de advocacia, que ajudou a tornar realidade ao lado de um colega que conheceu na famosa faculdade de Direito do Largo São Francisco, na região central de São Paulo.

Tudo para ele acabava resumido a tempo. Dizia aos familiares e amigos que o velhinho tempo não espera por ninguém. Vive correndo deste o início do mundo. Sobrevive a tragédias, a sistemas políticos, seja de esquerda ou direita, crises, guerras. Nada consegue deter a caminhada deste idoso que trabalha todos os dias, de noite e de dia.

Imagem

Por causa disto, Marlucio procurava viver acelerado. Não admitia lentidão. Quando parado no trânsito, às vezes subia nas calçadas para chegar rápido em casa ou no trabalho. Jamais esperava. Neste pique agitado conseguiu atingir excelente padrão de vida. Comprou diversos imóveis top de linha, tinha bons carros na garagem do edifício de luxo, onde adquiriu um requintado apartamento de cobertura.

Chegou aos 60 anos, mas com visual de alguém de 30. Vaidoso, cuidava muito bem da imagem. As rugas, quando apareciam, logo desapareciam em cirurgias plásticas. Só não tinha domínio sobre a ansiedade. Desde a adolescência era embalado pela agitação. De olho nos preparativos para as festas de final de ano, escorregou e lecionou um osso da coluna. O médico fez uma cirurgia, e o imobilizou durante 40 dias. Durante este período a sua pressa se tornou em lentidão....

Astrogildo Magno é cronista


Geral: Ano novo: VIVA e deixe VIVER!

    Pixabay


Radiografia da Notícia

 Reflexão nos faz lembrar que, se comemora neste ano, o cinquentenário do lançamento   da música escrita por Linda e Paul McCartney

A essência da letra  fala sobre a mudança de perspectiva diante da vida e suas adversidades

Nos rendemos ao consumismo; nos rendemos ao comodismo

Wagner Balera


Ao nos aproximar da chegada de mais um Ano-Novo, cuja palavra veio do francês e significa “despertar” ou “acordar”, em referência à nova etapa de vida que se inicia, é tempo de pensarmos sobre a Vida em sua plenitude: viver e deixar viver.

A reflexão nos faz lembrar que, se comemora neste ano, o cinquentenário do lançamento   da música escrita por Linda e Paul McCartney, no título original em inglês Live and Let Die, que significa, viva e deixe morrer. A essência da letra  fala sobre a mudança de perspectiva diante da vida e suas adversidades.

A letra deixa claro que, de início, você e eu dizíamos viva e deixe viver. Porém, agora, deveríamos dizer viva e deixe morrer.

Gosto da música, assim como do filme, cujo roteiro foi magistralmente elaborado por Tom Mankiewicz.

Egoísmo

Como encarar essa assertiva: viva e deixe viver. Se tivermos o coração que opere com um livro aberto, e um dos primeiros versos da música aponta para esse modo de ser, prosseguiremos agindo e querendo viver e deixar que os outros vivam. Em consequência, você fará o teu trabalho muito bem-feito, tão perfeito que se confundirá com a beleza da criação, vale dizer, do mar, da terra, do sol e das constelações.

Ocorre que este mundo de constantes mudanças, por vezes nos impõe rendições. Nos rendemos ao consumismo; nos rendemos ao comodismo, ao amor-próprio e aos outros ismos, cuja síntese cabal é o egoísmo.

E você e eu iremos chorar, porque nosso coração se fechou.

Ai a tentação será a de dizermos, como Linda e Paul: viva e deixe morrer.

Continuemos com a alegoria, agora a do filme.

Amor

O que atrai, desgraçadamente, parte significativa das pessoas, a ponto de se transformar o ser num não ser e o mote fatal pode até chegar ao morra e deixe morrer, com a precipitação para o nada.

O filme quer a morte da droga; do produtor e do traficante.

Para tanto, podem ser necessários feitiços, revelações do tarô, e neste jogo de adivinhação, a única carta que deve existir é: a carta do amor.

A carta do amor – note bem, estou reescrevendo o roteiro do filme e reinterpretando a música, sem nenhuma licença poética, consoante a lição de Ziraldo: livre pensar é só pensar – nos proporá, de novo, viva e deixe viver. Você quer voltar às páginas do livro aberto que impõe pleno sentido à tua existência e à dos demais.

