O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu hoje (27) o vice-presidente Michel Temer, seu correligionário, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na residência oficial do presidente do Senado.
O vice-presidente deixou a reunião sem falar com a imprensa, pouco após tirar fotos junto com Renan e com o senador tucano, presidente nacional do PSDB. O principal partido de oposição ainda não definiu se deve ter participação direta em um eventual governo Temer, caso seja aprovado oimpeachment da presidenta Dilma Rousseff, em análise no Senado.
Lideranças tucanas, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador José Serra (SP) já deram declarações públicas em que não descartam que PSDB ocupe cargos num eventual governo do PMDB. A decisão será tomada pela direção nacional, segundo Aécio.
O presidente do Senado tem realizado uma série de reuniões desde ontem (26), quando a Casa elegeu o presidente – Raimundo Lira (PMDB-RJ) – e o relator – Antonio Anastasia (PSDB-MG) – da comissão que vai analisar se aceita o processo de afastamento de Dilma, cuja admissibilidade foi aprovada na Câmara. Ontem (27), Renan se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na residência oficial.
O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, disse hoje (27) que o governo vai antecipar a liberação da verba prevista no Orçamento deste ano para a Polícia Federal, de modo que a instituição possa trabalhar com “tranquilidade” e sem “pressão política”.
Aragão informou que nos últimos anos a Polícia Federal trabalhou com autonomia e liberdade para realizar operações e investigações. Ele citou riscos de que esse quadro se reverta, mas não mencionou o cenário de incerteza política que vive o governo com o processo de impeachmentda presidenta Dilma Rousseff. Ontem (26), o ministro havia declarado que a instituição não precisará da classe política para trabalhar.
“Diante dos riscos de que isso possa se reverter, o governo tomou uma medida muito clara. Vai liberar os recursos para a Polícia Federal poder trabalhar com tranquilidade, sem pressão política. Isso é o mais importante para que cheguemos a bom resultado na fixação das responsabilidades daqueles que têm se apropriado ou desviado de recursos públicos”, afirmou Aragão, durante entrevista após a cerimônia de instalação do Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI).
O ministro acrescentou que a PF precisa ter mais autonomia em relação ao Ministério da Justiça e que devem ser adotadas medidas administrativas para que isso ocorra. Aragão Eugênio não adiantou quais seriam essas medidas.
“Não significa independência de delegados. Continuamos entendendo que uma organização que, por lei, manipula o monopólio de violência do Estado tem de ser controladíssima. Mas esse não é um controle quanto a suas iniciativas persecutórias, que estão sob supervisão judiciária e do Ministério Público. Esse controle é muito mais na sua organização administrativa”, esclareceu.
No discurso, o ministro da Justiça destacou que a presidenta Dilma Rousseff foi eleita constitucionalmente para exercer o mandato até o fm de 2018. Segundo ele, aqueles que querem falar de fim de governo estão associados ao golpe. Para Eugênio Aragão, o país vive atualmente uma luta de classes.
“Estamos enfrentando aquilo que era perfeitamente previsível e se chama claramente de luta de classe. É um momento de luta de classe em que não podemos arredar. porque senão seremos derrotadas. E não queremos ser derrotados. Só o fato de lutarmos e resistirmos mostra claramente que temos um futuro. Nós prezamos esse futuro melhor para os brasileiros e brasileiras”, disse o ministro aos conselheiros e convidados da cerimônia.
O ex-presidente do Uruguai, José Pepe Mujica, disse hoje (27) que o posicionamento dos deputados brasileiros durante a votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dima Rousseff prejudicou a imagem do Brasil. No último dia 17, a Câmara deu o aval para o pedido de destituição de Dilma seguir para o Senado.
“Essa transmissão [da votação] fez mal ao Brasil como nação, ao prestígio do Brasil. Baixaram a categoria do Brasil na consideração mundial. Se tivessem votado sem fundamentar, teria sido mais saudável para o futuro do Brasil” disse hoje (27) o senador uruguaio licenciado em entrevista a jornalistas brasileiros.
“É paradoxal que queiram tirar a presidenta um monte de gente que tem acusações [criminais], que votam por um monte de coisas, como aquela que votou pela honestidade do marido e no outro dia o marido é preso”, criticou Mujica, ao mencionar o caso da deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG). Casada com o prefeito de Montes Claros (MG), ela citou o marido, Ruy Muniz, com o exemplo de gestor público durante a votação da admissibilidade do impeachment. No dia seguinte (18), o prefeito foi preso pela Polícia Federal em uma operação para apurar a prática dos crimes de falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação pública, estelionato, prevaricação e peculato.
