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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Variedades: 5ª Mostra Ecofalante divulga programação do evento



Redação

Em 15 de junho, a Mostra chega às salas de cinema

PROGRAMAÇÃO

O Céu e a Geleira (Dir.: Luc Jacquet, França, 89’, 2015)

 

Luc Jacquet traz às telas a história de Claude Lorius, que se lançou a estudar o gelo antártico em 1957. Ele nos conta sobre a história da Terra e sobre nosso futuro, um futuro intrinsecamente ligado ao impacto da humanidade no planeta. Em imagens granuladas de filmes antigos, encontramos Claude como pesquisador júnior nas primeiras missões ao vasto deserto antártico. A história da glaciologia ganha vida nas paisagens de tirar o fôlego e nas emoções evocadas. Os arquivos se entrelaçam com imagens de Claude hoje, retornando à Antártica e ao seu próprio passado. Uma aventura científica única e profundamente humana.
Quarta-feira, 15 de junho, às 20h30 no Reserva Cultural
Terça-feira, 21 de junho, às 19h no Centro Cultural São Paulo
Quarta-feira, 29 de junho, às 15h no Reserva Cultural

Jaci: Sete Pecados de uma Obra Amazônica (Dir.: Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros, Brasil, 102’, 2014)
Em 2011, uma greve geral suspendeu a maior obra em construção no Brasil. Uma pequena cidade na Amazônia é radicalmente transformada depois do início da construção de uma hidrelétrica e a chegada de 20 mil trabalhadores. Durante quatro anos, a equipe do filme visitou essa remota região do Brasil, coletando histórias de conflito, solidão, pressão, medo e corações partidos.
Quinta-feira, 16 junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo
Domingo, 19 de junho, às 18h na Biblioteca Mário de Andrade
Quarta-feira, 22 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

A Lebre e a Semente (Dir.: Els Dietvorst, Bélgica-Irlanda, 53’, 2014)
Em um mundo em que opiniões mesquinhas, histeria e sentimentalismo se tornaram a norma e onde a humanidade, guiada pelo neoliberalismo, rapidamente perde de vista o caminho para a felicidade, este filme é uma lufada de ar fresco. Elementos ficcionais e autobiográficos se mesclam em um conto lírico que leva ao espectador um universo de beleza, morte e ruína. A autora e diretora Els Dietvorst expõe a realidade crua de um ano chuvoso que leva um agricultor ao desespero. Em um cenário atemporal no interior da Irlanda, uma parábola contemporânea se desenrola, tão encantadora quanto contestadora.

O Arquipélago (Dir.: Benjamin Huguet, Reino Unido, 41’, 2015)
As Ilhas Faroé, um remoto conjunto de ilhas incrivelmente belas, abrigam uma comunidade em transição. Conectada simultaneamente ao mundo moderno e suas tecnologias e à natureza, segundo a tradição de gerações. Por séculos, os faroeses viveram orgulhosamente dos recursos naturais disponíveis, o que inclui a caça às baleias. Esta prática controversa está há tempos na mira da sociedade ocidental e agora a ONG internacional Sea Shepherd anuncia sua maior campanha contra a caça de baleias. O embate entre duas posições ecológicas opostas pode mudar a vida do arquipélago para sempre.
Quinta-feira, 16 de junho, às 15h30 no Reserva Cultura
Sexta-feira, 24 de junho, às 18h30 no Reserva Cultural
Domingo, 26 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo

Desculpe Pelo Transtorno: A História do Bar do Chico (Dir: Todd Southgate, Brasil, 80’, 2015)
O documentário conta a história de um pescador cujo pequeno bar à beira-mar se tornou o “marco zero” na batalha de uma comunidade contra o desenvolvimento urbano desenfreado na região e contra os poderosos interesses políticos da especulação imobiliária.
Quinta-feira, 16 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo
Domingo, 19 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes
Sábado, 25 de junho, às 18h na Biblioteca Mário de Andrade

Travessia, Muita Vida Após a Balsa (Dir.: Ana Paula Moreira, Brasil, 14’, 2015)
O filme é composto por relatos e estórias de vidas que são atravessadas diariamente por um meio de transporte peculiar em plena Grande São Paulo — a Balsa João Basso, de São Bernardo do Campo.

2000 e Água (Dir.: Luiza Guerra, Brasil 3’, 2014)
O filme retrata o complexo ciclo da água em uma região violentamente urbanizada. Não o ciclo natural, que todos aprendem nas escolas, mas o ciclo social, que envolve desigualdade, poluição, consumo e desperdício.

Verde Chorume (Dir.: Roberta Bonoldi, Brasil, 12’, 2015)
Um dia que começa com o comércio numa rua popular e termina num aterro não muito longe dali. Vendedores, carroceiros, consumidores e garis são alguns dos agentes da epopeia que acontece entre o consumo e o descarte.

Renascer (Dir.: Leandro Cordeiro, Brasil, 7’, 2015)
No interior do Paraná, um grupo de jovens agricultores cria um projeto de proteção de nascentes de água, tornando uma ação simples em uma esperança no futuro da consciência da preservação ambiental.

Triste Baía (Dir.: Gisele Motta, Brasil, 13’, 2015)
A Baía de Guanabara passou por diversas tentativas de despoluição ao longo das décadas. Por que, então, ela ainda está tão degradada? O filme aborda a complexidade do tema dando voz aqueles que convivem com a questão diariamente
Quinta-feira, 16 de junho, às 17h30 na Biblioteca Mário de Andrade
Quinta-feira, 23 de junho, às 17h no Cine Olido
Quarta-feira, 29 de junho, às 18h no Reserva Cultural – Sessão seguida de debate

Jornada do Moken (Dir.: Runar Jarle Wiik, Noruega, 89', 2014)

Hook é um dos últimos nômades do mar, ele cresceu no Kabang (embarcação à vela tradicional) da família, tendo o oceano como seu universo. Mas hoje esse modo de vida indígena está sob ameaça. Seu povo nunca obteve cidadania nacional e não tem nenhum direito legal. Agora, está proibido de derrubar a árvore necessária para construir seu Kabang - a chave para sua vida e legado. O filme acompanha Hook em uma jornada no coração do território Moken, ao largo da costa de Myanmar, para salvar o que resta de sua cultura.