Breve

Não seja contaminado pela cultural de morte.

Lute pela vida em todas as suas expressões. É o próprio Deus quem diz: eu vim para que todos tenham vida. E vida em plenitude. Vida em abundância. Seja essa a mensagem central para o ano de 2024 que se inicia dentro em breve.

E, ainda segundo a expressão das escrituras: escolhe, pois, a vida.

Viva e deixe viver, exigindo dignidade para todos.

A dignidade é sintetizada pela Constituição do Brasil que enuncia, como primeiro direito, a própria vida.

Trabalho

Ademais, a dignidade exige os elementares direitos que compõe o mínimo existencial: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Vamos lá: começando de traz para a frente.

Assistência aos desamparados. Viva e deixe viver aqueles milhares que estão em situação de rua, brutalmente perseguidos por serem pobres. E a moradia que lhes é devida, em termos constitucionais?

Viva e deixe viver os que passam fome. Você também os encontra a cada esquina. São contados aos milhões num país que bate records a cada ano na produção de alimentos.

Viva e deixe viver as mulheres, vítimas de discriminação e violência em todos os quadrantes da sua existência, e a quem incumbe o bem da maternidade. Que sejam cercadas de todos os cuidados nesse evento apto a manter a continuidade cósmica.

Material

Viva e deixe viver a infância, que não pode ser considerada viva sem cuidados essenciais aptos a dignificá-la. Cuidados que não podem se limitar à merenda, razão elementar que as leva à escola.

Cuidados com a qualidade dos conteúdos ministrados na escola. Cuidados com o material escolar, que há de ser ferramenta de conhecimento e não fermento de discórdias descabidas.

Viva com saúde e que o sistema único de saúde seja dotado de recursos suficientes para atender aos desafios que crescerão cada vez mais, dos quais a pandemia recente foi alerta que não pode deixar de ter consequências estruturais e funcionais.

Viva com previdência social garantidora dos direitos e não sujeita a mudanças a cada governo que passa, com consequente frustração de legitimas expectativas.

Pleno

Viva com trabalho, valor social essencial, mediante a busca incessante da meta constitucional do pleno emprego.

E que o viva e deixe viver seja estendido, como refrão totalizante, igualmente à flora, à fauna, que não podem morrer sem trágicas consequências para todos.

Confie na dimensão cósmica das existências.

Em 2024 viva e deixe viver!

 Wagner Balera Coordenador do Núcleo de Estudos de Doutrina Social, Faculdade de Direito da PUC-SP.

Geral: IPVA 2024 poderá alcançar cerca de 40 milhões de veículos

EBC


 Radiografia da Notícia

Somente no Estado de São Paulo foram arrecadados mais de R$ 20 bilhões, em 2023

No caso dos automóveis, o montante cobrado varia de 2% a 4% do valor venal*

Trata-se, aliás, de umas das maiores fontes de receita das administrações estaduais

Redação/Hourpress

Final de ano chegando, hora de pensar na ceia de Natal, na festa de Ano Novo... E hora também, infelizmente, de começar a pensar como pagar o IPVA do ano que vem. A estimativa é que cerca de 40 milhões de proprietários de veículos, em todo território nacional, já comecem 2024 com esta obrigatoriedade em pensamento.

Razões não faltam. No caso dos automóveis, o montante cobrado varia de 2% a 4% do valor venal*, dependendo da unidade federativa onde está registrado. Esse montante é calculado com base na tabela Fipe. Quem, por exemplo, mora no Estado de São Paulo, onde a alíquota é de 4%, e tem carro avaliado em R$ 100 mil, deverá pagar R$ 4 mil ao governo estadual.

Uma grana pesada, que dói no bolso. E a pergunta que todo contribuinte se faz, nessas horas, é:

"Pra onde vai essa dinheirama?"

A quem não sabe, quando o Imposto de Propriedade Veicular Automotores foi criado, em 1975, o objetivo era viabilizar a construção e manutenção de estradas e rodovias no Brasil. Mas o tempo passou, as leis mudaram e, hoje em dia, na prática, governadores e prefeitos usam essa arrecadação para suprir as mais variadas demandas dessas esferas governamentais. Trata-se, aliás, de umas das maiores fontes de receita das administrações estaduais.