Para Mujica, os grandes meios de comunicação brasileiros fizeram uma campanha contra o PT e os partidos mais à esquerda, enfatizando os erros e desvios cometidos por filiados a essas legendas. “A direita tem o controle dos grandes meios de comunicação e os tem utilizado para criar um senso comum. Desnudando nossos defeitos e mostrando o que não são defeitos da esquerda ou do PT, mas da sociedade brasileira”, disse.
“O efeito da corrupção é um patrimônio brasileiro, não é um problema do PT”, disse o uruguaio sobre a situação que avaliou como sistêmica no país. “É um problema que passa por todo o sistema político. Tem gente acusada de todos os partidos. Ela [a corrupção] é tão velha quanto o Brasil”, acrescentou.
Na opinião de Mujica, o grande número de partidos do sistema brasileiro é um dos fatores que tira o foco do debate de ideias e aproxima a política dos interesses de indivíduos ou de pequenos grupos. “Eu não sei como se pode administrar um país com 29 ou 30 partidos. Podem haver 30 projetos políticos? Não! Isso tem mais a ver com interesses pessoais do que ponto de vista ideológico”. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, há 35 partidos registrados no País.
Efeitos da crise
Associada à campanha midiática, o ex-presidente uruguaio acredita que a crise econômica também contribui para a derrubada do governo Dilma. “A direita usou muito bem os erros que cometemos. Mas o fez em um momento histórico que resumo como: a conjuntura econômica estava a favor para gerar descontentamento”, ressaltou.
Sem o cenário econômico não fosse desfavorável, o impeachment de Dilma Rousseff não iria adiante, segundo Mujica. “Se as forças conspirativas da direita dão resultado, é porque tem algo. A conspiração existe sempre.”
Um dos principais efeitos da crise, na avaliação do uruguaio, é a retirada de apoio da classe média ao governo. “Sempre, na história da humanidade, a pobre classe média teve medo. Teve medo de perder”, disse. Nessa parcela dos que estão insatisfeitos com Dilma, Mujica incluiu parte da chamada nova classe média, que teve aumento do poder aquisitivo nos últimos anos. “A mais descontente era parte dessa classe média que emergiu e que não sabe o porquê. Não se dá conta que foram as políticas difíceis de pôr em prática que os fizeram parte da sociedade.”
Segundo o ex-presidente, o capitalismo tem crises periódicas. “O sistema funciona em ciclos. Um ciclo de queda e um de ascendência.”
Inaugurado em dezembro do ano passado com a proposta de ser um espaço cultural voltado às ciências e com foco na sustentabilidade e nos cenários para o futuro, o Museu do Amanhã escolheu um visionário como tema de sua segunda exposição temporária. A partir de hoje (26), a exposição O Poeta Voador, Santos Dumont é a nova atração para os milhares de visitantes do museu – símbolo da revitalização da Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio.
A trajetória de Alberto Santos Dumont (1873-1932) – o inovador que se dedicou à ciência e à tecnologia inspirado pela arte – é contada em linguagem audiovisual e interativa, além contar com protótipos de suas principais criações e réplicas em tamanho real do avião Demoiselle e do pioneiro 14 Bis.
O objetivo é apresentar Santos Dumont não só como o responsável por uma invenção que mudou o planeta, mas também como um jovem empreendedor que disponibilizava seus projetos para que fossem replicados, em vez de registrar patente.
Concebida e realizada pela Fundação Roberto Marinho, que desenvolveu o conceito e responde pelo conteúdo do museu, a exposição tem curadoria do cenógrafo, designer e arquiteto Gringo Cardia e consultoria científica do biofísico e pesquisador Henrique Lins de Barros. A mostra ocorre no ano em que se comemora o 110º aniversário do voo do 14 Bis, o primeiro oficialmente homologado da História.
“Destacamos o lado poético e artístico de Santos Dumont, daí o título O Poeta Voador. Ele era um homem de ciências que se inspirava na arte e foram as histórias de Julio Verne [escritor francês de literatura científica] que o despertaram para o sonho de voar”, diz Gringo Cardia. Segundo ele, a exposição busca exercitar a criatividade do público e impulsionar descobertas acerca da figura icônica do Pai da Aviação.
“As pessoas guardaram Santos Dumont numa prateleira de clichês, mas ele era e ainda é muito moderno e inovador”, define o curador. Gringo Cardia concebeu cinco ambientes para conduzir o visitante no universo do inventor.