Quinta-feira, 16 de junho, às 17h30 no Reserva Cultural

Quinta-feira, 23 de junho, às 16h30 no Reserva Cultural

Domingo, 26 de junho, às 19h na Biblioteca Mário de Andrade

 

Uma Verdade Inconveniente (Dir.: Davis Guggenheim, EUA, 96’, 2006)

O filme é um olhar apaixonado e inspirador à fervente cruzada do ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore, para interromper o progresso fatal do aquecimento global ao expor os mitos e equívocos que circundam o assunto. Em um retrato íntimo de Gore e seu “show itinerante sobre o aquecimento global”, Gore vai a mídia como nunca antes: divertido, envolvente, aberto e com a intenção de alertar os cidadãos a esta "emergência planetária", antes que seja tarde demais.

Quinta-feira, 16 de junho, às 19h na Biblioteca Mário de Andrade

 

Ameaçados (Dir.: Julia Mariano, Brasil, 22’, 2014)

No Brasil profundo, onde lei e justiça dependem de nome e sobrenome, disputas de propriedade se tornam questão de vida ou morte. O filme mostra pequenos agricultores do sul e sudeste do Pará e sua luta por um pedaço de terra para plantar e viver.

Índios no Poder (Dir.: Rodrigo Arareju, Brasil, 21’, 2015)

Mario Juruna, único índio parlamentar na história do País, não consegue se reeleger para a Constituinte (1987/88). Sem representante no Congresso Nacional desde a redemocratização, as nações indígenas sofrem ataques aos seus direitos constitucionais por parte da bancada ruralista.


Fora de Campo (Dir.: Hugo Gimenez, Paraguai, 50’, 2014)

O filme narra a volta ao lugar onde recentemente houve um massacre no campo paraguaio. A tragédia de Curuguaty, que culminou com a deposição do então presidente Fernando Lugo, é mais um episódio da luta camponesa pela terra. Uma viagem entre a experiência e a memória dos que sobreviveram, evidenciando os limites da imagem em expressar a totalidade de seu significado.

Quinta-feira, 16 de junho, às 19h no Centro Cultural São Paulo

Quinta-feira, 16 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

Quinta-feira, 23 de junho, às 15h no Cine Olido

 

O Mundo do Silêncio (Dir.: Jacques-Yves Cousteau e Louis Malle, França, 86', 1956)

Do Mediterrâneo ao oceano Índico, passando pelo Mar Vermelho, o comandante Cousteau e sua equipe fazem-nos descobrir, pela primeira vez em cores, as misteriosas belezas do mundo submarino. Exploração de barcos naufragados, de jardins de corais, de bancos de cachalotes e de golfinhos, banhando-se em meio aos tubarões; os mergulhadores da Calipso nos arrastam até um universo espantoso em que a flora arborescente nunca floresce, mas onde a fauna se reveste das mais maravilhosas cores encontradas em nossas flores terrestres. O filme, fruto da colaboração de Cousteau com Louis Malle, marcou para sempre o mundo do documentário com imagens submarinas excepcionais.

Quinta-feira, 16 de junho, às 19h30 na Cinemateca Brasileira

Sábado, 25 de junho, às 17h na Cinemateca Brasileira

 

Não Posso te Dar Minha Floresta (Dir.: Nandan Saxena e Kavita Bahl. Índia, 45’, 2015)

A quem pertence à floresta? No mundo atual, governantes eleitos democraticamente não hesitam em privar cidadãos de seus direitos, convertendo-os em refugiados na própria terra. Enquanto florestas desaparecem, minas tomam seu lugar e rios são envenenados, um mundo indiferente finge que não vê. No olho deste furacão de autodestruição estão pessoas que vivem em comunhão com a natureza. Os Kondh são um povo originário da floresta de Niyamgiri, que sofre ataques por seus minerais. Um modo de vida está ameaçado. E contra a usurpação dos bens comuns, a filosofia deste povo dá um contraponto ao discurso dominante.


Para Onde Foram as Andorinhas? (Dir.: Mari Corrêa, Brasil, 22’, 2015)

O filme capta de forma sensível e explícita como os povos habitantes do Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, estão percebendo e sofrendo cotidianamente os impactos das mudanças climáticas, do intenso uso de agrotóxicos e do desmatamento desenfreado.

Quinta-feira, 16 de junho, às 19h30 no Reserva Cultural – Sessão seguida de debate

Quarta-feira, 22 de junho, às 17h30 na Biblioteca Mário de Andrade

Sábado, 25 de junho, às 15h no Reserva Cultural

 

Mor-Vran, o Mar dos Corvos (Dir.: Jean Epstein, França, 25’, 1930)

Documentário filmado na ilha de Sein em 1930, quatro anos antes de Flaherty filmar “O homem de Aran” a apenas alguns quilômentros dali. O filme capta a estreita relação entre o homem e a natureza nesta pequena ilha com mais de duzentos habitantes e três cemitérios. Esta obra de Epstein foi definida por Henri Langlois, fundador da Cinemateca Francesa, como “um dos mais belos documentários da história do cinema francês, um verdadeiro poema sobre a Bretanha e o mar”. Epstein cria uma atmosfera sombria e revela as cicatrizes que o deixam na costa da Bretanha.


O Fazedor de Tempestade (Dir.: Jean Epstein, França, 22’, 1947)

Belíssimo filme sobre a mulher de um pescador que vê em alguns fatos sinais de mau agouro. De fato, uma tempestade se aproxima ao mesmo tempo que seu marido parte para o mar. Ela então procura um místico, o mestre das tempestades, que tem o poder de apaziguar as águas. Juntamente com "Pescadores de Sargaços", "O ouro dos mares" e "Mor­Vran, O Mar dos Corvos", o filme forma a tetralogia das obras de Epstein dedicados ao mar e aos pescadores.


Somente as Horas (Dir.: Alberto Cavalcanti, França, 45’, 1926)

Em meio a registros, documentais e encenados, de um dia na vida de Paris, desde o amanhecer, desenrola­se o drama de quatro personagens ­ uma velha mendiga, uma vendedora de flores, uma prostituta e seu rufião ­ que culmina com a morte da mendiga na sarjeta e o assassinato da florista. Rien que les heures foi um dos primeiros filmes do gênero "sinfonia das cidades”, posteriormente seguido por Berlim, sinfonia da metrópole (1927), de Walter Ruttmann, Um homem com uma câmera (1929), de Dziga Vertov e Chuva (1929), de Joris Ivens.