"No Estado de São Paulo, onde está presente quase metade da frota nacional, o IPVA gerou uma arrecadação de mais de R$ 20 bilhões neste ano – um recorde. Mas que serviu, principalmente, para compensar a perda de arrecadação de outro imposto (no caso, o ICMS) e foi essencial para manter as contas do governo no positivo, sobretudo", explicou André Brunetta, cofundador do aplicativo Zul+, uma das maiores plataformas de serviços automotivos do país, e diretor de Inovação e Digital da Estapar.

"Como aliviar esse peso?"

Nesse contexto, outra pergunta que todo ano corre à mente do contribuinte quando sente o peso dessa 'boletada' é justamente essa. "Por ser um imposto de valor elevado, é natural que as pessoas tentem estudar formas de reduzir esse impacto financeiro, seja por meio das isenções previstas em lei, seja por meio de descontos e outras facilidades de pagamento. E esse é um aspecto importante que as pessoas também devem observar, já que pode fazer grande diferença no orçamento doméstico".

No que se refere à legislação paulista, ele destaca que a inclusão dos PCD's, a partir de 2008, possibilitou a isenção da taxa a veículos de pessoas com deficiência não condutoras, ou de propriedade do seu representante legal. "Embora tenha ficado mais rigorosa a partir de 2021, essa medida beneficia milhares de famílias que têm alguém nessa condição por meio da isenção total do IPVA a veículos com valor até R$ 70 mil", destaca ele, acrescentando que esse direito também se estende a carros com mais de 20 anos de fabricação, condutores de táxi, mototáxi, além de ônibus e microônibus - desde que utilizados no transporte urbano, em fretamento contínuo ou em transportes escolares.

Quanto aos descontos e facilidades, o cofundador do Zul+ destaca que, hoje em dia, há um número bem maior de possibilidades para tentar, ao menos, aliviar essa dor. "No caso do Zul+, por exemplo, por meio do próprio aplicativo é possível pagar o IPVA com desconto à vista; parcelar em até 12 parcelas no cartão de crédito ou mesmo unificar o saldo do IPVA, do licenciamento e de eventuais multas, parcelando tudo ou quitando na hora, com valor menor. As pessoas não ficam mais sujeitas às regras que são impostas pelos departamentos de trânsito", enfatizou.

Para tanto, basta fazer um simples cadastro e você já consegue saber o valor a ser pago e, no próprio App, imediatamente resolver a situação. As datas de pagamento, prazos e demais informações pertinentes ficam todas registradas na plataforma, que ainda emite alertas em relação aos vencimentos, para ninguém esquecer, e ainda ajuda a organizar os documentos, boletos, comprovantes e demais registros, todos digitalizados.

Uma dica, portanto, que pode ser valiosa a quem deseja começar o ano com menos preocupações e, principalmente, as contas em dia!

Geral: SP vai produzir remédio à base de maconha para distribuição no SUS

    EBC


Radiografia da Notícia

* A Furp é um laboratório estatal paulista, também responsável pela produção do coquetel AntiAids

O desenvolvimento do óleo de canabidiol será feito pela Furp (Fundação para o Remédio Popular), que prevê aprovação da Anvisa em até três anos

Redação/Hourpress

O governo de São Paulo vai desenvolver estudos para a fabricação de remédios à base de maconha visando o atendimento a pacientes do SUS a partir do ano que vem. O desenvolvimento do óleo de canabidiol será feito pela Furp (Fundação para o Remédio Popular), que prevê aprovação da Anvisa em até três anos.

A Furp é um laboratório estatal paulista, também responsável pela produção do coquetel AntiAids, além de outros medicamentos que são distribuídos na rede pública de saúde, inclusive de diversas cidades brasileiras. A fabricação ocorre na matriz, em Guarulhos, Grande SP, e também no Interior de SP, em Américo Brasiliense. 