Na sala principal, protótipos dos sete modelos criados por Santos Dumont – do balão Brasil ao avião Demoiselle, passando pelo 14 Bis, mostram a evolução da tecnologia desenvolvida pelo inventor. Imagens digitalizadas, documentos e fotos históricas são mostrados em telas interativas.
Em um estúdio, uma réplica do Demoiselle em tamanho real insere o público na História, por meio da simulação de um voo sobre a Paris da época e o Rio de Janeiro antigo, mas com o Museu do Amanhã na paisagem. Os visitantes, em número de seis pessoas por hora, poderão entrar no Demoiselle e fazer um voo filmado.
Um documentário sobre a trajetória de Santos Dumont ocupa a Sala Cinema, enquanto na Sala dos Balões um filme passeia pela história dos voos, desde o italiano Leonardo da Vinci até o feito do brasileiro que fez seu avião decolar, voar e pousar com sucesso. Conceitos de física como aerodinâmica e a mecânica de motores são mostrados, de forma lúdica, na Sala da Oficina de Aviões de Papel.
Nesse espaço, o último da exposição, o público participa de um jogo. Numa grande mesa, o visitante produz seus aviões de papel, que são arremessados a partir de uma plataforma sobre uma pista de pouso.
Diretrizes
Para o diretor-geral do Museu do Amanhã, Ricardo Piquet, a exposição está em sintonia com as diretrizes da instituição. “Santos Dumont é atemporal e por isso se alinha à nossa essência de examinar o passado, apresentar tendências do presente e explorar cenários possíveis para as próximas décadas. Suas invenções continuarão a contribuir para as próximas gerações”, avalia o diretor do museu.
O Poeta Voador, Santos Dumont fica em cartaz até 30 de outubro e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos para o museu, incluindo o circuito permanente e a exposição temporária, custam R$ 10 e R$ 5 a meia-entrada, mas às terças-feiras a visitação é gratuita.
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Rio de Janeiro - Exposição aberta ontem (26) no Museu do Amanhã, centro do Rio apresenta o lado inovador e artístico de Santos Dumont, a mostraconta com réplicas em tamanho real além de conteúdo
Exposição e ambientação darão destaque especial aos acessórios da marca
No final do mês de abril os clientes que frequentam o Shopping Iguatemi Campinas, contarão com uma nova opção de compra de moda masculina. A Crawford chega trazendo o estilo e a sofisticação características de suas coleções. O investimento do grupo VGB - Valdac Global Brands - traz um novo mobiliário, iluminação intimista e uma novidade: Um espaço especial destinado aos acessórios. Esta será a primeira loja com um corner específico para a linha Crawford Shoes.
Para apresentar e celebrar o lançamento da loja de 140mt², a marca fará um coquetel no dia 05 de maio com presença especial do digital influencer Paulo Spadoto e do modelo Erasmo Viana.
Sobre a VGB Valdac Global Brands: A VGB é detentora das marcas Siberian, Crawford e Memove e opera no varejo de moda com mais de 130 lojas em todo o território nacional. SERVIÇO: Inauguração Crawford - Iguatemi Campinas Abertura da loja: 29/04/2016 Coquetel de abertura: 05/05/2016
Eles fazem parte da busca do personagem de Christopher Plummer até o final surpreendente. Para interpretá-los, Atom Egoyan contou com Bruno Ganz, Heinz Lieven e Jürgen Prochnow.
Filme estreia em 12 de maio nos cinemas.
A missão do personagem Zev (interpretado por Christopher Plummer) no filme Memórias Secretas (Remember, Canadá/Alemanha, 2015), ao colocar o plano de Max (Martin Landau) em prática, é procurar pelo guarda que matou suas famílias no Campo de Concentração Auschwitz. Para isso, ele precisa encontrar, entre homens alemães escondidos sob a alcunha de Rudy Kurlander, o algoz que tanto mal infringiu a ambos.
Para interpretar os supostos vilões, o diretor Atom Egoyan contou com três atores alemães: Bruno Ganz (famoso por interpretar Adolf Hitler em A Queda – As Últimas Horas de Hitler), Heinz Lieven (Aqui é o Meu Lugar) e Jürgen Prochnow (O Código Da Vinci). Em sua jornada em busca de justiça, Zev se depara com suas histórias sobre passado e presente, formando uma intrínseca trama que leva a um final surpreendente. (Veja entrevista com o ator Jürgen Prochnow nos links abaixo).