Quinta-feira, 16 de junho, às 21h15 na Cinemateca Brasileira

Domingo, 26 de junho, às 16h na Cinemateca Brasileira

 

Monções (Dir.: Sturna Gunnarsson, Canadá-França, 106’, 2014)

O assunto é monções, o incomparavelmente vasto sistema climático sazonal que permeia e unifica a imensa e variada cultura da Índia, moldando as condições de existência de seus mais de um bilhão de habitantes. Uma viagem cinematográfica a uma terra onde a natureza, a ciência, a fé e a maravilha convergem em uma das paisagens mais impressionantes do mundo. Um filme que capta o eterno e rico drama humano do envolvimento com a natureza.

Quinta-feira, 16 de junho, às 22h no Reserva Cultural

Sexta-feira, 24 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo

Sábado, 25 de junho, às 16h30 no Reserva Cultural

 

(R)Evoluções Invisíveis (Dir.: Philippe Borrel, França, 84’, 2014)

Em sociedades baseadas no imediatismo, nas quais viver em alta velocidade tornou-se a norma, algumas pessoas decidiram dar as costas à aceleração da vida e tentam retardar tal movimento que parece destinado à catástrofe ecológica, econômica e social. Iniciativas individuais e coletivas surgem em todo o mundo, testando alternativas locais e concretas, em busca de uma vida melhor e criando novos paradigmas.

Sexta-feira, 17 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo

Quarta-feira, 22 de junho, às 22h no Reserva Cultural

Terça-feira, 28 de junho, às 15h30 no Reserva Cultural

 

Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade (Dir.: Kip Anderson e Keegan Kuhn, EUA, 90’, 2014)

A pecuária é responsável pela emissão de mais gases que causam o efeito estufa do que a indústria de transportes, além de causar uma destruição inimaginável dos recursos naturais e dos ecossistemas. Ainda assim, prospera praticamente sem oposição. Este documentário revelador acompanha Kip Andersen em sua descoberta sobre a indústria mais destrutiva do planeta hoje e investiga por que as maiores organizações ambientais do mundo têm muito medo de abrir a boca sobre o assunto.

Sexta-feira, 17 de junho, às 15h30 no Reserva Cultural

Quinta-feira, 23 de junho, às 18h30 no Reserva Cultural

Sábado, 25 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo

 

De Volta a Payohán (Dir.: Lucía Flórez e Diego Pérez, Perú, 6’, 2014)

Miguel Ochavano é um xamã da etnia shipibo que vive em Pucallpa, capital de Ucayalli, na Amazônia peruana. Após dois anos distante de sua comunidade nativa de Paoyhán, decide voltar para ver com seus próprios olhos como as inundações causadas pela subida do nível do rio afetaram sua família. Em decorrência das mudanças climáticas, a cada ano as cheias se intensificam nas comunidades ribeirinhas da selva peruana. Essa história conta, por meio da viagem de Miguel e a partir de sua perspectiva espiritual, como estamos nos relacionando uns com os outros.


Quinuera (Dir.: Ariel Soto, Bolívia, 52’, 2014)

O filme é o retrato íntimo de uma família que retorna às raízes de uma terra inexplorada e transformada pela quinoa; um chamado para dialogar com a terra, com a comunidade e com a própria natureza.


No Jile (Dir.: Carolina Dávila, Venezuela, 10’, 2014)

Um ancião que vive em sua terra natal tem que lutar para encontrar água e garantir sua sobrevivência. Atualmente, esta é uma batalha perdida. O ancião precisa abandonar sua terra e tudo o que ela significa para converter-se em refugiado climático. Um curta-metragem sobre o aumento da temperatura, a seca, a perda de cultivos e a migração decorrentes das mudanças climáticas.

Sexta-feira, 17 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo

Terça-feira, 21 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

Sábado, 25 de junho, às 15h no Cine Olido

 

O Encantador Mês de Maio (Dir.: Chris Marker e Pierre Lhomme, França, 156’, 1963)

Durante o mês de maio de 1962, momento em que têm lugar os derradeiros sobressaltos do conflito argelino, Marker e seu diretor de fotografia, Pierre Lhomme, saem às ruas de Paris a fim de realizar um retrato da cidade através de seus habitantes. Os franceses, enfim, começam a se readaptar aos tempos de paz. Marker dá voz a personagens saídos de diferentes classes sociais, entretanto, é uma estranha visão aquela que daí emerge: a de um mundo pouco fraterno, egoisticamente fechado em si mesmo, apegado a valores mesquinhos. Um dos marcos do cinema direto francês.

Sexta-feira, 17 de junho, às 17h na Cinemateca Brasileira

Sábado, 25 de junho, 20h30 na Cinemateca Brasileira

 

Dauna: O que o Rio Leva (Dir.: Mario Crespo, Venezuela, 80’, 2015)

A vida no delta do Orinoco sempre provocou em Dauna uma imensa curiosidade sobre o que há além do rio. Seu talento para aprender línguas e o interesse pelo conhecimento foram incentivados pelo pai desde a infância. Mas sua vocação entra em conflito com as tradições ancestrais de sua cultura, nas quais o lugar e a função da mulher na sociedade são rigidamente definidos, colocando em xeque sua relação com a comunidade e com o mundo. *DIRETOR PRESENTE NA MOSTRA.

Sexta-feira, 17 de junho, às 17h30 na Biblioteca Mário de Andrade

Sábado, 25 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

Domingo, 25 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo

 

Filhos do Mar (Dir.: David Kremer, França, 75’, 2014)

No Mar de Barent, os dias sem noites do verão ártico seguem-se um após o outro. Homens trabalham sem descanso: não importam as condições, a rede deve ser içada dia após dia para que os marinheiros possam descer para a fábrica, selecionar e processar os peixes antes de embalá-los. É definitivamente uma indústria pesada: são de cinco a quinze toneladas de peixe por dia, e o navio não irá voltar antes de completar sua cota. Como pode tal prisão com vista para o mar ter se tornado o lar destes homens e a tripulação, a família deles? Temporada após temporada, o que traz esses homens de volta a esta vida perigosa? Como eles conseguem seguir em frente, juntos?

Sexta-feira, 17 de junho, às 17h30 no Reserva Cultural

Sexta-feira, 24 de junho, às 20h30 no Reserva Cultural

Terça-feira, 28 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo

 

Sanú (Dir.: Teresa Camou, México, 80’, 2015)

Através do olhar de pequenos, médios e grandes produtores de milho no México, o filme costura diferentes histórias sobre um mundo rural ameaçado. Viaja ao coração de um país onde muitos povos alimentam sua determinação de seguir sendo livres, de trabalhar a terra, cultivar suas sementes, viver sua cultura e sua espiritualidade em um mundo moderno que, ao mesmo tempo em que os despreza, necessita deles. *DIRETORA PRESENTE NA MOSTRA.


