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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Túnel do Tempo: Acidente fatal na Ucrânia





Luís Alberto Alves

Fatalidade: Em 27 de julho de 2002,  um caça-bombardeiro caiu e explodiu durante um espetáculo aéreo na Ucrânia, matando 78 espectadores e 115 feridos. O piloto e co-piloto conseguiram ejetar-se antes que o avião caísse.

Radiografia de Sampa: Rua Girassol







Luís Alberto Alves

 A Rua Girassol (foto), que fica em Vila Madalena, Região de Pinheiros, Zona Oeste, é uma homenagem à planta da família das compostas, que se voltam para o sol quando ele está acima do horizonte.

Geral: Vendas de genéricos atingem quase 12% no Semestre






Luís Alberto Alves

 A indústria farmacêutica também sente os efeitos da crise que tem afetado a economia brasileira ao longo dos seis primeiros meses de 2015. O crescimento de 11,2% nas vendas de medicamentos em unidades foi sustentado pelo mercado de medicamentos genéricos. 

As informações constam no balanço das vendas de medicamentos produzido pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a PróGenéricos, com base nos dados do IMS Health, instituto que audita as vendas do setor no Brasil e no mundo.

 No Brasil, país que ocupa sexta posição no ranking entre os maiores mercados farmacêuticos do mundo, a venda de medicamentos movimentou R$36 bilhões entre janeiro e junho de 2015, o que representa um crescimento de 16,6 % em relação aos R$30,9 bilhões movimentados no ano passado em igual período.

 Já os genéricos apresentaram crescimento superior à média do mercado. As vendas da categoria apresentaram alta de 24,6%. Foram movimentados R$9,1 bilhões no primeiro semestre de 2015, contra R$7,3 bilhões no mesmo período do ano passado.

Em volume, os genéricos bateram a marca de 467,3 milhões de unidades vendidas (caixinhas de medicamentos), apresentando crescimento de 12,3% em relação a 2014, quando foram vendidas 415,9 milhões.

 O crescimento do mercado total, porém, também foi menor que o dos genéricos em volume. Foram comercializadas 1,6 bilhões de unidades de medicamentos contra 1,4 bilhões em igual período do ano passado, crescimento de 11,2%.

                                                             Peso

 Ao excluirmos a categoria de genéricos do resultado da indústria o crescimento das vendas em unidades fica na casa dos 10% “Isso revela que o consumidor está em processo de substituição de produtos de marca pelos genéricos, que custam obrigatoriamente 35% menos que os outros produtos e em alguns casos podem custar até 65% mais barato”, analisa Telma Salles, presidente executiva da PróGenéricos.

 “Os sinais negativos da economia tem freado o consumo das famílias, muitas já afetadas com diminuição na renda. Nesses períodos, historicamente o genérico vem cumprindo seu papel social mais importante que é o de garantir o acesso a medicamentos, item essencial na vida de qualquer pessoa”, afirmou Salles.

 Os genéricos hoje, de acordo com o levantamento, detêm 28,6% de participação de mercado. A PróGenéricos ressalta, porém, que o número pode superar os 35%, tendo em vista que não estão incluídas nesse levantamento as compras públicas e nem os produtos subsidiados pelos governos federal e estaduais.

 “O consumidor que, por conta da crise, passa a comprar o genérico, dificilmente retorna para o produto de marca”, explica a executiva. Ao observarmos o ranking das 10 maiores indústrias farmacêuticas em operação no Brasil, entre elas empresas nacionais e multinacionais, 9 fabricam genéricos, sendo que a categoria chega a responder por mais de 50% do resultado dessas empresas.

 Desde que chegaram ao mercado, em 2011, os genéricos já geraram uma economia direta aos consumidores de R$62 bilhões. Dados do Ministério da Saúde relevam, ainda, que os genéricos respondem por 85% dos medicamentos dispensados pelo Programa Farmácia Popular.