Geral: veterinário dá dicas para proteger Pets durante queima de fogos

    Divulgação


Radiografia da Notícia

Especialista explica reações dos animais e orienta como amenizar o pânico e transtornos causados pelas explosões

* Com reações variadas, que vão desde a aceleração dos batimentos cardíacos até crises de pânico

 Colocar um pouco de algodão nos ouvidos dos animais pode ajudar a diminuir o som

Redação/Houpress

A queima de fogos de artifício, marca registrada do Ano Novo, se transforma em pavor para cães e gatos. Essa é uma preocupação para os tutores de pets, visto que a prática comemorativa é prejudicial para a saúde dos animais, com reações variadas, que vão desde a aceleração dos batimentos cardíacos até crises de pânico. Apesar da legislação de cidades proibirem a comercialização e o uso de fogos de artifício com estampidos, não é incomum observarmos o uso destes. 
 
Com os sentidos aguçados, o barulho dos fogos é recebido de modo inesperado e muito mais alto para os pets, principalmente para os cães. Para amenizar o pânico nesse período festivo, o professor de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília (Ceub), Bruno Alvarenga recomenda algumas condutas preventivas.
 
Confira as dicas para proteger os animais dos sons dos fogos:
 
1. Ambiente confortável: criar um ambiente que minimize o impacto dos fogos é fundamental. Isso pode incluir deixar a televisão ou rádio ligados para competir com os estampidos;
 
2. Proteção auditiva: colocar um pouco de algodão nos ouvidos dos animais pode ajudar a diminuir o som;
 
3. Acolhimento: manter os pets no colo ou abraçados pode proporcionar uma sensação de segurança enquanto são acariciados;
 
4. Abrigo seguro: preparar um abrigo com toalhas ou mantas no local em que o pet costuma se esconder pode ser reconfortante;
 
5. Espaço silencioso: colocar os animais em um cômodo onde o som externo seja abafado, preparando um espaço acolchoado e onde possam se esconder;
 
6. Procure um veterinário: consultar um médico veterinário sobre a possibilidade de terapias ansiolíticas fitoterápicas ou alopáticas pode ser útil para alguns animais. 
 
Graves consequências
O veterinário do Ceub destaca que o medo e estresse sonoro dos fogos podem resultar consequências que vão desde o óbito de aves e animais cardiopatas, crises epilépticas, desequilíbrios em animais com distúrbios comportamentais, a problemas gastrointestinais, como vômitos, diarreia e perda de apetite, além da redução no consumo de água, podendo levar a danos renais e infecções urinárias, e do comportamento de fuga. “Não há uma conduta soberana para todos os indivíduos, podendo ser suficiente uma ou a combinação das sugestões apresentadas. Cada animal se comporta de uma forma quando exposto aos sons dos fogos, de acordo com histórico e condição médica própria”, finalizou o especialista.


Túnel do Tempo: Criação do ministério da Agricultura

    EBC


Redação/Hourpress

Em 29 de dezembro de 1902 era criado o ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Brasil. 

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Crônica: Castigo do comilão


Arquivo Hourpress


Bem estratégico ficava próximo à churrasqueira com a desculpa de fiscalizar a qualidade do churrasco

Astrogildo Magno

Firmino era bom de garfo. Comia muito. Mas para desespero dos fãs de academia, para espantar o ganho de peso, ele não engordava. Podia traçar feijoada, torresmo de rolo e até mesmo caldo de mocotó. O seu corpo não ganhava nenhum grama de gordura. Nas churrascarias provocava estrago, visto que demorava para entrar em recesso.

A fama de comilão já havia grudado em seu nome. Na empresa onde trabalhou até se aposentar, na região da Paulista, todos lembrava dele nas festas de final de ano. Bem estratégico ficava próximo à churrasqueira com a desculpa de fiscalizar a qualidade do churrasco que seria servido e enchia o prato a todo instante.

Canja

Em sua casa, os dois filhos já adultos e casados não herdaram a qualidade de Firmino. Ambos nunca enchiam os pratos nos almoços em família, principalmente no final de ano. O que sobrava, desde panetone a doce de pavê, Firmino não deixava para o dia seguinte. Fazia o pente fino na cozinha.

Mas de repente ele começou a sentir que algo estava funcionando errado em seu corpo. Às vezes sentia tonturas, pontadas no peito. Principalmente após digerir alimentos gordurosos. Passou a andar com medicamentos para espantar o mal estar. Porém, teve uma tarde que foi ao hospital. Ali, o médico o examinou e decretou: “senhor Firmino, neste final de ano a sua dieta será canja de galinha e mais nada.....”

Astrogildo Magno é cronista