Sexta-feira, 17 de junho, às 19h na Biblioteca Mário de Andrade

Domingo, 26 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

Terça-feira, 28 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo

 

Seca (Dir.: Maria Augusta Ramos, Brasil, 87’, 2015)

O filme trata de um assunto tão urgente quanto necessário: a escassez de água, observada em uma região do Brasil onde a população convive com o problema de forma aparentemente endêmica. A câmera percorre a região de Pajeú enquanto acompanha um carro-pipa que, associado a um programa do Governo Federal, percorre vários municípios abastecendo a população local com água. O resultado é uma espécie de road movie documental capturado em cinemascope.

Sexta-feira, 17 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

Domingo, 19 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo

Domingo, 26 de junho, às 17h na Biblioteca Mário de Andrade

 

A Revolta dos Yes Men (Dir.: Laura Nix, EUA,91’, 2014)

Há duas décadas, os Yes Men têm encenado farsas ultrajantes e hilariantes com o fim de chamar a atenção internacional para crimes corporativos contra a humanidade e o meio ambiente. Munidos com nada mais que seus ternos e sua falta de vergonha, esses “revolucionários iconoclastas” se infiltram em eventos empresariais e governamentais expondo os perigos de deixar a ganância governar o mundo. Mas, agora, eles se aproximam da meia-idade e, enquanto lutam para se manter inspirados, precisam enfrentar o seu maior desafio: as mudanças climáticas.

Sexta-feira, 17 de junho, às 19h no Centro Cultural São Paulo

Quinta-feira, 23 de junho, às 14h30 no Reserva Cultural

Terça-feira, 28 de junho, às 17h no Reserva Cultural

 

O Verdadeiro Preço (Dir: Andrew Morgan, EUA, 92’, 2015)

Esta é uma história sobre roupas; sobre as roupas que usamos e as pessoas que as produzem, sobre o impacto que essa indústria tem causado no mundo. O preço das roupas tem diminuído há décadas, enquanto o custo humano e ambiental tem crescido dramaticamente. O filme revela o que está por trás da indústria da moda e nos leva a questionar quem realmente paga o preço por nossas roupas.

Sexta-feira, 17 de junho, às 19h no Reserva Cultural – Sessão seguida de debate

Domingo, 19 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo

Segunda-feira, 27 de junho, às 15hno Reserva Cultural

 

Um Animal, Os Animais (Dir.: Nicolas Philibert, França, 57’, 1994)

A galeria de zoologia do Museu Nacional de História Natural esteve fechada ao público desde 1965. Verdadeira arca de Noé, esse museu abrigava exemplos de tudo o que, em nosso planeta, voa, rasteja, nada ou anda. Rodado ao longo de sua renovação, de 1991 a 1994, o filme narra a ressurreição desses estranhos hóspedes e de seu museu. Restaurações de pelagens e plumagens; uma verdadeira renascença.

Sexta-feira, 17 de junho, às 20h na Cinemateca Brasileira

Somingo, 26 de junho, às 19h30 na Cinemateca Brasileira

 

Abidjan, Porto de Pesca (Dir.: Jean Rouch, França-Costa do Marfim, 24’, 1962)

Enquete sobre a pesca marítima tradicional e industrial na Costa do Marfim: pescadores locais em suas minúsculas canoas­mosquito, as grandes canoas dos Fanti, e os barcos bretões e portugueses no porto de Abidjan.


Batalha no Rio Grande (Dir.: Jean Rouch, França-Níger, 35’, 1951)

Considerado a primeira obra­prima de Jean Rouch, o documentário conta a história da grande batalha travada no rio Níger em 1951, entre vinte e um pescadores Sorko e os hipopótamos de Yassane, Baria, Tamoulés e Labbezenga. Narrado pelo próprio diretor sobre um fundo de canções e vozes quase ininterruptas dos Sorko, o filme alia a precisão documentária a um agudo senso de dramaticidade.


Mammy Water (Dir.: Jean Rouch, França-Gana,19’, 1953)

Na costa de Gana, na sombra dos antigos fortes portugueses, situa­se o Golfo da Guiné. Este é o lar dos “surf boys”, experientes pescadores que remam no oceano em grandes e pesadas canoas esculpidas em madeira, que permanecem no mar por até duas noites. Em “Mammy Water”, Jean Rouch retrata os “surf boys” da aldeia costeira de Syama, ao pé do rio Pra. O sucesso da pescaria é resultado da generosidade de Mammy Water, o espírito das águas. Quando a pesca é ruim, os moradores do vilarejo prestam tributos aos espíritos para que sua sorte mude novamente.

Sexta-feira, 17 de junho, às 21h15 na Cinemateca Brasileira

Sábado, 25 de junho, às 19h na Cinemateca Brasileira

 

Doce Mentira (Dir.: Michèle Hozer, Canadá, 91’, 2015)

Como a indústria alimentícia conseguiu que nós deixássemos de nos fazer a pergunta: o açúcar é tóxico? Tudo começou com uma campanha em 1970. Por 40 anos, o negócio do açúcar livrou-se de todas as ameaças a seu império multibilionário enquanto adoçava nossos alimentos. E, ao passo que as taxas de obesidade, diabetes e doenças cardíacas disparam, a indústria faz uso de suas velhas táticas, entoando a antiga máxima: “nós simplesmente comemos demais”. Mas, dessa vez, os críticos estão mais espertos, corajosos e furiosos; a ciência tem recuperado o atraso. Enquanto indústria e ciência duelam, estaríamos nós sentados em uma dieta bomba-relógio?

Sexta-feira, 17 de junho, às 22h no Reserva Cultural

Quinta-feira, 23 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo

Sábado, 25 de junho, às 18h30 no Reserva Cultural

 

Extremos: Viagem à Karukinka (Dir.: Federico Molentino e Juan Manuel Ferraro, Argentina, 27’, 2015)

A Terra do fogo contém um presente de antípodas, de polaridades, de extremos. Suas paisagens, a flora e o contraste com a cidade em constante crescimento, oferecem a si mesmos como pano de fundo para projetar imagens da comunidade selk’nam, fazendo conviver passado e presente em um mesmo tempo narrativo.