Geral: Sudeste apresenta 90% dos acidentes de trabalho no Brasil





Luís Alberto Alves

 Nesta segunda-feira, 27 de julho, o Brasil celebra o Dia Nacional de Prevenção dos Acidentes de Trabalho. Segundo o MPT (Ministério Público do Trabalho), a região Sudeste apresenta 90% dos casos no país, porém apenas 50% são devidamente registrados pelas empresas/funcionários, através da abertura da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), o que pode agravar ainda mais a situação.

 Para a engenheira de segurança do trabalho e especialista em riscos industriais, Marcia Ramazzini, a data deve ser um marco com o objetivo de conscientizar sobre a prevenção e gravidade das ocorrências. “Os programas comportamentais desenvolvidos pelas empresas devem começar da alta direção até o chão de fábrica. Se não houver comprometimento, não há resultados”, alertou.

 Ainda segundo a engenheira, além das empresas e dos funcionários, o governo e sociedade devem trabalhar em conjunto. “A redução de acidentes só ocorre com a realização de um trabalho entre todos os setores. Cada um deve fazer a sua parte e cumprir corretamente o seu papel”.

 Marcia Ramazzini também destaca que as empresas “devem cumprir e fazer cumprir a legislação vigente”. “O governo deve fiscalizar e criar leis e campanhas de conscientização. Já os funcionários devem cumprir as regras visto que são os maiores beneficiados e por fim, a sociedade deve se conscientizar e fiscalizar os órgãos governamentais”, enfatizou.

 A construção civil é o setor com maior índice de acidentes. No ranking de lesões, as quedas e ferimentos nos membros superiores (mãos) são os mais frequentes entre os trabalhadores. Já nos casos de óbitos, os registros mostram quedas de grandes alturas e eletricidade como principais motivos.

 Caracterizados em dois tipos, atos inseguros - causados por ações inadequadas do próprio funcionário ou condições inseguras - quando ocorre por falta de segurança apropriada no local, geralmente, o acidente acontece em atos rápidos que são realizados cotidianamente. “Acidente é um evento indesejável. Todos acham que nunca irá acontecer. Mas, as lesões podem ou não causar afastamento. Isso se faz conforme a criticidade da ocorrência”.

 Além dos danos ligados diretamente ao trabalho, estas ocorrências podem causar complicações na vida pessoal do colaborador. “Quando o funcionário fica afastado, ele não recebe o salário integral e isso causa uma redução do poder aquisitivo familiar, desgaste nas idas ao médico e realização de exames e danos emocionais”, ressaltou a engenheira.

                                                    Como proceder

Em caso de acidente no trabalho, o local deve ser isolado, o funcionário deve ser encaminhado para o ambulatório da empresa para primeiros socorros e, se necessário, ser levado imediatamente para hospital mais próximo.
 Após o acidente, exame médico e perícia, caso seja constatada a necessidade de afastamento, os 30 primeiros dias serão custeados pela empresa e os demais pela Previdência Social, por meio do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). “Após retornar ao trabalho, o funcionário terá um ano de estabilidade”.
 Vale ressaltar que o funcionário que sofre uma lesão pode ser transferido para outra atividade durante o período de recuperação. Desta forma, ele permanece na empresa evitando que fique em casa exposto a outras ações de risco.

                                                 Como surgiu a data

O Dia Nacional de Prevenção aos Acidentes de Trabalho foi criado em 1972, pelo ministro Júlio Barata. Neste período o Banco Mundial estava ameaçando cortar empréstimos ao Brasil em virtude dos altos índices de acidente de trabalho. “Após 43 anos continuamos com altos índices de acidentes. O nosso país ocupa o 4º lugar a nível mundial levando-nos a seguinte questão: Porque a prevenção não faz parte do nosso cotidiano? Por que não é prioridade? Evoluímos em muitos aspectos, porém, falta muito para alcançarmos índices satisfatórios”, finalizou Marcia Ramazzini.