“Eu pensei que, de certa forma, a minha é uma das últimas gerações que realmente tem a oportunidade de retratar essas pessoas. Nós crescemos após a guerra com tudo aquilo acontecendo, nas ruínas e nos escombros de Berlim. Portanto, este era um projeto do qual eu queria muito participar”, comenta Prochnow.
O ator Bruno Ganz fala sobre a importância de se contar a história narrada em Memórias Secretas: “...não existem mais muitas testemunhas oculares. Em poucos anos, não haverá ninguém. Penso que se queremos manter as memórias em outro nível, para que se possa realmente se aproximar das sensações, então temos de fazer filmes sobre o que aconteceu”, afirma.
Dirigido por Atom Egoyan (Ararat, O Doce Amanhã), Memórias Secretas foi indicado como Melhor Filme no Festival de Veneza de 2015 e premiado como Melhor Direção (Atom Egoyan) pelo grande júri jovem do Vittorio Veneto Film Festival. O longa-metragem estreia em 12 de maio.
Neste sábado, a partir das 17h, acontece a segunda edição do Pulso apresenta: showcase, no Red Bull Station, encerrando a programação da ocupação artística realizada durante todo o mês de abril, com mais de 30 músicos e produtores de todo o Brasil. A entrada é livre e gratuita.
O evento conta com shows e discotecagem dos artistas que estão lá residentes desde o dia 04, misturando sonoridades de diversas regiões do país, mostrando tudo que produziram neste período. Dentro do line up, no auditório, haverá shows de: Victor Bauer (voz e violão); banda formada por integrantes do grupo dos curadores Macloys Aquino e de Félix Robatto; núcleo com curadoria de Juli Baldi; live de música eletrônica do Ccccchaves; grupo de curadoria de Filipe Cartaxo; e o time com curadoria de Kamau; além de discotecagem de Mahal Pita e João Meirelles (BaianaSystem), Will Love (Gang do Eletro), Juli Baldi (set de afrobeat), Chico Dub (set eletrônico africano), Braz Torres (set de metal) e discotecagem do grupo do Kamau.
Na galeria principal, o coletivo de Chico Dub sonoriza a obra “Zero Hidrográfico” com música eletrônica experimental criada por Thingamajicks, Paula Rebellato, Abdala, Daniel Nunes e Haley Guimarães.
Também haverá opções de burguer e burguer vegano preparados pela chef da cafeteria do Red Bull Station, Tati Szeles, além de drinks especiais, com e sem álcool, criados especialmente para o evento.
O Pulso é um projeto que ocupa o Red Bull Station entre 04 e 30 de abril no qual 30 músicos e produtores independentes de todo Brasil se juntam para discutir o mercado da música e criar novos sons.
A entrada é gratuita, sujeito a lotação do espaço, e as portas fecham às 23h. O Red Bull Station fica na Praça da Bandeira, 137 – Centro – São Paulo. Outras informações e programação completa em:http://redbullstation.com.br/pulso
Pulso apresenta: showcase 2 @ Red Bull Station
Data: 30 de abril de 2016 Horário: 17h à 00h. Local: Red Bull Station Endereço: Praça da Bandeira, 137 – Centro – São Paulo Telefone: 11 3107-5065 Capacidade: 500 pessoas Censura: Livre Entrada: Gratuito Site:http://www.redbullstation.com.br/pulso/ Line up: 17-17h40 - Coletivo Chico Dub sonorizando a obra "Zero Hidrográfico" (eletrônico experimental) 17h – Vitor Brauer – voz e violão 17h40 – Discotecagem Mahal Pita e João Meirelles 18h – Grupo curadoria Macloys Aquino (Bruna Mendez, Vitor Brauer, Braz Torres e João Victor) + banda formada no Pulsø por integrantes do time do Macloys e do Félix Robatto 19h – Discotecagem Will Love (Gang do Eletro) 19h30 – Grupo curadoria Juli Baldi (Zudizilla, Gutcha Ramil, Rafael Chaves, Pedro Dom, Erick Endres, Tiago Abrahão + participações) 20h – Live Ccccchaves 20h30 – Discotecagem Juli Baldi (set de afrobeat) 21h – Grupo curadoria Filipe Cartaxo (Lívia Nery, Junix, João Meirelles e Mahal Pita + participações) 22h – Discotecagem Chico Dub (set eletrônico africano) 22h30 – Discotecagem Braz Torrez (set de metal) 23h00 – Grupo curadoria Kamau (Kamau, Raillow, DJ Nyack, Jhow Produz, Jota Ghetto e Mestre Xim) 00h00 – Discotecagem do grupo do Kamau