Terra Instável (Dir.: Tiziana Panizza, Chile, 34’, 2014)

Depois de um terremoto, o esquecimento é questão de sobrevivência e a câmera, ao invés de registrar a destruição, deveria registrar o que ainda resta de pé, pois são as reminiscências que desaparecerão da próxima vez. O filme é uma viagem pelo perímetro de um epicentro em busca do humano sísmico, essa espécie de nação repartida, espalhada pelo mundo, que habita as bordas das placas tectônicas e carece de nativos.


Verde sobre Negro (Dir.: Laura Mastantuono, Argentina, 10’, 2014)

Ao longo dos últimos anos, a estação florestal de Claromecó sofre constantemente com a ameaça de incêndios, mas nenhum tão devastador quanto o ocorrido em janeiro de 2014. Em menos de uma hora, o fogo havia afetado 70% do Parque, deixando um saldo de 50% de destruição até que finalmente fosse apagado. Depois da devastação, chega o tempo de agir e, enquanto os diferentes atores sociais planejam uma estratégia, as plantas, pouco a pouco, renascem sozinhas. O que podemos aprender com a natureza e seus processos de regeneração?


Sábado, 18 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo

Segunda-feira, 27 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

Terça-feira, 28 de junho, às 15h no Cine Olido

 

No Limite da Antártica (Dir.: Dena Seidel, EUA, 72’, 2015)

Em 2014, os cientistas declararam o degelo da Antártida Ocidental irrefreável, o que ameaçará a vida de milhões de pessoas ao longo do próximo século. O filme acompanha uma equipe de cientistas que escolheu viver em alto mar em uma corrida para compreender as mudanças climáticas no local da Terra que mais rapidamente sofre com o aquecimento. Enquanto viajam pela perigosa e desconhecida paisagem da península antártica, eles testam os limites de sua pesquisa e lidam com os sacrifícios necessários para entender um planeta em rápida transformação.

Sábado, 18 de junho, às 15h30 no Reserva Cultural

Sexta-feira, 24 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo

Segunda-feira, 27 de junho, às 20h30 no Reserva Cultural

 

Agricultura Tamanho Família (Dir.: Sílvio Tendler, Brasil, 59’, 2014­)

No Brasil, dos quase 5 milhões de estabelecimentos rurais, 4,5 milhões são ocupados por outro tipo de agricultura: a agricultura familiar, que utiliza estratégias de produção que respeitam o meio ambiente e é responsável pela produção da maior parte do alimento que chega à mesa dos brasileiros. O filme mostra as diversas formas de agricultura familiar e o quanto esse modelo de produção agrícola cria e movimenta a cultura, a produção econômica, as relações sociais e inclusive os afetos no interior do País.

Sucata (Dir.: Walter Tournier, Uruguai, 5’, 2015)

Memórias de vida em um mundo apocalíptico.

Sábado, 18 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo

Quinta-feira, 23 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

Sexta-feira, 24 de junho, às 15h no Cine Olido

 

Microcosmos (Dir.: Claude Nuridsany e Marie Pérennou, França-Suíça-Itália, 80’, 1996)

Um belo registro daquilo que nossos olhos não conseguem ver. Com o uso das tecnologias mais avançadas para a época e dos mais incríveis close-ups, slow motion e fotografia em time-lapse, o espectador é conduzido a uma viagem pela natureza microscópica. Acompanhamos o ciclo da vida de insetos e outros pequenos seres invertebrados na luta pela sobrevivência, por alimento e em sua relação com o meio ambiente.

Sábado, 18 de junho, às 17h15 na Cinemateca Brasileira

Domingo, 26 de junho, às 18h na Cinemateca Brasileira

 

Sementes do Tempo (Dir.: Sandy McLeod, EUA, 77’, 2015)

Há 10 mil anos, ocorreu a maior revolução da história da humanidade: nos tornamos agrários. Mas, enquanto a produção em larga escala aumentou, a diversidade diminuiu drasticamente. E agora as lavouras precisam lidar com um novo desafio: as mudanças climáticas, que já destroem cultivos e afetam agricultores em todo o mundo. O especialista em biodiversidade, Cary Fowler, se propõe a desenvolver o primeiro banco de sementes mundial - uma coleção em escala jamais vista. Com pouco tempo a perder, Fowler embarca em uma jornada para salvar um recurso sem o qual não podemos viver: nossas sementes.

Sábado, 18 de junho, às 17h30 no Reserva Cultural

Sábado, 25 de junho, às 20h na Biblioteca Mário de Andrade

Sábado,25 de junho, às 20h30 no Reserva Cultural

 

Água e Cooperação: Reflexões para um Novo Tempo (Dir.: João Amorim, Brasil, 52’, 2014)

O filme propõe um olhar interdisciplinar para a água, apontando caminhos para uma relação mais cooperativa e sustentável com este elemento que é a base da vida em todo o planeta.

Cultivando Água Boa (Dir.: Fábio Canhete, Brasil, 7’, 2015)

Uma prática ambiental adotada no oeste do Paraná que foireconhecida pela ONU com o prêmio “Água: Fonte Para Vida - 2015” e hoje serve de exemplo para replicação em todo o mundo.

Sábado, 18 de junho, às 18h na Biblioteca Mário de Andrade

 

Castillo e el Armando (Dir.: Pedro Harres,Brasil, 13’, 2014)

Castillo é um jovem estivador em alguma praia perdida entre o Brasil e o Uruguai. Divide o tempo entre os tapetes que tem que carregar, a família e uma vara de pesca no pier. Em uma noite de ventania, encontra sua própria brutalidade na linha do anzol.


Feito Torto pra Ficar Direito (Dir.: Bhig Villas Bôas, Brasil, 53’, 2014)

Grande parte do patrimônio naval da humanidade está representado nos barcos tradicionais brasileiros. O filme revela o saber náutico de nossos mestres carpinteiros anônimos, apresenta seus estaleiros artesanais, as comunidades originais onde este saber foi passado de geração em geração e, ainda, as dificuldades encontradas por estes artesãos ao darem continuidade à prática hoje.


Ninguém Nasce no Paraíso (Dir.: Alan Schvarsberg, Brasil, 25’, 2015)

No paraíso da ilha de Fernando de Noronha, espécies em extinção, como a tartaruga marinha, que sempre retorna ao local onde nasceu para depositar os ovos, encontram abrigo e políticas de preservação. Em contrapartida, ali a espécie humana está em vias de extinção pela atual proibição dos nascimentos na ilha. Assim que completam sete meses de gravidez, as mulheres são forçadas a deixar suas casas rumo a Recife.

Sábado, 18 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

Terça-feira, 21 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo

Domingo, 26 de junho, às 14h no Cine Olido

 

Isolados (Dir.: Marcela Lizcano, Colômbia-Equador-México, 73’, 2015)

Uma ilhota no Caribe colombiano habitada por 540 pessoas em 97 casas sofre as mesmas consequências provocadas pelo crescimento desenfreado de populações humanas. A chegada da modernidade e uma ameaça iminente de desalojamento faz com que a comunidade comece a se organizar para reivindicar o direito a permanecer na ilha. O filme nos faz refletir sobre nosso papel como humanos e nossas responsabilidades com nosso entorno, convertendo a ilha em uma metáfora do mundo.*DIRETORA PRESENTE NA MOSTRA.

Sábado, 18 de junho, às 19h no Centro Cultural São Paulo

Domingo, 19 de junho, às 20h na Biblioteca Mário de Andrade

Terça-feira, 28 de junho, às 19h no Caixa Belas Artes

 

Assassinos de Água Doce (Dir.: Jean Painleve, França, 25’, 1947)

O Vampiro (Dir.: Jean Painlev, França, 9’, 1939)

Cavalo-Marinho (Dir.: Jean Painleve, 13’, 1933)

Ouriços do Mar (Dir.: Jean Painleve, França, 11’, 1954)

Cineasta e biólogo, Jean Painlevé foi um pioneiro em todos os sentidos. Para filmar debaixo d’água, ele inventou dispositivos inovadores e foi um dos primeiros a captar esse tipo de imagem. Seus documentários frequentavam os cineclubes e salas especializadas avant­gardistas dos anos 1920. Entre as centenas de filmes do diretor, destacamos neste programa quatro curtas­-metragens que combinam extrema beleza, inspiração surrealista e narração bem­ humorada.

Sábado, 18 de junho, às 19h na Cinemateca Brasileira

Quinta-feira, 23 de junho, às 19h na Cinemateca Brasileira

 

O Mercado da Dúvida (Dir.: Robert Kenner, EUA, 96’, 2014)

Inspirado no aclamado livro Merchants of Doubt (O Mercado da Dúvida) de Naomi Oreskes e Erik Conway, o filme mostra um grupo secreto de especialistas de aluguel extremamente carismáticos e eloquentes. Eles se apresentam na mídia como autoridades científicas, mas seu único objetivo é propagar a máxima confusão sobre assuntos relacionados à ameaças públicas, desde produtos químicos tóxicos à indústria farmacêutica e às mudanças climáticas.

Sábado, 18 de junho, às 19h no Reserva Cultural – Sessão seguida de debate

Quinta-feira, 23 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo

Domingo, 26 de junho, às 14h30 no Reserva Cultural

 

Ecumenópolis: A Cidade Sem Limites (Dir.: Imre Azem, Turquia-Alemanha, 93’, 2011)

 

O filme conta a história de Istambul e outras megacidades em um caminho neoliberal em direção à destruição. Ele acompanha a história de uma família migrante da demolição de seu bairro à sua luta contínua pelo direito à moradia.
Sábado,18 de junho, às 20h na Biblioteca Mário de Andrade

O Salário do Medo (Dir.: Henri-Georges Clouzot, França-Itália, 148’, 1953)
Quatro homens desempregados e miseráveis que vivem em condições quase desumanas em um pequeno vilarejo da Guatemala aceitam uma perigosa e desafiadora missão: transportar uma carga altamente explosiva de nitroglicerina em caminhões sem nenhuma estrutura ao longo de estradas em péssimas condições.
Sábado, 18 de junho, às 20h30 na Cinemateca Brasileira
Quinta-feira, 23 de junho, às 20h30 na Cinemateca Brasileira

Isso Muda Tudo (Dir.: Avi Lewis, EUA-Canadá, 89’, 2015)
Inspirado no bestseller de Naomi Klein “This Changes Everything” (Isso Muda Tudo), o filme apresenta impressionantes retratos de comunidades na linha de frente, das terras indígenas estadunidenses ao Canadá das Tar Sands, da índia e Europa, ameaçadas pela mineração à China poluída. Ao longo do filme, Klein constrói sua tese mais controversa e emocionante: podemos aproveitar a crise causada pelas mudanças climáticas para transformar nosso sistema econômico falido em algo radicalmente melhor. Provocante, atraente e acessível, este filme vai te deixar revigorado e inspirado.
Sábado, 18 de junho, às 22h no Reserva Cultural
Sexta-feira, 24 de junho, às 16h30 no Reserva Cultural
Quarta-feira, 29 de junho, às 19h no Cine Olido

Conflito Interno (Dir.: Ryley Grunenwald, África do Sul, 90’, 2014)
No território de Amadiba, na deslumbrante costa da África do Sul, o povo Pondo mantém seu modo de vida tradicional há séculos. Lá, Nonhle, uma jovem guia turística, tem lutado para preservar sua cultura. Seu primo Madiba, no entanto, um empreendedor local e modernizador autoproclamado, tem dado total apoio a uma proposta de mineração de titânio e ao controverso plano governamental de construir uma estrada, com cobrança de pedágio, que atravesse o território dos Pondo. Enquanto o presidente da África do Sul depõe a família real Pondo, que é pró-meio-ambiente, Nonhle tenta organizar seu povo contando apenas com a própria obstinada determinação.
Domingo, 19 de junho, às 15h30 no Reserva Cultural
Quarta-feira, 22 de junho, às 17h no Centro Cultural São Paulo
Domingo, 26 de junho, às 22h no Reserva Cultural

Calcutá (Dir.: Louis Malle, França, 100’, 1969)
Em 1967, Louis Malle passa quatro meses na Índia cruzando o território de norte a sul com uma câmera 16mm Éclaire, captando imagens de um país que lhe era completamente desconhecido. “Era um mundo que nos escapava completamente”, dirá depois o diretor, “A Índia perturba enormemente o espírito ocidental, compreendemos dela tão pouco…”. O filme é também a primeira experiência de Louis Malle com som direto, levada às últimas consequências ao fazer toda a captação de áudio de maneira sincrônica à captação das imagens. O resultado é uma paisagem sonora tão autêntica quanto tangível e ensurdecedora, parte do retrato de uma cidade terceiro-mundista desordenada e caótica, tão exótica aos olhos europeus.
Domingo, 19 de junho, às 16h na Cinemateca Brasileira
Sexta-feira, 24 de junho, às 21h na Cinemateca Brasileira

Colheita Negra (Dir.: Jean-Louis Schuller e Sean Clark, Luxemburgo, 83’, 2015)
A Dakota do Norte tem passado por um boom de extração de petróleo nos últimos dez anos devido à nova tecnologia de fracking, ou fraturamento hidráulico, o que trouxe mudanças drásticas, tanto individuais quanto sociais. Os moradores locais veem seu modo de vida desaparecendo, enquanto os recém-chegados somam-se a essa já superlotada região em busca de trabalho e melhor qualidade de vida. O futuro é incerto para John Heiser, um antigo morador e testemunha desgostosa dessa “corrida do ouro” dos tempos modernos, e para Doug Wenner, atingido pela crise econômica, e que talvez encontre aqui uma inesperada ocasião para a redenção.

Terra Branca (Dir.: J. Christian Jensen, EUA, 19’, 2014)
Com um terrível inverno de Dakota do Norte como pano de fundo, o filme é um conto sobre o boom de petróleo que tem atraído para essa região milhares de estadunidenses em busca de trabalho. Contado através da perspectiva de três crianças e uma mãe imigrante cujas vidas foram influenciadas pelo boom petroleiro, as história se entrelaçam e mergulham em temas como inocência, lar e o sonho americano.
Sábado, 19 de junho, às 17h30 no Reserva Cultural
Quarta-feira, 22 de junho, às 19h no Centro Cultural São Paulo
Segunda-feira, 27 de junho, às 18h30 no Reserva Cultural

Meu Tio (Dir.: Jacques Tati, França, 110’, 1958)
O senhor e a senhora Arpel têm uma casa incrivelmente funcional em um bairro muito bem localizado. Infelizmente, a sra. Arpel também tem um irmão, o sr. Hulot, que a impede não menos incrivelmente de progredir. Hulot, por outro lado, tem um excessivo amor pelos cães, de preferência os de rua. Isso não seria muito grave se o filho dos Arpel, Gerard, não tendesse a imitar o tio, demonstrando, como ele, uma clara aversão às belezas industriais. Por fim, após tentativas frustradas de fazer Hulot ser contratado em sua fábrica ou se casar com sua vizinha esnobe, o sr. Arpel, com ciúmes, consegue afastá-­lo.
Domingo, 19 de junho, às 18h na Cinemateca Brasileira
Sexta-feira, 24 de junho, às 17h na Cinemateca Brasileira

O Conto da Tundra (Dir.: René Harder, Alemanha-Noruega, 82’, 2013)
Longe, no extremo noroeste da tundra russa, se encontra a pitoresca vila de Krasnoschchelye. Seus habitantes, o povo originário Sámi, vivem da antiga tradição de criação de renas. Mas há planos para evacuar a vila e empresas internacionais têm demonstrado interesse em explorar as matérias-primas da tundra, pondo em perigo suas pastagens. Agora, pela primeira vez, o povo russo Sámi une forças para salvar sua terra e sua herança cultural.
Domingo, 19 de junho, às 19h no Centro Cultural São Paulo
Quarta-feira, 22 de junho, às 20h30 no Reserva Cultural
Sexta-feira, 24 de junho, às 15h no Reserva Cultural

Depois do Desastre (Dir.: Jon Bowermaster, EUA, 62’, 2015)
O furacão Katrina provocou consequências devastadoras na costa de Louisiana. O desastre do Golfo do México, o pior desastre ecológico da história estadunidense, acelerou as perdas e teve um impacto duradouro. Mas estas sequer são as piores ameaças à costa da Louisiana, mas sim o fato de o próprio estado estar rapidamente desaparecendo.
Domingo, 19 de junho, às 19h30 no Reserva Cultural – Sessão seguida de debate
Quarta-feira, 22 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo
Sábado, 25 de junho, às 22h no Reserva Cultural

O Diabo, Provavelmente (Dir.: Robert Bresson, França, 95’, 1977)
O penúltimo filme de Robert Bresson aparece num momento extremamente relevante: os anos 70, um período de avanço nos debates sobre a preservação do meio-ambiente e de expansão do movimento ambientalista no mundo ocidental. Apesar disso, em 1977 Bresson é um dos primeiros diretores franceses a tratar diretamente do assunto, lançando sobre ele um ponto de vista um tanto pessimista. Charles, o personagem principal, é um jovem deslocado no mundo, que encarna em si todo o ceticismo, descrença e mal-estar que dão o tom do filme. Sua posição é de extrema indolência, mas, ao mesmo tempo, o discurso pró-ecológico “blasé” de seus amigos tão pouco parece capaz de se apresentar como solução ao vazio existencial que paira no ar.
Domingo, 19 de junho, às 20h15 na Cinemateca Brasileira
Sexta-feira, 24 de junho, às 19h na Cinemateca Brasileira

Viva a França (Dir.: Titti Johnson e Helgi Felixson, Sucécia-Noruega-Finlândia-Islândia-Alemanha, 87’, 2014)
Em um atol a apenas 100 km de uma antiga zona de testes nucleares francesa, um jovem casal começa uma nova vida em união. Mas o sonho de abrir uma padaria vai abaixo quando o banco recusa um empréstimo, alegando o risco de que o atol Mururoa imploda, o que desencadearia um tsunami devastador. Neste filme sobre as consequências arrepiantes do programa nuclear francês, é latente a indiferença ao outro, que foi e ainda é a marca do mundo ocidental.
Domingo, 19 de junho, às 22h no Reserva Cultural
Terça-feira, 21 de junho, às 15h no Centro Cultural São Paulo
Domingo, 26 de junho, às 20h30 no Reserva Cultural

Auto-Fitness (Dir.: Alejandra Tomei e Alberto Couceiro, Alemanha, 21’, 2015)
Ser ou não… ter tempo de ser? O filme é uma poesia labiríntica sobre o automatismo humano. Uma reflexão sobre nossa relação diária com o dinheiro e com o tempo, uma animação tragicômica que brinca com o conceito da constante e penetrante aceleração. Um filme sobre a opressiva loucura cotidiana e o automatismo em que somos forçados a viver, trabalhar, respirar, pensar e: existir. Uma paródia da já antiga “vida moderna”.

Todo o Tempo do Mundo (Dir.: Suzanne Crocker, Canadá, 87’, 2014)
O filme explora uma experiência de desconexão com a vida moderna, frequentemente agitada e saturada de tecnologia, para se reconectar com o outro, nós mesmos e a natureza. Em busca de novas perspectivas, uma família de cinco membros decide deixar o conforto do lar para viver por nove meses em um bangalô isolado na natureza, sem vias de acesso, eletricidade, água encanada, internet ou sequer relógios. Em tempos oportunos, este inspirador documentário mostra o desenvolvimento natural da vida quando uma família tenta se livrar do controle necessário nesse mundo marcado pelo tempo do relógio.
Segunda-feira, 20 de junho, às 15h30 no Reserva Cultural
Sexta-feira, 24 de junho, às 22h no Reserva Cultural
Domingo, 26 de junho, às 16h no Cine Olido

Nação Especulação (Dir.: Sabine Gruffat e Bill Brown, EUA-Espanha, 75’, 2014)
Quando a crise financeira atingiu a Espanha como um tsunami, deixou marcas permanentes na paisagem e na vida dos cidadãos. Deixou para trás cidades fantasmas da especulação imobiliária, tirou o emprego de mais de um quarto da população e os lares de centenas de milhares de pessoas. O filme acompanha aqueles que perderam a fé em um sistema que os decepcionou e que agora passaram a se mobilizar. Porém, ocupar prédios vazios não é tão simples quando as regras e leis ainda seguem a lógica de especuladores, bancos e empresários. O filme apresenta um olhar sensível aos avanços, dificuldades e controvérsias desta luta.
Segunda-feira, 20 de junho, às 17h30 no Reserva Cultural

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Túnel do Tempo: Irã reelege presidente da República



Luís Alberto Alves

Irã: No dia 9 de junho de 2001, o presidente do Irã, Mohamed Khatami, é reeleito com 77% dos votos, margem ainda mais expressiva do que a obtida em sua primeira eleição, em 1997.

Radiografia de Sampa: Largo São Bento



Luís Alberto Alves

A ocupação do atual Largo São Bento ocorreu logo após a fundação de São Paulo em 1554. De fato, ao lado dos Padres Jesuítas estava também o Cacique Tibiriçá, pai da índia Bartira que se casou com o pioneiro João Ramalho. Tibiriçá foi um personagem muito importante na história paulistana pois, juntamente com outros índios, ajudou no nascimento da cidade e a defendeu do ataque de tribos inimigas.

 A sua aldeia, por sua vez, foi construída justamente no atual Largo São Bento, um local estratégico para a defesa da cidade, pois está localizado no topo de uma colina. Essa característica proporcionava uma ampla visão da vasta área ao redor da pequena Vila. A aldeia de Tibiriçá permaneceu neste local até por volta de 1562, ano do falecimento do Cacique. 

Tempos depois, mais precisamente no ano de 1598, este mesmo largo seria escolhido pelo monge beneditino Frei Mauro Teixeira para a fundação de uma pequena ermida sob a invocação de São Bento. Por volta de 1600, vieram para São Paulo outros três beneditinos: frei Mateus de Ascensão, frei Antonio de Assunção e frei Bento da Purificação. 

Com muito esforço, eles transformam a humilde igreja em um mosteiro. Em 1650, Fernão Dias Pais, "o caçador de esmeraldas", doou vultosa quantia para edificar uma nova igreja. A antiga igreja e mosteiro de São Bento foram demolidos nos primeiros anos do século XX. Em 1910 iniciou-se a construção do novo mosteiro. Terminadas as obras em 1921, no ano seguinte deu-se a cerimônia de sua sagração. O Largo São Bento (foto) fica no Centro de SP.

Geral: Supremo valida norma que proíbe escolas de recusar alunos com deficiência



  • Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Por maioria de votos, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (9) validar normas do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) questionadas pela Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenen). A lei entrou em vigor em janeiro deste ano e proíbe escolas particulares de recusar matrículas e cobrar valores adicionais nas mensalidades de pessoas com deficiência.
O novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin, toma posse em solenidade no plenário do STF (Valter Campanato/Agência Brasil)
Para Edson Fachin, escolas não podem escolher os alunos que serão matriculadosArquivo/Valter Campanato/Agência Brasil
De acordo com o relator da ação, ministro Edson Fachin, as instituições de ensino não podem escolher os alunos que serão matriculados e nem segregar alunos com deficiência. O voto do relator foi acompanhado pelos demais ministros.

“A Lei 13.146 parece justamente assumir esse compromisso ético de acolhimento, quando exige que não só apenas as escolas públicas, mas também as particulares, deverão pautar sua atuação educacional a partir de todas as facetas e potencialidades que o direito fundamental à educação possui”, argumentou o ministro.

O único voto divergente foi proferido pelo ministro Marco Aurélio. O ministro entendeu que o Estado não pode obrigar as escolas a tomar todas as medidas para abrigar os alunos com deficiência sem a cobrança de um valor adicional.

“Não pode o Estado cumprimentar com o chapéu alheio. O Estado não pode obrigar a iniciativa privada a fazer o que ele não faz”, disse Marco Aurélio.
Durante o julgamento, a advogada da Federação Nacional da Apaes (Fenapaes), Rosangela Wolff Moro, sustentou na tribuna que restringir o acesso de alunos com deficiência é “descriminação odiosa”. Segundo Rosangela, há um duplo viés no aprendizado conjunto, porque as pessoas com deficiência também aprendem ao conviver com pessoas sem deficiência.  A advogada é casada com o juiz federal Sérgio Moro.

“Além de ser um direito social, a educação não pode ser compreendida como somente um despejo de conteúdo para aquela pessoa que está na escola particular. A educação é muito mais que isso, é aprender a conviver com as diferenças", acrescentou.

Entre os argumentos apresentados na ação protocolada no Supremo, a Confenen alegou que a obrigatoriedade do acolhimento de pessoas com deficiência em salas de aula compromete o orçamento dos estabelecimentos de ensino.

“Os dispositivos impugnados violam ainda o princípio da razoabilidade extraído do preceito constitucional porquanto frustram e desequilibram emocionalmente professores e pessoal da escola comum, regular, por não possuírem a capacitação e especialização para lidar com todo e qualquer portador de necessidade e a inumerável variação de cada deficiência ”, informou trecho da petição inicial.